Capítulo 17 - Kelcor e o escudeiro
VALEN
Tobin era esperto e muito respeitoso, então não era um problema tê-lo ao meu lado.
Paramos ao lado do rio, cerca de dois ciclos de distância da última cidade ao norte do domínio humano, Kelcor.
— Você disse que pesca bem. Pode pegar alguma coisa para o almoço? Só como coelhos-de-vento e cervos-telepatas há dias. Estou até um pouco enjoado…
— Um momento, senhor Valen. Tinha linha aqui na carroça… — Ele revirou o fundo da charrete e encontrou um punhado de linhas. — Aqui! Os bandidos, que me prenderam, me mantinham por perto já que conseguia alimento com facilidade ao pescar. Infelizmente eles não tinham equipamentos de pesca decentes.
— Você só tem linha e anzol… Não precisa de uma vara de pesca?
— Eu não gosto. Prefiro sentir os puxões dos animais com minhas próprias mãos. Assim eu evito machucá-los tanto… — Tinha um leve tom de tristeza em sua voz.
— Qual o problema, Tobin?
— Sei que o senhor é humano, e tem hábitos alimentares diferentes, mas é triste precisar matar várias vidas “menores” apenas para se satisfazer… Nós, elfos, somos vegetarianos. Por isso é estranho matar para comer.
— Entendo… Se não quiser pescar, tudo bem. Mas, infelizmente, preciso me alimentar. Animais silvestres são a minha outra opção… Veja a pesca como uma forma de evitar que animais “mais inteligentes” morram para que eu me alimente. O que acha?
— O senhor tem razão, é claro…
— Não precisa continuar me chamando de senhor. Apenas “Valen” é o suficiente.
— Entendido, sen-, digo, Valen!
Ele pegou um punhado, do que imaginei ser pó de trigo, em um dos sacos na carroça, umedeceu as mãos no rio, e criou uma massa espessa. Depois, com grande agilidade, formou pequenas bolinhas de massa de trigo.
O rapaz colocou uma das bolinhas na ponta do anzol e o restante nos bolsos, antes de procurar um bom lugar para arremessar sua isca. Andou cerca de cinquenta metros até uma árvore, com pequenos frutos acima da água.
— Perfeito! — Tobin exclamou.
A técnica do rapaz era impecável.
Ele jogou o anzol em um ângulo que fez com que a isca caísse, como se estivesse despencado da própria árvore.
A densidade das bolinhas de trigo fez com que o anzol quase boiasse acima da água.
Tobin manteve o foco total no que fazia.
Não demorou nem dez segundos para fisgar o primeiro peixe. Ele o tirou do rio antes que houvesse muito distúrbio na água, pelo animal se debater.
O garoto retirou o anzol da boca do animal com cuidado e colocou o peixe delicadamente no cesto, que carregava ao lado de seu corpo.
Mais uma bolinha no anzol, mais um arremesso, mais um peixe.
— Estou impressionado, garoto. Voc-
— Shhh! — Tobin me silenciou sem tirar os olhos da água.
Não demorou nada e ele capturou o terceiro peixe. Com um olhar sério ele me perguntou:
— Esses três serão o suficiente?
— Claro, obrigado!
Dizer que eu estava impressionado pelo o que eu vi era pouco. Aquilo era trabalho de profissional.
Eu tinha juntado alguns galhos secos para fazer a fogueira que iria assar os peixes.
Sem que Tobin visse, usei minha habilidade com magia de tipo energia na ponta do dedo indicador e acendi o fogo.
— Nossa, você é muito bom acendendo fogo! O senhor é um mago?
— Valen…
— Ah, desculpe… Você, Valen, é um mago?
— Do tipo força! — Menti. — Tenho uma boa pederneira para acender o fogo, só isso… Mudando de assunto, como descobriu que sabia pescar, se não gosta de fazer isso?
