Capítulo 11 - Mãe... Por favor, não. X

꧁ madrugada ꧂

Antes que Rei pudesse dizer algo sobre a situação, Mia inclinando sua cabeça para o lado, grita ao presenciar algo à sua frente, o que faz todos ali dirigirem seu olhar para a direção que a menina vislumbra. 

Voltam seus olhares para a região ao lado, percebendo a figura de um menino correndo… É Takayo, amigo de Mia. Ele está correndo desesperadamente junto de uma senhora, e um senhor de idade… Os seus guardiões. 

Atrás do garoto, quatro demogorges os seguem velozmente. 

— Tio… P-por favor, ajuda o Takayo. Os monstros estão seguindo ele — implora a garota, transparecendo em seu tom de voz trêmulo, medo e angústia.   

Indignado com a situação, Kazuki desembainha a espada que está em sua cintura, e se levanta do local que está escondido. Deixando a garota aos cuidados de Rei.

— Por favor, esperem aqui. Preciso salvar os senhores Lincolns — declara com o tom de voz firme, enquanto sua voz começa a se distanciar à medida que começa a andar rapidamente. 

O homem fera observando as pessoas de longe, com sua espada de ferro em mãos, e com um grande impulso de velocidade, corre até se aproximar do local.  

Rei junto de Mia vendo toda a cena à distância, se escondem atrás de outra barraca do comércio. Ela está em parte destruída, mas um pouco mais segura em comparação a anterior, que parece desabar a qualquer momento.  

Percebendo que a figura do homem já está distante, o garoto começa a analisar todo o contexto.

“Preciso proteger a Mia… Nunca vi Kazuki lutando, mas me recordo que ele disse que era um dos melhores espadachins do continente. Ele vai ficar bem, eu espero” — pensa imerso em preocupações, tentando processar tudo que está acontecendo.

(…)

Perto dos monstros que estão perseguindo o menino, Kazuki entra em posição de investida, colocando todo o seu peso no fio de sua arma, e os atacando, de modo a penetrar a superfície de suas peles. 

— TAKAYO, CORRE COM SEUS PAIS ATÉ A PARTE DO COMÉRCIO DA FRENTE. A MIA E O REI ESTÃO LÁ — grita o homem, lutando a sua frente com as 4 criaturas ao mesmo tempo, de modo a ganhar tempo para o menino fugir. 

Takayo percebe que o homem está distraindo os monstros e começa a correr ainda mais rápido. 

(…)

Chegando próximo das barracas comerciais, o garoto começa a se sentir aliviado, pensando que finalmente está seguro após o término de sua incessante correria. 

Mas, para a sua surpresa e infelicidade, e de seus pais que estão logo em sua dianteira, um demogorge três vezes maior que o normal e, que está nas redondezas das casas em ruínas, percebendo a movimentação e o senso de calor dos seres vivos, pula de cima de um prédio em chamas até eles.

A criatura desproporcionalmente grande causa uma onda sísmica de impacto no chão, assim que seu corpo aterrissa. Como consequência da ondulação do tremor, todos que estão ali começam a se desequilibrar, e caem ao chão… Como peças de dominó.  

O monstro assim que aterrisa, dirige seu olhar para frente, avançando logo em seguida, de modo a deslocar-se até a posição em que os senhores estão localizados.  

E de forma rápida e sorrateira, como se fosse um vulto, a criatura chega por trás da senhora Linconl, e a pega com suas enormes garras retorcidas e ásperas. 

A mulher se debate incessantemente, tentando se desprender das presas do demogorge, e grita desesperadamente por sua vida… Mas, era tarde demais. 

A criatura abrindo um sorriso malicioso e deformado em seu rosto, com a sua outra garra começa a rasgar ela. 

A senhora começa a sentir seu corpo sendo rasgado na parte do abdômen, sua pele abre lentamente, fazendo o sangue se tornar visível e amostra. Toda aquela dor excruciante faz ela perder parte de seus sentidos à medida que seu sangue jorra. 

E nesse momento, a criatura a rasga por completo. Suas entranhas são expelidas para fora de seu corpo, junto a um enorme jarro de sangue e alguns pedaços de sua carne. 

Tudo que se pode ver em sua visão é: Parte de seus órgãos e tripas espalhados por todo o arredor, ao lado de uma enorme poça de sangue que cobre todo o chão.

A senhora apenas consegue sentir uma queimação insuportável, e insólita dor que a reveste por inteiro. 

Seus gritos agonizantes e desesperados transmitem a sua dor e sofrimento para todos ali. E lentamente, o corpo da mulher começa a ficar mais gelado, sua pele se torna clara: Ela começa a perder a sua consciência enquanto a dor não para de atormentá-la. 

E por fim, o demogorge a lança ao chão… A mulher está praticamente morta. 

Com metade de seu corpo no chão, em seus últimos segundos de vida, a senhora percebe em sua frente, o olhar de seu marido e filho, que a olham fixamente. Eles a observam com uma expressão estampada de pavor e horror. Não conseguindo aceitar a realidade. 

Enquanto a sua visão escurece, é possível ouvir as risadas e gargalhadas que a criatura solta. E em uma fração de segundos, antes de fechar os seus olhos, a mulher vê o demogorge próximo ao seu marido, que está em choque, olhando para ela. Sem reação. 

A criatura sinistra, perto do senhor, abre a sua boca que tem uma largura aproximadamente maior que de duas portas, e o devora na frente de Takayo.  

O monstro então começa a mastigar o corpo do homem em frente ao garoto, que por sua vez, não aceitando a realidade, grita desesperadamente: — N-nãooo — Caindo para trás, e chorando incessantemente. Enquanto seu corpo treme de medo com a figura em sua frente. 

Kazuki, que havia derrotado dois demogorges, assim que presencia de longe o estrondoso grito de Takayo, e a morte dos senhores Lincols, se abala com o ocorrido. 

E sem raciocinar coerentemente, o homem olhando para o lado da tragédia, começa a correr, com o propósito de os alcançar. Tendo a esperança que talvez pudesse os auxiliar… Uma tentativa falha, já que ele está longe da área. 

E agindo de forma sem pensar, o homem se descuida. E nisso, os outros demogorges que estão lutando contra ele, percebendo a distração de Kazuki, investem um ataque de curto alcance com as garras. 

Perfurando o peito do homem, de modo a fazer ele se desequilibrar e cair no chão. Parte de seu sangue jorra imediatamente diante do ferimento profundo causado pela criatura. 

Kazuki, então agora machucado, finca a sua espada no chão, se apoiando nela. Observando as criaturas que caçoam de seu estado.

Continua…