Índice de Capítulo

    Logo pela manhã, Kevyn estava na biblioteca desenhando. “A Night me acostumou a acordar cedo… que saudade”, pensou cabisbaixo, mas logo ergueu a cabeça e continuou o desenho.

    Passando pela biblioteca, Aradam observou o garoto por alguns segundos, pensando: “Que lindinho, a falta da espada fez ele praticar outras coisas, acho que vou preparar um café para apreciar esse momento”, saiu do local.

    Saindo da sombra do garoto, Klei se materializou atrás dele e observou o desenho.

    “O que seria isso? Parece uma armadura, mas ela tem um cachecol? Também tem esses “chifres” e essa espada… não vou questionar seus gostos”, ignorando o desenho, o homem perguntou:

    — Já está acordado?

    Se assustando, Kevyn deu um pequeno pulo, encarando seu pai e respondendo: — E-eu tô!

    — Pode me dizer uma coisa?

    — Hm?

    — Está precisando de alguma coisa?

    Surpreso com a pergunta, o garoto desviou o olhar por um momento. — A-ah! Não, não!

    Mantendo-se sério, perguntou novamente: — Tem certeza?

    Retomando a compostura, Kevyn encarou a mesa em silêncio. Depois de alguns segundos, ele olhou para seu pai e respondeu: — Não, nada.

    — Aff… tudo bem, então. — Reclamou, saindo da biblioteca.

    “Ah! Será que eu deveria ter pedido algo? Tudo bem, vou continuar desenhando!”, pensou, pegando seu lápis e continuando seu desenho.

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    Voltando para a biblioteca com seu café em mãos, Aradam se sentou e observou o garoto desenhando.

    “É tão bom ver ele tendo passatempos e fazendo o que gosta… ter conhecido aquele moleque na escola mudou ele. Pedidos… egoístas… eu me lembro quando ele me pediu materiais para desenho”, sorrindo, a mulher tomou um gole do seu café. “Conhecer a princesa, né? Será que eles vão se dar bem? Ela é mais velha, então imagino que… hum… não acho que o Kevyn vá pensar essas coisas, ele é bem ingênuo ainda! Devo estar criando histórias demais”, pensou, tremendo um pouco, mas tomando outro gole.

    Terminando seu desenho, Kevyn guardou-o em uma pasta. Sorrindo pelo resultado, ele percebeu um olhar em sua direção.

    Ao ver Aradam, o garoto inquietamente deitou sua cabeça na mesa, mas assim que baixou totalmente, ela o chamou:

    — Então, Kevyn, vamos para o castelo?

    Levantando sua cabeça, um pouco emburrado, o garoto pensou: “Ela só esperou eu deitar minha cabeça!”

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    Saindo da mansão, eles caminham para a cidade. Por Kevyn poder ser sequestrado, eles moravam em uma colina próxima.

    Sorrindo, Aradam botou a mão no ombro do garoto. — Vai brincar com a princesinha, né?

    — Sim, vai ser legal fazer uma amiga, aliás, que sorriso é esse?!

    Desviando o olhar por um segundo, a mulher voltou e pôs a mão na cabeça dele. — Um dia você entende.

    Chegando na cidade, eles passam por toda a cidade até, enfim, chegarem no castelo que, assim como todas as casas, era de concreto negro, mas enorme.

    Batendo na porta, os dois são recepcionados por uma mulher de cabelos negros e olhos azuis bem escuros, que disse:

    — Ah… é o filho do Klei. Pode entrar… você não, Aradam.

    Emburrada, Aradam cruzou os braços. — Hm… ok. Enfim, umas sete horas, venho te buscar. — Se inclinando, Aradam beijou a testa de Kevyn e saiu andando e acenando.

    Sorrindo, o garoto acenou de volta. — Tchau!

    — Hm… vem, entre. — A mulher esperou por ele.

    Acompanhando-a, os dois vão para dentro do castelo.

    Chegando até o salão principal, Mouth estava sendo arrumado pelas empregadas. Vendo o garoto, ele rapidamente o cumprimentou:

    — Sir. Kevyn, como está?

    “Assim que é ser um rei?! Que legal!”, percebendo a pergunta do homem, Kevyn o respondeu: — Estou bem e você?

    Vendo-os conversando, a mulher da porta se retirou dali.

    — Estou bem também. Ah! Não ligue para minha mulher, ela é um pouco ranzinza, mas enfim… a Kelly está te esperando no quarto, é só acompanhar uma das empregadas que ela te levará.

    Uma empregada foi até ao lado do garoto e se curvou por um instante, aguardando-o. Olhando para Mouth, ele sorriu, dizendo: — Tá bom.

    Acompanhando a empregada, Kevyn pensou: “A convivência deles é totalmente diferente… o jeito que as empregadas são tratadas… pelo visto, não têm segurança quase nenhuma também”.

    Chegando até o quarto, a mulher abriu a porta para o garoto e se retirou. Entrando no quarto, o garoto fechou a porta e, quando olhou para trás, viu uma menina de cabelo cinza.

    Se sentando em sua cama, ela se espreguiçou e mostrou seu olhar de mirtilo. Após terminar, ela disse:

    — Então, é você quem venceu o torneio?

    Vendo seu cabelo bagunçado, sorrindo, Kevyn se aproximou um pouco da cama e respondeu: — Sim.

    — Qual é o seu nome?

    — É Kevyn… Calamith.

    Bocejando, ela sorriu. — Temos nomes parecidos.

    — Sim.

    — Por que não se senta? Não precisa ficar com vergonha. O que gosta de fazer?

    Se sentando na cama, um pouco tímido, Kevyn encarou-a. — Gosto de desenhar e escrever algumas cartas…

    — Escrever cartas? Hm… gosto de fazer cosplays, ver animes e jogar!

    “Quê?”, sem entender absolutamente nada do que ela está falando, o garoto tentou disfarçar. — Parece ser legal! Quantos anos você tem?

    “Ele nunca viu aquele meme que nunca se deve perguntar a idade de uma mulher? Ah! Ele não parece ter achado estranho”, sorrindo, cruzou os braços, respondendo: — Bem… tenho 8 anos, mas e você?

    “Todo mundo que eu conheço é mais velho que eu… não existe ninguém da minha idade?”, desiludido, Kevyn suspirou. — Tenho… 4 anos.

    “Ele conseguiu vencer o torneio com essa idade?”, pensou, percebendo o suspiro. — A-ah! Você é tão novo!

    — Hm… — Desviando o olhar, o garoto não sabia o que falar.

    “Será que estraguei tudo? Dá pra ver pela cara dele que não conversa muito”, pensando no que fazer, Kelly tem uma ideia.

    — Já sei! Vamos sair para comprar alguma coisa!

    Apoie-me

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota