Quer apoiar o projeto e garantir uma cópia física exclusiva de A Eternidade de Ana? Acesse nosso Apoia.se! Com uma contribuição a partir de R$ 5,00, você não só ajuda a tornar este sonho realidade, como também faz parte da jornada de um autor apaixonado e determinado. 🌟
Protótipo de capa Volume 1 – Ironia Divina
Apoia-se: https://apoia.se/eda
Capítulo 175 – Trapaças
Com um movimento em alta velocidade, Ana plantou um dos pés com força no chão, girando o corpo para criar impulso. Ficando de costas para Natalya, ela pisou com força no pé da oponente, prendendo-a no lugar.
O impacto ressoou como um trovão abafado, arrancando um grunhido de surpresa da Colecionadora. Antes que Natalya pudesse reagir, Ana completou o giro, subindo o cotovelo em um arco devastador que acertou a lateral de sua cabeça com precisão brutal.
O som do golpe foi seco, um baque que, apesar de poderoso, a fez apenas balançar ligeiramente. O brilho momentâneo de choque em seus olhos foi seguido por uma expressão de irritação e respeito. Um largo corte em sua testa começou a sangrar, escorrendo lentamente e se misturando ao suor que cobria sua pele.
Natalya levou a mão à cabeça, tocando o local machucado e sentindo o inchaço pulsar. Ela cuspiu um pouco de sangue no chão e, com um sorriso misto de dor e admiração, parou novamente o combate.
— Impressionante. Não é comum esse tipo de luta física nessa merda de novo mundo. Parece que estou enferrujada pra esse tipo de combate.
Após o golpe, Ana saltou para trás, e, sem fôlego, casualmente ergueu as mãos para afrouxar os cintos que seguravam sua armadura. A peça, feita diretamente por ela, era de alta qualidade, mesmo com materiais comuns de sua composição, mas a estava atrapalhando mais do que ajudando. Assim que caiu, ressoou alto por todo o salão.
— Não gosto disso — disse a rainha, bufando enquanto chutava a armadura para longe. — Me sinto presa — ela começou a se alongar, movendo os braços de forma despreocupada, logo respondendo a mulher que a encarava. — Impressionante, sim, mas as artes marciais não são muito úteis. Não com os monstros lá fora.
Natalya riu baixinho, ajustando os óculos ensanguentados.
— Ah, se garantir nos punhos nunca é algo inútil. Torna as coisas muito mais memoráveis.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
Ana revirou os olhos, balançando as mãos como se descartasse a ideia. Ao abaixar para tocar os pés, um gemido escapou.
— Ai, ai, ai… — erguendo-se lentamente, Ana levantou a camisa, revelando um enorme hematoma roxo e amarelo que se estendia pelas costelas. — Merda, nem sei quando isso aconteceu — resmungou, rindo brevemente antes que o riso se transformasse em outro arquejo de dor.
Rasgando as partes já destruídas de suas roupas, Ana examinou os pequenos cortes e hematomas espalhados pelo corpo. Passou um pouco de saliva sobre os ferimentos menores, franzindo a sobrancelha ao pressionar os mais doloridos.
— Você sente quando encosta nas partes amassadas? — perguntou abruptamente, apontando para os sulcos metálicos visíveis no torso de Natalya que foram expostos ao serem atingidos pelos golpes da lança.
Natalya ergueu uma sobrancelha, perplexa pela pergunta, mas decidiu seguir o roteiro imaginário da situação.
— Não exatamente. Mas posso sentir a pressão do local. É incômodo.
Ana bufou, cruzando os braços com uma expressão indignada.
— Só incômodo? Isso é completamente injusto!
Tudo que a Colecionadora pôde fazer foi rir em resposta. Enquanto balançava a cabeça. Inconformada, chacoalhou os braços, e as novas lâminas, que mal havia utilizado, emitiram um pequeno estalo, desacoplando-se. O som do metal rangendo entre seus dedos ecoou no silêncio momentâneo, seguido pelo som das peças atingindo o solo.
