20 Resultados com a tag ‘Período Colonial’
- Capítulo
Capítulo 16 - Liberdade
Tassi mal podia acreditar no que seus olhos testemunhavam. Cada vez que Carlos usava aquele estranho artefato do diabo, um estampido ensurdecedor cortava o ar, seguido por algo invisível que se chocava violentamente contra as barreiras mágicas de Jorge. A velocidade dos ataques era tanta que seus olhos mal podiam acompanhar. Um cheiro de pólvora queimada, metálico e acre, impregnava o ar. De repente, Carlos parou. A arma emitiu um clique seco e ele a jogou no chão. Por um instante, os escudos de Jorge…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 6 - Gemas Mágicas
O sol do meio-dia queimava como fogo na nuca de Carlos, cada raio uma agulha de dor que penetrava profundamente em seus músculos já exaustos. O suor escorria em riachos salgados por seu rosto, misturando-se à poeira vermelha do canavial e formando uma pasta grossa que ardia em seus olhos. Seus pulmões ardiam a cada respiração, o ar pesado e quente carregado do cheiro adocicado da cana esmagada e do odor acre de seu próprio corpo suado. Quando finalmente ousou erguer os olhos para o céu, o sol…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 17 - Jornada
O sol escaldante batia nas costas de Carlos enquanto ele caminhava pela estrada de terra, vestindo suas roupas originais que finalmente recuperara: tênis, calça jeans e uma camiseta. O tecido familiar, embora sujo e desgastado, era um alívio após tanto tempo usando trapos. "Como é bom calçar sapatos de verdade outra vez", pensou, sentindo a maciez das meias contra a pele. "E ter minhas próprias roupas de volta... Mas essa estrada está em péssimas condições, cheia de buracos e pedras. Nem sei…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 7 - Comerciante
Voltando para o canavial, Carlos se deparou com uma mulher usando uma máscara no rosto e um "F" marcado na testa. Era Tassi, que segurava um cajado de madeira com uma gema marrom incrustada na parte superior e, logo acima, uma pequena gema verde. Lentamente, ela se dirigiu ao meio do canavial e fincou o cajado no chão. Assim que o fez, os pés de cana-de-açúcar começaram a crescer visivelmente, folhas verdes sussurrando ao vento enquanto se erguiam. O aroma adocicado da cana fresca encheu o ar.…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 18 - Quilombo da Jabuticaba
O grupo de ex-escravos seguia Espectro pela mata adentro enquanto o sol começava a descer, tingindo o céu de laranja e púrpura. O ar úmido da tarde carregava o cheiro de terra molhada e o perfume doce de algumas flores noturnas. Os sons da floresta – o cricrilar dos insetos, o chamado distante de um sabiá – criavam uma trilha sonora para sua jornada. As pessoas conversavam em vozes animadas, mas ansiosas, entremeadas de risos contidos, antecipando o começo de suas novas vidas como quilombolas.…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 8 - Um Mundo Livre
Carlos voltou para a senzala depois de uma longa tarde de trabalho na casa-grande. O ar quente e pesado do entardecer carregava o cheiro doce e enjoativo da cana queimada, misturado ao odor de terra molhada. No caminho, sob a luz fraca do crepúsculo, avistou a figura conhecida de Tassi. O rosto dela era parcialmente oculto pela máscara de flandres que cobria a boca, e na testa, uma ferida recente formava a marca cruel de um "F", cicatriz indelével deixada pelo senhor do engenho. Se aproximou com…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 19 - Vida de Quilombola
No primeiro dia vivendo no quilombo, Carlos passou o dia todo trabalhando na roça, cavando a terra sob um sol que queimava a nuca e plantando as mudas. Como não sabia nada sobre aquilo, parava a todo instante para perguntar aos outros ex-escravos do engenho. Precisava entender a profundidade exata dos buracos para as sementes, a distância certa entre elas e uma porção de outros detalhes. Até tinha um livro que conseguira do engenho sobre cultivo, mas era melhor perguntar aos colegas — além de…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 9 - Dia de Descanso
Mais uma vez, o sol nasceu sobre o engenho. Ao contrário dos outros dias, desta vez Carlos acordou com um fio de animação para o trabalho. Ele conseguira convencer o senhor do engenho a comprar armas no dia anterior. Ou seja, só teria que aguentar seus dias de escravo até a próxima visita do comerciante ambulante, no mês seguinte. Claro, tudo dependia de o ambulante conseguir algumas armas e balas. Animado, devorou o café da manhã — se é que se podia chamar aquele punhado de feijão cozido e…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 20 - Ferreira
Carlos acordou cedinho — na verdade, todos os dias tinha acordado com o sol, afinal não havia muita coisa para fazer à noite. “Aposto que um dos motivos das pessoas terem tantos filhos antigamente era a falta do que fazer à noite. Afinal, não tem TV, nem internet… estou dormindo cedo toda noite. Até pensei em conversar com alguma mulher daqui, mas o único problema é que não tem mulher nenhuma. De todos os escravos do engenho, só a Tassi e mais outra mulher casada tem a minha idade, o há…- 128,9 K • Ongoing
- Capítulo
Capítulo 10 - Tassi Hangbé
Carlos estava aproveitando seu único dia de descanso na semana para conversar com Tassi e obter mais informações sobre este mundo. O ar dentro da senzala era pesado, carregado do cheiro de corpos suados e da fumaça residual do fogão de lenha. A luz fraca que entrava pelas frestas da madeira iluminava finos flocos de poeira dançando no ar. — Me diga, ser adepto de usar gemas mágicas é algo raro? — perguntou ele, quebrando o silêncio. Tassi suspirou profundamente, e Carlos pôde quase…- 128,9 K • Ongoing
- Anterior 1 2