Capítulo 62 - A catedral da Trindade
GÊMEO
GÊMEO
Estávamos frustrados.
Mesmo depois de quatro séculos criando e fortalecendo a Rosa-dos-ventos, sempre havia um empecilho: os marcados pelos deuses.
Todos os planos que elaboramos envolviam a morte de milhares, o que, com certeza, atrairia a atenção dos deuses.
Então, durante mais dez anos, apenas reunimos pessoas e o máximo de ouro possível.
Não importa a época, ouro pode resolver muito, se não todos, os problemas. Então, enquanto não tínhamos um foco, ouro se tornou nosso principal objetivo.
O diário de Galidon, o Escolhido que dividiu Vanir e eu, quatro séculos atrás, e os livros que encontramos em ruínas abandonadas no continente Sáfaro, continham toda informação objetiva sobre os deuses que tivemos acesso.
Precisávamos de mais…
Não é exagero quando digo que vasculhamos cada pedaço deste planeta. Se existiam grupos civilizados em algum lugar, eu e Vanir com certeza estivemos por lá.
Cada história, cada livro, cada rabisco gravado em pedra, tudo o que podíamos obter, nós tivemos acesso. Infelizmente nada nos aproximou mais de nosso objetivo.
Enquanto não soubermos como lidar com esta “barreira divina”, não conseguiríamos progredir com nossos objetivos.
Eu e Vanir vivíamos muito, então perdemos diversos de nossos seguidores com o passar dos anos. Principalmente humanos…
No ponto de vista dos elfos, os humanos vivem instantes, e isso é muito irritante. Uma vida pífia, curta e quase sem sentido. Por isso os enxergo como os mais vis e bárbaros entre Os Cincos: falta sentido em suas curtas vidas.
De toda forma, eu e Vanir destoávamos, mesmo entre elfos. Desde que éramos crianças até hoje já haviam se passado em torno de setecentos e noventa anos. Elfos normais mal chegam aos quinhentos anos de idade.
Sermos escolhidos da mana do tipo Vida fez isso conosco. Envelhecemos num ritmo bastante desacelerado, o que nos permitia ter paciência para realizarmos nossas ações. Por isso estava contente em ter Priarin na Rosa. Ele foi o primeiro elfo a se unir a minha causa, então estaria por muito tempo ao meu lado.
Nesses dez anos em que Priarin fez parte da Rosa, percebi como fiz bem em recrutá-lo. Sua força descomunal, seu exímio controle em mana e sua lealdade quase cega me inspiraram. Assim ele ganhou espaço na organização e já havia tomado o posto como meu braço direito.
Já Ruliter, perto dos setenta verões, estava decrépito. Havia pouco que ele poderia fazer pela Rosa. Então, agradeci sua vida de serviços dando-lhe ouro suficiente para comprar algumas fazendas, mas não foi com isso que ele usou seu dinheiro.
Sabendo que estava perto do fim de sua vida, gastou cada centavo ajudando todas as crianças órfãs que ele pôde encontrar. O grandalhão odiava todas as raças tanto quanto eu, mas tinha um coração mole para crianças.
Com setenta e dois verões Ruliter morreu de velhice, enquanto dormia em um dos orfanatos que patrocinou com seu ouro.
Perto do anoitecer, sentado no pico de um precipício à beira mar, olhava o horizonte em direção ao continente Sáfaro. Gaivotas-de-cera grasnavam perto dos rochedos.
A maré calma me ajudava a pensar.
A luz da lua, ainda tímida no céu, contrastava com o pôr–do-sol alaranjado, como se os astros fossem equivalentes, ainda que antagônicos.
A melancolia me acertou.
Em raras ocasiões tenho uma forte sensação de solidão, como se estivesse sem rumo… Apenas minha outra metade, Vanir, entendia esse sentimento.
A ânsia de encontrar com Vanir, às vezes, era desgastante. Só com ele eu podia falar abertamente sobre nossos planos, vontades e objetivos.
