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Protótipo de capa Volume 1 – Ironia Divina
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Capítulo 174 – Os Padrões da Violência
O salão parecia respirar com as duas guerreiras.
As luzes dos vitrais, em sua luz pulsante e errática, dançavam como testemunhas febris da batalha, lançando um caleidoscópio de cores por todos os lados. O cheiro do suor misturava-se ao aroma metálico do sangue que começava a pingar de pequenos cortes abertos, criando um ambiente denso e sufocante.
O som da arma de Ana raspando no chão ecoou como o primeiro trovão de uma tempestade iminente.
Ela atacou com um salto curto, e sua lâmina longa descreveu um amplo arco descendente mirando diretamente na cabeça de Natalya. Era feroz e traiçoeiro, e utilizava ao máximo seu próprio peso para aumentar o poder destrutivo. Era um golpe claramente calculado, mas também possuia força e a imprevisibilidade de um lobo atacando a presa.
A Colecionadora bloqueou com ambas as lâminas curvas, mas a força do impacto reverberou em seus braços. Antes que pudesse retaliar, Ana agachou-se em um movimento inesperado, girando a lâmina sobre si como se desenhasse um círculo no ar.
Com o novo golpe vindo em sua direção, Natalya permaneceu imóvel até o último instante, quando, com um movimento minimalista perfeito, desviou o ataque, como se fosse tudo apenas parte de sua coreografia. Para sua surpresa, calculou mal a extensão da arma, e a ponta da lâmina cortou levemente sua calça, arrancando um grande pedaço de tecido.
“Ela está mais selvagem”, pensou a mulher metálica, antes de logo contra-atacar com um golpe direto e veloz, mas Ana, em vez de recuar, avançou com outro golpe. “não hesita mais… Está disposta a matar ou morrer”.
Ana permitiu que o ataque perfurasse sua armadura, mas antes que fizesse mais do que machucados superficiais, girou o corpo, alterando a trajetória da lâmina por completo. O tranco do giro fez Natalya ir involuntariamente para o lado, e a rainha aproveitou para mudar a direção de sua lança, fazendo o cabo da arma colidir com força contra as costelas de sua oponente. A colecionadora cambaleou um passo para o lado em um pequeno deslize dos pés.
Mas ela não era um alvo fácil. Apesar de quase cair, absorveu os impactos com movimentos graciosos, transformando o recuo forçado em passos que redirecionavam sua energia, a permitindo girar sobre o próprio eixo, momento no qual baixou a mão com força, lançando a arma negra para longe que a atingira para longe.
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O impulso fez os braços de Ana virarem bruscamente para trás, mas apertando a empunhadura com força, a guerreira mascarada não permitiu que a arma escapasse de suas mãos. Fluidamente, voltou a atacar na direção oposta.
Assim, novamente elas se chocaram, lâminas contra lâminas, o som ressoando como um sino de guerra.
Não havia espaço para palavras, apenas centenas de pensamentos que se perdiam em rápidas encaradas. O som de metal e o impacto contra o aço era a única conversa real entre elas. Era uma cena intrigante, já que um caloroso sorriso nunca deixou suas selvagens faces.
A luta estava em um aparente impasse: respiravam, atacavam e logo saltavam para trás após cada interceptação de golpes.
Natalya tomava a iniciativa grande partes das vezes, e suas lâminas acopladas — uma extensão natural de seu corpo — se moviam em padrões precisos, quase hipnóticos. Cada golpe media Ana, testando suas defesas com uma elegância fria. Ana desviava com giros e passos largos, sua arma navegando ao redor de seu corpo em constante movimento para redirecionar estocadas que passavam a milímetros de sua pele.
A arma grande era inconveniente, mas ao mesmo tempo sua melhor defesa. Era tão grande que, quando bem manuseada com um agarre diretamente no corpo da arma, permitia que as armas duplas de sua oponente fossem defendidas simultaneamente, deslizando por seu corpo afiado, sendo aparadas por completo quando chegavam à empunhadura.
Em meio ao incansável enfrentamento, uma das lâminas de Natalya deslizou perigosamente perto do ombro de Ana, rasgando parte de sua capa, e foi quando uma abertura finalmente foi vista.
Ana subiu rapidamente a lança-espada. O golpe parecia simples, bruto, mas foi quando suas mãos repentinamente soltaram o cabo que sua ferocidade finalmente se mostrou. A arma voou, seguindo a trajetória na qual foi deixada, e a finta pegou Natalya de surpresa, fazendo-a se defender tarde demais, pois um cotovelo coberto por um acessório de metal que brilhava com runas acertou seu queixo com força.
Ela recuou cambaleando, mas não perdeu o controle. Com um movimento bem pensado, as lâminas em seus braços fizeram um estranho som, e então se soltaram em direção às suas mãos, onde tomaram o formato de duas pequenas adagas.
