Índice de Capítulo

    Pelo setor de número 13, Kevyn puxou o primeiro livro e então usou seus olhos. “Quanto de energia eu posso usar?”, pensou e ativou somente um de seus olhos em 10.000%.

    Em 54 milésimos, ele leu e terminou o mesmo, assim, botou de volta na prateleira e foi para o próximo. 

    Ciclo vicioso.

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    “Quantos anos se passaram? Minha cabeça ficou nos livros, mas… quê? Onde eu estou mesmo?”, ao olhar à sua volta, ele lembrou imediatamente e seu cérebro ignorou todos os 450 anos parados no tempo.

    — Você está bem, meu jovem? — A mesma senhora da recepção ficou preocupada ao vê-lo lendo por duas horas.

    — Só um pouco… cansado, mas nada de mais. Enfim, eu vou indo, obrigado. — Ele acenou e caminhou para fora.

    Ao pisar na calçada na frente da biblioteca, o garoto sentiu sua pressão cair levemente, mas retornou e ficou de pé. “O que foi isso do nada? Ahgr!”, se recompôs e botou a mão na cabeça.

    — Tudo bem… 

    O príncipe então pensou: “Encontros, namoros… beijo, encontros, namoros! Hm… não parece certo, mas eu já sei o que fazer”, ele sorriu e procurou por algo.

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    Dada a hora do almoço, Kevyn caminhou de volta para casa. “Restaurante alugado e têm essa coisinha aqui…”, pensou o garoto, que olhou para duas alianças em sua mão, uma de ouro branco e a outra de ouro negro. 

    A primeira com um desenho de lua feita de ouro branco e a outra com o desenho de um sol de ouro negro. 

    — Vou me dar para você e ficar com você pra mim — falou baixinho ao mesmo tempo que as guardava em uma caixinha e as botava na bolsa dimensional.

    Ao chegar em casa, o príncipe viu sua amada no fogão. Surpreso, ele deu um passo para trás.

    Após tanto o observar, Night sabia que não precisava guerrear com as panelas para fazer um simples almoço.

    — Cheguei…?

    — Oi, Oi! — Ela olhou para ele e piscou duas vezes.

    Corado, Kevyn desviou o olhar e não sabia se corria pela porta ou ficava. — Ah! Para com isso! 

    — O que foi?

    — Você está sendo muito… não sei! Não tô acostumado com isso!

    Sem entender absolutamente nada, ela também corou e olhou para a panela. — Desculpa… eu não estive sendo muito clara.

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    Assim anoiteceu, arrumados, Kevyn e Night olharam um para o outro com certa tensão. O garoto desviou o olhar milhares de vezes, a garota o mesmo. Entretanto, ela abaixou a cabeça e cerrou seus punhos por um momento.

    “Ele tem tomado tanta atitude, quando eu me tornei tão fraca?”, a demônio olhou para o terno branco de seu amado, pegou-o pelo braço e o puxou para um beijo.

    Só que, ela foi rápida demais e bateu seus dentes.

    — Ah! — O garoto pôs a mão em sua boca.

    Envergonhada, Night levemente mostrou um pouco de seu ombro e disse: — Eu demorei tanto para me arrumar, olha para mim um pouquinho. — Ela sorriu um pouco tímida.

    Ao ouvi-la, os olhos do príncipe brilharam e ele então olhou-a de baixo a cima, percebendo seu vestido negro, seu pescoço nu e seu cabelo levemente mais ondulado e arrumado.

    A máscara de Kevyn se desfez e, tão envergonhado, o garoto tentou lacrimejar, mas nada saiu, seu rosto não reagiu, mas corou. 

    “Eu sei o que tentou, mas eu estou aqui, cuidarei de você…”, ela pensou para si mesma e tocou o peito do príncipe.

    Um sorriso no rosto do garoto se abriu, mas aquilo não pareceu real. No fundo, o demônio soube que a máscara voltou.

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    De mãos dadas, os dois chegaram ao restaurante, um luxuoso lugar que, só de entrar, dava para ver o quanto era caro.

    Kevyn guiou sua arma consigo e levou-a até a mesa onde comeriam. Ele puxou a cadeira para ela, onde Night se sentou e, do lado oposto, o menino também assentou.

    Quietos, um leve encarar. “Kevyn, eu te amo… nunca, em nenhum momento da minha vida, eu teria tudo que você me dá”, disse a garota.

    Príncipe levemente arregalou seus olhos e respondeu: “Eu também te amo, muito… eu quero poder aproveitar tudo isso com você, só não estou conseguindo pensar no que fazer agora…”, olhou para a superfície da mesa.

    “Tá tudo bem”, Night sorriu.

    — Sabe… às vezes eu queria poder só te abraçar e nunca mais soltar — disse o garoto, que estendeu suas mãos sobre a mesa e olhou-a nos olhos.

    “Estamos sem dinheiro, não é? Não se preocupe, eu vou conseguir um dinheiro para a gente e eu prometo voltar cedo para você me abraçar o quanto quiser”, ela levou sua mão até a dele para as juntar e entrelaçar seus dedos.

    Uma pequena intromissão, um garçom, veio até eles e deixou a comida que Kevyn pediu quando comprou a mesa.

    Algo não tão sofisticado, simples e bem… genérico de romances, ele pediu um prato de espaguete com almôndegas para os dois. Night entendeu o jogo dele.

    Os dois puxaram seus respectivos garfos e, com uma garfada de cada, um comer do espaguete.

    “Kevyn, por que você gosta de mim? Eu te atacava, vivia te fazendo mal e… te mandando certas coisas”, ela desviou o olhar. 

    “É porque eu gosto do seu toque, você não tem hostilidade, é leve e fofa”, sorriu e sugou seu macarrão.

    A garota cortou sua massa, mas não era por não querer beijá-lo. “Desculpa, eu acho que isso não tá te fazendo mal, vamos tentar diminuir a frequência, tudo bem?”, ela lambeu seus lábios. “Só que eu vou exigir bastante de você”.

    Corado, o garoto respondeu:

    — Tudo bem por mim, só quero que você se sinta bem.

    — E eu tô, mas você também é importante…

    Após engolir seu espaguete, Kevyn franziu a testa e suspirou. — Você não era assim, cadê a minha Night?

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    Após terminarem o jantar, o garçom veio até a mesa com uma bebida. O borbulhar dentro do recipiente, uma leve troca de olhares. Night então os serviu e sorriu.

    O garoto desviou seus olhos e reclamou baixinho:

    — Eu quem deveria ter servido…

    A demônio percebeu e então tomou todo o “refrigerante” de seu corpo. — Que tal dividirmos o copo? Kuku…

    O príncipe inclinou a cabeça meio sorridente. — Que nojo! Tudo bem, eu aceito — debochou.

    — Bobo. — Ela pegou outra garfada do espaguete.

    — Boba. — Fez o mesmo.

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