Capítulo 44 - Lágrimas de felicidade
THERMON AGOURO
Quando as faixas negras caíram, revelaram um Elfo-de-gelo de meia idade, claramente mais velho que eu. Suas feições lembram ligeiramente as minhas.
Fiquei uns instantes paralisado, sem entender o que via. A frase que ele falou não chegou aos meus ouvidos.
Muitas coisas passaram por minha mente.
Por cem anos vivi ao lado desta pessoa. Não existia a mínima possibilidade de eu não reconhecer aquele homem.
Ele me criou. Ensinou todos os valores que utilizo até hoje.
Mas como era possível? Para mim, ele havia morrido ao cair em um desfiladeiro de gelo, enquanto caçava… Como alguém, com o mesmo rosto, poderia estar na minha frente?
Depois do que pareceram eras, falei:
— Estou sonhando?
— É mais fácil eu estar… Mas não, isso é real!
— Como isso aconteceu? Por quê sumiu do polo sul? Trinta anos… Mesmo para um elfo-de-gelo, isso é muito tempo!
Ele respirou fundo e começou:
— Antes de mais nada, preciso me desculpar. Sou e não sou seu pai…
Lágrimas começaram a cair dos meus olhos, turvando minha visão.
— O que quer dizer com isso, pai?
— O desgraçado do Vanir fez algo comigo e perdi todas as minhas memórias. Bem, quase todas… Há cinco anos atrás, lembrei de você, Thermon. Mas não do seu rosto, e sim do momento em que nasceu.
Meu pai começou a fungar, quando lágrimas umedeceram seus olhos. Ele continuou:
— Até ontem, não lembrava como você se parecia. Quando vi que era um homem feito, uma enxurrada de novas memórias vieram à tona, mas nada que fizesse muito sentido… Agora, em sua presença, com mais calma, essas memórias desconexas completam um quebra-cabeças que, a muito, venho tentando montar.
Dei tempo para ele se explicar. Eu precisava entender o motivo de não tê-lo ao meu lado por tanto tempo. Ele prosseguiu:
— As primeiras memórias que recobrei foram as de você nascendo. As próximas memórias foram sobre sua mãe, Chandici, que nossa companheira de viagem, Jouci, me ajudou a recordar. Já estas últimas, que lembrei ontem, remontam meu passado como elfo-de-gelo, e o motivo pelo qual saí do polo sul… Mas isso é assunto para depois, o que importa é que estou vivo e você está livre!
— Vanir, aquele maldito. Como ele pode fazer isso com você? Por todo esse tempo, você esteve trabalhando ao lado dele?
— Sim, e isso não é algo que me orgulho… Fui um assassino, comandado por ele, todo esse tempo. O número de pessoas que sucumbiram pelas minhas mãos… Me enojo só de lembrar.
Uma lágrima solitária escorreu de seu olho esquerdo, enquanto ele fitava suas mãos enfaixadas com panos pretos, como se elas fossem as coisas mais asquerosas do mundo.
— Com essas mãos, Thermon. Com essas malditas mãos, matei mais de uma centena de pessoas inocentes. Pais, filhos e mães… Todos pereceram por minha causa! Não mereço a felicidade de te reencontrar!
Dei a volta na mesa e abracei-o, o mais forte e calorosamente que um ser de pele gelada conseguia fazer.
Ele hesitou em aceitar meu abraço, mas não me importei. Ele deu mais uma fungada e começou a chorar, e chorar. Não me contive e fiz o mesmo. Deixei a emoção tomar conta de mim. Ele apertou ainda mais meu abraço, e ficamos ali, os dois chorando, como crianças.
Depois de um tempo, nos afastamos e pude olhá-lo com mais calma, de perto. As rugas pelo estresse eram muito evidentes embaixo de seus olhos. Algo que, para um elfo-de-gelo, com meros cento e oitenta anos, não devia ter. Sua pele estava bastante ressecada, com diversos pontos onde pareciam estar queimados, possivelmente devido aos vários dias peregrinando pelo deserto.
