Índice de Capítulo

    Abaixando sua arma, Sakazuki sorriu de maneira sádica e gritou:

    — Pirralho, eu… VOU TE MATAR!!!

    Recuando, o braço atingido de Kevyn esguichou sangue, jogando a bala para fora. “Eu cuido dos seus ferimentos, tente não morrer”, disse Night, coagulando a ferida.

    Puxando o gatilho, Sakazuki tentou novamente, mas cortando os projéteis, o garoto rapidamente avançou em sua direção.

    Mantendo seu sorriso, o homem criou uma espada de ouro e desferiu um ataque no menino, que também desferiu um corte.

    No que parecia começar um embate de força, não foi nada além de uma ilusão. Night fatiou o ouro como se não fosse nada e, criando uma barreira dourada triplamente reforçada, Sakazuki conseguiu se defender.

    Se afastando, os dois se encaravam com leves sorrisos. Passando a mão nas costas, Sakazuki desembainhou uma espada de trás de seu casaco, em sua lâmina, detalhes dourados como trovões.

    Gargalhando, o homem apontou sua katana para ele, debochando:

    — WoRaRaRaRaRaRa! Pirralho! Vamos ver o que consegue fazer!!!

    Respirando profundamente, Sakazuki levemente se agachou. Mantendo a guarda alta, Kevyn se manteve em uma postura defensiva.

    Expirando, o homem disse: — Golden lightning

    De repente, uma explosão de ouro lançou-o em direção ao garoto tão rápido que, quando ele percebeu, seu pescoço havia um corte, mas ele só não havia sido decapitado, por Night ter ido para sua forma original e protegido-o.

    “Sinto muito, eu já não consigo fazer muita coisa”, sua espada disse em um tom cansado, usando de suas últimas energias para curar o pescoço e o braço dele. Ela também se auto imbuiu de fogo.

    Percebendo que aquele seria o último ataque que Night o auxiliaria, ele olhou para Sakazuki que, desacreditado que não acertou, o encarou com certo respeito.

    Erguendo sua enorme espada, o garoto se preparou e…

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    — O Kevyn, o quê?! — gritou Aradam, após saber de algo que Améli contou:

    — Sim, aparentemente ele foi sequestrado — respondeu-a, completamente neutra.

    — Por que está tão calma?!

    Améli suspirou e pôs a mão sobre a cabeça dela. — Não temos a localização dele, foi usado um telefone anônimo.

    — Isso não foi uma resposta.

    — Não podemos fazer nada, só podemos deixar na mão do garoto agora.

    — Pode usar o cadáver do céu, não pode?

    Sorrindo, Améli beijou-a, respondendo: — Você leu minha mente, vamos?

    Os olhos de Aradam se tornam vermelhos e, mantendo um olhar assassino, respondeu: — Vamos.

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    Uma barreira de ouro se desmanchava conforme as caixas à volta dos dois pegavam fogo.

    Night se esgotou e, agora sozinho, Kevyn olhava para Sakazuki à sua frente. Com um sorriso orgulhoso e, vendo-o absorvendo o ouro, o garoto disse:

    — Ok… vamos começar.

    — Wowo… belo ataque.

    Ao cair de uma caixa, os dois avançam e colidiram suas espadas, mas dessa vez, a lâmina de Sakazuki não se quebrou.

    Num embate de força, Kevyn percebeu que ele era muito mais forte que si, então, criando uma mão de ossos, tentou acertá-lo.

    O homem percebeu e desviou por pouco, mas se aproveitando disso, de forma dançante, ele levemente recuou, criando, a partir do chão, uma estaca dourada em direção à barriga do menino que desviou, mas teve sua costela cortada de raspão.

    Se aproveitando da guarda baixa do garoto, então, no mesmo momento, Sakazuki voltou e terminou de cortar a costela dele.

    Se afastando, o menino pôs a mão sobre o corte, tentando parar o sangramento, mas quando percebeu, Sakazuki lhe deu um chute bem no centro da barriga, arremessando-o em uma parede de caixas que mal se mexeram pelo… o que havia dentro delas.

    Caindo de pé, mas tropeçando pela dor, Kevyn olhou para seu inimigo que, rindo, disse:

    — WoRaRa!!! Você parece debilitado, não?!

    Sakazuki voltou a avançar freneticamente, mas quando percebeu, algo parecia diferente, a feição do garoto estava diferente e, ao tentar acertá-lo, nada aconteceu.

    Levando a mão sobre o centro do peito dele, a palma do garoto encheu-se de fogo. Com cortes sendo feitos por todo seu braço e destruindo sua blusa.

    Kevyn desativou o branco, sendo acertado pelo homem em seu braço já cortado, mas ignorando tudo, no mesmo momento, potencializou e criou-se uma explosão de fogo tão forte, que Sakazuki foi expurgado, atravessando corredores de caixas, até bater na parede metálica do galpão.

    Cerrando seus dentes, uma dor latente o fez não conseguir respirar. Quando abriu seus olhos, Kevyn estava em sua frente com seu braço banhado em chamas carmesins.

    Sem se quer conseguir reagir, Sakazuki levou um soco na cara e, explodindo em fogo, atravessou a parede de metal do lugar e caiu sobre a neve do lado de fora.

    Quase perdendo a consciência, Sakazuki tentou se levantar, mas pela pancada na cabeça, caiu no chão de novo.

    Passos foram ouvidos pelo homem que, vendo sangue pingar sobre o chão, viu um braço antes em chamas, agora apagadas, revelando estar totalmente desmantelado. Na outra mão, arrastando uma gigantesca espada, chegando aos olhos de Kevyn, viu-o olhando com modéstia.

    — Não quero ter que te matar também, por isso vou te deixar vivo, boa sorte.

    Após ouvi-lo, Sakazuki simplesmente perdeu a consciência e, se virando, Kevyn voltou para dentro.

    Passando pelo local todo em chamas, os homens restantes preferiram resgatar seu chefe e fugir ao invés de atacar o garoto que, indo até a princesa, foi para trás da cadeira e cortou suas costas com os dentes.

    Mal conseguindo erguer seu braço cortado, quando pensou em largar Night, ela virou um anel, facilitando para que ele botasse Kelly em suas costas, mesmo com dificuldade.

    Sentindo uma enorme dor em sua costela, Kevyn se arrastou para fora do lugar. “Está nevando”, pensou ao abrir a porta, mas quando os flocos gelados tocaram sua pele cortada, uma cadeia de dor se iniciou a cada passo que dava, tentando suportar, ele continuou.

    “Um galpão isolado numa floresta, eu preciso suportar até chegar na cidade”, perdido em sua própria cabeça, o garoto estava quase delirando pela perda de sangue, adentrando a floresta à sua frente, ele pisou nos galhos e seguiu em frente.

    Tentando suportar ao máximo, dentro de poucos minutos, o corpo de Kevyn não aguentou e desabou no chão, ainda consciente, ele pensou: “Se eu pelo menos tivesse levado o Humbra comigo, arh! Não dá pra pensar nisso agora, eu preciso… pelo menos…”, esticando sua mão para frente, da neve uma gigantesca mão óssea começou a se alavancar, em instantes, ela estava a 70 metros do chão. “Espero que isso sirva para acharem a gente”, fechou seus olhos e, enfim, desmaiou.

    Apoie-me

    Regras dos Comentários:

    • ‣ Seja respeitoso e gentil com os outros leitores.
    • ‣ Evite spoilers do capítulo ou da história.
    • ‣ Comentários ofensivos serão removidos.
    AVALIE ESTE CONTEÚDO
    Avaliação: 0% (0 votos)

    Nota