— Ah, é uma habilidade que todo elfo tem, mas não usa… Sabe, quando se vive tão próximo da natureza você aprende a entendê-la, e enganá-la, se necessário. Pescar é isso: entender e enganar os peixes para capturá-los.
— Nunca tinha pensado dessa forma… Já estou aprendendo bastante com você garoto. Sua presença está se tornando mais útil a cada instante.
Peguei galhos mais retos, os afiei com minha espada, e usei para atravessar os peixes que seriam assados.
— Obviamente você não vai comer peixe. O que podemos arrumar para te alimentar?
— Tem um grande saco com frutas na carroça, além de umas verduras. Os bandidos precisavam me entregar vivo para quem fosse me comprar, né? — Ele deu um breve sorriso enquanto revirava a carroça.
— Eles não tinham comida além de frutas, trigo e verduras? — Perguntei.
— Não aqui na carroça. Devíamos ter olhado as bolsas deles…
— Sem problemas, logo estaremos na cidade.
Enfiei os espetos de peixe no chão ao lado da fogueira e aguardei que ficassem assados. Tobin sentou do outro lado do fogo, segurando quatro maçãs.
— Valen, pode me falar um pouco sobre os humanos?
— O que quer saber? — Sentei no chão, como o garoto.
— Tudo o que me falaram sobre vocês é que são bárbaros e não se importam com a vida alheia. Que são egoístas e materialistas. Também disseram que humanos matam por prazer e…
— Vai com calma garoto! Você quase completou a lista de pecados existentes, hahahahaha… Sim, você não está errado. Somos tudo isso, só que muito pior — ss chamas formavam sombras fantasmagóricas no meu rosto, mesmo com o sol a pino.
Tobin se afastou um pouco, com uma expressão que misturava espanto e nojo.
— Hahahahahaha… Estou brincando com você, garoto. Mas não é mentira, humanos são sim seres horríveis, como descreveu, mas não somos os únicos! Na verdade, acredito que nenhum d’Os Cinco escapa dessa descrição. Por exemplo, seu falecido rei, Altimanus, enviou milhares de elfos para a morte apenas para me… Digo, ouvi dizer que enviou eles para a morte apenas para testar o escolhido dos humanos… Se isso não prova que até mesmo os elfos podem ser bárbaros, não sei o que provaria.
Tobin fitou as chamas enquanto pensava.
— O rei Altimanus está morto? Não sou o tipo de pessoa que fica feliz com a morte dos outros, mas ele teve que mereceu… Os deuses ouviram minhas preces!
— Está bem com a morte de seu rei, Tobin?
— Por causa dele fugi. Alguns homens da minha tribo teriam de participar desse ataque, que assassinou tantos elfos… Para evitarmos sermos enviados para a morte certa, minha aldeia inteira decidiu fugir da floresta. Foi assim que cortamos nossas orelhas. Foi assim que fomos pegos pelos bandidos. Foi assim que perdi minha mãe… — Ele começou a chorar em silêncio.
— Isso não vai lhe dar conforto, mas garanto que nem todos os humanos são monstros, como os que machucaram sua família. Tem gente boa por aí, só não é tão fácil encontrar… Você tem a opção de voltar à floresta, já que o rei louco não está mais no poder.
— Pode ser… — O garoto secou os olhos com as mangas da roupa suja. — Não tenho certeza do que fazer daqui para frente, só sei que não quero voltar para lá. Não tão cedo.
— Tudo bem, então. Até você decidir, por que não se lava? Você não cheira nada bem.
— Oh! Claro, vou só terminar de comer.
Enquanto ele se lavava, eu comia os peixes recém assados. Fiquei olhando em direção ao horizonte, onde estava meu próximo destino. Eu só teria que passar por Kelcor, me livrar do garoto. Assim a primeira etapa de minha atual jornada estaria concluída.
Kelcor era um bairro se comparada a Porto-Norte.
Ao sul da província em que estávamos fica o Feudo de Pleno, controlado por minha amiga, Henco. Esperava não encontrar ninguém que me conhecesse por aqui.