— Vejo que está levando mais a sério agora, então te acompanharei — Natalya moveu os braços, girando os ombros para aliviar a tensão. — Já estava na hora de acabarmos com isso.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
Com o rosto sério, ela deslizou o pé esquerdo para trás, dobrou os óculos com um movimento lento, quase ritualístico, e os colocou cuidadosamente na beirada do trono que convenientemente estava ao seu lado. Seu corpo começou a emitir um chiado sutil, uma sinfonia mecânica que aumentava em intensidade aos poucos. A mana circulava em alta velocidade por cada fibra artificial de seu corpo, fazendo os músculos metálicos se enrijecerem e relaxarem em um ritmo controlado e inumano.
Abriu e fechou as mãos, estalando os dedos como um tipo de aviso. Movia-se de um lado para o outro em pequenos saltos, o som ritmado de seus pés ecoando pelo salão como um prelúdio para o que estava por vir. Então, em um movimento deliberado, inclinou a cabeça e estalou o pescoço. O ruído seco cortou o silêncio, sobrepondo-se à respiração ofegante das duas combatentes.
Ana observava a cena com um sorriso exausto e irônico. Seus olhos brilhavam com uma mistura de desafio e expectativa. Com um movimento casual, cuspiu no chão, deixando uma mancha escura de sangue misturado com saliva.
— A famosa fase perigosa do chefão! — exclamou ela, sua voz carregada de humor, apesar do cansaço evidente. — Você parece uma pessoa completamente diferente assim. Gosto mais desse estilo!
Endireitando-se com esforço, ela soltou uma pequena risada, antes de prosseguir sua fala.
— Da última vez, lembro de não ter conseguido revidar sequer um golpe — ela estalou os dedos, e em seguida inclinou a cabeça para os lados, provocando um estalo audível no pescoço, imitando a preparação de Natalya. Um espiral de manas fundidas começou a atravessar o interior de seu corpo, e seu sorriso se alargou. — As coisas são diferentes agora. Você vai ver.
Sem mais conversa, se lançou para frente. A luta agora era um confronto direto, corpos forjados para sobreviver a qualquer custo se entrelaçaram.
O primeiro ataque veio como uma rajada de vento. Natalya avançou com um soco direto, o movimento tão rápido que o ar assobiou ao redor de seu punho. Ana mal teve tempo de reagir. Ela inclinou o corpo para o lado, mas não o suficiente — o soco passou raspando pela sua sobrancelha, abrindo um corte profundo que se estendeu pela lateral de sua cabeça. Um pequeno triângulo da borda de sua orelha esquerda foi arrancado, o sangue escorrendo imediatamente.
Aproveitando a esquiva incompleta, Ana se abaixou ainda mais, escapando por de um gancho de esquerda que passou acima de sua cabeça. Enquanto a Colecionadora ajustava a postura para um novo ataque, a rainha girou o corpo, desferindo um chute rasteiro que atingiu a lateral da panturrilha metálica.
Naralya reagiu com velocidade, aproveitando a iminente queda sobre um joelho para girar para trás enquanto socava onde Ana estivera momentos antes. Mas a mercenária já estava no ar, torcendo sua perna direita em um arco rápido que quase atingiu mais uma vez a lateral da cabeça de Natalya. A Colecionadora abaixou-se, mas o golpe passou tão próximo que o vento deslocado fez seus cabelos se agitarem. No entanto, Ana aproveitou a rotação perdida do chute para dobrar os joelhos e lançar o calcanhar em direção ao peito de aço.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
O impacto foi intenso, mas. Natalya absorveu o golpe, recuando dois passos enquanto ajustava a postura. Seu torso metálico suportava a força, apesar da força dispersa reverberar por suas juntas.
Sem hesitar, a mulher mecânica avançou novamente. Desta vez, a postura era mais baixa, os punhos protegendo o rosto enquanto encurtava a distância com pequenos passos rápidos. Chegando próximo o suficiente, deu dois precisos socos que se moviam como pistões. O primeiro golpe foi direto ao rosto de Ana, que conseguiu desviar com um leve movimento de cabeça. O segundo, no entanto, foi certeiro: um poderoso soco acertou seu fígado, dobrando seu corpo em um arquejo de dor.
Antes que a rainha pudesse reagir, Natalya aproveitou a abertura. Seu cotovelo subiu em um arco poderoso, acertando o maxilar de Ana com força suficiente para fazê-la cair para trás, batendo as costas contra o chão. A dor era excruciante, e o gosto metálico de sangue preencheu sua boca.
