Índice de Capítulo

    Na mansão, Kevyn andou até seu velho quarto e andou até sua janela. “Não pude aproveitar minha janela”, encarou a cidade lá embaixo e uma sensação de melancolia o tomou.

    Uma sensação de frieza trouxe nostalgia, das suas costas, mãos indelicadas passaram por seu pescoço e, com um abraço, sua progenitora o abraçou.

    — Sinto muito.

    — Pelo quê?

    — Eu não fui muito te ver.

    — Ah… não tem problema.

    — Ainda é de manhã, por que não vai ver a princesa?

    — Vou sim! Mas… não vejo problema em ficar um pouco com você, mãe.

    — Por que não falamos mais tarde? Você só tem hoje e amanhã para ficar aqui em Lycky e eu posso te visitar diferente da princesa.

    — Hm… tudo bem.

    — De noite, vamos conversar.

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    Sozinho, mas com Night em seu dedo, Kevyn caminhou para o castelo de Mouth, ele e Night conversaram mentalmente, mas eram coisas bobas.

    De frente para a porta, o garoto bateu e, após alguns segundos, uma empregada atendeu. Dentro do lugar, ele ouviu que o rei e a rainha não estavam e apenas seguiu para o quarto da princesa.

    Ao entrar, ele foi recebido por Kelly dormindo, estava bem cedo, afinal. O príncipe se aproximou e deu um peteleco na testa dela.

    Um golpe tão de repente fez a garota despertar e, com raiva, ela abriu os olhos e disse:

    — Eu já disse para não fazer isso!!!

    Confuso, Kevyn encarou-a sem entender. — O quê?

    — Ah! Desculpa… eu confundi você com outra pessoa, quanto tempo!

    Algo parecia diferente, mas o garoto ignorou e se sentou na cama para ela se trocar.

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    Um tempo se passa, Kelly se trocou no banheiro e logo saiu, mas ficou parada ali na porta do banheiro.

    O príncipe sorriu para ela e a princesa parece que ficou um pouco desconfortável. Ainda sem entender, o garoto desviou o olhar e então perguntou:

    — Vamos passear?

    A garota desviou o olhar e respondeu: — Ah… claro.

    Eles saíram do castelo e foram para a cidade, caminhando pelas ruas, o silêncio reinou e de nada parece adiantar.

    Na praça, os dois se sentaram em um banco e, em silêncio, Kevyn não sabia o que falar, algo parecia muito errado.

    “Eu já entendi, princesinha, que belo casal você fez com… quem será? Meus parabéns por não conseguir simplesmente agir como uma amiga”, Night, do anel, foi para sua forma física e encarou Kelly, ela olhou para seu amado e então disse:

    — Kevyn, eu vou dar uma volta com a princesa, tudo bem ficar sozinho por um momento?

    O garoto desviou o olhar. — Por que teria problema?

    — Venha Kelly. — A garota esticou a mão para a princesa e aguardou.

    Um leve medo ela sentiu, mas apenas aceitou a mão da garota de olhar morto. Elas então foram para outro lugar, um menos movimentado… a ponte com o corre congelado.

    Night encarou o gelo enquanto Kelly apoiou as costas no corrimão.

    — Por que me trouxe aqui? Quem é você? — perguntou a princesa.

    De maneira assustadora, a demônio encarou a “irmã” de seu parceiro com toda sua raiva. — Eu sou a espada dele, não reconhece?

    — Você é a Night?! — Se assustou.

    — É… eu sou. Mas isso não importa, qual é o seu problema?

    — Problema?

    Night se afastou do corrimão e fez contato visual com a garota. A troca de olhares foi o suficiente para a princesa sentir medo. — Acha que eu não percebi? Está namorando, não é? Eu acho que entendi seu problema, você ainda gosta do meu espadachim, não é?

    — Quê?! Cala a boca! Não é como se soubesse algo sobre mim! — Kelly deu um passo à frente e confrontou-a.

    A demônio só precisou fechar a cara. A princesa deu um passo atrás e abaixou a cabeça.

