Capítulo 75: Ao resgate
Dentro do castelo, Camilo se encontra caído no chão, tendo sua cabeça fortemente pressionada contra o concreto da sala. Aquele senhor de idade, escutando as palavras do Mike, apenas respondeu
— Diário do cosmos? Do que você está falando?!
O rei ficou nessa dúvida por algum tempo, até que um “baque” veio na sua mente, com uma espécie de luz fazendo-o se lembrar de algo sobre aquilo. Então, Camilo logo gritou
— Espera… você fala do “manual ilegible de la vida”?
O magnético, ouvindo sobre aquilo, apenas sorriu de orelha a orelha, olhando seu antigo amigo no chão e falando em um tom alto e extremamente assustador
— Exatamente, velho! Eu quero esse diário para mim!! Tudo que eu preciso nessa vida, se encontra nele!!
Mike estava pressionando ainda mais o crânio do Camilo, gerando mais dor para aquele pobre homem. Já o rei, suportando toda aquela dor, apenas proferiu a seguinte pergunta e recebeu uma resposta rápida
— E… o que você quer, Mike?!
— Eu quero finalmente me tornar um Deus de verdade!! Então, diga logo a localização do diário!
Depois desse curto diálogo, Camilo se calou, negando-se a entregar a localização do diário para aquele sociopata. Logo, enfurecido com essa atitude teimosa do velho, o homem-imã então arremessou o senhor de idade na sacada do salão real, fazendo-o colidir com tudo nas barras de aço daquele lugar, as entortando com a força do impacto. Camilo ficou extremamente machucado, e para piorar a sua situação, Mike usou da energia de calor para derreter as barras de aço do lado e o magnetismo para as manipular. No final disto, o ímã vivo esfriou rapidamente aquele metal quando o mesmo ficou envolta do rei ferido, solidificando aquele metal e imobilizando o rei Camilo
— Não vai falar então, verme?!
O idoso determinado ainda se manteve calado, confirmando a suspeita do auto-intitulado Deus. Assim, Mike lentamente se aproximou do Senhor de idade, e quando ficou de frente com o mesmo em uma distância boa o bastante, o magnético atirou um pequeno raio elétrico contra a cabeça do senhor e criou uma ligação magnética com aquele raio de eletricidade, logo falando
— Se você não falar, então eu vou roubar tudo isso dessa sua cabeça!!
Nisso, aquela ligação elétrica começou a ler todas as memórias do Senhor de idade a partir de suas correntes elétricas mentais. O único trabalho do magnético, além disto, era de traduzir as correntes elétricas e ver as memórias do Camilo. E, conseguindo isso, o controlador de magnetismo apenas disse
— Oh… então, o diário está lá embaixo? Maravilhoso! Irei te levar até lá comigo, Camilo! Não só para honrar a amizade que tivemos, mas também para você ver com seus olhos, a minha Ascensão divina!!
Quando terminou de dizer isso, o homem de ego grande sentiu algo molhado caindo sobre ele. A responsável por isso, era a Nakia, a garota parecia furiosa com tudo aquilo, deixando claro de que não deixaria aquilo acontecer
— Oh… camilo, acho que terei de te fazer ver alguém da sua família morrer, antes disso!
Saindo do castelo do rei, Arold e seu inimigo estavam trocando grandes golpes cheios de poder. Ambos já estavam feridos, com a luta parecendo se encaminhar para o fim. Os golpes de ambos os lados eram pesados, gerando temores parecidos com terremotos a cada golpe que era aplicado, com explosões e pressões gravitacionais sendo emanadas pela cidade. O homem-gravidade tentou acertar um gancho de esquerda contra o peito do Arold, acabando por errar, pois o jovem-explosivo se moveu para trás. O ataque atingiu apenas a gravata daquele garoto, a invertendo de dentro para fora
— Mas que?!
Disse o irmão mais novo, vendo a forma que sua gravata foi destruída. O “músculos” tentou novamente acertar um soco de direita na cabeça do jovem de cabelos longos. O protagonista mais novo, percebendo o golpe, se moveu rapidamente para o lado e deixou aquele punho acertar a parede de uma casa ali perto. Aquela parede, por sua vez, logo começou a se comprimir de fora para dentro, tomando um formato esférico perfeito. Notando todos esses fatos, o militar de Buraji logo chegou a uma conclusão, aqueles ataques inverteram de fora para dentro e de dentro para fora, tudo que fosse atingido, deixando claro que qualquer golpe daquilo iria ser fatal. O controlador de gravidade logo foi atrás para tentar acertar outro ataque contra aquele adolescente. Mas, sendo extremamente genial durante esse combate, o garoto Arold cria uma esfera de ar extremamente comprimido. Com a mesma em mãos, o jovem a jogou no peito de seu inimigo, gerando a explosão por compressão. As consequências daquele ataque, além do forte impacto que machucou o corpo daquele subordinado do Mike, também foi um choque térmico, afinal: quando se descomprime o ar, a temperatura antes elevada é rapidamente resfriada, e por consequência dessa mudança extremamente rápida de temperatura, o corpo daquele homem-gravidade acabou por não suportar. “Músculos” então recuou, tossindo e sangrando bastante, enquanto fala
— Droga… tudo dói, tudo sangra!! Meu corpo parece que não vai aguentar muito!
