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    A visão para os dois militares burajianos, era a do cabeleireiro viciado tentando fugir, da mesma forma que um rato corre ao ver um gato atrás do mesmo. Pers, percebendo aquilo, virou seu rosto na direção do Kura, afirmando ao mesmo em um grito:

    — KURA, IMPEDE ELE LOGO, GAROTO!!

    O adolescente dos raios, escutando o pedido do seu aliado de maior idade, acaba acenando com sua cabeça, abaixando seu centro de gravidade e inclinando seu corpo para frente, enquanto responde o seu aliado:

    — Pode deixar, chefia!

    Haarkapper percebeu a movimentação e a clara intenção do rapaz de se jogar contra ele. Assim, virando rapidamente para a sua retaguarda, o cabeleireiro moveu suas duas mãos de tesoura na direção do solo, iniciando movimentos de cortes e de um pulo enquanto pensa nas profundezas de sua mente:

    “Ah, como se eu não fosse perceber isso, seu idiota!”

    Os cortes foram rápidos e precisos, acertando os pontos certos do solo e conseguindo partir aquele concreto como se ele fosse manteiga. No exato momento  em que o cabeleireiro viciado terminou de cortar a calçada, o Kura se colocou a avançar em toda velocidade, se movendo em um nível absurdo de velocidade, pisando no solo com bastante capacidade de sua força. Porém, no exato momento em que o homem-raio pisou no solo cortado, o chão se desfez e tomou seu equilíbrio, fazendo-o cair de cara no chão e rolar até passar por debaixo do viciado, caindo levemente confuso no chão. Haarkapper, ao perceber isso, usou de sua agilidade gerada por seu pouco peso, para pular o muro de uma casa e começar a correr para longe. Pers, após ver a cena do rapaz caindo no solo, gritou para o mesmo:

    — KURA, ESTÁ BEM?!

    O jovem elétrico, erguendo seu rosto no chão e se ajoelhando momentaneamente, responde:

    — Sim, ele só me pegou de surpresa!

    Uma vez que o garoto fica de pé, o mais velho do time acaba por agarrar o ombro do mesmo, respondendo em um tom autoritário:

    — Ele só fez isso, pois você foi um molenga, que não usou tudo que é capaz!

    O Kura, sem entender o motivo daquela reação, acaba retrucando para aquele homem velho:

    — Hã?! Mas, para que eu ia usar minha força total? Aquele cara é mais fraco do que qualquer outro que já enfrentei, talvez até do que o Uzai!

    Pers, sacudindo aquele garoto com certa raiva, responde:

    — É por esse pensamento, que ele acabou com você, agora! Você subestimou ele e telegrafou tudo que iria fazer, isso deu tempo de ele reagir, mesmo sendo muito mais lerdo! Você precisa pensar melhor, sobre como vai agir em um combate, e nunca subestimar um inimigo, não importa o quão fraco ele seja!

    O rapaz absorve aquela dura, ficando com a cara levemente fechada e então dizendo:

    — Certo… bem, pelo menos eu posso localizar os batimentos cardíacos dele, e atacar ele diretamente…

    Pers, escutando aquilo, largou o ombro do garoto, abaixando sua mão lentamente e dizendo:

    — Certo, faça… mas, garanta de eliminar ele, e apenas ele! Só assim, poderemos salvar esses dois aqui, de ficarem alucinando igual paranoicos!

    Ouvindo o pedido do seu aliado, o manipulador elétrico ativou sua habilidade elétrica, começando a ouvir os batimentos cardíacos de todos em um raio de mais de duzentos e cinquenta metros e aumentando. Após poucos segundos, um batimentos bastante diferenciado foi identificado, e o Kura afirma em voz alta, com determinação em seu tom de voz:

    — Certo, achei esse fudido!

    Escutando aquilo, o velho comemorou com a sua mão esquerda, enquanto fala:

    — Ótimo! Agora, vamos bolar um plano para que possamos-

    Antes que pudesse terminar aquela sua fala, o homem-fio foi interrompido pelo adolescente que começou a se mover em grande velocidade, deixando um som de trovão para trás enquanto fazia isso. Pers, percebendo aquele rapaz simplesmente indo embora e ignorando completamente os avisos dele, dizendo de maneira decepcionada:

    — Merda… esse moleque não tem jeito, mas que porra!