Enquanto me perdia em devaneios, ouvi alguém se aproximar atrás de mim. Por algum motivo eu sabia quem era pelo som de seus passos.
Sem me virar para encará-lo, falei:
— Priarin, o que precisa? Falei que não queria companhia em minha meditação.
— Mil perdões, mestre. Mas surgiu algo que o senhor, muito provavelmente, vai querer saber de imediato.
Ainda sentado, me virei. Ele estava ajoelhado, como na primeira vez que o conheci.
— Desembuche.
— Um humano, novato em nossa organização, transmitiu informações interessantes sobre a igreja dos três deuses. Ele era um lacaio dos padres, em Porto-Norte.
Franzi o cenho.
— Pode se levantar… O que ele nos diz sobre esses lunáticos da igreja?
Priarin ficou em pé e se endireitou.
— Ao que tudo indica, a igreja humana tem muitas informações sobre os deuses, não só sobre três que eles cultuam. Existem pergaminhos, livros e pinturas que podem auxiliar na sua busca por informações.
Comecei a me abrir mais com Priarin, então ele sabia, por alto, sobre os reais planos da Rosa-dos-Ventos.
E, como ele bem sabia, não existia a mínima possibilidade de enfrentarmos divindades sem as devidas informações suficientes.
— Por que não pensei nisso antes? É óbvio! Se tem um lugar que concentra esse tipo de conhecimento, seria nos acervos de uma religião como essa… — Levantei e olhei no fundo dos olhos de Priarin. — Temos nossa próxima missão: Vamos nos infiltrar na catedral dos três deuses, em Porto-Norte.
— Confia em mim? — Perguntei a Priarin, enquanto segurava uma faca afiada, prestes a cortar a ponta de uma de suas orelhas?
— Confio minha vida ao senhor! — Sem pensar, Priarin respondeu.
Era manhã, um ciclo antes do sol nascer. Meu subordinado estava sentado à minha frente, com a coluna ereta e olhando fixamente para o horizonte.
— Quando nossa missão acabar, eu “devolvo” suas orelhas. Sei do orgulho que tem em ser um elfo.
Sem mais delongas, passei a faca, afiada como bisturi, removendo a maior parte de sua orelha direita. Antes do sangue começar a jorrar, usei minhas habilidades para curar Priarin e moldar uma orelha, parecida com a de um humano.
Ele se manteve impassível, como se não tivesse sentido nada. Sei, por experiência própria, da dor e da agonia causada por esse tipo de ferida.
Lembro, como se fosse ontem, quatrocentos anos atrás, assim que cheguei em Aurora, arranquei a orelha direita e a curei no formato igual à minha orelha esquerda.
O processo que curou a metade do meu corpo, e me separou de Vanir, retornou o lado direito de minha cabeça ao formato élfico original, então tive que mutilar novamente minha face e orelha.
Me movi para o lado esquerdo de Priarin e cortei sua outra orelha, sem avisos. Ele não protestou. Novamente o processo de cura foi instantâneo.
— Pronto, agora parece mais com um humano. Veja como ficou.
Entreguei um espelho de mão a ele. Priarin aceitou e analisou sua nova aparência.
— Como o senhor faz para que a orelha fique côncava, aqui nessa parte de cima? — Ele passava uma mão sob a nova pele, recém regenerada.
— Para mim é como esculpir barro, mas com a mente. Não sei explicar muito bem…
— O senhor fez um trabalho sublime!
— Sem bajulações. E aqui não me chame de “senhor”, me chame de “Valen”.
Ele levantou. Como estávamos perto um do outro, era mais perceptível nossa diferença de tamanho. Priarin era magro, cerca de dez centímetros mais alto que eu.
— Tudo bem, Valen… Isso vai ser difícil para mim — ele quase gaguejou ao dizer meu nome falso. Não estava acostumado a me tratar como um igual.
— Vamos logo. Quero terminar com isso ainda hoje.
