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    Sem perceber devido a forte sensação de estabilidade e prazer pela transferência de feromônios, o corpo do estudante começa a se mover por conta própria, e, antes que percebesse a realidade em que está, ele inclina o corpo um pouco mais para frente e derruba Kazuki sobre a cama, ficando em cima dele. 

    Nesse momento, o homem-fera interrompe o beijo e olha em surpresa para o rosto de Rei, que parece não estar satisfeito com aquela “pequena demonstração” nesse tipo de método de transferência.

    Não perdendo a oportunidade que está logo a sua frente, o garoto declara depressa com o tom de voz provocativo:

    — Eu também peço desculpas por isso. — Após dizer isso, o estudante que está em cima de Kazuki, beija-o novamente com certa agressividade. Mordendo seu beiço inferior, mas com moderação.

    Ele então coloca as mãos debaixo da camisa do homem-fera, em seguida seus dedos começam a mover-se desenfreadamente por todo o seu corpo, apreciando a sensação dos músculos ao passo em que desliza-os por cada curva…

    Tudo acontece tão rápido, que não há uma reação por parte de Kazuki; Que acaba aceitando sem resistir a tentação e a adrenalina que corre por todo o corpo. 

    O rosto de Kazuki havia mudado ao sentir os toques, seus olhos parecem um pouco atordoados à medida que tenta encontrar um pouco de fôlego, entre as pequenas respiradas. Da mesma forma a sua língua, que torna-se mais desleixada ao perder-se no sentimento e calor do momento. 

    Por um instante a mente dele grita, e o pensamento vem espontaneamente: pare com isso, ele está no cio. Mas o seu corpo diz o contrário: vamos, continue, tudo bem prosseguir com isso… 

    Nessa hora, o estudante inclina-se um pouco para trás, interrompendo o beijo para tomar um pouco de fôlego. 

    — Isso foi muito bom — comenta brevemente o garoto, arrumando o cabelo para trás, com uma expressão repleta de um sentimento de autossatisfação.

    “Eu só posso estar ficando louco… Ele está no cio, o que estou fazendo? Não posso mais continuar, mas não consigo pará-lo…” pensa Kazuki, sem conseguir desviar o olhar de Rei. 

    — Você é muito… gostoso, sabe. Sem mencionar que você faz totalmente o meu tipo — acrescenta, não perdendo a oportunidade de flertar. 

    — Já faz um tempo que eu queria fazer isso. Tipo, você sabe, tocar o seu corpo, tocar o seu bíceps, o seu tanquinho…  

    E, então, o garoto continua a dizer mais coisas constrangedoras, o que deixa Kazuki totalmente sem jeito e morto de vergonha. No fundo ele sabe que, Rei não estaria dizendo tais coisas se não estivesse sobre o efeito do cio. 

    — Bem, tudo isso é um sentimento novo que não tô acostumado. É estanho… Eu sinto algo correndo dentro de mim, eu não entendo muito disso tudo, saca? 

    Dito isso, Rei nota que a sua visão começa a melhorar. O que antes era uma campo de visão ligeiramente nublado, agora torna-se normal e um pouco mais claro. A respiração também volta ao normal, estabilizando-se.

    Ele percebe que o efeito do cio diminui gradativamente, então acaba soltando um comentário sobre com o companheiro: — Eu acho que estou melhorando, mas eu queria que… 

    Antes de terminar de falar, a sua mente apaga de repente e ele cai ao lado do homem-fera. Preocupado com a cena, Kazuki vai checar o que realmente aconteceu, mas percebe que Rei só havia se desligado e está dormindo profundamente. 

    — Ele desmaiou? Ou só dormiu mesmo? Acho que talvez tenha sido um efeito colateral do cio, não tenho certeza. De qualquer forma, ele parece tranquilo agora. 

    “Isso realmente foi perigoso. Eu quase fiz algo a mais com ele… eu não teria me perdoado se tivesse o feito.”

