capitulo 7
O primeiro raio de sol da manhã mal se insinuava pela janela do sótão, pintando as tábuas do chão com um dourado tímido. Nix já estava acordada, sentada no futon, com os óculos que Zander lhe dera repousados no nariz. Com um toque leve, ela ativou a runa de gravação nas hastes, e o ar à sua frente tremeluziu, projetando imagens.
A primeira era de Zander, seu rosto calmo e o sorriso gentil. Ele estava inclinado sobre uma bancada, concentrado em pequenos mecanismos, os dedos habilidosos trabalhando com precisão. Nix sentiu um nó na garganta, a saudade apertando o peito. A imagem mudou para Andréa no dia do funeral, a dor crua em seus olhos, e depois para Morfeus, a forma humana em um gesto de solidariedade silenciosa. Cada cena era um lembrete vívido da família que ela estava deixando para trás e do peso que carregava.
A última gravação era o abraço de Panacéia, as asas envolvendo-a como um casulo, a voz suave: “É só disso que precisamos: que você tente.” Nix tocou a imagem, como se pudesse sentir o calor do abraço novamente. As filmagens desapareceram, deixando apenas o brilho do sol no sótão. Respirou fundo, sentindo o aroma de madeira antiga e sal do mar. O Cais das Lágrimas era seu novo começo, e, de alguma forma, Zander ainda estava com ela.
O sol já estava no alto quando Nix e Vênus finalmente desceram para o pátio. O estaleiro Aurora era um cenário desolador à primeira vista: construções desgastadas, barcos semiacabados que pareciam ter parado no tempo. O cheiro de sal e madeira úmida era constante.
Panacéia as esperava, acompanhada por Astéria, que se alongava preguiçosamente. Seus tentáculos ondulavam atrás dela, revelando um cansaço que os olhos castanhos e determinados tentavam esconder.
— Bom dia, dorminhocas. — Astéria saudou, um sorriso enviesado brincando nos lábios. — Panacéia diz que vocês vão morar aqui agora. Melhor aprenderem a não morrer logo no primeiro dia.
Nix arqueou uma sobrancelha.
— Isso foi um aviso ou uma ameaça?
Astéria riu, um som rouco que parecia carregar o peso de muitas histórias. — As duas coisas. Mas principalmente um lembrete de que aqui não é a mansão da marquesa. A vida é mais… direta.
Vênus suspirou, ajeitando o casaco nos ombros.
— Se eu for esfaqueada antes do café da manhã, juro que volto para assombrar vocês.
Panacéia riu, passando um braço ao redor dos ombros da filha adotiva.
— Você já é um espírito atormentado, meu bem. E uma fada-dragão não se esfaqueia tão fácil assim.
Vênus bufou, mas não afastou o toque da tia. Astéria tomou a frente, seus tentáculos balançando ritmicamente enquanto as guiava para fora do estaleiro, em direção ao coração vibrante do Cais das Lágrimas. O sol já aquecia as ruas, e o burburinho da cidade portuária as envolvia.
— Venham, quero que conheçam o verdadeiro pulso deste lugar — disse Astéria, uma mudança em seu semblante, revelando uma paixão velada pelo cais. — Não é bonito, mas é real. E sobrevive.
As ruas do Cais das Lágrimas eram um espetáculo de excessos, um labirinto de ruelas estreitas que pulsavam com vida e perigo em igual medida. Mercadores gritavam ofertas, tentando vender de tudo — frutas exóticas, especiarias, armas e até segredos. Piratas e marinheiros negociavam carregamentos entre goles de rum e apostas suspeitas, suas risadas roucas misturando-se ao falatório. Em cada esquina, um cheiro diferente: peixe fresco, madeira molhada, álcool forte e o perfume adocicado dos cabarés.