Nossa missão envolvia infiltração, então apenas eu e Priarion decidimos irmos sozinhos a Porto-Norte, que estava a alguns quilômetros de distância de nós.
Nossas roupas, mais puídas que o normal, tentavam emular a aparência de viajantes ou peregrinos.
Perto de onde havíamos montado nosso acampamento estavam dois cavalos acinzentados, que usamos para nos aproximar da cidade.
Soltei as rédeas da minha montaria e logo subi em sua cela. Priarin fez o mesmo.
Não tivemos pressa em nos aproximar. A cidade, grande mesmo a distância, era o marco da prosperidade dos humanos. O símbolo de que eles eram importantes… Claro, isso apenas para eles.
Para mim Porto-Norte não passava de um chiqueiro, abrigando animais prontos para serem abatidos. Infelizmente, apenas por hoje, eu precisaria engolir meu ódio e entrar naquela cidade.
O sol já ardia quando alcançamos a entrada da cidade. Pagamos uma moeda de prata para entrar, como um pedágio. Isso evitava pessoas entrando e saindo desnecessariamente da cidade e ajudava com a economia da coroa.
Fizeram perguntas como: “O que pretendem na cidade?”, ou “Quanto tempo ficarão?”. Demos respostas genéricas e logo nos liberaram.
Nesta época a Escolhida dos humanos era uma mulher. Pelo o que eu sei ela era versada em mana do tipo elemental, e controlava minérios.
Não queria me envolver com os Escolhidos tão cedo, então precisava manter a discrição ao extremo.
Deixamos nossos cavalos em estábulos, perto da entrada da cidade, e seguimos a pé. Andando pela multidão de humanos, evitando qualquer tipo de contato físico ou visual.
A arquitetura das casas e prédios não era nada impressionante. Era basicamente pedras empilhadas, formando casebres sujos e mal cuidados.
O que destoava eram duas construções que saltavam os olhos. Elas eram visíveis de qualquer ponto da cidade: um castelo branco e gigantesco no meio da cidade e uma catedral dourada, com metade do tamanho.
— Não tem erro. É ali nosso destino — apontei para a catedral.
Andamos meio ciclo até chegarmos perto da entrada do local. De perto a estrutura era imponente. Tinha quatro torres circulares, uma em cada extremidade. O dourado brilhoso quase queimava os olhos.
A catedral estava fechada, mas isso não impedia a existência de guardas nos entornos, protegendo as redondezas.
Nos aproximamos de um dos guardas e perguntei:
— Bom dia, meu bom homem. Somos historiadores, e estamos escrevendo um livro sobre os deuses. Saberia nos dizer com quem podemos falar para ter acesso a catedral?
O guarda, posicionado em um dos portões que davam acesso ao local, me olhou e franziu o cenho.
— Não sei dizer… Por que não vem no horário de algum culto? É sempre ao anoitecer.
Ele nao queria colaborar, mas com certeza sabia mais do que estava falando.
— Ora, não quero incomodar os cultos com perguntas ou causar desconforto à população. Que tal nos ajudar a falar com alguém lá de dentro, hein?
Coloquei um pequeno saco de pano na mão do soldado, deviam ter 30 moedas de prata dentro.
O rapaz inspecionou o conteúdo do saco, me olhou com uma face inexpressiva, e cochichou:
— Subitamente me lembrei de uma coisa. Existe um padre que cuida da catedral durante o dia. Vou levar vocês até ele.
A mudança de postura repentina era clássica em momentos de suborno. Lidei com humanos demais em minhas viagens pelo continente, então sabia exatamente o que os motivava.
O guarda abriu o portão e nós o seguimos por uma passarela de mármore cinza. Entre o portão e a entrada da catedral, andamos mais de cinquenta passos.
Ao se aproximar das largas portas duplas de madeira escura, o guarda bateu três vezes.
— Agora é só esperar — o rapaz cruzou os braços enquanto falava.
Eu e Priarin nos entreolhamos e aguardamos. Momentos depois, uma das portas escancarou.
