Capítulo 7: Elevação de rank - Parte 1
O sol se põe enquanto Lilith, Tharon e Elyra estão na guilda. A luz dourada reflete nas paredes de pedra, criando sombras alongadas e dançantes. O chefe da guilda os esperava no salão principal. Seus olhos, carregados de sabedoria adquirida em inúmeras batalhas, observam o trio enquanto eles se aproximam.
“Vocês três mostraram grande valor e habilidades”, ele começa, sua voz grave ecoando pelo salão, “Agora, é a hora de provar seu verdadeiro potencial. Para aumentar o rank de vocês, deverão realizar uma missão especial em uma cidade distante. A viagem começa amanhã ao amanhecer.
Tharon, o guerreiro do grupo, aperta o punho de sua espada, com uma expressão determinada.
“Qual é a natureza da missão?”, perguntou ele.
“Isso será revelado quando chegarem ao seu destino”, respondeu o chefe da guilda, “Uma carroça estará esperando por vocês nos portões da cidade ao amanhecer. Preparem-se e descansem bem esta noite.”
Elyra, a maga do grupo, assente com confiança.
“Não vamos decepcioná-lo”, disse ela, com a voz suave, mas firme.
Lilith assentiu em silêncio. Sob a manga de sua túnica, a lâmina retrátil está sempre pronta. Ela confia em seus companheiros e sabe que juntos podem enfrentar qualquer desafio.
Na manhã seguinte, o grupo está se preparando e à espera na entrada da cidade. A carroça, simples, mas robusta, está carregada com provisões para a jornada. O cocheiro, um homem de meia-idade com um sorriso amigável, os saúda com um aceno de cabeça.
“Prontos para a aventura?”, perguntou ele.
“Mais do que nunca”, respondeu Tharon, ajudando Elyra a subir na carroça.
A viagem começa tranquilamente. A estrada serpenteia por colinas verdes e florestas densas. Tharon e Elyra, sentados lado a lado, começam a contar suas histórias. Eles são irmãos, originários de uma pequena vila não muito longe da cidade de onde partiram. A infância deles foi marcada por aventuras no campo, explorando florestas e aprendendo as artes do combate e da magia com os anciãos da vila.
“Nosso pai era um guerreiro”, disse Tharon, a voz cheia de orgulho, “Ele nos ensinou tudo sobre honra e coragem.”
“E nossa mãe era uma maga poderosa”, acrescentou Elyra, com os olhos brilhando ao lembrar, “Ela nos ensinou a respeitar o poder da magia e a usá-lo para o bem.”
Lilith ouvia em silêncio, apreciando a camaradagem entre os irmãos.
Quando a noite cai, o grupo decide acampar ao lado da estrada. Montaram um pequeno acampamento, com uma fogueira crepitante para afastar o frio noturno. Tharon e Elyra estão exaustos e logo se acomodam para dormir.
“Eu ficarei de vigia”, disse Lilith, puxando o capuz sobre a cabeça, “Descansem. Precisamos estar prontos para o que quer que nos aguarde.”
Elyra sorri para Lilith, com confiança refletida em seus olhos.
“Obrigada, Lilith. Sabemos que estamos seguros com você.”
Tharon apenas assente, já quase adormecido, o cansaço finalmente o vence.
A noite passa tranquilamente. Lilith mantém-se alerta, com os sentidos aguçados, pronta para detectar qualquer movimento ou som incomum. As estrelas brilham intensamente no céu, e a única coisa que perturba o silêncio é o ocasional uivo de um lobo distante.
No dia seguinte, após desmontarem o acampamento e retomarem a viagem, o grupo se depara com um grande lago de águas cristalinas. As margens são adornadas por flores silvestres, e a água reflete o céu azul como um espelho perfeito. Eles fazem uma breve pausa para admirar a paisagem e encher seus cantis com a água fresca do lago.
Elyra, curiosa sobre a natureza, recolhe algumas ervas que crescem à beira do lago, conhecendo seus usos medicinais. Tharon se estende na grama por alguns momentos, aproveitando a calma antes de retomarem a jornada. Lilith permanece atenta, sempre alerta ao ambiente ao seu redor.