— Aqui, vocês encontram qualquer coisa, e eu não estou exagerando. — Astéria gesticulou para a movimentação ao redor, um brilho nos olhos que indicava seu conhecimento profundo do lugar. — Mas o mais importante é saber onde procurar… e onde não procurar.
Ela apontou para um beco estreito entre dois prédios inclinados, onde a luz mal chegava. O chão de terra batida estava manchado por líquidos duvidosos, e o cheiro azedo de mofo e ferrugem se misturava ao odor metálico de sangue seco.
Lojas clandestinas se escondiam nas sombras, suas portas semiabertas revelando mercadorias suspeitas. Um homem encapuzado negociava pequenas garrafas de vidro escuro com uma mulher de dentes afiados demais para serem humanos. Mais adiante, um vendedor abatido exibia joias e relógios sobre um pano surrado, seus olhos atentos a clientes… ou ladrões.
Pessoas encostadas nas paredes observavam em silêncio, algumas afiando lâminas curtas, outras apenas esperando. Ratos gordos corriam entre pilhas de trapos, desaparecendo nos buracos entre os tijolos. No fundo do beco, onde a escuridão parecia mais densa, um grupo de figuras indistintas murmurava entre si, suas silhuetas se confundindo com as sombras.
— Esse é o tipo de lugar onde a gente só entra se for absolutamente necessário. E mesmo assim, com companhia e os olhos bem abertos — Astéria explicou, sua voz séria, sem o tom de brincadeira. Seus tentáculos encolheram ligeiramente, como se sentissem o perigo. — Se quiserem continuar vivas e com todos os órgãos no lugar, melhor evitarem esse tipo de canto.
— Ótimo. Lugares proibidos logo no primeiro dia. — Nix murmurou, os olhos cravados na entrada do beco, a curiosidade inegável.
Astéria percebeu a inquietação na expressão dela e apertou os olhos.
— Nem pense nisso, garota. A curiosidade aqui mata mais do que facadas.
Nix sorriu, sem confirmar nem negar, um brilho de desafio em seus olhos.
— Agora, se quiserem algo divertido de verdade… — Astéria abriu os braços, indicando uma fileira de tavernas e cabarés, cada um com letreiros chamativos e música alta escapando pelas portas entreabertas. Um sorriso mais leve voltou ao seu rosto, um indício de que, apesar da dureza, ela também sabia se divertir.
Vênus cruzou os braços.
— Você só quer uma desculpa para beber.
— E você só quer uma desculpa para não se divertir. — Astéria rebateu, puxando-as sem esperar objeções, já sentindo o ritmo do lugar.
O calor do cabaré envolveu Nix no instante em que cruzaram a porta. O ar estava carregado com o cheiro de perfume, rum e tabaco, uma mistura embriagante. O piso de madeira rangia sob as botas dos frequentadores, e as risadas altas se misturavam à música animada de uma pequena banda no canto do salão.
No palco central, uma mulher de cabelos dourados deslizava pelo salão, atraindo olhares famintos de marinheiros e piratas. Seus movimentos eram precisos, controlados — sedutor como um felino à espreita. Era Amarílis. Ela se movia com uma graça hipnotizante, e cada olhar que recebia parecia alimentar sua confiança, como se o palco fosse o único lugar onde ela se sentia plenamente livre. Sua expressão, antes neutra, ganhava vida sob os holofotes, revelando a alma de uma artista.
Nix mal teve tempo de assimilar o ambiente antes que um par de olhos violeta encontrasse os seus. A dançarina hesitou por um instante, franzindo a testa. Então, um brilho de reconhecimento cruzou seu olhar, e um sorriso genuíno se abriu em seu rosto.
— Espere… eu te conheço. — Amarílis inclinou a cabeça. — Garota-gato do beco… Onde foram parar suas orelhas?
Nix riu baixo, passando a mão pelo cabelo curto.
— Aprendi um truque novo.
— Hmm… esperta. — Amarílis sorriu, uma centelha de respeito em seus olhos. — Você mudou. Mas o brilho nos olhos continua o mesmo.