    — Quero que me ouça, até seu próximo aniversário, eu vou fazer Kevyn se declarar para você, escolha o que quiser fazer. Continuar seu relacionamento, não continuar. Quando chegar o momento, você pode recusar ou aceitar o pedido, mas se você continuar de cu doce com o meu espadachim… eu vou te bater tanto que você vai se arrepender de ter nascido. — Night caminhou de volta para a praça.

    “O que isso significa? Por que ela não fica com ele então?” Kelly franziu a testa e seguiu.

    — Qual é o seu problema?! — gritou a princesa.

    Com uma parada abrupta, a espada olhou para a menina e apenas respondeu: — Ficar com ele? Ponha-se no seu lugar, princesa, você não entende absolutamente nada de mim.

    ❍ ≫ ──── ≪ • ◦ ❍ ◦ • ≫ ──── ≪ ❍

    De olhos fechados, Kevyn dormiu em meio à praça. A volta dele, algumas pessoas se reuniram para olhá-lo por estar com a princesa. Vozes podiam ser ouvidas:

    — Quem é?

    — Ele é filho do Klei! Eu sei o que eu estou falando! Ele estava sendo carregado por ele!

    — Filho? Tipo, Greimor? Impel-sister? Ambik-B?

    — É! Eu tô falando sério!

    — Então ele mora naquela mansão em cima da colina?

    De repente, Night chegou, roubou o garoto do banco e voltou ao lado da princesa no mesmo segundo. A garota não foi percebida e, ao lado de Kelly, ela a olhou e disse:

    — Ele dormiu… viu? É isso que acontece quando deixamos um príncipe dragão sozinho.

    — Do que você tá falando?

    A demônio encarou-a nos olhos e respondeu: — Não finja que não sabe, sua incompetente.

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    Indo em direção ao castelo, as duas primeiras amigas de Kevyn conversaram entre si:

    — Como uma espada tem forma física? Parece um personagem de anime! Esses… esses… que vida injusta — disse Kelly, que desviou o olhar.

    — Por que está mais animada agora? O sermão valeu de alguma coisa?

    — Você disse algo que esclareceu as coisas para mim, então não vou ser sua inimiga por enquanto. — Estalou o dedo indicador com o dedão.

    A demônio sorriu. — Ah, claro! Tem inveja dos meus peitos, é? Sinta-se à vontade para chorar, nunca vai chegar ao meu nível.

    Incomodada, a princesa cruzou os braços. — Eu não me importo com isso. Pelo menos eu tenho um futuro noivo!

    Ao ouvi-la, Night levemente arregalou os olhos e percebeu algo. Ela riu e seu sorriso era ainda mais aterrorizante.

    — Noivo, é? Significa que você vai recusar o Kevyn então.

    — Hm? Mas… não era óbvio? Eu não iria trair quem confia em mim.

    A demônio então riu. — Kukuku você não é muito inteligente princesa, não estamos falando de traição, afinal, vocês nem são casados e… eu creio que você sequer encontrou com ele pessoalmente, não é?

    Kelly se arrepiou e então respondeu: — Como você sabe disso?!

    — Você é uma princesa e seu pai não deixaria casar com qualquer um. Está num casamento arranjado, não é? Acredito que em sua cabeça pense o quão legal é afinal… ah… “eu vejo muitos animes que o casal tem um casamento arranjado e no final eles se amam!” — Revirou os olhos.

    — Por que você é tão inteligente? isso nem faz sentido… mas… é! Você está certa. — Virou a cara.

    Passando pela neve, Night percebeu tomar o rumo da caminhada e as levou até a planície nevada de Lycky. O vento gelado era refrescante e assim como em Emerald, algumas colinas eram vistas ao longe.

    Kelly percebe estar sendo levada, mas como era a espada de seu amigo, ela a deixou levar até uma próxima colina gelada. No topo a demônio se sentou com seu amado e deitou a cabeça dele sobre seu colo.

    A princesa se sentou ao lado dela e encarou os seios da arma viva.

    — Ei… para de olhar, assim eles vão cair que nem os seus! — disse Night.

    — O que disse?! Eu nem tenho peito para eles caírem!

    Após fazê-la afirmar ser uma tábua, a espada riu. — Que bom que sabe, kukukuku.

    Quieta, a garota cruzou seus braços. — Isso não vale.

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