Capítulo 252 – Lutando Contra o Esquadrão Avançado – Imperador das Chamas, Gleen (Parte 1)
『 Tradutor: Crimson 』
O tempo volta um pouco.
Era quase exatamente o mesmo momento em que a ninja Shuri avançava até Kazuto.
O estrangeiro de outro mundo, “Imperador das Chamas” Gleen, estava frente a frente com Igarashi, Sayaka e Schwarz.
E assim que apareceu ali, cravou sua lâmina no peito de Igarashi.
“Primeira.”
“Ah…”
“Onee-sama!”
A espada é arrancada, e sangue fresco jorra do peito de Igarashi.
『Tsc.』
Num instante, a escuridão de Schwarz avança contra Gleen.
Gleen imediatamente arranca a espada de Igarashi e recua.
A escuridão consome o lugar onde ele estava um segundo antes.
(O “Rei dos Lobos” desta era também controla a escuridão…? Isso vai dar trabalho.)
Gleen já havia lutado três vezes, no passado, contra Reis dos Lobos de gerações anteriores.
E o mais problemático entre eles era aquele que possuía habilidades do elemento escuridão.
Além do poder destrutivo, o pior era sua versatilidade:
A escuridão podiam tomar qualquer forma, tornando-se a lança mais forte ou o escudo mais impenetrável.
E, para piorar, era noite — o poder da escuridão aumenta quando não há luz.
(Mas por que diabos um Rei dos Lobos está ajudando humanos…?)
Pelo que ele sabia, jamais houve um Rei dos Lobos que tivesse tomado partido de humanos.
Eles viviam suas vidas inteiras completamente sozinhos, e quando morriam, o título de “Rei dos Lobos” era herdado por outro indivíduo.
(E não só isso… Ele até criou um “bando”…)
Atrás do Rei dos Lobos havia inúmeros monstros de raças completamente diferentes.
Não eram muito intimidadores individualmente, mas todos emanavam a força do Rei dos Lobos.
Sem dúvida, eram seus subordinados.
(Bom… este é outro mundo. Tentar aplicar o senso comum do nosso mundo aqui é que é idiotice.)
De qualquer forma, sua missão não mudava.
Seguir as ordens de Randall e eliminar os inimigos.
Só isso.
*(Antes de lutar a sério contra o Rei dos Lobos, vou eliminar a outra humana— o quê!?) *
No instante seguinte, o Rei dos Lobos estava diante de Gleen.
“Qu—!? Ei, fala sério. Rápido demais!”
『MORRA!』
A escuridão transborda.
Como uma onda gigante, avançam para engolir Gleen.
“Hmph!”
Ele segura a espada com mais força.
Então, da lâmina surgiu uma enorme erupção de fogo.
Como o título de “Imperador das Chamas” indica, a habilidade de Gleen é fogo.
Ele manipula chamas livremente, um verdadeiro avatar da destruição que incinera qualquer inimigo diante dele.
Escuridão e fogo colidem.
O impacto é simplesmente avassalador.
As árvores ao redor são arrancadas e reduzidas a cinzas, e o solo é rasgado e inflamado de vermelho.
Ambos usam habilidades que podem ser chamadas de ápice da destruição.
『GRAAAAAAOOOOOOOOONN!!』
“GRAAAAAAA!!”
A cada troca de golpes, a geografia muda.
Garras sombrias, lâminas, presas — todas chocando-se com cortes flamejantes.
Era o confronto entre duas calamidades vivas, cada uma com vontade própria.
E no centro disso, Schwarz estava sorrindo.
『Entendo… forte…』
O título de topo de outro mundo não era apenas enfeite.
As chamas de Gleen eram capazes até de queimar a escuridão de Schwarz.
Se seu bloqueio sombrio fosse atravessado, até Schwarz seria queimado em um instante.
『Kuku… Khahahahahahaha!!』
Schwarz ria.
Do fundo do coração, ele estava se divertindo.
Desde quando ele não lutava com força total?
Provavelmente desde aquela primeira batalha contra o humano — Kazuto.
Naquele dia, recém-evoluído, Schwarz também havia mostrado todo o seu poder.
Mas desde então, nunca surgira uma oportunidade de liberar completamente sua força que crescia de forma acelerada.
Quando caiu na armadilha do zumbi inteligente — Arroganz — e quando foi forçado a formar um novo contrato com Sayaka, e depois lutar contra Ribel, estava sempre com poder drasticamente limitado.
— Mas agora, não havia mais restrições.
Era força total.
O poder acumulado, ampliado, podia ser usado sem limites.
Para Schwarz, isso era uma alegria indescritível.
『Magnífico! ISTO sim é uma batalha! DIVERTIDO! É MUITO DIVERTIDO, HUMANO DE OUTRO MUNDO!』
“Não tem nada de divertido nisso, porra!”
Para Gleen, uma luta dessas era a última coisa que queria.
Se estivesse enfrentando apenas humanos, tudo bem.
Mas ter como adversário um monstro de classe “Seis Reis”, exceto o Rei dos Dragões, era absurdo.
(Eu até tinha considerado que Ribel, o Rei do Mar e o Rei dos Dragões se tornariam inimigos… mas somar o Rei dos Lobos nisso é sacanagem demais…)
Quando Ribel traiu o grupo, ele já imaginava que o Rei do Mar e o Rei dos Dragões — que tinham laços com ela — provavelmente se tornariam hostis.
Na verdade, seu oponente original deveria ter sido o Rei dos Dragões.
Contra um Rei dos Dragões, com quem tinha boa compatibilidade, Gleen acreditava que poderia vencer sozinho
— O único ser humano capaz de derrotar o Rei dos Dragões sozinho.
Esse era Gleen — e esse era o principal motivo de ele ter sido escolhido para o Esquadrão Avançado.
Mas jamais imaginou que acabaria enfrentando justamente o Rei dos Lobos, o oponente mais improvável de todos.
Isso é ruim… Se eu tiver que lutar com o Rei dos Dragões também nessa situação, vai ser impossível…
Entre os Seis Reis, enfrentar um deles sozinho ainda estava dentro de sua capacidade.
Mas dois, impossível.
Nesse caso, pelo menos mais dois membros do Esquadrão Avançado deveriam estar presentes para que houvesse chance de vitória.
(Aliás… que diabos é essa sensação estranha desde agora há pouco…?)
Mesmo lutando contra um inimigo absurdo como o Rei dos Lobos, Gleen não conseguia se concentrar totalmente.
O motivo era a garota que ele abateu primeiro.
Aquela menina não saía da sua cabeça.
E não é só isso… Por que o “bando” não se mexe?
Os monstros do grupo de Schwarz não davam um passo sequer.
Apenas observavam a batalha de longe.
Mesmo se fossem mais fracos que eu, serviriam como distração ou isca… Mas nem sinal disso. O que está acontecendo?
Seu instinto soou um alarme.
Algo havia passado despercebido.
E estava certo.
Um arrepio gelado percorreu sua espinha.
Reflexivamente, Gleen se virou.
Havia uma escuridão completa atrás dele.
Do centro daquela escuridão, envolta por sombras viscosas como lama, uma “mão” emergiu.
“Te peguei.”
Uma presença agarrava o seu braço.
Uma garota, com um sorriso de canto a canto como uma lua crescente, o encarava.
Era alguém que ele tinha certeza de ter matado — Igarashi.

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