Capítulo 16: Fenrir
Lilith ajustou sua capa, puxando seu capuz para cobrir o seu rosto. O vento frio soprava através das árvores, enquanto ela caminhava pela floresta. Seus olhos atentos escaneiam o ambiente, sempre alerta para qualquer sinal de perigo. Félix, o espírito invisível para todos exceto ela, flutuava ao seu lado, oferecendo uma companhia silenciosa, mas reconfortante.
Lilith, você está bem?, perguntou Félix, sua voz etérea ecoando em sua mente.
“Sim, estou. Só estou cansada de tanto caminhar”, respondeu ela, sua voz baixa e determinada.
▷ Nome: Lilith
▷ Buffs: Aprimoramento adaptativo (Taxa de x%↑)
▷ Habilidades: Imortalidade, Velocidade, Cura, Fogo, Resistência a fogo, Criar e manipulação de raios, Manipulação do Ar, Resistência elemental avançada, Regeneração acelerada
▷ Técnicas: Coração Silente, Tempestade Neutra
▷ Status: Cansada
Desde que saiu da cidade de Colbith, Lilith viajou sem descanso. Enquanto o pôr do sol lançava longas sombras através da floresta, Lilith avistou um grupo de javalis gigantes. Seu estômago roncou em resposta, lembrando-a de que não comia uma refeição decente há horas.
“É hora de caçar”, disse ela, um leve sorriso surgindo em seus lábios.
Com um movimento ágil, Lilith ativou sua lâmina oculta e se preparou para atacar. A furtividade é essencial; qualquer erro pode ser fatal. Ela se movia silenciosamente através das árvores, posicionando-se estrategicamente antes de desferir o golpe mortal. A lâmina encontrou seu alvo, e o javali caiu no chão com um rugido ensurdecedor.
“Um a menos”, murmurou ela, enquanto os outros javalis fogem em pânico.
A noite caiu rapidamente, e Lilith montou um pequeno acampamento. Ela acendeu uma fogueira com seu poder de fogo, o calor reconfortante afastando o frio da noite. Enquanto preparava o javali para o jantar, sentiu uma presença familiar se aproximando.
“Fenrir”, sussurrou ela, virando-se para encarar o lobo prateado gigante que emergiu das sombras.
Fenrir é uma visão majestosa, seus olhos brilhando com uma inteligência profunda. Ele se aproximou, farejando o ar antes de se sentar ao lado de Lilith.
“Olá, minha amiga. O que a traz aqui?”, perguntou ele, sua voz profunda e ressonante.
Lilith sorriu e ofereceu um pedaço de javali a Fenrir, que aceitou graciosamente. Eles comeram em silêncio por um tempo, a atmosfera carregada de camaradagem e respeito mútuo.
“Fui expulsa de Colbith”, começou Lilith, sua voz carregada de emoção.
Fenrir olhou para ela com compaixão, seus olhos refletindo a luz da fogueira.
“Mas o que você fará agora?”
Lilith suspirou, olhando para o fogo crepitante.
“Não tenho certeza. Estou perdida, sem um lugar para chamar de lar.”
“Talvez eu possa ajudar”, disse Fenrir, seu tom de voz firme e resoluto, “Vou treinar você, Lilith. Mas saiba que não será fácil. O caminho que você escolheu é cheio de perigos e desafios. Você está preparada para isso?”
Lilith ergueu o olhar, determinação brilhando em seus olhos.
“Estou. Farei o que for necessário para encontrar meu caminho.”
Fenrir inclinou a cabeça em sinal de aprovação.
“Então, começamos ao amanhecer. Descanse agora, você vai precisar de toda a sua força.”
Lilith se deitou perto do fogo, sentindo-se mais segura na presença de Fenrir. Félix permaneceu ao seu lado, sua presença etérea proporcionando um conforto silencioso. Enquanto os olhos de Lilith se fechavam, ela sabia que a jornada que a espera será árdua, mas também cheia de oportunidades para crescer e se fortalecer.
Durma bem Lilith, disse Félix.
“Agora consigo lhe escutar”, disse Fenrir.
Como? Isso não deveria ser possível!, disse Félix.
“Eu só me intrometi na mesma frequência de comunicação de vocês, eu não lhe enxergo, mas sinto sua presença, um poder divino, poderoso, embora talvez você possa ter dito a ela que não pode interagir, só de você estar neste mundo já está interagindo… poderes divinos… quem é realmente você?”
Ela me chama de Félix, assim será, mas ajude-a… por favor… se ela recupera suas memórias, ela saberá quem sou”, disse Félix.
“Entendido”, disse Fenrir.
No dia seguinte, o treino começou antes do amanhecer. Fenrir é um mentor rigoroso, mas justo. Ele forçou Lilith a ultrapassar seus limites, testando suas habilidades ao máximo. Eles treinavam intensamente, dia após dia, em meio às florestas e montanhas, enfrentando criaturas selvagens e condições adversas.
