Capítulo 30: A missão de investigação das crianças de preto, parte 2
O fundo do estabelecimento, era acessado por um beco, mas o grupo de Piyen e de seus inimigos não param ali, pois este beco leva a outra rua à esquerda que é seguida por uma escadaria, que leva às favelas da cidade. E é para lá que eles se encaminham.
Barke sutilmente se mistura aos cidadãos que apenas estão transitando de volta para casa, e logo diferencia as pessoas apenas com o olhar, faz a seguinte análise em seu pensamento.
“Onde os animais carnívoros habitam, os comuns, o que os mantém sempre abastecidos, e protegidos’’.
Apesar de estar acostumado a se camuflar, sente desconforto com tal ambiente, e como um morador subindo até a sua casa, disfarça o que observa, o iminente conflito, que demora, visto a subida das escadarias e passagens pelas vielas.
Uma frase vinda de um dos homens de terno flórido faz com que a briga comece de repente.
— Vamos aproveitar para buscar mulheres, antes de ir até o chefinho, hoje tá movimentado!
— Tá me deixando para segundo plano!? — indaga Piyen ficando furioso.
E assim se inicia com ele dando o primeiro avanço, sem usar nenhum tipo de arma, com as mãos ataca os olhos do homem, o fazendo cair no chão gritando de dor, com as mãos tapando seus olhos por onde escorre sangue.
E a briga começa, com Piyen mostrando o porque é respeitado, enquanto um dos capangas do homem que derrubou tenta sacar sua arma, ele já o derruba chutando suas partes baixas, e logo depois enfia os dedos em seu nariz, e puxa fazendo com que sangue espirre para todo lado.
Junto de seus homens, Piyen vai levando a melhor, na briga derrubando os inimigos com facilidade, porem as paredes possuíam olhos e ouvidos, e mais vão chegando. Piyen e seus homens começam a recuar, ao perceber a clara desvantagem, e que pisaram no lugar errado.
Barke ao perceber isto, dá passos para trás, por conta do olhar de um morador, o assovio de outro, e neste momento de desconforto, é que Piyen e seus homens percebem sua presença, o avistando de longe, e acham que ele faz parte do grupo por conta de seu visível nervosismo, e enquanto fogem do local, começam o perseguir.
— Ai comédia, fica parado! — diz um dos capangas.
Barke temendo ser pego, rapidamente corre de volta para avenida, e continuar a correr até perto da adega, onde checa se continua sendo seguido, e para seu azar, Piyen e seus capangas estão perto. Então vendo que funcionários chegavam com carrinhos, trazendo mais bebidas, em caixotes, ele os empurra, fazendo derrubarem os carrinhos com caixotes de bebidas em frente a entrada do estabelecimento, bloqueando a passagem de seus perseguidores, enquanto ele entra dentro da adega.
Os perseguidores ao se aproximarem, passam por cima, e continuam a correr atrás dele. Barke corre dentro da adega, a procura da porta que leva até o armazém, mais lá é estranhado por dois seguranças que estão perto da porta que leva até o armazém, eles se aproximam de forma pacífica, mas por conta da adrenalina, Barke passa por eles os empurrando e os jogando no chão, com a passagem aberta ele se encaminha para o armazém de bebidas do local.
Lá ele procura alguma saída, a única porta a qual ele vê é de metal e está trancada, o local está lotado de caixas de bebida, e é apertado, não dando para ver muitas coisas. Mas ele acha uma saída, uma única janela apertada, no alto das paredes.
“Eu só preciso me espremer bem, vale a pena quebrar algumas costelas, acho que vão fazer bem pior!”
Então ele escala os caixotes, e alcança a janela, passando com metade do corpo para fora, para ver do lado de fora. Onde avista os seguranças e os capangas de Piyen, esperando que ele sair. Reagindo rapidamente, ele se vira vendo o telhado acima, onde alcança a beirada com as mãos, puxando o restante do seu corpo, apoia os pés na borda da janela e se empurra, com as mãos se joga para o telhado do estabelecimento, rolando por cima dele e ficando de pé logo em seguida, ao fim do movimento olha para o céu e respira fundo.
“É diferente de saltar entre árvores para pegar frutas, mais a experiência ajuda, e a adrenalina me dá coragem.’’
Olhando para trás, ele vê uma saída, atrás da avenida boemia, a uma outra rua com casas simples, e baixas, ele se arrisca e pula no telhado de uma delas, enquanto aqueles que o perseguem dão a volta para a rua de trás, para o alcançar.
Disposto a aguentar a queda, ele salta do telhado e cai no chão, ele se encolhe antes do impacto, sentindo muita dor por conta da queda, agoniza no chão por alguns momentos, mas quando ouve gritos, se levanta para fugir, e correr por aquela ruazinha ao lado da avenida que desconhece, sem rumo, e com o sentimento terrível.
“Que droga, eu falhei na missão, e agora eu sou a presa de uma alcateia!”
Até que uma mão agarra ele pela gola de seu sobretudo, e o puxa para dentro de uma casinha, e fecha a porta.
O local é uma pequena casa, Barke está na sala, onde há um sofá humilde, e a vista para a cozinha onde nela há pessoas jantando, as quais ignoram a presença de Barke ali, e do homem que o puxou.
— Como vai sua parte? — pergunta Akuto.
— Uff, Akuto!? Como chegou até aqui!? Não estava analisando as amostras!? — questiona Barke impressionado, com sobrancelhas ressaltadas, mas aliviado.
— Eu já terminei, não sou um forense, mas tenho especialidade com herbáceas, principalmente flores, pude identificar sem precisar pesquisar muito ou consultar especialistas, terminei — responde Akuto. — Não tenho experiência prática em espionagem, o que chega mais perto é você, sabe caçar e ocultar sua presença, precisávamos mostrar serviço, por isso pegamos está missão, mais somos um grupo, fiquei preocupado e vim atrás de você! — diz Akuto colocando a mão no ombro dele, em sinal de amizade, olhando para as pessoas jantando dentro da casa. — São meus conhecidos, pode ficar à vontade.
— Ainda bem que você veio atrás de mim, localizar o alvo foi fácil, mas passar despercebido, foi o problema.
— Não tem problema, não é o tipo de local que está acostumado, vamos de volta para o abrigo quando a poeira baixar, Raikou deve demorar um pouco até conseguir as resposta deles, então vamos aproveitar isso para conversar com a capitã sobre a missão — diz Akuto procurando aliviar seu amigo.
Os dois esperam no local, até que dá para sair de lá, a operação não foi afetada apesar da confusão.
Acabei dividindo alguns capítulos em partes por conta do tamanho e pelo tempo, mais não se tornará um hábito . . . não prometo nada, mais vou tentar não fazer mais isso quando não for necessário. Cometem suas preferências abaixo 😉
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