— O senhor fez muito por mim ao me salvar, obrigado… Não deixe que este passado nefasto, orquestrado por Vanir, corroa tudo o que o senhor representa. Sei que é uma pessoa boa e justa, e não faria esse trabalho horrível se não tivessem feito algo muito extremo com você!
— É minha mente, Thermon. Ele fez algo comigo. Eu parecia uma criança, quando acordei aos pés dele, vinte e cinco anos atrás. Ele me treinou e me fez seu subordinado… Eu só sabia obedecer suas ordens.
— Tudo bem, pai. Eu entendo. Não se culpe pelas coisas horríveis que aconteceram. O que importa é que está aqui, agora. Vamos vencer ele, juntos!
— Obrigado por suas palavras, fi-fi-filho — a palavra “filho” saiu tão sofrida de seus lábios… Era como se ele se sentisse culpado por dizê-la. — Desculpe, Thermon. Não te conheço, realmente. Percebo que não somos nada sem nossas memórias. Sem estes fragmentos de informação, que obtive, não teria ideia de quem você, ou sua mãe, são… Não sei se tenho o direito de te chamar de filho.
— Que se foda! Você sempre será meu pai, não importa o tipo de lavagem cerebral que recebeu!
Geir, digo, Regi deu uma breve risada, devido ao palavrão aleatório que falei. Comecei a rir também. Quando percebi, estávamos ambos gargalhando, a plenos pulmões.
— Tudo bem, filho — agora sim, ele falou com mais convicção.
— Agora, precisamos decidir o que faremos de agora em diante.
— Tem razão. Jouci, pessoal, podem sair de onde estão escondidos. Já terminamos de nos “reencontrar”.
Olhei em direção ao corredor da estalagem, onde meus companheiros de viagem haviam seguido para nos dar privacidade… Acontece que não nos deram muita privacidade, já que eles ouviram tudo. Me senti um pouco envergonhado com isso, mas não o suficiente para me importar. Meu pai estava vivo, nada poderia estragar meu humor naquele momento.
Todos os cinco voltaram pelo corredor, enfileirados.
Jouci, An’u e Maso fungavam e limpavam a umidade dos olhos enquanto se aproximavam. Talamaris e Elear pareciam muito contentes, pelas suas expressões.
— Contentes? Pronto, reencontrei meu filho. Agora podem nos deixar em paz?
Todos riram da fala de Geir… Ou Regi? Não sabia como chamá-lo.
— Estamos muito felizes por você, chefe! — O jovem anão falou pelo grupo.
— Não presencio algo tão fofo desde que vi dois pequenos potros brincando num pasto, décadas atrás — Talamaris parecia muito feliz.
Jouci se aproximou e me deu um forte e longo abraço, antes de falar:
— Desculpa todo este mistério. É que vocês dois precisavam falar com calma… Costas de um pássaro gigante não era o melhor lugar para isso.
O pessoal voltou a sentar na grande mesa, onde os pratos com diversos tipos de comidas estavam dispostos. O local, locado por Talamaris não tinha garçons ou algo do tipo, apenas os cozinheiros prepararam esse banquete.
— Geir, digo, Regi, digo, pai… Não sei bem como chamá-lo.
— Tente começar a me chamar de Regi. Preciso voltar a atender por este nome.
— Então, chefe Regi… — Maso falou. — Do que se lembrou, entre ontem e hoje? Não tenho muito orgulho de dizer que ouvimos toda sua conversa com Thermon, mas, como já fomos descobertos por você, pode nos contar?
— Ah, sim. Não verdade, isso é algo muito sério, que pode pôr em cheque o que Thermon e Jouci entendem sobre o polo sul, então gostaria de ter a total atenção de vocês.
Estávamos sentados, com os rostos iluminados de alegria pelo momento anterior, mas a fala de Regi, meu pai, deixou o clima meio tenso. Eu e Jouci nos entreolhamos, aflitos pelo o que ele falou.
— Tudo bem, Regi. Nos diga, o que lembrou? — Jouci pediu.
