Capítulo 147: Despedida
Sangue começou a escorrer pela perna daquele idoso, jorrando em direção ao solo daquele campo de batalha. Nellu, percebendo aquela ferida, deu um suspiro profundo, e logo começou a falar
— A luta acabou, velhote! Esse golpe mirou e feriu a sua alma, então nenhum método convencional pode curar sua ferida! Mas, se você se render e aceitar virar meu prisioneiro, eu posso curar sua perna decepada, e deixar você viver
Aristeu, se manteve se equilibrando na perna que ainda lhe restava, à sua direita, com o velho observando o cotoco por onde o sangue escorria. O olhar do senhor de idade era sério, e logo após escutar aquelas provocações, o veterano de guerra respondeu
— Você me subestima muito, seu imbecil!
Ao dizer isso, o velho negro deu um poderoso tapa em cima do cotoco da sua perna esquerda, começando a transformar o sangue que escorria no chão em energia pura. Através do seu controle, o idoso criou uma “prótese” energética, fazendo aquele poder agir como se fosse um sólido. Assim, o experiente afirmou
— Eu também sou chamado de cabeça dura, pois não sei a hora de desistir!
Aquela atitude surpreendeu tanto o vilanesco dos cabelos rosas, quanto todos os outros ali presentes, deixando um ar de surpresa pelo ambiente. Vendo aquilo de longe, Dunkel afirma
— Nossa, que velho sem noção! Isso nem adiará a morte dele!
Nellu ficou olhando aquilo em silêncio, até soltar um suspiro decepcionado, enquanto afirma
— Certo, não tem jeito! Vamos continuar a nossa luta, então!
Ao afirmar isso, o homem-humano avançou contra seu oponente, tendo sua espada em mãos para cortar a alma do mesmo. Rapidamente, um dos arcanjos invocados golpeou o solo à frente de ambos, quebrando o chão e fazendo com que aquele inimigo de cabelos rosas perdesse o equilíbrio. O velho negro, logo usou de sua perna de energia para se impulsionar pelo ar, conseguindo ir até exatamente em cima da cabeça daquele oponente. Já ali, Aristeu transformou o ar em energia novamente, fazendo uma explosão que lançou o inimigo até embaixo no chão. A sequência de ataques iria continuar, mas antes de tal atitude se manter, sangue escorreu pela boca daquele velho, seguido por uma tosse avassaladora. Aquilo, era o câncer de seu pulmão se agravando, indicando que não duraria muito tempo
“Merda, isso vai me atrapalhar, logo agora?!”
Percebendo aquela abertura, Nellu prontamente se reposicionou, trocando momentaneamente o caminho militar pelo da domesticação/jardim de animais, para conseguir assim criar um elefante africano gigantesco, o fundindo com o caminho espiritual, permitindo o animal a ter golpes capazes de acertar a alma do oponente. Logo após isso, rapidamente o homem-humano voltou para o caminho militar, dizendo ao animal
— Vamos, me dê cobertura!
Ao dizer isso, o homem se lançou ao ar na direção do seu inimigo de idade avançada. Percebendo aquilo, os arcanjos de energia voltaram a golpear aquele na direção do terrorista, mas logo o fora da lei foi protegido pelos poderes do seu elefante, permitindo o mesmo a seguir sua trajetória na direção do idoso. Já ali perto, uma estocada com a espada foi realizada, mirando o coração daquele veterano de guerra. Notando isso, o velho usou novamente sua perna de energia, para conseguir gerar certo movimento explosivo com a energia, desviando do ataque e vendo abertura para um contra-golpe. Enquanto tudo isso acontecia, alguns pensamentos pairavam a sua mente
“Minha vida foi longa, muito longa! Eu errei muito, como concluí anteriormente, mas…”
Logo, imagens de pessoas importantes vieram até a mente daquele senhor de idade, imagens de sua esposa, sua filha e seus netos. Com isso, ele conclui na sua cabeça
“Mesmo assim, eu fui muito abençoado!”
Ao terminar de concluir isso, o negro ergueu seu braço esquerdo, com sua mão estando na posição de faca. A intenção do homem, era de acertar um poderoso “golpe de karatê” contra o pescoço de Nellu, para finalmente decepar sua cabeça de uma vez por todas. Porém, quando seu golpe estava se movendo em direção ao pescoço do adulto criminoso, novamente uma memória veio em sua mente
“Papai, eu serei tão forte quanto você!”
Afirmava um garoto desconhecido em suas memórias, fazendo com que Aristeu parasse o golpe no último segundo. Logo, fechando os olhos com força, em sinal de tristeza, o velho conclui
“Eu… eu não consigo!”
Nellu rapidamente percebeu aquilo, e se aproveitando do momento de fraqueza, ele sem piedade nenhuma cortou fora o braço do homem de pele mais escura, acertando diretamente a alma do mesmo. Combinado a esse golpe, Nellu prontamente agarrou o velho pelo pescoço, o girando no ar e atirando contra o chão. Finalmente caído no solo, ambos os locais decepados no corpo daquele veterano, começaram a sangrar bastante. O terrorista, pousando no chão, prontamente respondeu ao homem
— Vamos, se renda! Não sei dizer o motivo de você não querer me matar, mas isso te levou a ruína! Se renda agora, e eu curarei seus ferimentos!
