Índice de Capítulo

    Pelas ruas, os dois jovens chegam a uma região mais rica da cidade, as casas brancas e gigantes para o pobre menino que, surpreso, perguntou:

    — Sue, você é rica?!

    Ela riu. — Você me deu um apelido, hein? Acho que também vou te dar um… mas, não, em teoria eu vivo na média, meu pai é eletricista, não ganha muito.

    — Ei, sabia que um eletricista ganha muito bem? Em comparação com os outros trabalhos, pelo risco, eles acabam ganhando um pouco mais.

    — Exatamente, mas é só um pouco, hein? — Purryn colocou as mãos para trás das costas e segurou seu pulso.

    — Se a sua casa for a maior, eu vou chorar, viu?

    — Ah, é? Acho que posso te trazer mais vezes, então, Van Der Kley! 

    — Nossa! Que apelido péssimo!!! — Ele virou a cara e riu dela.

    — Hein?! Não vale! Você só pegou 3 palavras do meu nome e disse que é um apelido! — Ela bateu a cabeça contra o ombro dele.

    — Tudo bem, deixa eu ver… que tal Sulerza?

    — Eca! Parece que eu sou lerda e surda ao mesmo tempo! — Sue levemente sorriu e inclinou a cabeça. — Que tal… Yelk?

    O garoto encarou-a por um instante e, após sua quietude, respondeu: — Gema de ovo?

    — Gema… eu não sei, é difícil dar apelidos! 

    — Hoho, não se preocupe, eu não preciso de um apelido.

    O chão de asfalto termina e eles enfim chegam na casa da garota que, ao ouvi-lo, fica incomodada e rapidamente dá um soco em seu peito.

    — Não quero ser chamada de Sue se eu não posso te chamar de Ley!

    Surpreso, o garoto sentiu uma forte dor, mas ignorou por um momento. — Ley é bom, me chame assim se quiser, enfim, qual é a sua casa?

    — É aquela: — disse e apontou para a casa logo à frente, melhor, mansão no final da rua, sendo aquele caminho, sem saída, graças à enorme estrutura.

    — Sua casa é… bem grande… 

    Ela tentou aliviar um pouco: — É só isso que ela tem… meu pai é só eletricista, sabe? — Sorriu.

    No fundo, Suedrom sentiu um pouco de angústia. “Você não vai se afastar por eu ser rica, né? Ley…”, pensou e desviou o olhar.

    O menino cutucou a costela dela e então perguntou:

    — Ahhhhhh! Já pode pagar meu almoço, líder da dupla.

    Ao se arrepiar após o toque tão repentino, a garota franziu a testa e reclamou: — Claro que eu pago, seu idiota! Mas eu vou querer que me compense com algo…

    — Tipo?

    — O que as duplas precisam na escola?

    — Ah… elas servem só para alunos poderem cooperar e fazer as atividades juntos, segundo a escola, isso diminui alguns problemas e divide os alunos ruins dos bons, fortes e fracos, entende?

    Pensativa, a garota retirou o sobretudo de seu parceiro e o devolveu. — Sim, até que faz sentido.

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    Dentro da mansão, mármore branco reluzia sob a luz filtrada por lustres de cristal pendendo do teto abobadado. Tudo tão belo, os tapetes espalhados com precisão, as mobílias talhadas de madeira escura e polidas até refletirem vultos, as cortinas pesadas que ondulavam com a brisa quase imperceptível. Um aroma sutil de jasmim flutuava no ar, escondendo algo mais… empregadas?

    Assustado, Kley temeu algumas mulheres que vieram falar com sua parceira.

    — Srta. Suedrom, como foi seu primeiro dia de aula? — Perguntou uma delas.

    — Essa é sua dupla? — Outra, que trouxe algumas roupas já dobradas em suas mãos.

    Ao perceber o vampiro tão tenso, Purryn sorriu e aceitou a roupa. — Vocês tão me fazendo passar vergonha. Sim, ele é, e meu primeiro dia foi legal.

    Atrás das mulheres, a chefe das empregadas, de cabelo branco e negro e olhar tão vazio. — Deem um espaço para ela, por favor.

    Ao ouvirem a chefe, todas as afastaram e deixaram-na seguir. Assim, Suedrom moveu seus braços na direção de seu parceiro e apresentou:

    — Kana, veja! Esse vampiro é o meu parceiro! 

    — Sim, eu vejo, jovem mestra.

    Logo após a afirmação tão monótona, um breve silêncio. “Esse não é o filho daquela mulher?”, mas brevemente quebrado, a empregada mestra, denominada Kana pela sua senhorita, continuou:

    — Fui informada de que vocês deverão achar uniformes para sua dupla, querem ajuda?

