Capítulo 357: Xing Ping
O grupo do Kura estava seguindo através de um barco cargueiro na direção do maior país da Ásia, com todos sendo acompanhados por Gabriel Sariel, o segurança da Krafitg. O manipulador de explosões, curioso com a decisão do guarda-costas, acaba por perguntar para o mesmo:
— Por que veio? Não acho que você se colocaria em perigo numa missão dessas, apenas por razões bélicas e políticas.
O colega de trabalho do Jod, escutando aquilo, apenas deu uma golada em sua garrafa de água, molhando sua garganta e lábios com bastante serenidade. Com isso feito, ele então responde:
— Bem, eu faria isso por uma missão assim, mas só se a Krafitg mandasse… para eu me oferecer, foi por uma razão pessoal… eu conversei com a Li Chun nos últimos anos…
Ao ouvir aquilo, o adolescente controlador de raios deu algumas risadas com a colocação do homem mais velho, pontuando para o mesmo:
— Ah, olha só! O senhor Gabriel tá ficando com uma aliada minha! É isso mesmo?!
Rapidamente após isso, o homem acertou um soco de cima para baixo no topo do crânio do rapaz, fazendo o cérebro dele colidir suavemente contra o crânio, enquanto o segurança fala:
— NÃO É ISSO, SEU IDIOTA!!
O homem sentou-se novamente no seu banco, cruzando os braços e mantendo seu rosto emburrado, enquanto falava para aquele garoto com poderes de raios:
— Eu fui designado pela Krafitg para ficar de olho na Li Chun, durante o período de desconfiança sobre ela. Durante esse período, conversamos muito e viramos amigos. Acabei descobrindo, que o governo de Xing Ping estava atrás dela, como uma fugitiva.
A informação chamou a atenção do Samuel, que ergueu uma sobrancelha esquerda e encarou o homem de maior experiência, perguntando:
— Sério? E qual o crime que ela cometeu?
Gabriel, ouvindo o questionamento, acabou por mudar sua expressão facial completamente, ficando agora visivelmente sem resposta. Após pensar um pouco, o homem de cabelos loiros respondeu:
— Bem… eu não faço ideia! Ela nunca quis entrar muito em detalhes sobre isso!
O protagonista dos raios escutou aquilo tudo, enquanto passava a mão na sua cabeça bem onde teria levado o soco alguns instantes atrás. Ouvindo aquela colocação verbal do mais velho, o Kura responde:
— Ah, se o Onder tivesse vindo ao invés de ficar, com toda certeza ele já estaria desconfiado dela! Mas, não vamos por esse lado, pessoal!
O Houer da nação de Buraji se levanta do seu assento, olhando para todos os presentes e dizendo:
— Se ela não quis dizer nada, provavelmente tem um motivo grande para isso! E bem, nós vamos descobrir isso, cedo ou tarde!
Após aquela frase ser dita, o barco acaba por ter uma parada completamente abrupta, fazendo com que o rapaz em pé acabasse dando uma pequena tropeçada. Percebendo a parada, o resto grupo se levantou de suas cadeiras com bastante agilidade, pegando suas coisas de maneira rápida.
— Isso, chegamos! Vamos poder resolver isso logo!!
O dono daquele comentário foi o Arold, que pegou sua mala e a de seu irmão com bastante cuidado, estendendo a mão esquerda na direção do Kura. O mais velho, notando sua bagagem, a pegou da mão do seu irmão mais novo e respondeu de maneira serena:
— É, vamos!! Isso vai ser fácil!
Com bastante cuidado para não serem pegos, aqueles militares se colocaram escondidos próximos de algumas caixas, esperando apenas a abertura da porta e a conexão de uma rampa. Quando finalmente os entregadores fazem o ato de abrir a porta e entrar naquele compartimento do navio, passando pelos militares sem notarem a presença deles. Agilmente, o grupo de retirou da embarcação, iniciando uma caminhada por aquela cidade portuária. O silêncio durou por alguns momentos, até Gabriel dizer:
— Perceberam como aqui tem várias tecnologias? Esse país é bem rígido com o povo, mas investe bastante na tecnologia. E é ela que vamos utilizar!
Curioso ao escutar aquilo, o lobo-guará se aproximou mais do engravatado de cabelos amarelos, cutucando a perna do homem e então dizendo:
— E como a tecnologia vai nos ajudar, tio?
Sariel, notando o pequeno animal cutucar sua perna, apenas deu um sorriso amigável para o mesmo, bagunçando os pêlos do topo da cabeça dele e respondendo na sequência:
— Simples, amiguinho! Eles possuem coisas semelhantes a teleféricos, mas que flutuam! Vamos usar isso e ir direto para a aldeia do interior que foi massacrada pelo Houer deste país. Provavelmente, acharemos alguma informação por lá.
Escutando aquela proposta enquanto todos andavam, o Kura ficou levemente surpreso com a ideia dada pelo militar de maior patente, comentando para o mesmo:
— E se tiver alguém forte por lá? Sabe, os guerreiros comuns deles eram ditos do nível do Humaitá, então imagina se alguém de elite sobreviveu, ele deve ser bem poderoso!
Gabriel escutou o questionamento feito pelo seu protegido, achando o mesmo bem pertinente. Então, após pensar um pouco naquilo, o adulto respondeu:
— Bem, no que foi dito, eles foram todos completamente exterminados por esse jovem guerreiro maluco. Mas, supondo que alguém mais forte tenha sobrevivido, não acredito que ele iria ser tão mais forte assim, ou que consiga aguentar todos nós em uma luta..
Todos escutaram aquilo com bastante atenção, começou alguns ficando chocados com a menção da chacina realizada por aquele que eles estavam procurando naquele momento. Chocada, Sami comentava:
— Nós vamos libertar um genocida, sério?!
Enquanto aquela reclamação era feita pela garota, Gabriel Sariel pagava um desses teleféricos voadores, colocando o destino na aldeia anteriormente massacrada pelo Houer do tigre. O grupo adentrou no veículo aéreo, se apertando um pouco para que todos pudessem caber ali dentro, para após isso o mais velho da equipe dizer:
— Bem, infelizmente isso é necessário para o nosso objetivo! Além de um bom guia para esse país e possivelmente conhecer os os prédios do governo, ele também é bem forte, seria uma grande ajuda!
Kura, ouvindo aquilo, fica de cabeça baixa enquanto o teleférico começa a voar na direção da aldeia. Durante o caminho, o homem-raio comenta para aquele adulto:
— Então… vamos usar ele só como uma arma, né?
O subordinado direto da Krafitg escutou aquilo, sentindo o pesar na voz daquele adolescente e se sentindo levemente afetado por ter causado isso. Entretanto, sem ter para onde escapar após ter chegado naquela situação, o adulto apenas coçou sua garganta, respondendo prontamente o rapaz após isso:
— É… infelizmente, isso será necessário, ou talvez nosso plano iria falhar antes mesmo de se iniciar, e a Li Chun jamais seria resgatada por nenhum de nós!

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