Capítulo 14: Métodos diferentes
Cada professor tem seus métodos para conhecer seus alunos, o de Li Han é através da prática e reflexão, outros como a mentora do jovem Barke prefere iniciar com abordagens invasivas.
O caso da mulher de aparência doce, e interior amargo, Kiti Kuro, de 32 anos, morena bela, de pele branca e macia, olhos esverdeados com pupilas de gato, cabelos lisos curtos, vestes militares, vestindo a sua farda de trabalho, camisa preta com botões, gravata azul e calça jeans cinza, apertada com o cinto de branco com fivela metálica, botas de couro sintético reforçado, com pelugem preta por cima, na cabeça, chapéu quepe de aba preta e a parte superior sendo branca, apertada através de uma faixa vermelha circular, a frente a o broché grudado, com o símbolo da polícia militar da jurisdição de Mu, um círculo com as bordas tricotadas com fios marrom formando nós que lembram galhos de árvore, por dentro, o círculo é preenchido em vermelho, onde há o desenho da grande torre celeste que chega quase ao topo do círculo porém acima dela o céu brilhante, marcando sua patente a três pequenas estrelas de cinco pontas metálicas douradas, duas posicionadas ao lado da torre mas em lados opostos e outra acima. Uma faixa em seu braço, possui outro broche, com o símbolo do exército, com o desenho de uma pedra de jade sobre um talismã.
Posicionando todos seus alunos em fileira como militares, vai passando por eles analisando cada um de qual é de seu interesse, para mandar alguém embora, apenas levanta o braço apontando a saída.
— Meu interesse com os participantes? Simples, eu quero ser promovida, e o que eu sei, é que buscam mudar de vida, se apenas um for aprovado, a minha moral sobe, se claro esse um tiver passado por mim. Todos aqui passaram no primeiro teste, de achar o pelo de gato, a análise, investigação são habilidades que eu admiro, por isso estou analisando cada um de vocês, a interrogação usando apenas as palavras, é algo que poucos dominam.
Passando pelos candidatos, vai eliminando apenas por conta do olhar, parando em frente a Barke, o encara o deixando tenso, ela pensa “O cheiro dele, a algo fora do padrão’’, seu olfato apurado detecta traços além da superfície, e rapidamente começa o interrogar.
— Vem de onde?
— Eu sou Xishuangmbá — Barke responde tentando manter a calma.
— É letrado?
— Sim senhora, sem falar e escrever tão bem quanto qualquer um dos grandes centros — Dá a resposta alterando um pouco seu tom, se sentindo ofendido.
— Você estudou? — prossegue a interrogação, com
— Eu sou o melhor aluno da minha região, por isso fui mandado para cá! — diz Barke incisivo,
— Estranho, pensei que onde vivesse o que contava era competição de caça e sobrevivência na mata, é um burguês por acaso? Se for dê meia volta — diz Kiti enquanto segura a risada, falando de forma provocante, querendo instigar o garoto.
— Não senhora, eu nasci em família pobre e humilde, eu sei como sobreviver, mas também não menosprezo o ensino formal! — responde se colocando a altura da avaliadora, após cair nas provocações.
— Cala a boca, você fica, não me faça me arrepender! — Kiti aposta no garoto, com altas expectativas no que pode proporcionar.
Kiti continua passando por todos, eliminando cada um que vê pela frente, de primeira Raikou é deixada para compor parte de seu grupo. Chegando perto do final, os alunos que ficam tomam coragem de abrir a boca, comentando sobre a professora, alguns com medo, outros admiram sua beleza, com comentários vulgares sobre seu corpo.
O último o qual ela analisa é Akuto, o garoto de cabelos avermelhados de postura calma, de controle irretocável perante a uma autoridade, nem se quer transpira, ou muda sua respiração, por confiança plena, sem ser movido por emoções que alteram seu estado de razão. A confiança, apenas se baseia por certezas, análise, é quase como se houvesse ausência de emoções em seus olhos, porém é a mais pura frieza ou o mais alto nível de controle emocional. A qual intriga a avaliadora.
— Esses cabelos? O que você quer aqui princesinha?
— Eu vou me tornar um Xá — afirma Akuto.
— Qual é o seu nome?
— Akuto Fense De.
— Ruivos não são comuns por aqui, e cabelos tão vermelhos, isso é raro, vi poucas vezes na minha vida, há estou lembrado de quando eu vi cabelos de cores vibrantes, por acaso seus pais são imigrantes, você é do meu povo?
— Claro que sou, nascido e criado.
