Capítulo 353: Missões concluídas
Por volta de três dias se passaram após o combate contra o Dtúschar, com o burajiano tendo explicado para as autoridades tudo que aconteceu em motivo da batalha, tendo assim livrado seu grupo da pena por danos ao patrimônio e mortes geradas no embate. Naquele momento, o Kura estava sentado ao lado de uma cama de hospital, olhando para a pessoa que repousava nela e dizendo:
— E aí, como você está se sentindo?
A pessoa sentada na cama era o Jean, segundo melhor e mais forte espadachim do mundo. O aliado do Kura estava assistindo a televisão, e de maneira melancólica ele responde:
— Bem, costelas quebradas e minha coluna também, perdi para sempre o movimento das pernas… mas, estou vivo, e consegui descobrir o destino que meu irmão teve… isso me deu certo alívio a alma, sabe?
O irmão do Arold escutou aquilo atentamente, abaixando sua cabeça suavemente, compadecendo-se com a situação dos seu aliado e respondendo:
— É… sabe, fiquei triste em saber que o Paul e os outros capturados estão mortos… eu queria ter ido visitar o país de vocês, e ser recebido pelo Paul!
O homem-esgrima ouviu o tom de voz do rapaz, percebendo como ele estava se sentindo afetado com aquela situação também. De maneira bastante empática e madura, o homem de topete branco leva sua mão esquerda na direção do topo da cabeça do rapaz, bagunçando seu cabelo e dizendo em um tom leve:
— Ei, relaxa moleque! Eu posso te receber lá ainda, só não posso te dar um abraço em pé!
Ouvindo a piada, o controlador de raios deu algumas gargalhadas baixas, enquanto responde:
— Obrigado, senhor Jean! Bem, acredito que precisamos ir embora, né? Acha que já está bem para isso?
O homem Frankryrniano manteve o sorriso em seu rosto, e após girar seu tronco para a direita e depois para a esquerda, ele responde:
— Bem, posso não estar andando, mas consigo fazer isso e mover os braços, então é só me buscar uma cadeira de rodas e vamos embora daqui!!
Os dois riram bastante com aquilo, apesar de tudo que tinham passado naquela missão e as consequências que o espadachim iria carregar para o resto de sua vida, ambos pareciam estar lidando bem com aquilo. Porém, a situação descontraída dos dois acabou sendo interrompida por conta de um som de sirene, que escapava do som da televisão.
— Que é isso?
Comentou o Kura, curioso com a motivação por trás daquele som de alerta, logo antes do programa de comédia da televisão ser completamente interrompido e trocado por uma sequência de câmeras de jornal. Após essa súbita mudança e abertura de um programa jornalístico, uma bela mulher aparecia na tela da televisão, batia alguns papéis sob a mesa e começava a discursar:
— Bom dia! Notícia de última hora, as autoridades da Nigeriya acabaram de confirmar, que o receptáculo Sloper foi atacado e está desaparecido. Sua casa foi encontrada em frangalhos, sua esposa foi achada ferida perto de seu filho de três meses, que aparentava ainda estar em bom estado. Não se sabe ainda quem atacou ele e sua família, e muito menos sobre o seu paradeiro, mas as teorias apontam para mais um ataque dos terroristas liderado por Nellu.
Aquela informação nova deixou a dupla completamente chocada, mas em principal o protagonista dos raios, que por mais que fosse alguém com muitas desavenças com relação ao Sloper, não poderia deixar de sentir a provável perda de um colega de nível e importância social. Abaixando sua cabeça, o controlador de raios cochicha:
— Shiawase, Maleukone, Paul, Fasterior, Mike e agora o Sloper… todos estamos sendo alvos, como se fôssemos animais! Tudo por termos coisas dentro de nossos corpos…
Erguendo sua cabeça, levemente, o jovem-adulto olhou na direção da televisão, visivelmente irritado enquanto termina sua afirmação:
— Eu vou realmente matar esses filhos da puta!!
Enquanto aquelas notícias eram dadas na televisão do hospital de Misir, a dupla formada por Boo e Chikito chegava dentro da igreja secreta daquele grupo de criminosos. O homem de corpo mecânico, estava com sua face ainda humana com um grande rasgo em sua bochecha, expondo os dentes de sua arcada dentária, mostrando que alguns dos dentes já eram até mesmo completamente mecânicos. O ruivo baixinho, estava ao lado direito do homem-construtor, bastante ferido do combate que os aliados tiveram com o Houer, mas sem tantos machucados graves. Sloper, o receptáculo do Boi aterrador, estava completamente nocauteado, sendo carregado no ombro gelado e metálico do cientista da unterwelt, como se fosse um saco de lixo prestes a ser jogado fora. Durante a caminhada, o ruivo baixinho virou seus olhos para o seu aliado de maior altura e corpo de ferro, perguntando:
— Ei, Raoh… certeza que não quer que eu cure seu machucado? A pote pode fazer isso facilmente… só não fiz em mim mesmo ainda, pois preciso mostrar que lutei!
O terrorista de maior inteligência, ouve a proposta do seu colega de equipe, dando algumas risadas baixas e sutis. Após esse leve desdém com o seu aliado de equipe, o homem-construtor o responde, em um tom até mesmo grosseiro se bem analisado:
— Não, não precisa! Se eu continuar a usar meus poderes da forma que pretendo, logo mais eu vou ser completamente um robô! Curar essa parte de carne e ossos, seria um desperdício de merda de sua energia!
O Boo escutou aquela resposta, sentindo a energia de certa forma ofensiva daquele homem, revirando seus olhos e encarando o chão, antes de cochichar de maneira basicamente inaudível, graças ao barulho intenso daquela sala:
— Eu só queria te ajudar, seu filho da puta… se fode aí, então, miserável!
A dupla finalmente chegou em frente ao altar, onde o corpo nocauteado do Houer foi largado em cima do púlpito como se fosse um lixo completamente descartável. Uma vez solto ali, ficou ainda mais visível o estado crítico em que o homem negro se encontrava, tendo até mesmo a falra do seu braço esquerdo. Chikito, olhando aquilo, acaba tendo uma lembrança de sua batalha, divagando:
“Ah, esse braço! Foi no momento que eu arranquei ele, que esse miserável criou um terremoto no ar e arrancou parte da minha bochecha! Sem minha adaptação… eu teria morrido igual um inseto!”
Após aquilo, o cadáver do Pungkasan iniciou o seu processo, sugando completamente o espírito bestial do Sloper, como se fosse um macarrão em uma tigela. Com o Sloper finalmente sem seu espírito bestial, o líder daquele culto sinistro, Nellu, levanta o corpo do mesmo do solo e o coloca dentro de outro caixão de vidro, junto dos outros três cadáveres de Houers anteriormente capturados. Aquilo sinalizava o fim daquele culto, seguido por uma fala do Nellu:
— Podem ir embora! Por hoje, acabamos!!
Os outros membros concordaram, saindo de dentro daquela pequena igreja, após o cadáver de Pungkasan ganhar ainda mais vida e cor, indicando que ele está cada vez mais próximo de ressurgir naquele mundo.

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