Reclamou o homem por conta das dores que sentia pelo corpo, assim, se vendo encurralado por aquele adolescente, o criador de gravidade se viu sem outras opções
— Certo, garoto, irei te derrotar no próximo ataque!!
Então, quando se afastou do garoto e parou a exatos cinquenta metros de distância, o criminoso começou a criar uma energia gravitacional repulsiva juntamente de uma atrativa, começando a juntá-las em uma única esfera na frente de seu peito. Ali, naquele exato momento em que ambos, atração e repulsão, foram juntados em uma só coisa, uma singularidade foi criada. Para o nosso protagonista Arold, era possível ver uma ventania se formando em duas direções, uma sendo repelida e outra atraída a uma velocidade incrível na direção da esfera gravitacional. O jovial, notando aquela coisa estranha, decidiu tomar a decisão de se deslizar para a esquerda antes do ataque ser arremessado. A decisão do irmão mais novo do Kura, foi uma decisão extremamente inteligente, pois ao mesmo tempo em que ele se moveu o ataque foi lançado. Aquela esfera de pura gravidade, se moveu em uma velocidade milhares de vezes maior que a da luz, e quando aquele ataque chegou a uma distância dada como segura ele se teleportou, controlando o espaço e o tornando zero. Uma “explosão” ocorreu, e mesmo tendo chegado em uma distância segura, o Arold ainda teve seu braço direito danificado em uma região que torna o membro inútil durante aquele combate
— Merda, que dor!
Gritou o adolescente, vendo o sangue escorrer pelo seu braço. Notando a destruição feita por aquele ataque e a forma que o mesmo não levantou poeira, Arold chegou a uma rápida e curta conclusão dentro de sua mente
“Aquela coisa… teria apagado a minha matéria da existência!”
O jovem sem temperamento ficou olhando em volta, até que encontrou uma barra de aço, provavelmente jogada no campo pelo destroço das casas, e notou rapidamente que os danos naquele item formaram uma espécie de “lâmina de corte” em uma boa parte do mesmo. Assim, o protagonista segurou a barra e se posicionou como se lutasse com uma espada, assim pensando
“Vou ter que usar isso contra ele, vou tentar decapitar ele e o matar!!”
O homem-gravidade, porém, estava extremamente cansado e até machucado. Usar aquele ataque havia lhe custado muita energia, e até mesmo respirar estava ficando cansativo para ele
“Merda… uma das minhas duas armas secretas não funcionou… e se eu estender mais essa luta, com certeza vou perder!”
“Músculos” estava ofegante, enquanto gotas gélidas de suor caíam de seu rosto uma a uma, misturando-se no sangue do mesmo e sujando o chão. E assim, após pensar bastante no que iria fazer, aquele homem finalmente chega a uma conclusão
— Certo… essa é minha única chance!!
Ditou ele em voz alta, colando seus olhos no Arold e notando que o garoto iria atacar. E, em um rápido movimento de mãos, o homem-gravidade deu dois estalos de dedos e apontou na direção do garoto. Aquela atitude fez com que o protagonista repentinamente parasse e ficasse atento
— Arold, certo? Bem, espero que não tenha medo do escuro!!
Disse aquele executivo, com um sorriso estampado em seu rosto. Aquelas palavras deixaram o garoto de temperamento alto com uma cara confusa, mas logo acabou por sanar aquela confusão. Uma força atrativa avassaladora começou a puxar o corpo do irmão mais novo e o deixar preso ali, e olhando para trás, o garoto pôde notar uma coisa, uma esfera negra se formando ali
— Isso é mentira, não é?!
Foi aquilo que o jovem conseguiu gritar, antes de ser aprisionado dentro da esfera. Aquilo era um buraco negro, um que foi formado como se toda a matéria da Terra tivesse sido diminuída ao tamanho de uma moeda de um real. A forma gravitacional dali era tanta, que nem mesmo a luz estava conseguindo escapar. Se dando como vencedor, o manipulador de gravidade logo se jogou de joelhos no chão, estando bastante ofegante e falando
— Há Há Há! Eu acabei triunfando no final, garoto! Nem a luz está escapando daí, quem dirá você!!