Entramos na cidade sem que qualquer guarda nos parasse.
Quem nos visse de longe achava que eu era o segurança do garoto. Por mais maltrapilho que ele estivesse, tinha traços bonitos no rosto, o que apenas quem tem dinheiro consegue manter durante esta época. A maioria das pessoas é pobre e precisa trabalhar desde cedo nas fazendas para se sustentar, com o sol envelhecendo suas peles e criando rugas muito cedo.
— Certo, Tobin. É aqui que nos despedimos! Te contei tudo o que você precisa para não morrer entre humanos. Evite mostrar as orelhas, fique quieto e-
— E nunca aceite fazer o juramento do deus azul, porque só funciona entre humanos. Já entendi! Mas Valen, como você vai pescar sem minhas habilidades? E com quem vai trocar experiências sobre os elfos? Pelo o que percebi você está querendo descobrir mais sobre outras espécies, certo? Por que não posso continuar ao seu lado? — Ele parecia nervoso, quase gaguejava.
— Escute, garoto, não sou babá, está bem? Sem contar que estou indo até os anões. A última coisa que eu faria é levar um elfo na presença de um anão. Seria mais respeitoso jogar excremento na cara deles!
O garoto deu risadas.
Ele ainda estava em cima da carroça. Parou seu cavalo e preparou para descer o que sobrou dos alimentos para tentarmos vender. Enquanto ele puxava os sacos para eu ajudar a descarregar, continuou falando:
— Entendo que é um problema um elfo estar na presença de um anão, mas eles nunca saberão se não contarmos! As cicatrizes dos cortes que minha mãe fez nas pontas das minhas orelhas são difíceis de serem vistas…
Cerca de mil anos atrás, os elfos e anões tinham uma boa relação. Para os baixinhos era muito útil conhecer mais sobre a natureza, pois ajudava a criar alguns tipos novos de artefatos. Já para os elfos era interessante ajudá-los, pois a manufatura de itens imbuídos em magia os tornavam mais fortes.
Tudo mudou por causa das árvores.
Uma história muito famosa entre as crianças é o “Conto da fumaça”: Certa vez, anões prepararam uma festa para os elfos, perto da floresta élfica. A festança seria para selar sua grande amizade. O líder do grupo de anões estava irritado, pois não tinham espaço suficiente para sua barraca, então ele cortou uma pequena árvore de uma espécie rara, para abrir esse espaço. Depois ele usou a madeira dessa árvore para fazer uma grande fogueira. Quando os elfos viram aquilo, ficaram enojados e brigaram com os anões. Os baixinhos não aceitavam que estavam errados e voltaram para suas terras, irritados.
O conto termina dizendo que esse é o motivo da cisão entre essas duas raças, mas não é essa a verdade.
A história verdadeira começa sim com uma árvore rara sendo cortada, mas não havia sido a única. Os anões planejavam criar forjas poderosas de presente para os elfos, então eles cortaram árvores e mais árvores para usar a madeira como combustível. Os elfos ficaram enfurecidos, mas entenderam que foi um engano e pretendiam perdoar os anões, se eles não fizessem mais isso. Os barrigudinhos não gostaram que lhes impusessem restrições, e disseram que não se importavam com essas poucas árvores, já que cortaram muitas mais em suas terras.
Não houve acordo que fizesse o elfos e os anões se reconciliarem. O desentendimento foi crescendo conforme as gerações passavam. O que era respeito e companheirismo se tornou ódio e desavença.
A moral que tentavam nos ensinar dessa história é que devemos respeitar as diferenças, pois cada um pensa de uma maneira. Não que os humanos fossem exemplo para alguma coisa…
Voltando ao presente, não demorou muito para terminarmos de descer todos os sacos de alimento. Eram onze ao todo. Daria para fazer um bom dinheiro se negociássemos direito.