— Não é uma flor? Isso é bom, pelo menos não parece as flores que fedem — observa Kiti, curiosa ao mesmo tempo tensa com o rapaz. — Eu vou te deixar. Atenção novatos, seu serviço para mim, tem que justificar minha licensa, aqueles sem potencial real em breve serão cortados, mas não antes de cuidar de papeladas enormes para mim, os outros resolveram problemas que eu deveria estar resolvendo e o batalhão, mais que são pequenos, mais não se incomodem, vejam isso como uma oportunidade de se exercitarem, e claro, se apanharem, se machucar gravemente ou morrerem, nem preciso dizer, estão fora, além de quando eu quiser, que vocês sumam com alguém ou resolvam um caso para mim, é bom que mostrem do que são capazes, enfim vou lhes dividir em trios, conforme a minha vontade, que baita azar de vocês! — Kiti fala sorridente, com sadismo no olhar.
Agora começa a organização do grupo, da oficial, ao qual é intitulado de crianças de preto, subdivisão de policial para o treinamento de alunos, e atividades secundárias. Alocados em um centro de treinamento integral.
Diferente de Picon, o garoto estranho com vestes tribais, caracterizado pelo seu kimono branco, e de unhas grandes afiadas, junto da pequena Shinda, no fundo de uma pequena loja de leques e cartas.
Uma senhora bela, que parece na verdade ser uma mulher jovem de 20 anos, na verdade possui idade superior, muito bonita com pele clara, longos cabelos castanhos preso por um coque que prende parte de seu cabelo que entrelaçado no formato tal como de um leque, enquanto parte deles ficam soltos, se estendendo até suas nádegas, que são grandes, assim como seu seios que são fartos, arredondados e firmes na parte peitoral, as mamas são esticadas e levemente decaídas por conta do tamanho. De corpo bem dotado, par de coxas volumosas, e fina cintura de violão, ficando coberto por um fino vestido vermelho de manga e saia longa, partido na parte dos lados das pernas, mostrando dos calcanhares aos joelhos.
— Por que a piveta tá brincando no quintal e eu to aqui sofrendo com esse pote? — ele continua a bater com as mãos no pote de areia, misturado com pedras e cacos de vidro, a machucando.
— Ela concluiu a parte dela, agora faça a sua, estou o tornando um homem, mulheres e homens devem ser ensinados de forma diferente garoto.
— Que palhaçada!
Enquanto Picon sofre com o fortalecimento, Shinda corre no quintal brincando, diferente da irmã mais nova e irmão mais velho, Meiko está muito longe da cidade, fora daquela região, o seu grupo se separou por um tempo, após a frase de aprendizagem.
Ele se encontra nos campos gramados, no período da noite, perto da sua vila, do que restou dela, lembrando em sua cabeça das risadas, e do que o palhaço disse. “Vocês tem algo que os diferencia, mas precisam desenvolver sozinhos por si próprios para que os ensinem melhor depois’’, ele se encontra caçando animais pequenos, agarra um coelho com a mão, e o aperta, fazendo com que o som de ossos estralando seja gerado, depois vai o usando como forma de atrair lobos brancos no local que vem duas presas apetitosas. Os olhos de Meiko brilham, ele grita em resposta aos uivos dos lobos.
— Venham!
Hinari por outro lado, se encontra perto de suas terras, cavalgando com o cavalo, sendo seguido por um batalhão, atrás dele, uma legião de homens furiosos, ele segura uma bandeira vermelha com o símbolo de um cavalo, em uma espécie de festejo. Ele desce do seu cavalo, abre os braços e chama aquela horda de homens para o enfrentar.
O seu amigo Enji está distante, após ter com sua picareta e facão, ter recolhido o necessário, os colocou de lado junto com suas luvas, e agora está estudando.
Se localiza nas montanhas, em meio às áreas florestais, por onde passa um riacho, possui um caderno na mão, escrevendo nele sobre plantas e minérios que encontram no local.
Com giz ele faz um círculo em pedra, e coloca um pedaço de âmbar dourado castanho com por volta de vinte centímetros de largura e quinze de altura, desfalcado, em uma cumbuca de madeira, fez uma solução com plantas, cascalho e água, derramou sobre a pedra, fazendo fumaça ser levantada. Este processo a faz mudar de cor e estrutura, ficando vermelho, menor e mais denso. Enji a pega com a mão e olha admirado
Após um forte brilho, os lobos saem correndo, Meiko cai no chão com os olhos ardendo e larga o coelho, junto dos pedaços de madeira que esmagou para parecer que machucou o coelho, que sai andando.
— Obrigado amiguinho, eu liberei dentro de mim, por que me escondeu isso Raikou? — reflete enquanto olha para o céu, e vê lá em cima a lua.
Esses são apenas parte dos participantes, que se preparam para a batalha real, apenas poucos deles se detiveram ao fim, o título tão prestigiado de Xá.
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