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    Uma semana após a ida até aquele culto super secreto, o pai da pequena Li Chun estava lavando a louça de sua casa, molhando, ensaboando e logo após tudo isso, enxaguando os pratos, talheres e copos, os colocando manualmente em cima da secadora que ficava à esquerda em cima da pia. Sua esposa, se encontrava sentada na mesa de jantar da cozinha, tomando uma xícara de café de maneira tranquila, antes de perguntar:

    — Querido, vamos de que horas no mercado?

    O homem ficou em silêncio após aquela pergunta, não por medo de responder a mesma, mas sim por estar absolutamente focado em sua aparente missão de lavar aquela louça. Após terminar de lavar um prato amarelo e o guardar de maneira tranquila na secadora de louças, o homem respondeu:

    — Assim que eu terminar por aqui, Ming Li! Vamos levar a Li Chun também, ou vamos só nós dois?

    A mulher, escutando a pergunta, acabou dando um gole generoso no seu café, repousando a xícara em cima da mesa de madeira e respondendo:

    — Normalmente, eu mandaria levar ela com a gente, mas ela anda muito focada em estudar… bem, pergunte para ela! Eu vou terminar o café e saímos.

    Enquanto escutava aquilo, o marido da mulher terminava de lavar a louça, enxaguando o prato final e o guardando na secadora. Em sequência, o pai da Li Chun pegou um pano de pratos, secando suas mãos enquanto caminhava na direção do quarto de sua filha. Uma vez de frente com a porta do quarto, ele deu três batidas naquela porta, enquanto repousava o pano nos seus ombros.

    — Li Chun, posso entrar?!

    Um silêncio curto acabou durando após isso, sendo quebrado rapidamente na sequência pela voz da garotinha:

    — Sim, pode!

    O pai daquela família, de maneira tranquila após aquilo, abriu a porta do quarto da jovem, entrando e olhando para dentro do mesmo. Uma vez ali dentro, ele pôde ver a jovem de pele morena concentrada, lendo um livro em sua escrivaninha. De forma sorridente, o pai se aproximou de sua filha, dizendo:

    — Oh, deixa eu adivinhar, é algum livro da história nacional?

    Ouvindo o chute do seu pai, a estudioso apenas riu daquilo, respondendo:

    — Não, é a história de povos do ocidente, após o oceano atlântico! Eles parecem ser guerreiros fortes!

    Impressionado com o comentário, o homem não conseguiu esconder o arregalar dos seus olhos, dizendo na sequência disso:

    — Oh, você já está visitando história estrangeira?! Uau, isso é realmente incrível!!

    A garotinha riu após escutar aquilo, coçando o seu nariz e dizendo para o seu pai:

    — Obrigado, pai! 

    O moreno, de maneira calma, fez um carinho no topo da cabeça da sua filha, começando a sair do quarto em um caminhar tranquilo.

    — Irei com sua mãe ao mercado! Tome cuidado, viu?

    Enquanto isso, um grupo de soldados se dirigiam em aviões na direção daquela cidade, com todos os militares estando com faces sérias, aparentemente irritados com os atos que iriam acontecer. O mais afetado, era o Bing, que se lembrava por cima da conversa com os anciãos de Xing Ping:

    “Então… eu devo ajudar no genocídio do meu próprio povo?”

    “Sim, deve! Mas, em troca disso, garanto que pouparemos a sua família desse extermínio…”

    Ao seu lembrar daquele acordo, o homem-frio soltou um suspiro carregado de um pesar gigantesco, comentando em um suspiro quase que inaudível:

    — Que merda…

    Em paralelo a tudo isso, o garoto responsável por ter feito a denúncia sobre o culto secreto, estava se infiltrando no pequeno local dos encontros, indo até a sala dos diários em passos mudos como os de um gato.

    “Vou levar eles comigo…”

    Pensou o rapaz, entrando na sala secreta e caminhando até ambos os diários, que se encontravam em cima de uma estante. O jovem, logo colocou a sua mão direita em cima do diário quatro, sorrindo de maneira triunfante enquanto o fazia.

    “Heh, hora de pegar o outro!!”

    Foram os pensamentos que passaram na mente do mesmo, enquanto ele movia sua mão esquerda para capturar o diário que faltava. É nesse momento, entretanto, que alguém surge pela retaguarda do mesmo, chutando a cara do garoto sorrateiro e o mandando voando para a parede no fundo daquela sala.

    — SEU PIRRALHO!! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?!

    Gritou o dono daquele culto, que tinha chegado junto de outros dois membros, para fazer alguma limpeza no local. Ainda irritado, o mestre daquelas cerimônias secretas, ordena para os seus dois aliados:

    — Vocês, levem o outro diário daqui! Vou surrar esse garoto, e logo levo o quarto para o encontro de vocês!

    Ambos os lacaios simplesmente obedeceram, pegando o livro e correndo para fora do esconderijo secreto daquele culto. No chão, a criança anteriormente golpeada gritou:

    — DROGA, ISSO DÓI!!

    O rapaz começou a se recompor após o golpe, e enquanto ele tentava fazer isso, o dono do culto afirmou por cima de sua reclamação:

    — Ah, é? Saiba que vai tudo ficar pior, a partir de agora!

    É no momento em que isso é dito, uma explosão acontece do lado de fora, fazendo o ambiente inteiro tremer e um pouco de poeira cair. Assustado com a explosão repentina, o ocultista disse em um tom amedrontado:

    — Que merda é essa?!

    O ladrãozinho de antes, começou a rir ao escutar o tom de voz assustado que saía da boca daquele ocultista, emanando uma aura negra através do seu corpo e dizendo:

    — Isso? É simples, é o anúncio de que meu plano começou!

    Enquanto isso, no mercado típico da cidade, os pais da jovem Li Chun estavam escolhendo alguns frutos, até que o pai da família passa a mão nos seus bolsos, sentindo a falta de sua carteira e comentando:

    — Ah, esqueci a carteira no carro! Vou buscar, já volto!

    Sua esposa concordou em silêncio, se mantendo focada nas frutas, enquanto esperava o retorno do seu marido. O pai da Li Chun, foi até o carro em passos tranquilos, e no meio do caminho, uma explosão aconteceu no mercado atrás de si, o lançando para longe desacordado, enquanto o prédio inteiro caía. Poucos segundos após aquilo, o homem acordou, olhando ao seu redor e percebendo a destruição completa do mercado, junto de toda a cidade estando em chamas.

    — O que… está acontecendo?!

    Foram as últimas coisas ditas por ele, na frente daquela cena digna do inferno, tudo antes de ele começar a correr até os escombros, enquanto pensa:

    “Merda, merda… querida… querida!!”

    O homem revirou os escombros, até achar o corpo de sua esposa, parcialmente esmagado pelos escombros. Ao ver aquela cena terrível, ainda bastante assustado, o homem reflete:

    “Eu… preciso impedir que isso aconteça com a Li Chun!”

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