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    A pequena Li Chun ainda estava na sua casa, lendo seus livros históricos e anotando os pontos interessantes em um caderninho que ela possuía no canto da escrivaninha. Enquanto ela fazia isso, começou a ouvir o som das explosões que se originaram do lado de fora de sua casa, sentindo os tremores na sequência e ficando assim bastante curioso com tudo que estava acontecendo.

    — O que está acontecendo?

    Se questionou a garota, enquanto andava na direção da janela do seu quarto, se apoiando num pequeno banquinho que tinha próximo a janela, para assim ter alguma visão do que estava do lado de fora. A pequena, então, finalmente ganhou visão do lado de fora de sua casa, reparando no fogo e várias casas e prédios sendo completamente destruídos por aquelas explosões poderosas e aterradoras. Amedrontada, a garota pensou consigo mesma:

    “O que é tudo isso?! A cidade está em chamas… papai, mamãe!!”

    A pequena então se apoiou na janela, fazendo extrema força para conseguir se atirar através da mesma, caindo no chão ao lado de fora da casa, ralando o cotovelo nesse processo. Mesmo machucada, entretanto, a mocinha se levantou do chão, começando a andar em passos rápidos e curtos na direção de onde o mercado ficava.

    “Eu… eu vou ajudar vocês!!”

    Em paralelo a tudo isso, o garoto de mais cedo corria pelas ruas, carregando consigo o diário de número cinco, escrito pelo antigo messias. O garoto da pele escura estava virando seus olhos por todo o ambiente, enquanto comentava em voz alta, mesmo que fosse abafado pelo som das explosões:

    — Merda… cadê aqueles miseráveis, com o outro diário?!

    Foi após essa escolha de palavras, que uma bomba foi largada por um dos aviões bombardeiros, caindo na casa ao lado do garoto e então explodindo, o lançando para longe por alguns metros. Caindo no chão, o garoto se lembrou do seu inimigo de mais cedo, divagando:

    “É… mesmo depois de morto, as ordens dele ainda me dão um trabalho da porra!”

    Na direção ao leste da cidade, um grupo de pessoas fugia com toda a velocidade que possuíam para um dos portões da cidade, com algumas gritando de forma desesperada:

    — VAMOS, É POR AQUI!!

    — OH, DEUS?! PORQUE TANTO SOFRIMENTO?!

    No momento em que as primeiras pessoas iriam atravessar aquelas passagem, um grande iceberg se formou, congelando elas instantaneamente e congelando a passagem de fuga daquele grupo. Aquele era o Bing, que então disse:

    — Desculpem, pessoal! Infelizmente… vocês precisam morrer aqui!

    A voz soou familiar para alguns daqueles fugitivos, que viraram sua cabeça na direção da fonte da mesma, enquanto diziam:

    — Ei, esse não é o-

    Antes de terem a chance de concluir sua fala, o homem-frio atravessou a multidão de um lado até o outro em uma velocidade idêntica a da própria luz, congelando todos de imediato em um frio igual ao zero absoluto. Os fugitivos ficaram congelados em um bloco colossal de gelo, maior que qualquer iceberg natural que a humanidade já tenha presenciado. O jovem Bing, após aquele assassinato frio de todas aquelas pessoas, acaba por vacilar um pouco em sua expressão facial, tendo um leve tremelique em seus lábios, enquanto pensava:

    “Deus… por favor… me perdoe, me perdoe…”

    Em outro local, ainda não tão longe do mercado principal da cidade, o pai da pequena Li Chun estava correndo na direção da sua casa, preocupado com o bem-estar de sua criança. No meio do caminho, um som de vários agentes especiais se movendo acabou ecoando, sendo seguido por centenas de gritos de pessoas sendo mortas, como galinhas em um abatedouro. O homem, escutando tudo isso, pensou:

    “Droga… que inferno!”

    Durante a corrida, o homem cruzou caminhos com aqueles lacaios do dono do culto, com os três dando de cara com os agentes, que os cercaram e mandaram ataques avassaladores. A sorte do pai da Li Chun, foi o fato de ter ficado no meio entre aqueles homens, tendo todos os ataques amortecidos pelo corpo deles. Se fingindo de morto, o pai de família ficou apenas escutando tudo que era dito por aqueles homens sádicos.

    — Ei, esse do meio não era o professor Xinguiê?

    — Oh, é mesmo! A pesquisa dele até que era famosa… bem, uma pena ele ter morrido… vamos terminar logo a missão, quero ir para casa!

    Xinguiê, ficou parado como se realmente fosse um cadáver, até o momento em que aqueles homens saíram de perto. Percebendo que estava, de certa forma, seguro naquele momento, o pai da Li Chun se levantou do chão, enquanto comenta em um cochicho:

    — Merda… eles vão… exterminar todos nós?!

    Enquanto ele se erguia por entre os cadáveres, de um deles, o diário de número um acabava caindo no chão, com o pai de família conseguindo notar o livro surgindo em cima do solo. Identificando o item, Xinguiê o pegou nas mãos, alisando a capa do mesmo e então o guardou em suas roupas. Terminando de se levantar, ele voltou a correr, pensando:

    “Eu vou pegar a Li Chun, e fugir desse inferno!!”

    Durante sua caminhada, o pai da garota passou na frente de um beco, onde um agente especial se encontrava completamente parado. Tomando um susto, ele recuou rapidamente, se escondendo na parede para não ser notado. O agente em questão, era o pai dos gêmeos Xìê e Shítou, com tal enviado do governo estando em uma conversa com seus superiores:

    — Devo fazer isso mesmo, senhores?

    Perguntava o soldado enviado deles, enquanto olhava para o horizonte com uma expressão distante de toda a situação. Do outro lado da chamada, um ancião falava:

    — Sim… você deve matar a família do Bing, mesmo que ele esteja ajudando no massacre para os poupar! Como já falamos, ninguém desse povo deve sobreviver!

    Xinguiê escutou aquilo, se chocando ao descobrir aquela informação, engolindo seco e refletindo:

    “O Bing… está ajudando nisso?! Meu aluno historiador… realmente aceitou participar de um massacre desses?!”

    O agente especial, após a confirmação dos superiores, apenas concordou com eles, desligando a chamada e indo embora daquele beco, sem mais nada para ser dito.
    No outro lado da cidade, a pequena Li Chun corria pelas ruas, na direção de onde seu pai deveria estar. As pernas dela eram ágeis, mas no meio da sua corrida, uma voz dizia ao longe:

    — Ei, guria! Pare aí!

    Aquele era o Bing, que teria finalmente alcançado aquela garota. O homem-frio, ao longe, disse:

    — Precisamos conversar!!

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