    Haarkapper, enquanto tudo isso acontecia, estava cortando vários muros, postes e até mesmo o chão por onde passava, deixando um rastro de destruição e obstáculos, tudo para impedir que pudesse ser capturado por aquele militar estrangeiro. Enquanto faz tudo isso, aquele homem afunda em vários pensamentos:

    “Tenho que deixar esse rastro de devastação, para impedir que me achem! Tsc… desculpe, mestre Dtúschar! Acho que, terei de adiar nosso encontro por alguns dias…”

    Enquanto pensa tudo isso, ele termina de cortar um último poste de energia, montando uma pista de obstáculos boa o bastante, para fornecer algo por volta de uns quinze a vinte segundos de vantagem para ele, com o mesmo mantendo sua agilidade após esse processo longo e detalhado. Entretanto, quando tudo parecia que iria terminar bem para ele, um poderoso raio aparece a cerca de oito metros a frente do cabeleireiro, gerando várias rachaduras no chão, sendo seguido por uma voz que saía no lugar do trovão:

    — ACHOU QUE IA SE LIVRAR DE MIM, É?!

    Após a voz ecoar, aquele raio se dissipou, e do meio dele o Kura se revelou, olhando determinado para aquele homem mestre das tesouras, com uma pontada de raiva no fundo de seu olhar.

    — Mas, para o seu azar, eu consigo voar! Seu babaca!

    Haarkapper, percebendo aquele rapaz na sua frente, acaba por cair de susto no chão, se arrastando pelo solo enquanto fala em desespero:

    — Sai, sai!! Me deixe em paz!!

    O irmão mais velho do Arold, caminhou de maneira tranquila até aquele inimigo, agarrando o mesmo pela gola da camisa assim que chegou perto, o erguendo pelo colarinho e dizendo de maneira ameaçadora:

    — Te deixo em paz, se me contar tudo que sabe sobre o Dtúschar, seu miserável!

    O cabeleireiro viciado, fica assustado por um tempo, ponderando sobre fornecer ou não aquelas informações. Após isso, porém, ele dá um sorriso arrogante em seu rosto, dizendo:

    — Hehe… eu nunca vou te falar nada, seu fudido! Pode me matar, se quiser!

    O Kura, escutando aquilo, manteve sua expressão séria por mais algum tempo, enquanto move sua mão direita para dentro do bolso do casaco daquele homem, afirmando:

    — Certo, eu já queria fazer isso, mesmo!

    Ao dizer isso, o rapaz retirou a passagem dele dali de dentro, a guardando em um de seus próprios bolsos e afirmando:

    — Hora de pagar pelos cortes que você fez, seu idiota!

    Assim que isso foi dito, o rapaz desferiu um soco de direita contra a face esquerda daquele homem, movendo sua cabeça em grande velocidade para o lado direito. No exato instante após isso, o manipulador de raios deu um direto de esquerda contra a face direita do homem, movendo sua cabeça para a esquerda. Uma barragem de milhões e milhões de socos foi mandada em grande velocidade, atingindo a cabeça, peitoral, boca do estômago, braços, pernas e toda e qualquer outra parte do corpo daquele inimigo com toda a força que o rapaz possuía. Os ossos do viciado eram quebrados a cada soco dado pelo garoto, mas o som dos mesmos se partindo eram abafados, não apenas pelo impacto dos golpes, mas pelos gritos de guerra dados pelo rapaz após cada um deles:

    — TORA! TORA! TORA! TORA! TORA! TORA! TORA! TORA!

    Após esses milhões de socos, o jovem finalmente mudou seu padrão, dando um cruzado de esquerda que fez o corpo daquele inimigo rodar em velocidades superiores à da luz no ar. Como o corpo daquele homem era frágil, sua pele inteira acabou por incinerar com esse movimento, o deixando na carne viva. Por fim disso, o Kura deu mais um direto, agora contra o meio do peitoral daquele homem, o atravessando e o lançando contra um dos destroços, finalmente o matando e o fazendo virar um bolo de carne moída. Com aquilo finalizado, o Kura diz:

    — Certo, queime no inferno agora! Falta agora acabar com seu chefe!

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