    Purryn colocou as mãos na cintura e disse: — Não!

    — Tão rebelde já nessa idade? — A mulher murmurou.

    Em silêncio, Kley observou com toda sua inexistência, segundos se passaram após a resposta de Suedrom e então Kana se retirou com todas as empregadas.

    Agora livres, a garota de cabelo branco pegou seu parceiro pelo ombro e o arrastou consigo para o segundo andar, o lugar onde os quartos ficariam naquela mansão.

    Breve caminhada pelo piso de lajes escuras resultou na chegada de um quarto de portas fechadas. “Por que a porta é tão grande??”, Kley se perguntou.

    Assim, o abrir da porta, momento de revelação. A luz suave banha o ambiente em um tom jasmim, revelando mais do quarto. As decorações são tão sutis, pequenas luminárias cintilando. E ali, à beira da gigantesca cama, com seus três travesseiros perfeitamente alinhados, bonecas tão fofas que pareciam sorrir.

    Ao canto, um baú fechado. Do outro, um armário branco para combinar com o resto do quarto. Um lugar fofo, digno para uma garota tão mortal. No entanto, algo não tão amigável era uma caixa de vidro em cima de uma mesa, vidro esse que estava cheio de teia de aranha.

    — Esse é o meu quarto! — Animada, a garota ergueu seus braços.

    — Ele é um quarto muito grande! Parece do tamanho da minha casa! 

    Um sorriso se formou nos lábios de Suedrom, ela caminhou até sua cama e se sentou. Tão solene, ela encarou-o ainda com toda sua postura. Leve cruzar de pernas antecipou sua fala:

    — Sente-se, iremos discutir quais serão nossos uniformes.

    Na frente da enorme cama, um tapete feito de um tecido incrivelmente sensível. Kley tirou seus sapatos e, só de tocar seus pés ainda envoltos em suas meias, um conforto esmagou o garoto, que, com um breve escorregar, sentou-se no tapete bem de frente para sua parceira.

    — Pois bem… se devemos ser elegantes, não consigo pensar em nada além de…

    — Usamos espadas, você manipula escuridão, eu… — Pensativa, Purryn levou sua mão até o queixo e logo continuou — eu uso… isso:

    Leve erguer de mão antecipou uma forte luz. Tão linda e vibrante, Suedrom logo absorveu aquele poder e refletiu sobre.

    — Eu uso a luz?

    — Hmmmm, pelo visto?

    Curiosidade envolveu os olhos da tão linda garota. Com seu calcanhar, ela retirou seus sapatos e apontou seus pés para o garoto.

    — Eu sou a luz, você a escuridão. Se somos os opostos de uma dicotomia, acho que nada mais seria senão ternos, não acha?

    Levemente nervoso, Kley encarou o pé dela e olhou para seu rosto novamente: — Eu diria que sim, mas não qualquer terno.

    — Hm… hmmmmmm… sim, sim. — Com leve erguer de sobrancelhas, a garota abaixou seu pé e espreguiçou-se. — Como a escuridão, um terno negro, como a luz, um terno branco. Nada mais adequado para nós do que essa combinação, hein?

    — Concordo, mas veja por um lado, isso não só combina com nossos poderes, olhe para a cor dos nossos cabelos. — Sorriu.

    — Kukuku? Realmente, proverei isso! Agora, deixando as formalidades, vamos jogar videogame? — Ela abriu um enorme sorriso.

    — Eu uso a luz?

    — Hmmmm, pelo visto?

    Curiosidade envolveu os olhos da tão linda garota. Com seu calcanhar, ela retirou seus sapatos e apontou seus pés para o garoto.

    — Eu sou a luz, você a escuridão. Se somos os opostos de uma dicotomia, acho que nada mais seria senão ternos, não acha?

    Levemente nervoso, Kley encarou o pé dela e olhou para seu rosto novamente: — Eu diria que sim, mas não qualquer terno.

    — Hm… hmmmmmm… sim, sim. — Com leve erguer de sobrancelhas, a garota abaixou seu pé e espreguiçou-se. — Como a escuridão, um terno negro, como a luz, um terno branco. Nada mais adequado para nós do que essa combinação, hein?

    — Concordo, mas veja por um lado, isso não só combina com nossos poderes, olhe para a cor dos nossos cabelos. — Sorriu.

    — Kukuku? Realmente, proverei isso! Agora, deixando as formalidades, vamos jogar videogame? — Ela abriu um enorme sorriso.

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