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    Vivenciando um dia tranquilo e relaxante, onde tiveram tempo para conversar, ler, brincar, e até mesmo namorar um pouco de vez em quando, o casal se recuperou muito bem da maioria das coisas. E mesmo que ela ainda estivesse envergonhada, pelo que aconteceu no dia anterior, era quase impossível para eles ficarem no quarto o dia todo e nada acontecer. Mas sempre com muita leveza, para não acabarem perdendo o controle novamente.

    Aquele dia foi tão bom e tranquilo que Diana até criou coragem de sair e encarar Ariel e Helena quando elas voltaram com seus familiares, mas seu rosto ainda estava muito vermelho.

    — Estão machucados? Precisam de ajuda? — perguntou Diana assim que as viu.

    — Nós estamos bem — respondeu Helena, ainda um pouco envergonhada. — As masmorras em que entramos eram intermediárias… Até houve alguns ferimentos quando entramos nas mais difíceis, mas Ocean e Storm curaram o grupo.

    — Fico feliz que estejam bem — disse Alexander. — E você Storm, como se sentiu.

    Respondendo ao chamado, Storm voou das costas de Ocean para o braço estendido dele, já que não cabia mais em seu ombro, e começou a contar-lhe sobre as suas novas experiências.

    — Parece que ele sentiu o efeito de ||Parasita||… — ponderou Alexander. — Mas mesmo assim, ele ainda está feliz com o poder que obteve ao evoluir novamente.

    — Se importam se eu fizer uma pergunta? — pronunciou-se Ariel, acordando-o.

    — Eu não me importo muito — disse Alexander. — E você, Diana?

    — Já que é Ariel, eu também não me importo — respondeu ela.

    — Por que seus familiares são tão fortes? — perguntou Ariel, direto ao ponto.

    — Você quer a “história oficial” ou a verdade? — brincou Alexander.

    — … — Ariel.

    — O “oficial” é que tudo que viram de incrível hoje foi só uma ilusão criada por Storm. Basta olhar a nova identificação dele… A evolução dele é rara, mas fraca e medrosa, o {Pássaro Ilusório} — explicou ele. — Esta é a versão “oficial”.

    — Agora, se o que você quer é a verdade, então há apenas uma resposta: eles são bem especiais — sorriu Alexander. — Nós proporcionamos um ambiente propício de oportunidades para que se desenvolvessem mais. Mas mesmo sem a gente, cada um deles ainda estaria acima da média, no mínimo.

    — Mesmo que sejam naturalmente especiais, eles ainda são bem anormais — disse Helena. — Ocean e Preto ainda são mais “normais”, mas eu vi Storm lançar ataques de 8 naturezas diferentes como se não fosse nada… Como isso é possível?

    — É porque vocês parecem não entender duas coisas — explicou ele. — A primeira é que {Pássaros Elementais} possuem a capacidade de mimetizar outros seres e um corpo que lhes dá afinidade com a natureza de qualquer habilidade que tenham antes da sua primeira evolução, ou seja, ele foi inteligente o suficiente para mimetizar meus feitiços básicos em habilidades, por isso tem tantas afinidades… E a segunda e mais séria, Ocean e Preto não são “aceitáveis”, eles só não são tão destoantes a pedido nosso… Acreditem, vocês ainda nem chegaram perto de ver todo o poder deles.

    Assim que ele terminou de explicar, os três familiares se voltaram para elas e uma aura aterrorizante e sufocante emergiu deles. Os olhos de cada criatura irradiaram tanto poder que a dupla inconscientemente começou a recuar.

    — … — Ariel.

    — … — Helena.

    — Não as assustem assim — cortou Alexander. — Ou vão alarmar toda a cidade.

    Ao comando dele, os seus familiares e Pequeno Preto pararam, com seus familiares voltando a interagir com a dupla, enquanto Pequeno Preto apenas se resignou a parar, não exatamente por causa do comando, mas porque com Diana por perto ele não poderia ir além disso.

    Com esse momento servindo para quebrar o gelo do constrangimento, a conversa fluiu muito melhor, pois Diana conseguiu voltar a interagir muito bem com Ariel e Helena. Mas durante a conversa, Diana às informou que ela e Alexander iriam embora em alguns dias, o que deixou a atmosfera estranha novamente.

    — Não fiquem assim. Vocês sabiam que nós não pretendíamos nos fixar no momento — disse Alexander. — Então por que não fazemos de amanhã um dia para nos divertirmos? Tudo por minha conta, claro… Pessoalmente, acho melhor dizermos adeus de uma forma alegre do que de uma forma triste.

    — Eu acho uma boa ideia — disse Diana.

