Capítulo 24: O fôlego dos que ousam (Parte 2)
O segurança já tem em sua face estampado a expressão de raiva enquanto inclina um pouco sua cabeça para a direita. Depois a balança negativamente e se vira para a porta de vidro.
— Venham comigo! — Ele ordena a todos os seguranças e guardas ali.
— Ei, por que estão abandonando as máscaras? — Um dos guardas os questiona. Três seguranças já entraram no pilar.
— Esse gás é de um extintor armado no pé da escada. — O último segurança se lança para dentro ao terminar a fala.
Os seis guardas olham um para o outro com olhares em transição da dúvida para convicção. Se inflam de coragem e começam a entrar correndo com o último segurança. Eles se dividem pelas três escadas, com suas pistolas e fuzis preparados para atirar iniciam a subida.
Ao chegarem no andar três, eles percebem que todos os seguranças de monitoramento estão desmaiados e rodeados de fumaça. Tampando a boca e o nariz com a camisa, recuam para o andar de baixo. Ao retornarem, observam que a fumaça que antes tomava conta do salão branco já se foi quase que por completo pelas portas que ficaram abertas. Eles correm para o lado de fora para pegarem as máscaras.
— Esperem! Vocês quatro! Peguem as máscaras e comecem a subir. Vão! Vão! Vão! — O segurança chefe grita para os guardas, que pegam as máscaras no chão e correm para dentro do salão as colocando em suas cabeças.
— Senhor! Tem as máscaras que ficaram no salão de baixo, talvez dê para usá-las — Um dos guardas o questiona.
— Não! Elas estão furadas e ensanguentadas. Sem contar que ainda tem um pouco de gás de sono misturado lá embaixo.
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Partes de cápsulas de gás despencam sobre eles do lado de fora do pilar. Quase no mesmo momento em que elas quicam no chão, uma grandiosa explosão surge dos anéis do lado de fora, que estreme tudo ali embaixo. As recepcionistas gritam enquanto correm para dentro do pilar, os guardas e seguranças olham incrédulos e assustados para todo aquele fogo e destruição.
Dentro do pilar, os guardas que já estão subindo por uma das escadas param por um instante. Assustados com o tremor e a gritaria histérica das mulheres, que chegam se jogando para trás do balcão. Eles olham para as portas e veem uma intensa luz vindo do lado de lá, em seguida os guardas e seguranças chegam correndo por uma porta que já está sendo tomada pela fumaça.
— O que aconteceu? — Um dos guardas em um dos degraus da escada pergunta para o segurança chefe que se aproxima.
— Eu não sei! Não estou entendendo mais nada! — Ele para pôr um segundo enquanto olha para as máscaras nas cabeças deles. — Vão! Vão! — Ele volta a ordená-los a continuar subindo.
Ao chegarem no salão de monitoramento, o cenário ainda é o mesmo, continuam avançando para o andar dois. Chegando, seus olhares focam em três escadas brancas em espiral estendidas, rodeadas de fumaça. Não há ninguém há vista. Um dos guardas pega o rádio em sua cintura.
— Senhor… — Com a voz trêmula o guarda começa a falar — As escadas Brancas… elas estão abaixadas!
— … — O guarda chefe fica mais espantado ainda com o que ouve.
Coloca o rádio no balcão, pega seu celular no bolso direito da calça, e disca para um contato com nome de Lúcio. Várias chamadas e nada de retorno, pega o rádio, e engole a própria saliva antes de falar.
— Quem quer que seja que invadiu os andares de cima, deve ter chegado nos chefes. Subam as escadas, mas tenham muito cuidado para não ferirem ninguém destes andares. — O segurança desliga o rádio e o coloca sobre o balcão junto de suas duas mãos. De cabeça baixa, se perde em pensamentos e indagações.
Um dos guardas que se direciona para uma das escadas brancas, observa que o restante das cápsulas que eles abandonaram já não está mais ali. Ao terminarem de subir, se deparam com várias mulheres de vestidos sociais brancos e saltos altos vermelhos. Todas caídas e desmaiadas ao lado de grandes mesas compridas e brancas. Cédulas de dinheiro se amontoam sobre elas, também estão dentro de contadoras vermelha. Ao redor, há mais gás espalhado por toda sala.