— Vou ajudar você encontrar algum rumo aqui em Kelcor, depois eu parto. Sozinho!
Dava para ver no rosto de Tobin que ele queria continuar protestando, mas eu já tinha feito tanto por ele que seria pedir muito. O rapaz abaixou a cabeça e assentiu, um pouco triste.
Kelcor era uma cidade com muitas estalagens, mercados e poucos moradores fixos.
Como era a cidade mais ao norte da nação humana, muitos anões eram vistos, misturados à multidão. Meus olhos brilharam quando vi um pequeno grupo de anões perto de uma esquina movimentada. Segurei o impulso de ir até eles e conversar sobre artefatos. Admito, eu gostava bastante dos itens que eles construíam.
— Valen, fecha a boca, está quase babando!
— Hã? Ah, sim… Vamos vender logo essa tralha.
Foi relativamente rápido vender tudo. Como não estávamos cobrando preços unitários, e sim pelo montante dos alimentos, pedimos apenas cinquenta moedas de ouro. Dois feirantes ficaram com tudo.
Um ciclo depois, tínhamos uma carroça vazia.
Conversamos enquanto andávamos por entre a pequena multidão do mercado da cidade.
— Pode ficar com o dinheiro, Tobin. Já tenho o necessário para minha viagem.
— Tem certeza, Valen? Eu não sei usar dinheiro muito bem, então não me importo de te dar metade. Tem bastante aqui…
— Acredite, dinheiro nunca é o bastante!
— Anotado.
A presença do rapaz não me incomodava. Por mais novo que ele fosse, conseguimos manter uma conversa no mesmo nível quase todo o momento.
— Logo mais vai anoitecer. Se você ver algum lugar onde entram e saem muitas pessoas, geralmente é um bar. Em bares você consegue informações, como onde pode arrumar um lugar para dormir ou até missões, que pagam em dinheiro por serviços prestados. Você disse que é um curandeiro, certo?
— Certo…
— Acredito que missões para curar humanos doentes ou animais de fazendas, aparecem com bastante frequência. Seria um bom início para você entre os humanos.
— Gostei da ideia, Valen, mas eu ainda quero ir com você!
— Tobin, eu já disse, não posso te-
— Eu sei, eu sei! Mas eu prometo que serei uma boa companhia. E temos essa carroça. Seria ótimo para levar suprimentos, eu posso controlar ela enquanto você só aprecia a paisagem. Só o que peço é que me proteja.
Suspirei pela décima vez aquele dia.
O garoto estava dando cada vez mais bons motivos para levá-lo comigo. Estava ficando mais difícil deixá-lo para trás. Sem contar que deixar um elfo, sozinho no meio de humanos, é algo muito perigoso.
Espere, desde quando eu comecei a me preocupar com elfos?
Mal faz um mês que eu estava na floresta dos elfos, pronto para aniquilar a todos como insetos, mas agora estou aqui, me preocupando com apenas um elfo pivete.
— Imagina, Valen, sempre que quiser comer um peixe fresquinho eu pesco para você! Hmmm, que delícia! — Tobin passou a mão na barriga, como quem está de barriga cheia.
— Você nem come peixe, como pode dizer que é delicioso?
— Eu sei lá, falei só para provar o meu ponto.
— Moleque estranho, hahahahahahaha.
— Hahahahahaha.
— Eu vou me arrepender disso, tenho certeza… — Falei isso um pouco baixo, apenas para eu ouvir. Depois continuei. — Ok, garoto, pode vir comigo. Mas tente se manter útil. Não quero ninguém me atrapalhando, entendeu?
— Sim, senhor..! Digo, sim, Valen! — o garoto fez o que parecia ser uma continência, depois abriu um grande sorriso.
Compramos algumas coisas que achávamos necessárias para uma viagem com mais outra pessoa: um pacote de sal e temperos variados para a comida, cantis para água, e outras coisas úteis para pesca, como anzóis de tamanhos variados e mais linha.