A conversa entre as duas fluiu naturalmente, acompanhada pelo brilho suave das lamparinas e pelo aroma adocicado de especiarias no ar. Nix estava relaxada, sentindo a tensão inicial desaparecer enquanto falava com Amarílis. O cabaré ao redor continuava animado, com vozes e risadas se misturando ao som abafado da música, mas naquele momento, era como se estivessem em um canto isolado, apenas as duas.
Amarílis apoiou o cotovelo na mesa, observando Nix com um sorriso astuto.
— Você parece bem à vontade aqui — comentou, brincando com uma mecha dourada do cabelo. — Não achei que fosse o tipo que se sente em casa em um lugar assim.
Nix deu de ombros, um sorriso de canto surgindo em seus lábios.
— Eu me acostumo rápido. Além disso, já vivi em lugares piores.
Amarílis ergueu uma sobrancelha, claramente interessada.
— Ah, é? E que tipo de lugares?
— Orfanatos, templos, caravanas… já passei por muitas coisas. Sempre fugindo, sempre encontrando um novo lugar.
A resposta fez Amarílis soltar uma risada baixa, divertida.
— Uma garota cheia de surpresas, então. — Ela a avaliou por um momento, a curiosidade genuína brilhando em seus olhos. — Você tem o jeito de quem sabe se virar. Mas me diga, sabe dançar?
A pergunta veio carregada de um desafio sutil, como se estivesse testando Nix. Amarílis observava a jovem com uma mistura de fascínio e identificação, vendo talvez um pouco de si mesma na resiliência de Nix.
Nix inclinou a cabeça levemente, os olhos brilhando com uma confiança travessa.
— Claro. Aprendi com os Jïa.
— Jïa? Os ciganos de Nipeeland? — Amarílis arqueou as sobrancelhas, visivelmente interessada. Uma lembrança distante, talvez um cheiro de fumaça de fogueira, cruzou seu olhar. — Eu ouvi histórias sobre eles. Dizem que são os melhores contadores de histórias, e dançarinos ainda melhores.
— Os próprios. — Nix confirmou, um sorriso nostálgico surgindo em seu rosto.
O sorriso da dançarina se alargou.
— Então prove.
Nix hesitou, medindo a outra com o olhar.
— Aqui? Agora?
— Ou será que só fala bonito? — Amarílis provocou, a voz suave, mas com um toque de desafio.
O brilho competitivo nos olhos de Nix acendeu no mesmo instante.
— Você vai se arrepender de me provocar.
Amarílis riu, puxando-a pelo pulso e guiando-a pelos bastidores do cabaré. O pequeno camarim era apertado e repleto de vestidos pendurados, tecidos brilhantes espalhados por toda parte. O cheiro de perfume doce e maquiagem antiga impregnava o ar.
— Se vai dançar, precisa estar vestida para isso. — Amarílis jogou um conjunto para Nix.
A jovem analisou as peças. A saia era leve e fluida, feita para se mover com cada passo. O top, enfeitado com pequenos espelhos e bordados, lembrava os trajes tradicionais dos Jïa.
Ela deslizou os dedos pelo tecido, sentindo um calor estranho no peito. O reflexo no espelho parecia diferente. Pela primeira vez em muito tempo, ela não via a filha do Caos. Via alguém que poderia ser livre, alguém que poderia ser apenas Nix.
Amarílis percebeu a mudança em sua expressão e tocou seu ombro levemente, um gesto de cumplicidade.
— Está pronta?
Nix respirou fundo, sentindo a excitação crescendo em seu peito, misturada com uma pontada de ansiedade e liberdade.
— Sempre.
Amarílis sorriu e puxou-a de volta para o salão, onde os músicos começavam a tocar. O ritmo pulsante da percussão preencheu o espaço, e Nix sentiu o chamado da dança em seus ossos, uma melodia familiar.