O senhor de idade, manteve seu olhar naquele rapaz da pele branca, sorrindo para ele enquanto diz
— Pare de me subestimar, moleque!
Rapidamente, o idoso fez um posicionamento com sua mão restante, como se estivesse rezando. Ao fazer isso, as quatro entidades atrás dele logo começaram a virar raios de energia. Toshiro percebeu aquilo, e notando o perigo, gritou
— CHEFE, CUIDADO!
Logo, o homem escuridão usou seus poderes para absorver o espaço-tempo em sua frente, teleportando para frente de seu chefe. Já ali, ele usou a liberação de corrupção do seu poder, para ativar as ondas sonoras que tinha roubado, as usando para colidir contra a energia amarelada do homem-energia. Uma gigantesca explosão aconteceu, com a poeira sendo levantada e novamente aquele arquipélago sendo completamente afetado. Ao baixar da cortina de fumaça, é revelado Nellu com alguns ferimentos pelo seu corpo, e Toshiro tendo a falta de um braço inteiro. O homem dos cabelos rosas, começou a curar seu aliado, encarando o idoso e dizendo
— Consegue ver? Eu estou curando o Toshiro, do mesmo jeito que posso curar você! Não sei o motivo de sua teimosia, mas é visível que você não quer me matar, já que está pegando leve!
Logo, o bandido dos cabelos rosas apontou o dedo indicador direito na direção do velho moribundo, dizendo
— Você, Aristeu! Não deseja ter a chance de ver sua família novamente?!
Graças ao sangramento dos membros decepados, somados a sua doença pulmonar, o avô dos protagonistas se encontrava em um estado cansado e acabado. Logo, lembrando-se de sua vida, ele responde
— É, eu quero ver eles! Mas, além de tudo…
Olhando para Nellu, com uma expressão de tristeza e decepção, o homem com grande melatonina responde
— Eu queria meu filho de volta!
Aquilo deixou o criminoso sentido, com uma expressão de certa tristeza ao ver aquela cena. Logo, Aristeu ergueu sua mão restante aos céus, enquanto afirma para os presentes
— No meu auge, eu conseguia fazer isso a hora que eu quisesse! Mas, a idade chegou, então preciso desse processo que vou fazer!
Logo, descendo sua mão com toda a velocidade até o seu peito, aquele homem velho rasgou seu próprio peito, conseguindo assim arrancar seu próprio coração ali de dentro, mostrando-o para todos os presentes. Então, ao fazer isso, aquele órgão do seu corpo começou a se transformar em energia, para logo em seguida, o corpo do veterano de guerra também começar a virar energia. O ar, o solo e as formas de vida presentes neles, também começaram a virar energia pura. Ao ver aquela cena, temor tomou o corpo do líder dos vilões, que se jogando para trás, começou a pensar
“Seu velho maldito! Você… assim como o Maleukone, nunca pensaram em voltar com vida para casa, né?!”
Em outro plano, enquanto todo aquele arquipélago ia tendo sua matéria transformada em energia pura, o homem-energia se encontrava num local escuro. Lá, ele ainda se manteve com a falta dos seus membros arrancados, por aqueles golpes terem sido mirados na sua alma. Na frente do homem, sua esposa o aguardava. Observando ela, ele começou a dizer
— Você… é real?
Silenciosamente, a mulher apenas acenou com sua cabeça, afirmando para o seu marido de forma positiva. Logo, o idoso começou a dizer
— Me… desculpe, de verdade, espero que me perdoe!
Levantando a sobrancelha esquerda, a mulher perguntou
— Pelo o quê?
Ainda encarando sua mulher, falando enquanto tenta se erguer, Aristeu respondeu
— Por viver assim, viver muito tempo após sua morte! E também, por falhar com nossos netos e família… eles só entraram no exército para cuidar de mim, e eu me mato assim! Sou um fracassado, mesmo!
A moça dos cabelos laranjas, estendeu a mão para o seu marido, o ajudando a se levantar do chão, enquanto o responde
— Não se preocupe, querido! Você não falhou, eles não vão ficar com raiva! E eu também não estou com raiva. Você fez tudo que podia, e isso me deixa muito orgulhosa!
Aquelas palavras, deixaram o guerreiro velho em silêncio, sem saber como responder a sua esposa. Então, em silêncio, ambos seguiram andando por aquela escuridão, em direção ao outro mundo.
No mundo real, o arquipélago de mais de dez milhões de quilômetros quadrados, foi completamente transformado em energia, explodindo e mais de noventa e nove por cento desse poder sendo lançado em direção ao espaço. A explosão iluminou todo o globo terrestre, e contava não só com o poder daquela massa de terra transformada em energia, mas também de toda a determinação do homem como poder energético. O raio saiu cortando o sistema solar inteiro, fazendo todas as luas, planetas e até mesmo o sol tremerem devido ao seu poder. Com relação ao pouco de força que ficou no planeta, aquela porcentagem ínfima, foi o suficiente para afetar todo o globo e placas tectônicas, gerando terremotos e erupções vulcânicas por todo o planeta. Aquela grande explosão, marcou o fim daquela guerra
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