— Já está escurecendo. Prefere dormir numa estalagem ou sob as estrelas, Tobin?
— Não gosto de dormir dentro de construções, me sinto preso. Podemos dormir aqui fora?
— Sem problemas. Amanhã vamos partir para o território dos anões, bem cedo, então é bom dormirmos logo.
Encontramos um lugar em campo aberto fora da cidade, para montarmos nosso acampamento.
Não demorou para nos aprontarmos para dormir. Acendemos uma fogueira e logo estávamos descansando.
— Valen, acorde!
— Hmmmm..? O que foi, garoto, me deixa dormir, ainda é de noite!
— É que você vai achar importante o que está acontecendo…
Abri os olhos e não consegui me mexer.
Eu e Tobin estávamos presos em uma jaula apertada, ambos presos com cordas super grossas, um de costas para o outro.
Suspirei e falei:
— São quantos?
— Contei seis. Parecem ser do mesmo grupo que o senhor matou, quando nos conhecemos.
— Ah, então os garotos resolveram acordar? — Falou uma voz esganiçada atrás de mim.
Tentei forçar as cordas com minha força e não consegui arrebentá-la. Normalmente nem correntes poderiam me deter, foi aí que senti algo frio em meus pulsos.
“Grilhões de supressão de mana? Que engenhoso! Devem ser profissionais em sequestros.”, pensei.
— Boa noite, bom sequestrador. Me chamo Valen, e este é Tobin. Poderia me dizer o motivo deste sequestro?
— Olha só, Ragus, este aqui é engraçadinho! Podemos dar uma surra nele, antes de entregar pro chefe? — Falou outra voz às minhas costas. Era mais grave que a primeira, mas parecia mais burro. Às vezes conseguimos sentir isso apenas pela voz da pessoa, é incrível.
— Cale a boca, Bumbi, ninguém pediu sua opinião! — A voz esganiçada falou novamente.
Eu poderia escapar dali sem problemas.
Esses sequestradores não devem ter prendido um mago poderoso, pois essa pouca quantidade de cristais de mana nos grilhões não era o suficiente para conter toda a magia de alguém como eu.
Decidi me fazer de idiota para encontrar este “chefe” deles. Assim resolverei o problema pela raiz.
— Podem nos levar, não tenho problema em ser escravo, só não nos machuque! Por favor! — Tentei fazer a voz mais amedrontada que eu poderia fazer, mesmo não estando com um pingo de preocupação. Pareceu muito falso.
— O chefe vai chegar aqui logo depois que amanhecer e seus destinos serão decididos, Hehehehehe… — Ragus “voz esganiçada” falou.
Deu para perceber que ele e Bumbi se afastaram, deixando eu e Tobin com um pouco mais de privacidade.
— O que foi aquela encenação toda, Valen? — Meu companheiro de cárcere cochichava.
— Não se preocupe, consigo tirar a gente daqui quando eu quiser. Só preciso conhecer esse tal de “chefe”, para acabar com todos eles de uma vez.
— Você consegue fazer algo assim?
— Confie em mim! Agora tente descansar. Ainda partiremos para a terra dos anões, isso apenas nos atrasará um pouco.
Demorou para conseguir dormir naquela posição incômoda. O lado bom é que a noite estava um pouco fria, então as cordas me mantiveram aquecido. Tobin começou a roncar bem antes. Deu para perceber que ele confiava bastante em mim.
Um pouco antes de amanhecer ouvi um barulho de grama sendo pisada ao meu lado, e despertei.
Senti uma flutuação na mana ambiente e abri os olhos. De alguma forma eu reconhecia essa mana…
— Olá bonitão, precisa de uma ajuda?
— Listro? O que está fazendo aqui?
“Os rios ao sul da cadeia de montanhas dos anões são ricos em minerais e vegetação. A temperatura gelada dá um toque especial a água quase cristalina!”
Passagem do livro ‘Descobertas de Mundo’, por Godur Ametis
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