O salão vibrava com os ecos da música quando Nix voltou ao centro, a saia fluindo ao seu redor como um redemoinho de cores. O peso dos olhares sobre ela era familiar, mas dessa vez, não era de julgamento. Era de curiosidade. De admiração.
Os primeiros acordes ressoaram, e ela se moveu. O calor do fogo dançava contra sua pele enquanto os risos ecoavam ao seu redor. A cada giro, a cada estalar de dedos, Nix sentia a presença dos Jïa como se fossem uma extensão dela mesma. Os pés descalços marcavam o ritmo contra o chão de pedra, e o cheiro de incenso e especiarias impregnava o ar.
Ela tinha apenas doze anos quando Morfeus decidiu que morar com os Jïa era uma ótima ideia — ou melhor, uma ótima punição para ele mesmo, já que Andréa estava furiosa com alguma besteira que ele havia feito. Assim, os dois passaram meses vivendo sob as tendas coloridas, viajando de cidade em cidade ao lado dos ciganos.
Nix lembrava-se de como os dias eram vibrantes, cheios de histórias e risadas, e as noites, embaladas pelo tilintar das pulseiras douradas e pelo rodopiar das saias. Os Jïa viviam através da música e da dança, e foi ali, entre palmas e melodias, que aprendeu a se mover com graça e ousadia.
Naquele instante, no meio do cabaré, ela não estava mais ali. Estava de volta àquela memória, sentindo-se outra vez a garota de olhos brilhantes sob a lona vermelha e dourada da caravana. Uma garotinha que sabia onde pertencia, e talvez ela estivesse se encontrando de novo, peça por peça, através da dança.
Quando a música cessou, o silêncio durou apenas um segundo antes que os aplausos preenchessem o espaço. Amarílis sorriu, puxando-a para perto.
— Nada mal, garota-gato. Você tem talento para isso.
Nix arqueou uma sobrancelha.
— Você ainda não viu nada.
Mas a leveza da manhã foi interrompida não por uma briga, mas por uma nova presença. Enquanto Nix ainda se recuperava dos aplausos, um homem de pele azulada e olhos vibrantes se aproximou, sua cauda de peixe se movendo com uma graça surpreendente mesmo em terra. Ele parecia exalar carisma e autoconfiança. Seus cabelos molhados caíam sobre os ombros, e um brilho travesso habitava seus olhos.
— Uma performance e tanto, docinho. — A voz dele era grave e aveludada, e ele se inclinou ligeiramente, sem tocar. — Que tal dançar só para mim agora?
Madoc deu um sorriso charmoso, mas havia um ar de descaramento em seu olhar que Nix reconheceu de imediato. Não era forçado, mas sim uma flerte natural de alguém acostumado a conseguir o que queria.
Nix apenas sorriu de canto, sem se intimidar.
— E você é?
Madoc riu, um som agradável, e se afastou um pouco, o que era um gesto de respeito incomum para um homem do cais.
— Direta. Gosto disso. — Ele fez uma reverência exagerada. — Sou Madoc, o melhor navegador que você vai encontrar em toda a baía. E o mais belo, modestamente falando.
— Nix. E sou a melhor dançarina que você vai ver hoje. Modestamente falando, é claro. — Nix retrucou, o humor em sua voz.
— Ah, tenho certeza que é. — Ele piscou. — Mas talvez eu possa te levar para lugares onde você possa mostrar esse talento para o mundo inteiro. Pense nisso.
Com um último sorriso, Madoc fez um aceno para Amarílis, que observava a cena com um divertimento discreto, e se afastou, deixando Nix com uma sensação de leveza e uma nova curiosidade sobre o mundo fora do Cais.
O cheiro de peixe e especiarias ainda impregnava suas roupas quando Nix e Vênus voltaram para o estaleiro. O sol estava no auge, tornando o calor do meio-dia quase sufocante, e o silêncio da casa improvisada era um contraste gritante com o burburinho do Cais.