Ele fez uma pausa, olhou para o teto e respirou fundo.
— Primeiro de tudo, a quantidade de memórias que tenho acesso sobre o meu passado é tão pequena, que sempre me assustou, mas não quer dizer que não as tenha. Acontece que não as disponho em sua completude — Regi se ajeitou em seu banco de madeira antes de prosseguir. — Julgo que tenho em minha mente dez por cento das minhas memórias antigas, mas elas são tão fragmentadas, que não fazem muito sentido. Dito isso, o que vou contar a vocês pode não ser verdade… Pode ser só mais um devaneio de minha mente, tentando preencher lacunas com outras memórias.
Me empertiguei e respirei fundo.
— Tudo bem, pai. Nos conte o que lembrou. Eu e Jouci ajudaremos o senhor a entender se esta é uma lembrança ou um delírio de sua mente.
Ele ficou em silêncio por um tempo, fitando uma maçã à sua frente. Seja o que ele tenha lembrado, não parecia ser algo bom.
— Jouci me contou, durante nossa viagem, que você e sua mãe acreditavam que eu tinha morrido enquanto caçava, ou algo do tipo… A verdade é que eu estava fugindo para não ser morto.
— Fugindo de quem? — Fiquei bastante nervoso com o começo da história de meu pai.
— Tomoga. Lembro que estava fugindo do atual líder dos elfos-de-gelo.
Silêncio. Ninguém no recinto parecia respirar. Apenas eu e Jouci sabíamos quem era Tomoga, já os outros, que não tinham ciência do assunto, apenas assistiam.
— Não… Não faz sentido. Tomoga? Tomoga Prudente, é deste que se refere? — Jouci indagou.
— Não conheço outro com este nome. Naquela época ele havia acabado de se tornar líder, e precisava manter seus planos em segredo. Aparentemente descobri esses tais “planos”, os quais, obviamente, não me recordo — Regi parecia vasculhar os fragmentos em sua mente, para formar. — Então ele me caçou pelo continente, até os limites do polo sul. Ao que parece, ele me encurralou, perto de um desfiladeiro, que dava em direção ao mar. Ele contava com a ajuda de outras pessoas, que compactuavam com suas ideias.
Eu estava em choque, nada daquilo fazia sentido.
— Pai, eu nem sei o que dizer… Tem certeza disso?
— Não tenho certeza de nada sobre a época que eu ainda era Regi. Por isso eu disse, que, talvez, seja minha mente pregando peças em mim.
Nenhuma vez ouvi qualquer tipo de história ruim sobre Tomoga. Era quase como se ele fosse um santo. Eu sei que ninguém é perfeito, mas ele estava acima de qualquer suspeita… Até agora.
— Lembra de algo sobre esses “planos”. Qualquer coisa que explique o motivo dele querer você morto?
— Nada que faça sentido… Como eu disse antes, não levem esta minha lembrança como uma verdade absoluta. Não sei o quanto disso tudo é verdade.
— Terei isso em mente, Pai. Só é muito para processar.
— Como… — Jouci falou baixo ao meu lado, quase cochichando. — Como isso é possível?
— Se acalme, Jouci. Como ele disse, não é certeza que isso é verdade.
— Não, eu confio em Regi. Se pararmos para pensar, é realmente estranho nosso líder ser tão bem visto. Quase como se ele tivesse todos os chefes de aldeias em suas mãos, como reféns. Só não consigo imaginar como ele conseguiria.
— É muito cedo para afirmarmos algo, então vamos nos manter isso apenas como uma dúvida, tudo bem? — Regi falou.
Assenti.
— Já que este assunto está encerrado, por agora, devemos falar sobre como lideramos com o assunto “Vanir”. Ele ainda estará avançando contra o polo sul — Talamaris chamou nossa atenção. — Regi, meninos, o que sabem da rosa dos ventos que possa nos ajudar neste assunto?