Sem ceder, Ana aproveitou a posição, plantando uma das mãos no chão e girando o corpo em um movimento feroz. Suas pernas dispararam como armas, o primeiro chute lateral sendo bloqueado pelo antebraço metálico de Natalya, enquanto o segundo, um golpe rotativo, forçou a Colecionadora a recuar para evitar ser atingida.
Apenas não esperava que seu tornozelo seria agarrado em meio ao movimento.
— Ainda não é forte o suficiente…
Com um puxão poderoso, Natalya girou Ana no ar, lançando-a ao chão do outro lado de seu corpo. O impacto foi violento, o som surdo de carne e osso colidindo com pedra ecoando pelas paredes.
Antes que Ana pudesse reagir, Natalya desceu o punho como uma marreta, mirando diretamente o rosto da mercenária. Ana levantou o antebraço no último instante, bloqueando o golpe. Mas a força foi tão brutal que o impacto percorreu todo o seu braço, deixando-o entorpecido e quase inútil, mesmo estando protegido pela resistente armadura orgânica.
Ainda assim, ela não desistiu. Aproveitou o sorriso vitorioso que Natalya ostentava para cuspir uma onda de sangue diretamente no rosto dela.
A distração foi efetiva, resultando em um movimento ágil onde Ana agarrou o braço de sua oponente, prendendo-o contra o próprio corpo. Girando os quadris com força, ela projetou a Colecionadora para o lado, fazendo sua cabeça atingir uma das colunas que adornavam o local.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
Natalya caiu com força, mas não perdeu tempo. Seus olhos brilharam com determinação enquanto torcia o corpo no chão, usando a força das pernas metálicas para se lançar de volta em pé com um chute ágil e fluido.
Mas sem dar tempo para sua oponente terminar de reajustar a postura, Ana saltou para frente, acertando a testa dela com a sua própria, um movimento arriscado que fez as duas voltarem ao chão ao mesmo tempo, com a dor pulsando através de seus crânios.
Foi então que Ana avistou sua lança-espada, ainda repousando onde a havia deixado. Sem hesitar, ela rolou em direção à arma, agarrando-a. Girou-a no chão em um arco amplo, a lâmina forçando Natalya a pular para evitar o corte.
— Trapaceira — grunhiu a Colecionadora, aterrissando e se lançando diretamente em direção a Ana.
— Eu nunca disse que ia usar apenas as mãos. Você é feita de aço, porra! — rebateu Ana, o sarcasmo misturado com exaustão.
Natalya estreitou os olhos, o sorriso anterior desaparecendo completamente.
— Ótimo.
Com uma postura ameaçadora, Natalya avançou com uma expressão agora fria, implacável. Enquanto se aproximava, viu o punho de Ana disparar em sua direção. Ela podia desviar — mas escolheu não fazê-lo.
O golpe de Ana acertou o lado de seu torso metálico com força suficiente para esmagar o metal, e o som seco foi acompanhado pelo rangido de peças entortando, mas Natalya não se moveu.
Ao invés disso, simultaneamente ao ataque que a acertou, ela estendeu a mão livre e a posicionou diretamente contra o peito da mulher mascarada.
Este conteúdo está disponível no Illusia. Se estiver lendo em outro lugar, acesse https://illusia.com.br/ para uma melhor qualidade e maior velocidade.
Um som cortante e ensurdecedor reverberou pelo ambiente: um disparo.
Quer apoiar o projeto e garantir uma cópia física exclusiva de A Eternidade de Ana? Acesse nosso Apoia.se! Com uma contribuição a partir de R$ 5,00, você não só ajuda a tornar este sonho realidade, como também faz parte da jornada de um autor apaixonado e determinado. 🌟
Venha fazer parte dessa história! 💖
Apoia-se: https://apoia.se/eda
Discord oficial da obra: https://discord.com/invite/mquYDvZQ6p
Galeria: https://www.instagram.com/eternidade_de_ana
Regras dos Comentários:
Para receber notificações por e-mail quando seu comentário for respondido, ative o sininho ao lado do botão de Publicar Comentário.