— Guarda, quem são estes? Sabe que aqui é uma área restrita!
O senhor que atendeu usava uma roupa toda clara, como um pijama cheio de “frufrus”, mas poderiam muito bem ser um “uniforme” de sua religião. O velho era um palmo mais baixo que eu, bastante careca no topo da cabeça e bastante obeso.
— Desculpe o incomodo, senhor, mas estes cidadãos de bem gostariam de falar com um representante da catedral.
O guarda nos cedeu a vez para nos apresentarmos.
— Sou Valen. Este é Portus — eu e Priarin fizemos uma breve reverência. — Queremos falar com o senhor referente a um livro que estamos escrevendo. O assunto são os deuses de nosso planeta. Podemos conversar?
O velho nos mediu, como se tentasse entender o motivo de nossa presença ali.
— Peço mil perdões, mas sem agendar uma visita, não posso ajudar.
O homem iniciou um movimento para fechar a porta em nossa face, mas contive a ação, colocando a mão direita na madeira ornamentada.
— Precisamos apenas de sua atenção por alguns instantes, não vai demorar — com a mão esquerda, peguei outro saco com moedas de prata e entreguei ao idoso. Seus olhos se arregalaram.
— Isso é suborno?
— Claro que não. É apenas uma doação, em prol de sua hospitalidade. Podemos doar um pouco mais, caso nos conceda acesso ao interior da catedral…
O velho parecia aflito. Pigarreou e disse:
— Obrigado por tê-los trazido até aqui, Guarda. Eu cuidarei do resto.
Ele escancarou as portas e continuou:
— Bem vindos a catedral da Trindade. Espero que eu possa tirar suas dúvidas.
Ele fez sinal para segui-lo, enquanto avançava pelo tapete vermelho-vinho, que preenchia o chão do lugar.
O interior era imenso. O teto abobadado devia ter mais de cinquenta metros de altura. Nas paredes, imagens de guerreiros humanos sendo abençoados por divindades. Apenas três cores representavam esses deuses: Azul, Amarelo e Roxo.
Os vitrais formavam mosaicos complexos nas janelas, por onde os raios de sol entravam. Suas cores se misturavam, formando um arco íris no meio do salão.
“Até que esses macacos conseguem criar coisas elaboradas de vez em quando…”, pensei.
Nos aproximamos de um altar. Ali estavam dispostas três estátuas alinhadas, cada uma com a metade da minha altura. Duas figuras masculinas e uma feminina. A primeira segurava uma espada erguida, em pose triunfal. A estátua do meio usava uma coroa, como um rei, altivo e imponente. A terceira estátua, com feições mais femininas, segurava um livro na mão direita enquanto a esquerda estendia em minha direção, como se me chamasse.
“Se soubesse o que estou prestes a fazer, não faria essa pose, Amarela…”, pensei, bastante irritado.
Respirei fundo para manter a compostura.
Atrás deste altar ficava um escritório. Algo me dizia que o homem que nos guiava trabalhava ali no dia a dia.
Ele abriu a porta do recinto e apontou para cadeiras a frente de uma mesa.
— Sentem-se, por favor.
Nos acomodamos enquanto ele dava a volta em sua escrivaninha. Ele sentou, pigarreou e perguntou:
— Agora, me digam, o que os senhores desejam aqui? Se for apenas para “turistar”, receio que não serei de grande ajuda. Estou velho demais para ficar zanzando pela catedral.
— Serei direto. Gostaria de saber como faço para ter acesso ao acervo de livros da igreja. Acredito que se tivermos acesso a tais livros, teremos mais do que material suficiente para preencher as lacunas em nosso livro.
O velho levantou uma sobrancelha antes de responder:
— É uma pena, mas é impossível vejam nossa biblioteca. Veja, os livros que a igreja dos três deuses guardam são patrimônio da humanidade. Não podemos simplesmente deixar que tenham acesso a eles, entende?