    “Mas os seus lábios eram tão macios, e a sua língua era tão boa que acabei ultrapassando o limite.”

    “Pensando agora, o cio dele foi intenso. Quer dizer que ele queria colocar a mão no meus músculos…”

    Ainda com o pensamento em mente, o homem-fera levanta-se e coloca Rei no outro lado da cama, pouco tempo depois ele se deita ao seu lado e adormece também. 

    “‘Mas eu queria que…?’ O que ele iria dizer depois disso?” 

    Declara, um pouco antes da escuridão cair e ele fechar os olhos. 


     

    •Final da manhã•

    Quando o estudante acorda pela manhã, a primeira coisa que faz é invontuariamente colocar as mãos sobre a cabeça após sentir uma dor inexplicável, como se essa região estivesse sendo partida em duas partes. 

    Nesse meio tempo em que tenta recobrar a consciência, ele nota à distância a presença de Mia e Takayo, que também estão acordados, próximos da lareira do quarto, conversando entre si sobre alguma coisa. 

    “O que rolou ontem…? A minha cabeça está explodindo. Até parece que estou de ressaca” pensa o estudante, depois de se levantar e caminhar até o tapete da sala. 

    Ainda sonolento, ele então se senta na superfície do tapete e abraça os joelhos com as próprias mãos, enquanto observa o fogo da lareira queimar silenciosamente. 

    É então que as memórias começam a voltar e as recordações da última noite retornam. Sem perceber, o seu rosto torna-se vermelho como um tomate. 

    “Meu deus, é sério isso? Puta merda, o que eu faço agora?” pensa em extrema surpresa e incredulidade. 

    “Droga… por que eu disse aquelas coisas? Eu… eu acabei fazendo aquilo… Ainda consigo sentir a textura da boca dele na minha, isso foi meio que… incrível.”

    “Pensando bem, o meu primeiro beijo foi… foda! Realmente foda. Fora que consegui tocar nos seus músculos, consegui até sentir aquilo…”

    “Mas como eu vou conseguir encarar ele agora? Depois do que eu fiz… sim, isso mesmo. Foi o cio…  que constrangedor.”

    “Eu tô preocupado com isso agora, tipo… Eu mal conseguia levantar a minha mão, e minha habilidade de cura não funcionava. Se isso ocorrer de novo, o que eu faço?”

    Enquanto o estudante está imerso em preocupações, Kazuki acorda e pouco tempo depois avista de longe Rei próximo da lareira.

    Sonolento, por acordar em um horário que não está acostumado, o homem-fera levanta-se da cama e caminha até chegar perto do estudante, que não nota a sua aproximação súbita. 

    Com uma voz um tanto hesitante, e uma expressão de culpa, Kazuki declara: 

    — Eu sinto muito pelo que aconteceu Rei, se eu não tivesse feito aquilo, provavelmente seus feromônios teriam saído de controle… 

    — Nada justifica o que fiz, mas se não quiser me perdoar por isso, está tudo bem…— finaliza, com a cabeça abaixada.

    Por sua vez, no momento em que escuta as palavras de culpa proferidas por Kazuki, o estudante retruca. 

    — N-não precisa abaixar sua cabeça, fui eu que pedi pra você me beijar de qualquer forma…

    —  Se você não tivesse compartilhado seus feromônios, eu estaria sofrendo até agora… Tá ligado? Eu que… deveria… pedir desculpas pelo que fiz — diz envergonhado.

    —  Desculpas pelo quê?

    —  Err… não se lembra? Um pouco antes de eu desmaiar. 

    Assim que Kazuki lembra disso, ele desvia o olhar e começa a tossir.

    —  Cought!! Cought!!

    —  N-não precisa se desculpar, você não estava raciocinando direito.

    Assim que terminam de conversar sobre o que tinha acontecido, alguém bate na porta. 

    TOC!! TOC!!

    Continua… 


     

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