Karoline agora estava envolta em chamas. Ela esquivou-se do chute de um dos indivíduos com óculos e desferiu uma pequena lavareda de chamas que incendiou seu adversário ao atingi-lo. A jovem respirava de forma irregular enquanto observava os clones ao seu redor.

    — Não me diga que 

    — Está cansando?

    Perguntavam os dois clones restantes; de repente mais um surgiu detrás do que estava à direita, formando três novamente.

    — Deve ser fogo de palha mesmo! — o terceiro clone disse com um sorriso confiante.

    A jovem observava com os dentes cerrados enquanto os três começavam novamente a cercá-la. Karoline, porém, suspirou, deixando a postura de combate e se mantendo ereta.

    — Você nem sequer está aqui, não é? — a jovem disse olhando em direção da construção ao centro.

    Todos os três pararam ao ouvir tal afirmação e começaram a gargalhar em sincronia.

    — Muito perspicaz 

    — De sua parte 

    — Princesa.

    Responderam os três continuamente, agora estavam parados, observando a garota.

    — Pelo visto, vou ter que passar por cima de todos os três para chegar até você, não é? — Karoline fechou os olhos e respirou fundo.

    O fogo que antes estava apenas em suas mãos começou a rodear seu corpo inteiro, criando um turbilhão de chamas ao seu redor.

    — Uau!  

    — De repente ela  

    — Decidiu esquentar?  

    Perguntaram os três continuamente, preparando-se para atacar novamente.

    — Agora eu não preciso me segurar, já que sei que apenas suas cópias estão aqui. — a jovem disse com seriedade na voz.

    Ela abriu rapidamente os olhos e suas pupilas cintilaram tão intensamente que pareciam brilhar como estrelas. Então o turbilhão formou uma bola de fogo ao seu redor, que lentamente cobriu seu corpo. As chamas não queimavam suas roupas, mas as deixavam com um aspecto avermelhado. 

    As pontas de seu cabelo pareciam ter se transformado em chamas, queimando o elástico e agora os deixando soltos, com alguns fios levantando-se. Ela olhou para seus três adversários, com as pupilas cintilando com intensidade. A jovem levantou a mão, apontando o dedo indicador com uma expressão confiante.

    — Vamos ver o quão rápido você consegue se multiplicar.

    — Muito presunçosa, você…

    Em meio à sua fala, o clone foi atingido por Karoline, que avançou em uma velocidade impressionante, usando as chamas como propulsão e deixando um rastro de fogo pelo caminho. Quando atingiu o rosto de seu adversário, o fogo que cobria completamente a mão aberta da garota deixou uma marca flamejante no alvo — o golpe o arremessou como um boneco de pano no ar. 

    — Cala a maldita… — a jovem estava com os dentes cerrados, então fechando a mão com força. — Boca!

    Quando o homem atingiu o chão, arrastado pela força do golpe, uma pequena explosão vermelha ocorreu, consumindo completamente o indivíduo e deixando apenas uma marca queimada no chão enquanto as chamas subiam e desapareciam. 

    A jovem encarou os dois clones restantes que cerraram os dentes e logo criaram mais uma cópia, avançando contra ela. 

    — Acha que vai ser tão fácil assim? — desta vez, apenas o clone do centro se pronunciou.

    Um deles correu pela esquerda, outro pela direita e o terceiro pelo centro. Karoline caminhou em direção ao que estava no centro; porém, quando eles se aproximaram, ela usou sua propulsão e avançou em direção ao da esquerda. 

    — O quê!? — o clone central tentou acompanhar a velocidade com a cabeça, mas tudo ocorreu em instantes.

    O clone da esquerda tentou golpeá-la com um chute; no entanto, a garota foi mais rápida ao agarrar sua perna, girando-a com o impulso das chamas e lançando-o em direção ao que estava avançando pelo centro. 

    O que foi arremessado rolou brevemente pelo chão antes de se levantar rapidamente com a ajuda do indivíduo que avançava pelo centro; porém, ambos se depararam com Karoline que já estava se preparando para mais um golpe enquanto avançava como um míssil veloz.

    — Toma isso!

    Karoline gritou desferindo um ataque com seu punho direito, também incendiado pelas chamas avermelhadas. Seu único golpe atravessou ambos os indivíduos pela barriga. Logo ambos foram incinerados momentos depois do golpe atingi-los.

    Ela se manteve parada com o punho fechado no ar onde segundos atrás estavam os dois clones que se tornaram cinzas em instantes. Karoline virou-se lentamente para encarar o último clone restante com um rosto sério. 

    — Vamos lá… — a jovem disse em um tom provocativo com os olhos sérios o encarando — Se multiplique…

    O clone restante se encontrou com os olhos arregalados e levemente boquiaberto; mas logo abriu um sorriso.

    — Tenho que admitir que eu a subestimei. Pensei que você não fosse capaz de lutar de igual para igual. — o clone disse mantendo a postura enquanto retirava os óculos e os deixava cair no chão, revelando seus olhos castanhos sem brilho algum nas pupilas.

    — Mas agora que você sabe que pode ir com tudo, eu também não vou mais me segurar. — ele continuou apontando para suas costas em direção à construção. — Meu eu verdadeiro está no centro. 

    — Imaginei, você não é do tipo corajoso. — Karoline disse com um sorriso torto, ela aparentemente parecia manter a concentração.

    — Vamos deixar isso mais divertido; apenas uma luta assim fica entediante. — ele disse ao apontar para frente da jovem onde estavam agora as cinzas dos outros dois. — Vou te contar as regras do jogo: não posso criar mais de três clones por vez; então esses três que você viu aqui são todo o meu contingente.

    Karoline encarou o chão, olhando em direção das cinzas que ainda continuavam com o fogo a queimar e do líquido onde outrora estava um clone.

    — Então façamos o seguinte: eu irei criar apenas mais dois clones e se você os destruir, eu irei me render. Caso contrário, acabarei com você.

    O verdadeiro clone estava na construção sentado com as pernas cruzadas e os olhos fechados; ele falava o mesmo que sua criação respondia para Karoline. Ao seu lado estava uma mulher bem magra e pálida, sentada no chão com um espelho à sua frente e suas pupilas cintilando na cor laranja. 

    A mulher tinha cabelo longo e preto; sua expressão cansada a deixava com uma aparência pouco convidativa. Vestia um vestido branco que mostrava que ela não tinha muitas curvas no corpo; poderia ser confundida facilmente com uma adolescente por seu tamanho e corpo.

    — Você parece estar se divertindo com a Karoline… — a mulher disse com a voz cansada e um pouco rouca enquanto olhava para o homem ao seu lado, que a ignorou completamente.

    Ele estalou seus ossos e ajeitou o cabelo enquanto discursava para Karoline, que apenas observava atentamente.

    O seu eu verdadeiro parou por um instante respirando profundamente antes de abrir os olhos; suas pupilas brilhavam na cor amarela enquanto um sorriso confiante surgia em seu rosto enquanto sua cópia realizava os mesmos movimentos e respondia as mesmas coisas.

    — Princesa, é hora do show!

    Após sua fala, a cópia avançou em direção à garota, porém desta vez foi sozinho, sem aparentemente fazer mais cópias e com uma expressão completamente confiante em seu rosto.

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