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    A garota imortal, após aqueles acontecimentos no beco, começou a seguir seu caminho através das vielas daquela cidade, estando em silêncio enquanto caminhava, pensando consigo mesma:

    “Merda, que chatice! Eu tento ajudar, e não recebo nenhum agradecimento!”

    Enquanto caminhava, a jovem notou algo de estranho atrás da mesma, e de forma astuta, a garota decidiu adentrar um dos milhares de becos daquela cidade, atraindo aquele que a perseguia para lá. Quando ambos finalmente ficaram sozinhos, a garota afirmou:

    — Aí, fala o que tu quer, panaca!

    De dentro de uma das sombras do beco, um corpo humano se formou e saiu, revelando ser o militar Khayal. Encarando aquela moça, o homem começou a falar:

    — Eu sou um agente da lei, meu nome é Khayal! Recebi uma missão recentemente, destinada a capturar uma garota imortal.

    Ouvindo aquilo, a moça de roupas coladas se virou para o agente da lei, respondendo para ele:

    — É? E porquê tu acha que sou eu?!

    Escutando aquilo, o homem-imaginação percebeu a hostilidade na voz daquela garota, ficando com a guarda alta, enquanto respondia a mesma:

    — Bem, o fato de você morrer e voltar à vida, é só uma das coisas que me fez suspeitar! Porém, os números do seu braço, são outros pontos de teorias por minha parte! Sabe, suspeito que sejam seu tempo de vida, ou alguma coisa do tipo.

    A mulher, escutando a forma como aquela explicação se aproximou da realidade, rapidamente ela começou a bater palmas, dizendo:

    — Olha só, temos um gênio aqui! Mas…

    De surpresa, a garota se jogou na direção do agente da lei, mirando um poderoso soco na direção do rosto do mesmo. Khayal, notando o golpe vindo em sua direção, agilmente se desviou indo para o lado de fora do ataque, ganhando certa dominância de terreno por cima da jovem. Logo, o colega militar do Kura, rapidamente ativou os seus poderes, criando sua redoma em volta dele e da jovem imortal. Ali dentro, Khayal criou uma espada através de sua imaginação, avançando contra a garota, com a mesma dizendo ao notar aquilo:

    — Ah, não seja idiota! Você viu o que aconteceu quando me mataram!

    A moça imortal, rapidamente tentou acertar outro soco contra a cara daquele homem-imaginação, mas antes que seu punho sequer chegasse perto da face do miliciano, a lâmina criada pelos poderes daquele rapaz acertaram o corpo da moça que transcendia o conceito de morte, partindo a mesma brutalmente ao meio, em um corte horizontal perfeito. A mulher, caindo dividida no chão, começou a gritar:

    — TU SE FUDEU, OTÁRIO! QUANDO EU MORRO, AQUELA CRIATURA APARECE E-

    Enquanto falava eufórica, algo chamou a atenção da garota, sendo esse o fato de a mesma não estar sangrando, ou sequer sentindo dor alguma, mesmo estando fatiada no meio. Logo, Khayal separou a cabeça da mesma do corpo, enquanto fala:

    — Sim, eu percebi! Sabe, meu poder envolve a imaginação, eu basicamente consigo tornar real tudo que consigo imaginar! Então, para contornar o problema daquela criatura, bastou eu imaginar uma espada que te corta, mas não mata ou gera dor!

    A mulher, sendo agora apenas uma cabeça decepada, começou a resmungar:

    — Ei, isso não é justo! Como vamos lutar de forma justa, se seu poder é essa porra quebrada, e o meu só ativa se eu morrer?!

    Brincando com a cabeça da garota, o rapaz criador de itens imaginários começou a tirar aquela cabeça igual uma bola de basquete, enquanto fala para a garota:

    — Não sei, aí você reclama com Deus, ou algo do tipo!

    Irritada com a forma que estava sendo tratada, a jovem da cabeça decepada começou a escandalizar:

    — O QUÊ VOCÊ QUER, PORRA?!

    Khayal, segurando a mesma por seu rabo de cavalo loiro, logo começou a explicar:

    — Onsterflike Maria, nascida em um ano atualmente desconhecido. Sua existência era uma lenda urbana, até que atividades estranhas aconteceram recentemente, coisa que chamou a atenção da líder Krafitg, que me mandou investigar. Meu nome é Khayal D. Storm! E sou um militar dessa nação!

    Maria, escutando toda aquela falação, acabou por ter interesse em dois pontos específicos, afirmando-os para aquele rapaz:

    — Para a sua informação, eu nasci há mil anos! E, sobre você, eu conheço essa sua família! Vocês eram aristocratas famosos há uns quinhentos anos, e esbanjava uma marca de lua no corpo-

    Antes da garota continuar, o homem-imaginação jogou a cabeça da mesma com tudo contra uma parede do beco, a prendendo ali e respondendo aquela jovem:

    — Primeiro: não lembro de te perguntar absolutamente nada sobre você, ou sobre mim! Segundo: não se ache importante, eu apenas não te matei, pois minhas ordens eram de te levar viva até a Krafitg! Se eu tivesse que te eliminar, tenho certeza de que eu acharia um jeito!

    Logo, o homem criativo, ativou novamente sua redoma de imaginação, começando a fazer o corpo da capturada flutuar em suas costas, a carregando pelo ar. Maria, com todas aquelas falas, apenas ditou em um tom irônico:

    — Nossa, que estressado! Tá de TPM, amigo? Tem chocolates no meu bolso, se precisar!

    O militar seguiu calado, ignorando as provocações daquela garota fatiada. Esse silêncio durou, até que ambos chegassem na frente da mulher de pele morena, onde o rapaz de poderes imaginários, largou a moça fatiada, afirmando:

    — Aqui tá seu pedido, chefe Krafitg! Agora, decida o que você vai fazer com ela!

    No chão, extremamente irritada com a forma que era tratada, a garota grita:

    — EU QUERO OS MEUS ADVOGADOS!

    Krafitg, vendo o escândalo da garota imortal, rapidamente bateu uma embaixadinha com a cabeça da mesma, segurando-a em suas mãos e afirmando:

    — Ei, calma aí! Seus direitos vão ser respeitados, tá bom?

    A garota, agora na palma da mão da líder da nação de Buraji, rapidamente retruca a mesma:

    — Respeitados?! Eu tô só como uma cabeça, mulher! Onde que isso é respeito?!

    A mulher de pele morena, escutando aquela afronta, logo responde para a aparente adolescente:

    — Sabe, seus poderes parecem úteis para a nação! Afinal, alguém que não pode ser mortal, pois acaba exterminando quem a assassina, é realmente uma arma útil! Entretanto, compreendo que isso possa parecer desumano da minha parte, te enxergar só como uma arma!

    Pegando o tronco da garota, a mulher de cabelos loiros encaixa a cabeça decepada de volta no tronco, enquanto continua a falar:

    — Se você aceitar, irei te tratar como uma membra do exército, por notar que você deseja fazer o bem por aí! Afinal, você começou como uma lenda urbana benigna.

    Ouvindo aquilo, Maria ficou extremamente curiosa, indo direto na pergunta que pairou em sua mente:

    — E se eu negar?

    Krafitg, escutando aquilo, respondeu:

    — Então, eu darei ordens para o Khayal imaginar algo, que te deixei o resto da eternidade presa!

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