    — Eu também — concordou Helena. — Ao menos teremos boas lembranças.

    — Então tudo bem por mim — também concordou Ariel por fim.

    Ao organizar tudo para o dia seguinte, o grupo foi comer alguma coisa antes deles se separarem novamente e irem para seus dormitórios. Mas assim que o casal chegou ao quarto, o rosto de Diana começou a ficar tristonho.

    — Se for difícil para você, podemos ficar mais alguns dias — sugeriu Alexander.

    — Não precisa. Mais tempo só tornaria tudo ainda mais difícil — respondeu Diana.

    — … — Alexander. — *Suspiro*… Se você realmente quiser, ficarei no Império. Mas teremos que nos afastar até que eu possa me estabilizar… Estar perto de mim antes disso será muito perigoso para você e todos próximos a você.

    — Não. Eu não quero isso — descontrolou-se Diana. — EU NÃO QUERO ISSO!

    A personalidade calma dela sumiu em um segundo com essa mera possibilidade e foi substituída por uma cheia de raiva. Alexander até sentiu que se não fosse ele a pessoa na frente dela, ela provavelmente já teria atacado por impulso.

    — Respire — instruiu Alexander. — Sua parte dracônica está potencializando a raiva.

    — … — Diana. — *RESPIRAÇÃO*… *Respiração*… *respiração*…

    — Eu também não quero ficar longe de você — assegurou ele assim que ela se acalmou. — Mas pode ser uma opção, pois assim você pode ficar com seus pais, manter seus amigos e até fazer novas amizades… Não quero tirar isso de você.

    — Ficarmos longe não é, e nunca será, uma opção para mim — respondeu ela.

    — Então o que faremos? — perguntou Alexander — Não quero vê-la triste assim.

    — … — Diana. — Elas não poderiam vir conosco?

    — Eu também já pensei sobre isso — confessou ele. — Mas nem sabemos se elas querem… Além disso, teríamos que mentir continuamente para elas sobre mim e sobre como ficamos mais fortes tão rápido.

    — … — Diana. — Não podemos contar a verdade a elas?

    — Só saber disso já é bem perigoso… Eu só te contei porque não poderíamos ter um verdadeiro relacionamento sem você saber quem, ou o que, eu sou — explicou Alexander. — Mas não temos nenhuma razão razoável para envolvê-las nisso.

    — Eu posso nos resguardar bem graças a tudo que ganhamos de Drayygon — assegurou ele com confiança. — Mas além do fato de que esse novo fardo não trará nenhum benefício a elas, mesmo que não se importassem, ainda seríamos outro fio solto na já complicada tapeçaria da vida delas.

    — Depende de você convidá-los ou não. Mas não conte nada — disse Alexander.

    — Tudo bem. Vou pensar sobre isso… — assentiu Diana.

    — Não fique assim — pediu ele. — Às vezes as pessoas guardam segredos umas das outras, mas isso não significa que não gostem umas das outras… Às vezes elas só não querem sobrecarregar os outros com seus próprios problemas.

    Aproveitando que suas palavras a acalmaram um pouco, ele a tomou nos braços e começou a confortá-la, o que resultou, com o passar do tempo, no humor dela melhorando um pouco antes deles dormirem.

    Com todos renovados na manhã seguinte, ao menos fisicamente, eles começaram a beber e festejar desde cedo e só tinham planos de parar tarde da noite.

    Munido com dinheiro suficiente para comprar ou levantar uma cidade, Alexander levou o seu grupo para conhecer e/ou beber em, literalmente, todos os lugares que vendiam bebida na cidade naquele dia.

    Após beberem um pouco, as mulheres perceberam que ele não estava sendo muito afetado pela bebida e começaram a pressioná-lo a beber cada vez mais para ver o quanto ele aguentaria. E ao passar quase o dia inteiro bebendo tanto, até mesmo Alexander começou a sentir os efeitos do álcool e foi dormir logo após jantarem na taverna da Guilda, mesmo ao som das risadas e provocações das mulheres.

    A cabeça dele começou a ficar tão pesada por causa do álcool que ele só entrou no quarto, encostou a porta e deitou-se no canto1. Ele queria tanto descansar que até esqueceu de tirar a roupa e deitar-se na cama nova, o que o fez dormir vestido no colchão quebrado no chão.

    Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).

    Obs 2: Chave PIX para quem quiser, e puder, apoiar a novel: 0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b. Caso não consiga copiar a chave pix, é só clicar nela que vai ser gerada uma aba/guia que tem como URL/Link a própria chave pix com algumas barras nas pontas: http://0353fd55-f0ac-45b5-a366-040ecefa7f7b/, e é só retirar a parte excedente.

    Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguiram normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.

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