O homem gesticulava bastante enquanto falava. Talvez fosse pelos anos de pregação, ou talvez isso lhe ajudasse a pensar… Não importa qual fosse o motivo, aquilo me irritava profundamente.
— Podemos pelo menos saber onde eles são mantidos? Já que não terei acesso a eles, pelo menos gostaria de descrever a aparência dos compêndios ao meu público.
O padre encostou as costas em sua cadeira, cruzou os dedos de ambas as mãos e pendeu a cabeça para o lado. Ele considerava nosso pedido.
— Olha, fui com a cara de vocês. Vou permitir, mas com estas condições: Dois guardas vão guiá-los em sua visita à biblioteca sagrada. Deixarei que apreciem as estantes durante um ciclo e nem um instante a mais. O que me dizem?
Olhei para Priarin e ele assentiu.
— Ficamos profundamente agradecidos. Podemos ir?
O prédio que abrigava o acervo da igreja não ficava longe da catedral. As paredes esbranquiçadas contrastavam com o restante da arquitetura da cidade. Poucas construções humanas nesta cidade tinham pintura ou acabamento nas paredes.
O padre, que até o momento não sabíamos o nome, nos seguia de perto.
Assim que nos aproximamos das portas, o velho tomou a frente do grupo. Ele pegou um molho de chaves de dentro de suas vestimentas e encaixou na porta do prédio.
Os dois guardas que ele chamou nos seguiam de perto. Eu não poderia ligar menos para esses carrapatos de armadura.
— Bem-vindos ao acervo da Trindade, a maior biblioteca humana!
Cristais alaranjados iluminavam o recinto, então meus olhos demoraram a se acostumar com a baixa claridade
— Vamos levar tudo, mestre? — Priarin falou pela primeira vez em muito tempo.
— Até a última página mofada! — Falei com determinação.
— O que significa iss-
Antes que o nosso guia terminasse sua frase, espinhos brotaram do chão e perfuraram seu coração. Os guardas atrás de nós tiveram o mesmo fim. Nem mesmo armaduras conseguiam evitar a força de minhas raízes.
— Junte todos os livros aqui — apontei para o meio da grande biblioteca.
Priarin usou suas habilidades para controlar ventos e criou redemoinhos concentrados nas prateleiras. Fiz o mesmo. Em pouco tempo todos os documentos que existiam neste prédio estavam reunidos.
— Proteja sua cabeça.
Usei minhas habilidades para fazer raízes crescerem ao redor do amontoado de livros ao mesmo tempo que outras raízes subiam pelas paredes da biblioteca. Com um pouco a mais de esforço que o normal, consegui fazer com que estas plantas perfurassem o teto e pilares do local em diversos pontos, até que toda estrutura ruiu sobre si mesma.
Priarin usou suas habilidades de controle de vento para desviar de destroços que caíam. Eu criei um pequeno abrigo, como um guarda-chuva de raízes e cipós.
— É como o velho Ruliter dizia: “O chefe sempre consegue o que quer!”.
Soltei ar pelas narinas, um pouco irritado com o comentário.
— Vamos embora daqui. Não aguento ficar nem mais um espaço de tempo nessa cidade. Me ajude com isso, Priarin.
O bloco de raízes que protegiam todos os livros emergiu dos escombros sob meu comando. Fiz um redemoinho poderoso embaixo dele, preparado para voar controlando todo aquele peso.
Priarin aliou suas mana à minha e fortaleceu o redemoinho. Era apenas um décimo da força que eu oferecia, mas servia de “alguma” ajuda.
Alçamos voo em direção ao céu ensolarado, carregando todo o conhecimento que a humanidade tinha sobre os deuses.
Como imaginamos, ninguém conseguiu nos deter.
“Após me aliar ao senhor Vanir, ele fez questão de me treinar regularmente. Eu me achava poderoso, mas seu controle de mana faz eu parecer uma criança… Felizmente me tornei ainda mais forte por conta disso.”
Priarin, o primeiro arauto de Vanir
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