An’u limpou a garganta com duas tosses forçadas e começou:
— Estamos em desvantagem. Mesmo que tenhamos Thermon, a espada da senhora Talamaris, e o escolhido dos Lizards ao nosso lado, Vanir tem uma quantidade de soldados muito extensa. Diria que a quantidade de seguidores dele se aproxima de dez mil. Todos magos… Vanir não aceitava “súditos fracos”, e apenas aqueles que conseguem manipular mana podem entrar na rosa.
— DEZ MIL!? Como isso é possível? — Talamaris perguntou, quase gritando.
— Ele tem diversas bases espalhadas por todo canto. Se ele quer tanto atacar o polo sul, julgo que irá com força total. Julgar que ele usará cada peão ao seu dispor é mínimo — Elear, rapaz humano, concluiu.
— Entendo… Então precisamos pedir ajuda, não? Não teremos chances, se tanto forem mobilizados contra o sul — Tala parecia preocupada.
— Mais soldados para nos ajudar seria uma boa opção, mas precisamos de poder bruto, e para isso, é necessário termos mais escolhidos do nosso lado — levantei a hipótese, como se fosse uma opção viável, mas eu sabia que não era.
— Mesmo se conseguíssemos ajuda dos escolhidos, o anão, humano e Pelt-beast, como entraremos em contato com eles em tão pouco tempo? Eles estão espalhados pelo planeta, em continentes diferentes! — Maso, o elfo magricela, colocou a questão na mesa.
— Talvez tenhamos mais tempo do que imaginávamos. Reunir tantos soldados, espalhados por tantos lugares de Mundo, não será tarefa fácil para Vanir. Julgo que temos algo em torno de um ano até ele avançar contra sua terra, Thermon. — An’u deu sua opinião.
— O que acha, pai? Temos tanto tempo assim?
— Nosso planeta é bem vasto. Mesmo Vanir sendo poderoso, não pode agir sozinho. Se conseguirmos dividir nossos esforços em avisar seu povo, para que estejam preparados, e buscarmos mais aliados, talvez consigamos evitar uma catástrofe no futuro — Talamaris cruzou os braços, aprovando o plano de buscarmos mais aliados.
— Está decidido então. Vamos fazer o possível para conseguirmos o máximo de auxílio no período de até um ano. Por agora, descansem. Amanhã definiremos quais serão nossos próximos passos — Regi dispensou todos pela noite.
A estalagem era modesta, mas muito aconchegante. Continha cerca de oito quartos, então teríamos, pelo menos, um quarto para cada um de nós.
An’u, Maso, Elear e Regi decidiram ficar nos 4 quartos no térreo da estalagem, eu e Jouci ficamos no segundo andar. Talamaris decidiu voltar para a prefeitura, que era sua residência em Lires.
Após nos prepararmos para se deitar, cada um foi para o seu quarto.
Quando coloquei a cabeça do travesseiro, tanta coisa passou por ela, que quase fiquei tonto. Menos de dois dias atrás eu era mantido em uma prisão de ferro. Era alimentado por um tubo. A comida era líquida, pastosa e insossa. Sem mana circulando por meu corpo, ficava em um estado de inanição, quase o tempo todo.
Sentia desespero pelo o que poderia ter acontecido com Talamaris e Jouci, e sentia medo por qual fim eu poderia ter. “Será que Vanir vai me matar hoje?”, pensava com frequência.
Mas agora estou aqui, do outro lado do continente, com minhas amigas bem, alimentado e confortável. Quando percebi isso, uma onda de felicidade e alívio tomou conta de mim, e mais uma vez nesse dia, comecei a chorar.
Entre lágrimas e fungadas, também lembrei da felicidade que senti ao descobrir que meu pai, Regi, também estava vivo. Ele não tem memórias do passado, mas isso apenas significava que precisávamos criar novas memórias.
Lágrimas de felicidade são as mais gostosas de chorar.
Depois de mais alguns espaços de tempo chorando e rindo sozinho, escutei três batidas na porta do meu quarto.
Tentei limpar meus olhos com as mangas da camiseta e falei:
— Quem é? — Sentei em minha cama ao dizer isso.