Durante uma pausa, enquanto descansavam em uma clareira, Fenrir compartilhou histórias de suas próprias aventuras e lições aprendidas ao longo dos anos.
“A força verdadeira vem de dentro, Lilith. Não se trata apenas de poder físico, mas também de resiliência mental e espiritual. Você deve encontrar equilíbrio entre suas habilidades e sua mente.”
Lilith absorveu cada palavra, sentindo-se inspirada e determinada a se tornar mais forte.
“Obrigada, Fenrir. Vou me lembrar disso”, disse ela, olhando para o horizonte, onde o sol estava a se pôr novamente.
O treinamento continuou, e Lilith começou a perceber mudanças significativas em si mesma. Sua furtividade se tornando quase perfeita, seus poderes de fogo e vento mais precisos e devastadores. Os chicotes de raios que criou brilhavam com uma intensidade renovada.
Os dias passavam rapidamente enquanto Lilith e Fenrir continuavam seu intenso treinamento. Cada manhã, o céu parecia um pouco mais cinza e o ar um pouco mais frio, sinalizando que o inverno está se aproximando. A clareira onde treinam estava se tornando um lugar familiar, com marcas de suas práticas espalhadas pelo chão.
Fenrir observou Lilith com um olhar atento, seu rosto ainda expressando a seriedade que teve desde o início do treinamento. Eles têm trabalhado arduamente, e Lilith pôde sentir as mudanças em seu corpo e em suas habilidades. Ela se movia com mais confiança, e seus poderes pareciam estar se tornando mais refinados.
Na tarde de um dia particularmente frio, após ter passado 40 dias de treinamento, Fenrir se aproximou de Lilith com um semblante especialmente grave. Ele a observou enquanto ela terminava uma série de exercícios, seu corpo cansado, mas sua determinação inabalável.
“Lilith, você tem feito progressos impressionantes”, disse Fenrir, sua voz ecoando com um tom de aprovação, “Mas há algo mais que precisamos abordar.”
Lilith parou e se voltou para ele, sua respiração ofegante, mas sua expressão é de curiosidade e prontidão.
“O que é?”, perguntou ela, limpando o suor de seu rosto.
Fenrir deu um passo mais perto, seus olhos brilhando com uma intensidade nova.
“No treinamento, é essencial não apenas praticar suas habilidades, mas também entender como usá-las em situações extremas. É por isso que precisamos de um teste final, algo que coloque todas as suas habilidades à prova.”
Lilith sentiu um frio na espinha, mas manteve a calma.
“Que tipo de teste você tem em mente?”, perguntou ela, tentando controlar a inquietação em sua voz.
Fenrir sorriu ligeiramente, um sorriso que mistura respeito e uma pitada de desafio.
“Amanhã, vamos ter um confronto. Não será uma luta real, mas será uma simulação que exigirá que você use tudo o que aprendeu. Este será o momento de mostrar o quanto você evoluiu e o quanto está pronta para enfrentar os desafios futuros.”
Lilith sentiu uma mistura de excitação e nervosismo. Ela já esperava que o treinamento chegasse a um ponto culminante, mas agora que o momento está próximo, a realidade do desafio a atingiu com força.
“Entendi”, disse Lilith, tentando parecer confiante, “Estou pronta para isso.”
Fenrir inclinou a cabeça, admirando a determinação dela.
“Eu sei que você está. Apenas lembre-se de que este teste é para o seu benefício. Quero ver até onde você pode chegar e ajudar você a se preparar para o que está por vir. O desafio não será fácil, mas é um passo importante para a sua jornada.”
Com isso, Fenrir se afastou, permitindo que Lilith se concentrasse no que está por vir. A noite caiu sobre a clareira, a atmosfera carregada de antecipação. Lilith se deitou perto da fogueira, os pensamentos girando em sua mente. Ela sabia que o teste que Fenrir mencionou será uma prova definitiva de suas habilidades, e está determinada a enfrentar qualquer desafio que venha.
Enquanto a noite avançava, Lilith observou as estrelas e se perdeu em pensamentos sobre o futuro. O treino com Fenrir foi intenso e exigente, mas também a preparou para este momento. Com Félix ao seu lado, ela sentia uma sensação de apoio e coragem que a fortalecia.
O dia seguinte chegou com uma clareza gelada. Lilith se levantou, pronta para o teste que Fenrir prometeu. Ela se vestiu com suas roupas de treino, usando sua venda como bandana, suas armas e poderes preparados para a prova que está por vir.
Fenrir a encontrou na clareira, seu olhar focado e sério. Ele se posicionou no centro da clareira, e Lilith o observou atentamente. O momento de verdade estava prestes a chegar, e ela está pronta para enfrentar o desafio que definirá o próximo passo em sua jornada. Os dois se preparavam, a tensão no ar era palpável. Lilith sabia que este confronto seria um teste crucial, mas também uma oportunidade para provar seu valor e avançar em sua jornada.
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