À medida que a viagem continua, Tharon e Elyra se abrem mais sobre seu passado. Contam a Lilith sobre os dias de infância na vila, onde treinavam arduamente para seguir os passos dos pais.
“Nossa vila é pequena”, explicou Tharon, com os olhos fixos na estrada à frente, “Mas sempre foi um lugar de grande tradição. Nossos pais nos ensinaram a lutar e a usar magia para proteger os outros.
Elyra sorriu, relembrando com carinho.
“Passávamos horas praticando, muitas vezes nos campos além da vila. Tharon sempre foi o mais determinado a se tornar um grande guerreiro, e eu queria seguir os passos de nossa mãe na magia.”
Lilith escuta atentamente.
“Amigos, qual é o nome da cidade para onde estamos indo?”, perguntou ela.
“Você não sabe?”, Elyra responde surpresa, “Como você não conhece Vern? Um dos climas mais estáveis em qualquer época do ano. Ela é bastante famosa, quase dez vezes maior que Colbith!”
“Colbith?”, Lilith ecoou, confusa.
Tharon e Elyra trocaram olhares perplexos ao perceber que Lilith não sabe o nome da cidade de onde partiram. Durante a conversa, eles descobrem que ela não sabe quase nada sobre esse mundo.
“Bem… já tinha escutado antes, mas não tinha certeza, só lembro de ‘….Rynvar, o mestre da guilda de Colbith…’, mas eu não tinha associado, perdão!”, disse Lilith.
“Tudo bem, você é nova na cidade pelo que foi nos dito, mas não saber nada deste mundo é muito estranho, nem parece que você é deste mundo”, disse Tharon.
“É tipo isso mesmo, sou mas não sou”, disse ela.
Eita… revelou até demais, disse Félix.
Olá sumido, como vai?, disse Lilith telepaticamente com Félix.
Não sei se foi correto dizer isso para eles… mas vou bem!
Não vejo problema.
Beleza então, mas cuidado com o que diz para as pessoas.
“Como assim?”, perguntou Elyra.
“Perdi minhas memórias, não lembro, mas só sei que parte de mim é de outro mundo… uma parte”, disse Lilith.
“Entendi, então não vale a pena conversarmos sobre este assunto, já que você não tem informações de se propria”, disse Tharon.
No terceiro dia de viagem, finalmente avistaram as muralhas da cidade de Vern. A cidade é maior e mais movimentada do que esperavam, com comerciantes, soldados e cidadãos enchendo as ruas. A carroça avança lentamente pelas vias até chegar à guilda da cidade.
Dentro da guilda, são recebidos por um mensageiro que os conduz a uma sala separada. O local está cheio de outras pessoas, todas aguardando para aumentar seus próprios ranks. A atmosfera está carregada de expectativa e tensão.
Tharon, Elyra e Lilith trocaram olhares determinados. Sabendo que o desafio à frente será árduo, mas preparados para enfrentar qualquer coisa juntos. Com corações firmes e confiança em suas habilidades, aguardam a chamada para a próxima etapa da missão.
Enquanto esperavam, Tharon observou as outras pessoas na sala. Há guerreiros com espadas pesadas, magos com bastões brilhantes e outros aventureiros com armas e equipamentos variados. O lugar está cheio de murmúrios e conversas em voz baixa.
Elyra começa a conversar com uma jovem maga sentada ao lado deles, tentando aliviar a tensão.
“Olá, sou Elyra. Também está aqui para aumentar seu rank?”
A jovem sorriu nervosamente.
“Sim, sou Aria. É a minha primeira vez participando de algo assim. Estou um pouco nervosa.”
Elyra sorriu de volta, tentando acalmar a jovem.
“Não se preocupe, todos estamos aqui pelo mesmo motivo. Vamos dar o nosso melhor.”
Lilith permanece em silêncio, observando tudo ao seu redor com atenção. Ela nota um grupo de guerreiros mais experientes discutindo estratégias em voz baixa. Suas expressões são sérias, mas determinadas.
Um homem alto com uma armadura reluzente entra na sala. Seu porte imponente fez todos se silenciaram imediatamente.
“Bem-vindos, aventureiros, sou o mestre desta guilda.”
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