— Sou eu, Jouci. Está tudo bem, Thermon? — Em sua voz transparecia preocupação.
Senti vergonha por um instante. Chorei tão alto que ela conseguiu ouvir do outro quarto.
— Ah… Sim, sim, estou bem. Obrigado por perguntar.
— Posso entrar?
Fui pego de surpresa. Não sabia o que dizer. Eu queria estar perto dela o máximo que pudesse, tamanha a saudade que sentia, mas eu queria que ela me visse nesse estado?
Talvez, devido a escuridão do quarto, ela não percebesse meu rosto avermelhado e as lágrimas no travesseiro…
— Tu-Tudo bem. Pode entrar!
Ela respirou fundo atrás da porta. Um instante depois a abriu, com cuidado. A chama da vela, acesa no fundo do meu quarto, estremeceu. Jouci usava um pijama curto para dormir, aquele, que mostrava bastante de sua pele. Era composto de um short curto e uma camiseta com alças, bastante finas. Ela ficava especialmente bonita assim.
Percebi que, como Regi, sua pele estava mais ressecada se comparado com a última vez que a vi assim. Em alguns pontos havia pequenas marcas, que pareciam queimaduras de sol, se destacavam. Não parecia nada grave, só era algo que destoava em seu belo corpo.
Não sei explicar, mas algo nela parecia ter mudado. Como se Jouci parecesse mais “mulher”, se é que essa frase faz algum sentido.
Quando ela fechou a porta atrás de si, ainda não me olhava nos olhos. Ela apoiou as costas da porta e ali ficou por um tempo. Também não falei nada.
A presença dela já não me era estranha a muito tempo. Acredito que para Jouci isso também era verdade.
Decidi cortar o silêncio.
— Eu estava chorando, um pouco antes de você entrar. Fazia tempo que não chorava de felicidade, hehe. Patético, não?
Ele balançou a cabeça negativamente, de olhos fechados.
— Eu não acho. Eu mesma chorei de felicidade algumas vezes entre ontem e hoje. Só não deixei ninguém ver.
— Somos mais parecidos do que imaginei.
Ela ainda estava escorada na porta, enquanto fitava os pés da minha cama.
— Thermon, você pode ficar em pé, um momento? Preciso checar algo em você…
Fui pego de surpresa.
— Cla-Claro, posso sim — falei, bobamente.
Levantei o mais rápido que puder, e fiquei em pé, ao lado da cama.
— Agora, quero que feche os olhos.
Obedeci.
Ouvi passos apressados vindo em minha direção, que logo pararam na minha frente. Consegui sentir o cheiro doce que Jouci exalava, quando não estava enrolada em casacos. Eu adorava o cheiro dela. Me dei conta disso só agora.
— Não sei o que o amanhã nos aguarda, por isso não posso esperar para te dar isso.
Ela envolveu meu pescoço com um abraço e pressionou seus lábios contra os meus. O toque de sua pele era um pouco frio, mas muito macio e molhado. Levei uns instantes para entender o que estava acontecendo. Eu nunca havia beijado ninguém, então a sensação era estranha, porém prazerosa.
Retribuí. Percebi o quanto estava atraído por ela, pois minhas mãos deslizavam por seu corpo com fervor, tamanha a paixão.
Entre carícias e beijos apaixonados, Jouci e eu soltávamos breves gemidos de prazer.
Não aguentando mais a urgência da situação, direcionei Jouci a minha cama, deitando-a enquanto nossos lábios ainda continuavam se tocando.
Quando ela já estava no colchão, nos separamos alguns centímetros um do outro, e nos encaramos por alguns instantes. O fervor no olhar de Jouci me deixou ainda mais ávido em continuar.
Deitei ao seu lado, e continuei a beijando, como se minha vida dependesse daquilo. Nunca me senti mais vivo.
Jouci e eu consumamos nossa paixão diversas vezes naquela noite.
“Precisei de muita força quando perdi meu pai. Ele era uma figura muito presente e necessária na minha vida. Só queria saber o que aconteceu com ele…”
Thermon Agouro
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