Capítulo 30 — União estável
Despertando com um brilho intenso em sua face, Kevyn abriu seus olhos e viu uma praia. “O sol está quase se pondo”, pensou, caminhando em direção ao mar, uma brisa fazia seu cabelo balançar, a areia entrava entre seus dedos e, de repente, algo o abraçou por trás.
Sem reação, o garoto sentiu uma respiração em sua nuca, ao mesmo tempo que uma voz feminina acompanhava o respirar:
— Isso é reconfortante, não é?
A garota o abraçou mais forte, prensando seus corpos, enquanto Kevyn respondia: — Sim.
Passando uma de suas mãos pelo dorso até chegar ao rosto dele, ela sussurrou em seu ouvido:
— Está tudo bem agora, estamos juntos.
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Enfim, acordando, Kevyn rapidamente se sentou em sua cama. Ofegante e suado, ele encarou Night que, brilhando suavemente, estava ao seu lado.
Se levantando e respirando fundo, o garoto tocou seu pescoço, percebendo que estava mais quente do que o comum. “Eu me sentiria fraco se estivesse com febre, então por quê?”, pensou, indo até a janela e se refrescando um pouco, seu cabelo voltou ao branco.
Corando, ele olhou para a lua sendo refletida pela maré, lembrando do sonho mais uma vez, ao observar a areia sendo arrastada pelo mar. “Aquele sentimento, o toque… pareceu tão real, eu queria tanto que ela tivesse uma forma… arh… o que eu tô pensando?”, não conseguindo tirar Night da cabeça, foi tomar um banho.
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O tempo então se passou, e ao sair do banheiro, Kevyn pegou sua espada e saiu de casa, indo até a beira do oceano. Tirando uma toalha de praia de sua bolsa dimensional, ele forrou-a na areia e se sentou enquanto, abraçado em Night, observava o horizonte.
— Você continua um pouco torta, eu gosto de saber que nunca vai existir uma espada igual a você. — Sorrindo levemente, o garoto retirou o paninho encantado da bolsa e deixou sua espada em seu colo. Ele começou a limpá-la.
Vendo-a brilhar tão suavemente quanto a brisa fria do mar, Kevyn sorriu e fechou seus olhos.
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Da janela da cozinha, Aradam e Améli observavam-no, quietas.
Quebrando o silêncio, Améli disse: — Mesmo sabendo que aquela espada é viva, eu ainda acho a relação dos dois muito estranha.
Concordando com a cabeça. — Sim, mas pelo… o que a patroa falou, o Daniel descobriu algumas coisas.
— Hm? Algumas coisas?
Se aproximando dela, Aradam falou bem baixinho para que Klei não pudesse escutar das sombras: — O Daniel quer treinar o garoto e ensiná-lo a controlar a espada.
Percebendo o que ela fez, Améli faz o mesmo que sua amada. — Entendo, não acredito que o ex-general de Seyfu viraria mestre de alguém, mas a Astéria falou algo em relação ao porquê ele quer treinar?
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— Moh! Nós sabemos muito bem que ele sempre amou a Astéria, se ele puder fazer algo por ela, ele vai fazer.
Voltando a falar no volume normal, Améli voltou a encarar o garoto, dizendo: — Entendi, mas sabemos que vai ser uma escolha difícil, principalmente se afastar da gente.
— Isso é óbvio, mas não vai ser aqueles dois quem vai decidir, vai ser o próprio garoto.
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Ao nascer do sol, de forma imparável, Kevyn treinava, desferindo inúmeros cortes no ar. Em diversos momentos, ele soltava sua espada e pegava com a outra mão, mantendo a constância e latência de cada golpe.
Sendo um dragão, seu fôlego se mantinha por um longo tempo e, ao se cansar, o garoto soltou uma leve chama de sua respiração. Fincando-se na areia, ele se espreguiçou e disse:
— Night, quando saímos ontem, ouvi dizer que as pessoas estão tendo problemas com slimes, vamos dar uma ajudinha a esses humanos?
Vendo-a brilhar duas vezes, Kevyn sorriu e olhou para casa, percebendo que estava sendo observado por sua mãe. Retirando Night do chão e correndo até ela, o garoto ergueu sua espada e falou com o maior entusiasmo:
— Mãe! Eu posso sair para caçar slimes?!
Vendo toda a animação dele, Astéria levemente bocejou e respondeu enquanto voltava para dentro de casa: — Claro, claro, só não arrumei problemas.
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Perdendo toda sua graça e abraçando Night, ele pensou: “Isso foi fácil demais”, sorrindo, o garoto saiu correndo pela praia que, refletindo agora a luz do sol, fazia seu cabelo ficar negro.
Atrás da casa, uma floresta tropical, a mesma da trilha direcionando a cidade, mas também havia outro caminho que levava até a planície.
Achando uma placa indicando o local, Kevyn logo seguiu adiante.
Passando pelo bosque com seus pés descalços, pisando no chão de terra, quebrando galhos, amassando folhas secas, o sol quase não o alcançava, fazia-o se sentir tão livre.
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Após um tempo, sua caminhada termina em uma imensa planície. Podendo ver as colinas e montanhas do final da floresta, slimes pulavam e brincavam em todo o local.
Havia milhares daquelas criaturas e, caminhando um pouco mais adiante, o sol novamente chega até seus olhos e suas pupilas se contraem. Fincando Night no chão e se espreguiçando, Kevyn falou o seguinte para sua espada:
— Fora a grama, os Slimes também devoram animais, por mais de não comerem toda a grama, eles invadem as fazendas e, por grande maioria das vezes, entregam todo o trabalho dos fazendeiros e artesãos! No entanto, eles também podem ser usados para fazer doces, mas isso é quando a gosma deles vai para o estado líquido ao morrerem. Vamos tentar levar o máximo dessas gosmas, ok?
Vendo-a brilhar duas vezes, o garoto sorriu e retirou um balde de água de sua bolsa dimensional. Deixando o recipiente no chão, ele tirou sua espada do chão e a botou no ombro.
Caminhando em direção ao primeiro grupo de seis Slimes perto de um pequeno laguinho, de maneira alegre, Kevyn os via brincando enquanto dizia:
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— Vamos lá!
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