E por dentro daquele buraco negro, o garoto de terno estava sofrendo uma pressão avassaladora. Não conseguindo aceitar sua derrota, e por consequência fazendo a aura de sua determinação vazar de seu corpo
— É isso que vamos ver, então!!
Disse Arold, quando aquele som entrou dentro da esfera escura, obviamente ele se aproveitou do fato do som apenas poder entrar e não sair, para fazer esse comentário grosseiro. Assim, na sola de seus sapatos, o garoto militar foi acumulando uma quantidade absurda de material explosivo, desde materiais radioativos e a coisas mais “comuns” do dia a dia. Afinal, se velocidade era a única coisa necessária para escapar, era com o impacto de tudo aquilo que ele iria a ter. Assim, pisando com toda sua força no chão, ele ativou aquelas coisas explosivas. Assim, usando da velocidade daquelas explosões, o corpo do protagonista foi impulsionado a toda velocidade para a saída daquele buraco negro, tão rápido que até mesmo sua camisa foi rasgando por conta da velocidade absurda contra aquela gravidade. No lado de fora, o subordinado só Mike ficou chocado, quando viu o corpo daquele garoto inimigo ser vomitado para fora do buraco negro
“Que?! Como ele fez isso?!-”
Foram as últimas coisas que ele conseguiu pensar, antes do principal se aproximar dele naquela velocidade e cortar fora aquela cabeça daquele manipulador de gravidade, dando um fim a aquela luta.
Voltando o foco para a batalha do Samuel, aquele espadachim quádruplo estava trocando bastante ataques poderosos com aquele homem-diamante. Mas, para o azar do jovem, mesmo se seus ataques com muito esforço fizessem ao menos um arranhão naquele inimigo, tudo era rapidamente inutilizado quando as pedras preciosas o “regenera”
— Jovem, não adianta tentar me atacar assim! Enquanto eu puder ver seus ataques, eu apenas vou me transformar de forma instantânea em diamante. E mesmo se me partir em dois, irei ficar intacto em segundos… meu tipo de habilidade é a mais forte!!
Samuel escutou aquelas palavras arrogantes daquele inimigo, afastando-se dele e preparando um ataque avassalador contra aquele homem, avisando para ele com as seguintes palavras
— Ah, é? Vamos testar isso, então!!
Samuel posicionou as espadas como “hélices”, fazendo dois pares das mesmas, começando a girar em sentidos opostos. O objetivo daquilo, era criar um local de vácuo, para enfraquecer Aqueles corpo e tornar mais fácil de cortá-lo. Notando esse plano ousado, o revolucionário apenas levantou sua mão direita aos céus e falou
— Bem, pode vir!
Quando falou isso, o transmutador de diamante logo transformou seus dedos naquele mineral, fazendo-os “esticar” e se transformarem em lâminas, avançando contra aquele jovem de Buraji tendo o objetivo de o despedaçar em diversos pedaços. O garoto de quatro braços só pode se desviar daquilo, tentando não parar o ritmo daquele seu golpe e se aproximar daquele inimigo, pensando consigo mesmo
“Certo, não é problema!! Eu vou usar isso, pra aplicar minha força nas pernas também, chutando o chão para correr e dobrar minha velocidade!”
O lutador de espadas parecia confiante com aquilo, pois mesmo com dificuldade, ele conseguiu se desviar dos ataques daquele inimigo. Mas, quando atravessou o último diamante cortante, ele se deu de cara com seu inimigo. O homem-diamante estava acumulando energia solar no seu braço esquerdo, se aproveitando da cristalização do seu braço por conta do diamante. Ao fim daquele acúmulo, aquele homem usou da refração para jogar aqueles raios contra o espadachim em movimento. A energia ali era tanta, que quando foi posta no ar ela acabou por destruir as moléculas do mesmo. Notando isso, Samuel rapidamente se moveu para o lado, quebrando seu movimenta de avanço e sendo obrigado a parar, mas conseguindo esquivar daquele raio de energia no fim disso
— Merda! Pelo menos eu escapei!!
Então, focando novamente os olhos em seu inimigo, o jovem ficou pronto para avançar. Mas, algo estranho foi percebido pelo garoto, e era um sorriso no rosto do seu inimigo. O motivo do oponente estar feliz, era até que bastante simples e rápido de se descobrir: O plano dele tinha dado certo. Desde o começo, o plano do “Reflector” era fazer aquele poderoso raio colidir contra seus dedos de diamante, para que ele fosse dividido em vários outros e então jogado contra o espadachim de novo. E, sem ter notado a tempo esse plano, o garoto de Buraji acabou por tomar o golpe em sua totalidade, uma explosão que teve força suficiente para gerar pequenos terremotos pela capital
— Missão completa!
