Capítulo 24: A casa do sol nascente
O ponto final dos nossos aventureiros é a região de Ké, dos campos gramados, mas fora de seus enormes campos gramados, ao leste se localiza a cidade de Ké, e dentro dela, ao centro leste, a casa do sol nascente. Localizada acima de um pequeno morro, abaixo dele a estrada principal para a ponte que liga ao centro da cidade junto a zona leste, são divididas pelo riacho debaixo da ponte.
Na parte de trás do morro, fica o bairro mais rico e nobre da cidade, cheio de casas grandes, e a casa mais nobre fica ao topo de todas. Este morro, fica isolado nesta parte, exceto por construções abaixo que servem como quintal e casas de funcionários, toda essa área é cercada por cercas de madeira, e mais abaixo, o muro com cinco metros de altura, feito de pedra, cobrindo toda a circunferência do topo do morro, com um único portão de entrada, feito de aço. Os arredores do morro, é repleto de árvores que geram uma mata densa que protege naturalmente o topo, onde fica a casa.
Esta casa, como é chamada, é na verdade uma verdadeira fortaleza, em forma de castelo, com a chegada do novo dono suas paredes que eram brancas foram inteiramente pintadas de vermelho, e a base revestida de madeira é pintada de amarelo.
Com a base sendo uma gigantesca plataforma de pedra criada para suspender o castelo a maiores alturas de 7 metros de altura do chão, e com a área de 25 metros ao quadrado, e perímetro de 100 metros se contar o seu quarto da frente, e tirando sua majestosa entrada, que só é alcançada pelas escadarias de pedra.
O primeiro andar é alto, e metade dele é coberto por estruturas de madeira, e possui 5 metros de altura, o segundo possui 3 metros de altura e possui paredes inteiramente de pedra, porém é menor, de 20 metros quadrados, acima das telhas de pedra preta, do telhado de padrão triangular, o que faz um pouco do castelo parecer ter uma estrutura piramidal, o terceiro andar possui 15 metros quadrados e 3 metros de altura, e o quarto o topo a menor parte, contando com decoração real, todos os andares possuem lindas varandas, e janelas com grades de ferro.
Homens caminharam em direção ao castelo após o dia de tempestade, na manhã durante o nascer do sol, com seus cavalos, a procura de se encontrar com aquele que vive no topo, atravessam o grande portão de aço, e olham diretamente para o último andar, enquanto os primeiros raios do sol iluminam o dia, as construções intactas, mais os ventos deixaram sua marca, agora visível, que galhos e folhas das árvores espalhados por todo local, e as árvores mais fracas derrubadas. Mas isso não bloqueará seus caminhos.
E no topo, o dono, em seu apogeu na varanda, observando os lábios de duas mulheres se tocarem, enquanto está parcialmente mergulhado dentro de seu o-furo, confortável se banhando ao mesmo tempo que bebe do pote de vidro em suas mãos, chá de kombucha, para começar o dia, que certamente para ele começou antes do sol nascer.
— Hahahah, as mulheres daqui são divertidas, não tem o que fazer, pela coisa certa, fazem loucuras. Venham minhas queridas! — diz o dono, de voz estourada.
As mulheres entram na banheira, e se agarram ao dono do local, sua festa particular começa, até ser bruscamente interrompida, quando sua caseira sobe no último andar, uma adolescente, de kimono branco largos, que cobrem seu corpo, e usa sandálias de madeira, mantém postura educada.
— Xogum! O general Kraig veio falar com você! — diz a caseira, envergonhada com a cena, mesmo assim não deixa de dar a notícia.
— Mande o entrar, perdão por me ver em uma situação dessas, Anjin deveria vir no seu lugar e não te colocar como secretária, não deveria se meter. Vadias, eu não quero molhar o chão, me seguem.
. . .
O local para o encontro, é o terceiro andar, na sala de reunião, onde tem o espaço por dentro aberto, as paredes possuem frestas em padrão quadriculado na parte superior, a parte feita de madeira, para que a luz do sol entre, a noite local é iluminado por velas na parede quando está escuro, mas como é dia, o sol se encarrega de trazer a iluminação.
O xogum se veste adequadamente para a reunião, com seu tradicional kimono, que é diferente do comum, a começar por seu tecido, similar a lã, mas feito de fibras vegetais resistentes. Tingido de vermelho sangue alaranjado, forte vibrante, há por toda a vestimenta, pó esfumaçado que tem a mesma cor que ouro, o que dá o aspecto que a peça tem por toda ela micro pepitas de ouro.