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— Alô? Chefe? — Um dos guardas que subiu o prédio chama no rádio.
— Diga! — O segurança retorna.
— No andar da administração, estão todas desmaiadas, mas é estranho, o dinheiro está todo no lugar. E as escadas brancas que dão para o andar zero estão erguidas. Quem quer que tenha invadido, está escondido em algum dos andares abaixo.
— Não, espera! — O segurança o interrompe. — Tem como recolher a escada pelo andar zero?
Após um momento de silêncio, o guarda com seus olhos arregalados se prepara para responder enquanto observa atentamente no teto os locais por onde as escadas descem.
— Tem sim! A chave única do andar zero, recolhe só as próprias escadas. Nesse caso, dá para abaixá-las pelo salão de monitoramento. Vou descer lá e acioná-las. — Desligando o rádio, ele corre para o andar três. Ao chegar, encontra em um dos painéis um botão branco, o aperta, e começa a voltar correndo.
Enquanto ele sobe uma das escadas que leva para o andar dois, escuta um tiro de pistola vindo de cima. Parando na metade da escada, pega seu rádio.
— O que foi isso? — Os seguranças e guardas também conseguiram ouvir do salão quatro, porém como a pergunta já foi feita, todos ficam quietos esperando alguma resposta.
— Veio do andar zero senhor! — Um dos guardas no andar um, responde olhando para o alto. — A escada começou a descer e um tir…
Nesse momento um segundo barulho de tiro volta a ecoar do andar zero, e interrompe a fala do guarda.
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— Estou subindo! — O segurança chefe grita no rádio enquanto pega sua pistola e começa a subir as escadas vermelhas. Os outros ali logo o seguem, só as recepcionistas ficam para trás.
No andar zero, há dois corpos com um tiro na cabeça cada. O segurança mascarado que foi o primeiro a voltar do andar cinco A, agora está segurando sua máscara em sua mão direita, que curiosamente está toda enrolada com um tecido preto.
Em sua outra mão, o mesmo esquema de tecido enrolado, seu terno está sem mangas. Olhando para um monitor grande na parede que está dividido em doze pequenas telas, observa cada uma que mostra a visão de uma câmera dos andares abaixo. Seu cabelo preto e comprido que balança com a brisa quente que entra pela janela não nega. Ela está aqui!
Existe uma mesa arredondada toda cinza escura a suas costas. Em cima da mesa em um canto, há uma abertura quadrada um pouco maior que uma mão. Dentro, há um botão vermelho.
À frente da abertura, em uma cadeira cinza, se encontra um corpo largado. Um homem vestindo um terno todo branco, com a cabeça jogada para trás, seu cabelo loiro comprido está caído e manchado com o sangue que sai do buraco na testa. Sangue que escorre e termina gotejando no chão que também é cinza-escuro.
Ela está parada em frente a tela, olhando especificamente para as câmeras do andar um e três. Ao mesmo tempo em que os seguranças pisam no andar três e o guarda pisa no andar um, coloca a máscara e corre até a mesa. Sem parar, pressiona o botão vermelho que começa a brilhar. Correndo, pula pela janela, se segurando firmemente em uma corda.
Pendurada, intercala a descida com algumas rápidas pausas enquanto olha para baixo. Tudo que se pode ver é a fumaça branca no chão e o fogo que tomou conta do local. Olhando para cima, vê uma fumaça escura derivada do fogo se acumulando no alto. Logo todo aquele ambiente estará sufocado.
Com cuidado, solta a mão esquerda da corda e começa a tirar o terno, troca a mão que segura a corda e tira o restante, sobrando só o top preto.
Ela pega o terno e enrola na corda perto das coxas, então começa a soltar a corda com mais velocidade, e usando suas pernas como um freio extra, controla sua descida. Após alguns segundos, seus pés tocam o solo.
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