Disse o homem-diamante, enquanto retornava seu corpo ao seu estado normal, vendo toda aquela fumaça levantada. Entretanto surpreendendo aquele homem, o espadachim Samuel se encontra ainda de pé, por mais que extremamente machucado, e ainda em posição para atacar. Notando o jovial vivo, ele apenas fala
— Garoto… ainda quer brincar de espadachim, é? Se for assim, aceito seu desafio, lhe matarei na sua própria área!
Reflector, logo transmutou seus dois braços para espadas de diamante, se preparando para a batalha. Já o defensor do Kura, apenas voltou a rodar com toda a força suas espadas, e se preparar para o golpe final
— Ei, velho do Diamante! Antes do final desse embate, pode me dizer seu nome e para que luta?
Samuel disse isso cuspindo sangue, e olhando seriamente o seu inimigo. O executivo, notando aquela determinação latente emanando do seu inimigo, não pôde deixar de se animar com aquilo, sorrindo e falando
— Meu nome verdadeiro é Luan, e eu luto aqui, pois acredito nas vontades do meu chefe! E você, garoto?
Aquele homem respondia aquela demonstração de honra na mesma intensidade, querendo ser o mais respeitoso possível. O jovem Samuel, ainda preparando seus ataques, respondeu aquele homem
— Sabe, durante muito tempo eu sofri um certo preconceito, por conta desse poder… eu luto, apenas para provar que essa habilidade não me torna alguém ruim! Eu me chamo Samuel!!
Então, os dois se encararam por alguns segundos, e ao fim deste tempo se olhando os dois começaram a correr. Aqueles passos eram pesados e indicavam toda a força daqueles guerreiros. Quando finalmente se encontram a uma distância de um metro e meio, os dois se preparam para finalizar o ataque. Então, um som agudo de corte pôde ser escutado por várias ruas ao redor, assim como o som de sangue jorrando também. Luan, com um sorriso largo em seu rosto, apenas falou em um tom calmo
— Garoto… você é incrível!
Aparentemente, o homem-diamante não tinha conseguido sequer ver aquele ataque após o jovem dobrar de velocidade, e assim não conseguiu se transformar no material raro. Samuel, também sorrindo e com sangue jorrando de seu peito e braços, apenas respondeu
— Obrigado pela torcida… homem de diamante!!
O jovem, guardou as suas espadas na bainha, saindo da pose de batalha e ficando totalmente em pé. O transmutador em diamante, ainda sorrindo, logo começou a cair no solo. A barriga daquele homem estava totalmente aberta e seus órgãos estavam caindo para fora de seu corpo. Com suas últimas forças acumuladas, Luan disse
— Aparentemente, até diamante não pode resistir a sua espada!!
Com a queda daquele homem gigantesco, a luta finalmente foi encerrada, com Samuel simplesmente indo embora do lugar.
Jaguar, em outro canto da cidade, estava caído no chão já na sua forma comum, tendo vários e vários machucados em todo o seu corpo. A mulher com quem ele lutava, porém, estava quase que ilesa e zombando daquele pobre animal
— Bicho pulguento! Achou mesmo que tinha como vencer?! Nem se você fosse infectado com raiva, ia me representar perigo!!
A mulher gritou isso, chutando brutalmente aquele pobre canino quadrúpede. O lobo, se agonizando em dor, logo começou a ter algumas lembranças com o Humaitá. Em uma dessas, o indigena lhe falava
— Ei, Jaguar! Vamos ver se você consegue virar macacos, sem os ver pessoalmente! Tente imitar esse daqui!!
Ele falou aquilo e então mostrou a imagem um gorila do tamanho de montanhas. A lembrança do Jaguar terminou ali, pois o mesmo não lê lembrava o’que ocorreu depois deles terem testado aquilo. Mas, quando se lembrou do macaco gigante e da imagem do mesmo, mudanças começaram a acontecer em seu corpo, com o mesmo crescendo de forma absurda
— Que?! Mas que porra?!
Disse a mulher que o espancava, notando que em poucos segundos aquele lobo tinha atingido o mesmo tamanho que ela, e que o animal não parava de aumentar. As patas do jaguar se tornaram em mãos, e seu tamanho foi superando o das casas em volta e continuou a crescer. No final dessa transformação, o lobo-guará ficou do tamanho de uma montanha e parecido com aquele gorila que lhe tinha sido mostrado pelo Humaitá. Então, nessa nova forma, o amigo dos protagonistas rugiu, um rugido extremamente assustador e ensurdecedor.
Paralelo a isso, próximo do castelo do rei, Shiawase, Kura e Ivo chegam na capital real, estando prontos para a guerra
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