Nas costas na parte superior há o brasão principal, tingido de dourado, para aqueles que desconhecem o símbolo como uma caixa, que no lugar da fechadura o leme de um navio, com um portão formado por duas pilastras, com dois tetos, um inferior e outro superior. A frente ao lado da lapela direita do kimono o brasão secundário, onde não há a decoração do pó esfumaçado, um círculo que é completo por diversas linhas amarelas que saem do centro.
Está escondido em seu elmo samurai, e máscara de ferro, que imita o seu rosto, sem muitos detalhes, serve para o cobrir a face por completo, com abertura para boca, olhos e pequenos furos na região do nariz. mas confortável, calçando sandálias de fibra de palha e com meias brancas cobrindo os pés. A mãos cobertas por luvas roxas de borracha. Carrega junto com si seu pote, com chá de Kombucha, também consigo algo enrolado em cobertor branco em cima do seus pés. que fica ao lado, coberta enrolada por um pano branco, a mão livre fica acariciando a fera que está junto dele, o seu cachorro, que cochila ao seu lado direito rosnando encostado em sua perna, e no pufe branco que o Xogum senta de pernas cruzadas.
Seu observador se aproxima, usando um kimono modesto, azul claro, com cinta branca, diferente do sol, diferenciando as posições, com sandálias de tiras e meias brancas. Este é cobrado imediatamente pelo senhor.
— Anjin, deveria ter ido no lugar da garota.
— Apenas relato em nome do senhor, até mesmo seus encontros embaraçosos — responde Anjin, se colocando em igualdade com a autoridade.
— Apenas estou aproveitando os dias sem estresse, o local está pacifico, e não tive confronto com as cobras.
A caseira chega novamente abrindo as portas para o General Kraig, que está logo atrás, nesse momento a majestade aponta o dedo para saída, indica para a caseira sair, ela afasta do local, e deixa ele e o general conversarem a sós. Quando a caseira vai embora, as portas se fecham, Kraig reverencia o xogum primeiramente, e logo após se aproxima para a reunião.
— Guerreiro do sol, nunca tinha a visto por aqui, garota nova? Graciosa, pode ser a minha recompensa, quando eu acabar de dominar todas as vilas — propõe o general de forma indecente, a se gabar.
— Estou me lembrando o porquê evito olhar para sua cara — diz o xogum, em tom ameaçador ao general, aproximando sua mão esquerda ao objeto que é coberto pelo pano branco, aperta e segura firmemente. —Toque nela e eu te explodo em mil pedaços
— Ei, se acalme, não precisa de tanta agressividade, mas um conquistador, não pode se limitar a uma cidade como essa, não concorda? E por que proteger aquela garota não me diga que se interessa nela? — pergunta o general, flertando com os limites do xogum.
A resposta vem de forma silenciosa, sem palavras, apenas a respiração bufante do xogum abafada por sua máscara, o que assusta Kraig, que trata de se redimir.
— Perdão senhor! — pede desculpa, e abaixa a cabeça perdendo o bom humor, encerrando com as gracinhas.
— Diga logo o que venho fazer aqui — ordena o xogum, cansado de enrolações.
— Entregas foram enviadas, através de trocas daqui até a cidade de Mu, acabaram passando por nossas forças, graças à tempestade. O secretário da agricultura e o diretor dos correios pediram reforço na segurança, as encomendas que viram na volta até aqui, vão vir acompanhadas de soldados para provavelmente derrubar você do seu posto — explica o general, desta vez assumindo postura séria.
— Guerreiros de Mu, a pior espécie do povo de jade — diz o xogum, apenas de ouvir sua voz é possível notar a fúria.
— Acharam que podiam explorar esse local, assim como as cobras, mas chega de pontos de guerra. Tem permissão para matar — aprova o Xogum, dando a liberdade ao general.
— E enquanto as cobras? — questiona Kraig, ficando tenso.
— Não é problema, por enquanto — afirma o Xogum, aliviando o general.
— É um forte aliado. Ele pode estar tramando algo contra as forças de Jade, não os subestime Kamikaze — indica Anjin, sobre as decisões do Xogum.
— Eu prezo por vidas inocentes em primeiro lugar! Cale a boca — responde Xogum de forma explosiva, aumentando o tom de voz.
— Sua desobediência me irrita, eu não vou ajudar! Só testemunhar sua desgraça — ameaça Anjin, se afastando.
E a caminho da cidade dos campos gramados, o trem que carrega aqueles que procuram o fim do xogunato, protege as encomendas proibidas, a outros que não querem que as encomendas cheguem ao seu destino, temendo a represália.
Diferenças entre Xogum e General: Apesar de Xogum e general serem títulos de uso similar, o Xogum como citado segue ordem de outras terras, ou seja seu título de Xogum, não é referente as terras do Império de jade (Yu), já o do general Kraig, se refere as terras do império, por isso o Xogum se impõe como superior.
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