Panacéia não estava à vista, mas havia deixado comida pronta sobre o fogão de lenha — um gesto silencioso que indicava que, apesar de sua ausência, ainda cuidava delas. Vênus se serviu primeiro, mas Nix, inquieta, decidiu procurar pela tia, a cabeça cheia de pensamentos sobre a dança e o navegador.
O armazém nos fundos do estaleiro era um espaço amplo e escuro, onde peças de metal e madeira se amontoavam em prateleiras e bancadas de trabalho. O som ritmado de marteladas ecoava pelo lugar, guiando Nix até Panacéia.
A fada estava concentrada, suja de fuligem e graxa, esculpindo detalhes em um grande corpo metálico. O golem de ferro ainda não estava completo, mas já tinha forma: um torso robusto, braços fortes e uma cabeça lisa, sem rosto. Panacéia parou por um instante, passando o antebraço sobre a testa suada, e olhou para Nix.
— Fico feliz que tenha voltado inteira. — Seu tom era neutro, mas havia algo nos olhos dela que transbordava alívio e cansaço, a preocupação de uma guardiã.
Nix hesitou, cruzando os braços.
— Você sabia que Astéria ia nos levar para aquele cabaré, né?
Panacéia soltou uma risada curta, voltando a ajustar uma das juntas metálicas do golem.
— Claro que sim. Você precisa conhecer o Cais como ele realmente é, não como você imagina que seja. É um lugar onde a vida e a morte se misturam, onde a arte e o perigo andam de mãos dadas.
— Não podia ter nos levado você mesma? — Nix perguntou, um tom de leve frustração.
— Eu queria que você visse as coisas com seus próprios olhos. E, para ser sincera, precisava de um tempo sozinha. A dor às vezes precisa de espaço para ser processada, não é?
Nix ficou em silêncio por um momento, observando o golem tomar forma sob as mãos habilidosas da tia. Aquele ser sem rosto parecia absorver a própria dor de Panacéia.
— É sobre o Zander, né? — perguntou Nix, a voz quase um sussurro.
O som das ferramentas cessou, e Panacéia inspirou fundo, o ar pesado no peito.
— Sempre é sobre ele. — A voz dela não carregava tristeza, mas um peso que Nix reconhecia bem: a saudade que nunca se desfazia, apenas se transformava, moldada em ferro e suor. — Eu nunca vou superar isso. Mas a gente aprende a seguir em frente, de um jeito ou de outro. Transformamos a dor em algo útil, algo que nos ajude a continuar.
Nix desviou o olhar, sentindo um nó na garganta, compreendendo a profundidade do luto da tia.
— Eu queria ter feito algo. Ter sido mais forte.
Panacéia encarou a sobrinha por um longo momento antes de pegar uma pequena peça de metal e entregá-la a ela, a superfície fria contra a pele de Nix.
— Se quer fazer algo, construa. — Sua voz era firme, mas gentil.
Nix franziu a testa, confusa, o peso do metal em sua mão.
— Como assim?
— O passado não muda, mas o que você faz daqui para frente pode. Construa algo que simbolize o começo da sua nova jornada. Algo seu, que carregue sua força, sua resiliência.
Nix segurou o pedaço de metal, sentindo seu peso, a ideia plantando uma semente em sua mente.
— Tipo o seu golem?
— Tipo o seu próprio navio. — Panacéia respondeu, um sorriso de canto nos lábios, e voltou ao trabalho no golem, martelando com um novo vigor.
A resposta pegou Nix de surpresa. Ela olhou para a tia, que apenas sorriu de canto e voltou ao trabalho. Por algum motivo, a ideia pareceu mais concreta do que nunca, um novo propósito acendendo dentro dela. Um navio. Seu próprio navio.
próximo capitulo dia 7 de março
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