Passando pelas plataformas entre os vagões, o assassino foge, utilizando as paredes dos vagões, para saltar, ao topo do próximo vagão. Saikyo chega no momento que já está em cima do vagão a frente, então, ela executa o mesmo movimento, no entanto vai para cima do vagão que estava anteriormente.

    —Esperta, evitou um ataque surpresa! — Pai Ko Khan elogia a garota, mesmo demonstrando frustração em sua face, o senhor se mantém na ponta do teto do vagão a encarando. 

    — Vai continuar a correr? — questiona Saikyo da ponta do teto do outro vagão, o confrontando com o olhar. 

    — Você servirá como refém, não tenho mais vigor para usar o toque da morte, mas posso paralisar seus movimentos! — ameaça o velho, ergue a mão direita, com os dedos fechados e palma aberta, como a agarra de um tigre.  

    — Lesma, sapo e a cobra! — reflete Saikyo sobre os ensinamentos do mestre.

    Os dois se preparam para atacar, olhando um para o outro, o senhor mais velho tenta intimidar a garota no olhar, mais Saikyo está confiante de suas capacidades, apesar do trem estar em movimento, os dois se equilibram com facilidade, sem serem atrapalhados pela ventania, que apenas joga seus cabelos ao vento.

    — UHAGAHHAAA! — grita o velho.

    — RAWR! — grita Saikyo, achando a sua forma de gritar característica.

    Os dois saltam no ar, e em certo momento da trajetória se chocam. Pai Ko Khan adapta seu golpe mortal, para a versão que consegue usar no momento, lançando a palma da mão no centro do peitoral de Saikyou.

    No entanto a garota salto com maior velocidade, e mais alto que o mestre, passando com as pernas por cima do ataque, ela utiliza duas mãos a picada da cobra, para afetar todo o plexo braquial do assassino, atacando o ligamento que passa por cima do cotovelo do braço que dá desferiu o golpe. Assim o assassino fica com o braço enrijecido, sem conseguir o mover, a garota passa as pernas entre o braço do senhor, e o abraça, ele pensa “Isso falhou uma vez, mas eu não tinha a mesma habilidade, desta vez não solto!”.

    Ainda no ar, usando o peso do corpo, Saikyo se joga para cima do vagão o qual Pai Ko Khan havia. A chave de braço área da garota, tem fim quando os dois batem em cima do teto do vagão, a garota solta o golpe deslizando sobre o teto do vagão, se segurando com as mãos, já Pai Ko Khan tem seu braço quebrado com o impacto.

    — AGAHAGHAAG! — grita o velho assassino de dor, sem apoio para se segurar, ele desliza pelo telhado.

    Com sorte, Pai Ko Khan enxerga antes de cair, que este vagão é aberto, com a mão que está boa, segura na fresta do telhado, e se joga para dentro do vagão.

    — Eu estou a salvo! — comemora.

    Saikyo vendo a fuga, entra pelo outro lado, e ambos se impressionam quando veem dois grandes cavalos ali no local, que está iluminado por lamparinas. Pai Ko Khan fica frente a frente com um dos cavalos e Saikyo chega por trás de um deles.

    Hiro chega quase na mesma hora através da porta do vagão, e avisa a Saikyo a tempo, apontando para a traseira do cavalo, que começou a erguer as patas.

    — Cuidado!

    A garota se esquiva do coice se agachando e se jogando à esquerda, e se salva. Já Pai Ko Khan leva um susto ao ver o cavalo, que rosna para no rosto dele, o que o faz gritar e saltar para trás, caindo do trem. A queda é terrível, ele sai rolando em alta velocidade, e o trem continua sua viagem, deixando o assassino para trás. 

    E terminando de amarrar as encomendas na carroça quando os alunos chegam, está o mestre.

    — Parabéns, vocês conseguiram proteger nossos guias! Agora estão olhando para o nosso transporte até a cidade de Ké! — elogia os alunos, e logo após apresenta para eles a carroça que os levará em bom humor.

    — Como assim? — questiona Hiro, apontando para a carroça.

    — Este trem não está indo para lá, mais esses cavalos, essas carroças, sim, o trem vai se desviar do caminho em breve, e quando isso acontecer, vamos descer com os cavalos, para concluirmos nossa missão! — explica o mestre.

    — Missão!? — pergunta Saikyo confusa, afinal, para ela aquilo ainda se tratava de uma viagem.

    — O proprietário não se arriscaria a receber as encomendas em um local de risco se pode receber em outros, isso aqui é a isca e o sinal — diz Li Han, evitando responder a pergunta de Saikyo no momento, apenas se comunicando claramente sobre assunto com os três que foram mandados como auxiliares.

    — Isso vai dar o maior problemão, ai, ai! — fala Balu se expressando com uma impressão negativa do plano proposto.

    — Eu estou pronto! — diz o pequeno Yasuke.

    Ele está empolgado com a missão, e sobe no banco da carroça já tomando para si o seu lugar. A carroça é puxada por dois cavalos, um marrom e um preto, ambos grandes e fortes. Li Han demonstra ter manejo com eles, ao tapear as nádegas deles, e não ter recebido nenhum coice.

    — Dariam ótimos garanhões! Bem, sabem de algum lugar seguro para repouso e entrada segura? — questiona Li Han, com o objetivo de traçar a rota naquele momento.

    — Lugar de repouso, entrada segura? Nada de segurança lá para a gente! — diz Balu temeroso.

    — Na verdade eu sei, a fazenda onde eu trabalhava, massacraram todo mundo lá, e já está destruída, não deve ter nada, aquele terreno vai ficar vazio por um bom tempo, bom lugar para nos abrigarmos — explica Dembele, desconfortável ao ter que lembrar do ocorrido, mas para si, não a tempo para lamentações.

    — É para lá que vamos, novo objetivo pessoal, boah, boah! — Li Han diz isso subindo no banco da frente da carroça.

    — E as nossas bagagens mestre? — pergunta Saikyo, com olhos avermelhados, se perguntando se teria que largar suas roupas e câmera.

    — Seus amigos cuidaram disso não lembram? Está tudo aqui dentro, podem subir, e se segurem! — ordena o mestre apontando com o dedão para a carga na carroça.

    O restante sobe em cima da carga que a carroça carrega. A as encomendas, que estão dentro de caixotes, cobertos por plástico, fitas e papel, e as bagagens que estão cobertos por uma toalha por cima, que é amarrada por cordas.

    Balu é quem acompanha o mestre ao seu lado, e Yasuke que entrou no meio, animado para a viagem. Então os cavalos saltam do trem em movimento, as carroças não quebram pela trava de reforçamento usada para queda, feita de borracha nas rodas, o grupo parte em direção a cidade dos campos gramados. Em meio a noite, enquanto o trem segue em frente.

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