Capítulo 14
Karoline não hesitou e avançou contra seu adversário usando sua propulsão para desferir um golpe rápido com seu punho direito em direção ao rosto dele. Entretanto, momentos antes de ser atingido, a cabeça do clone quase instantaneamente se liquefez.
A jovem até mesmo se desequilibrou, pois esperava resistência do golpe; porém ela apenas atravessou seu adversário. Então foi atingida na barriga por um murro do clone sem cabeça. Com a velocidade em que estava indo, o golpe atingiu com mais força que o normal, fazendo-a fechar os olhos por conta da dor e quebrar sua concentração, desfazendo as chamas avermelhadas ao redor de seu corpo.
Ela cuspiu saliva por conta do golpe, porém, logo agarrou o braço de seu atacante. As chamas surgiram ao seu redor novamente; mas agora eram chamas comuns se alastrando por seu corpo. Ela esperava resistência, no entanto, ele apenas a agarrou impedindo seus movimentos. A jovem aumentou ainda mais a temperatura das chamas. Enquanto derretia, o homem não parava de sorrir.
— Você conseguiu derrotar um; faltam dois. — o clone disse derretendo à sua frente; mas atrás de Karoline estavam mais duas figuras avançando contra ela desferindo golpes novamente com chutes sincronizados nas costas dela que a lançaram arrastando-a pelo chão e dissipando parte das chamas ao seu redor.
Ela rolou no chão devido à cópia derretida agarrada em seu corpo antes de se virar para enfrentar os dois restantes que avançavam em sua direção de maneira sincronizada.
Ela passou a mão sobre o corpo para tentar tirar o restante do líquido, mas ao perceber o avanço, armou os braços em uma postura de combate — os dois clones estavam próximos um do outro, avançando em sua direção.
Um desferiu um soco de direita, ela conseguiu defender com os dois braços, mas quando tentou defender do chute do outro, o líquido em seu corpo prejudicou seu movimento — o golpe a atingiu sua costela, então o outro clone agarrou o seu braço, girou e arremessou para a distância.
— Ouvi dizer que você gosta de voar!
A jovem foi arremessada, caindo no chão e rolando no chão.
— Achou um bom arremesso? — o clone que arremessou perguntou para o outro.
— Ah, não sei, acho que eu faria melhor. — o outro respondeu fazendo um X com os braços.
A jovem realizou um grito contido, se envolvendo em chamas para se livrar do líquido que aos poucos queimava e não a prejudicava mais.
Ela decidiu desferir um chute horizontal e, ao fazer isso, o fogo se formou, incendiando sua frente como o combustível de um lança-chamas. Um clone parou instantaneamente, servindo de apoio para o outro que se impulsionou por cima das chamas que vinham rapidamente. Antes de ser atingido, o clone que ficou se liquefez, não sendo atingido pelo fogo.
Karoline percebeu que um clone estava no ar e apontou rapidamente as mãos, concentrando as chamas para desferir uma lavareda. Porém, quando as chamas estavam voando em direção a ele, ela notou uma figura avançando na direção da fumaça formada pelo fogo desferido anteriormente.
— Surpresa!
O clone que surgiu desferiu um chute giratório que acertou as mãos da garota. Antes que ela pudesse reagir, o clone no ar caiu e a atingiu com um soco no rosto, arremessando-a no chão. Então, ela usou as chamas na direção de ambos na tentativa de atingi-los e se impulsionar para longe.
Ela foi arrastada pelo chão até atingir uma certa distância. A jovem se levantou ofegante, com sangue escorrendo dos lábios, mantendo o olhar fixo à sua frente. Sua visão mostrava um clone de braços cruzados e o outro apoiado nele com o cotovelo em seu ombro.
— Será que ela tá bem?
— Ela não parece nada bem.
Os dois clones conversavam entre si com sorrisos e cochichos.
— Você pode sempre desistir, garota. — o clone de braços cruzados disse olhando para o outro acenando com a cabeça. — Você faria esse acordo?
— Eu faria esse acordo. — o outro respondeu com um sorriso.
— Eu não o culpo, é um acordo muito bom! — novamente, o clone de braços cruzados sorriu.
Karoline respirava fundo, encarando os dois ao fechar os punhos com força.
— Por que vocês dois não conseguem calar a maldita boca!? — a jovem disse cuspindo no chão e retirando o cabelo suado de seu rosto.
— Você sabe que eu sou a mesma pessoa, não é? — o clone que estava apoiado apontou para si e para o outro.
— Acho que ela já está delirando, será que a gente deve chamar ajuda? — o clone de braços cruzados disse ao coçar o couro cabeludo.
— Talvez você tenha razão. — o outro respondeu ao sorrir.
— Argh! Vou fazer você engolir esse seu sorriso estúpido! — Karoline disse enquanto limpava o sangue com as costas da mão.
— Estou ansioso para ver você tentar. — os clones responderam ao mesmo tempo.
Karoline respirava fundo, observando os dois clones que caminhavam novamente em sua direção.
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