Os golpes que se assemelham a socos perfurantes repentinamente tornaram-se perfeitos para cortes, e de suas lâminas avermelhadas finos fios de fumaça escapavam.
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Sem uma pausa, ela se jogou novamente na luta. Seus golpes eram diferentes agora — mais rápidos, mais duros. Cada ataque parecia visar não apenas ferir, mas desestabilizar Ana.
Apesar disso, a rainha se adaptou ao novo estilo rapidamente. Cada vez que esquivava de um golpe, usava o próprio movimento para girar a lança em ângulos inesperados, obrigando Natalya a também reajustar sua guarda. Infelizmente a proximidade tornou-se uma desvantagem, e durante um pequeno descuido, um fino corte foi feito em sua lateral, atravessando a brecha de sua armadura. Era superficial, mas ia das costas à barriga, com finos fios de sangue começando a empapar sua roupa.
Ana respondeu a incômoda dor com uma risada baixa e rouca, lançando a ponta da lança-espada para baixo. O movimento parecia desajeitado, mas foi intencional: a lâmina arranhou o chão, soltando faíscas que ofuscaram a visão de Natalya por um instante.
Foi aí que a luta tomou vida própria.
Ana era um furacão: atacava de ângulos incomuns, girava a longa arma, chutava com suas botas e até empurrava Natalya com o ombro quando as lâminas colidiam. Em contraste, Natalya era o centro calmo da tempestade, seus passos precisos e refinados, suas lâminas descrevendo arcos perfeitos que pareciam mais uma dança do que um duelo, sua postura imaculada.
Não é como se a luta de Ana não fosse elegante como a de sua oponente, pelo contrário, também parecia uma obra de arte. No entanto, despertava algo primordial nos observadores, era inconscientemente notável que aquilo era o ápice do instinto. Tal luta não era pensada, fazia parte de quem ela era.
“Está demorando demais…”, Ana não pôde deixar de pensar em quanta resistência uma pessoa com partes robóticas utilizava em relação a si própria.
Ela estava realmente cansada, muito mais do que imaginou que estaria.
Mas e sua oponente? Aquelas respirações pesadas eram reais?
Não queria pagar para ver.
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Assim, em um momento crítico, onde Ana bloqueava ambas as lâminas de Natalya e as duas estavam próximas o suficiente para sentirem a respiração uma da outra, uma pulsação escura irradiou da lança negra. A força de Ana aumentou, e pequenas veias apareceram em seu pulso direito, onde pétalas escuras chacoalharam por baixo das luvas da armadura. A escuridão não era apenas visual; parecia consumir a luz ao redor, tornando o ambiente colorido algo sinistramente opressivo.
O impasse de força e vontade ficou mais intenso. Natalya fincou os pés no chão, não querendo ceder, até que com um empurrão mútuo, se separaram, criando uma pequena distância.
Com um rugido baixo, Ana fez um novo corte vertical. A energia distorceu o ar, criando uma trilha negra que ricocheteou pelo salão, criando uma série de finas rachaduras nos vitrais.
Surpresa, Natalya deu passos ágeis para longe tentando desviar, mas a explosão arrancou um pedaço da estrutura metálica de suas armas, que foram arremessadas para longe sem qualquer resistência. Estavam destruídas, quebradas em sua base, já não capazes de serem utilizadas no duelo.
Uma nova encarada ocorreu.
Admiração.
Temor.
Respeito.
Raiva.
Diversão.
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Ambas entendiam aquilo, e novamente a necessidade de verbalizar qualquer coisa se perdeu.
Seus peitos subiam e desciam enquanto recuperavam o fôlego. O próprio ambiente parecia exausto ao ser preenchido por tais respirações pesadas. O suor escorria pela têmpora de Ana, e tentando puxar mais ar para dentro de si, ela removeu a máscara, a jogando próxima às escadas. Natalya passou as costas da mão por seus óculos, ajustando-os, até que ergueu os olhos em direção a intacta lança-espada negra. Um leve e perigoso sorriso foi formado em seus lábios.
— Toda boa lâmina merece um nome — comentou finalmente, a voz como um murmúrio baixo, enquanto gesticulava levemente para a lança. — A sua, uma lâmina tão selvagem e bela, não deveria ser exceção. Merece algo digno de seu criador… e, quem sabe, de seu fim.
— Quem faria algo tão inútil? — respondeu Ana, a voz firme, mas com uma ponta de desdém. — Minha espada é apenas isso, uma espada.
Natalya inclinou a cabeça levemente, seus olhos avaliando a arma enquanto um sorriso provocador surgia em seus lábios.
— Uma ferramenta sem identidade… Que desperdício para algo tão feroz.
Ana bufou, ajustando o aperto sem qualquer traço de emoção além de seu intrigado sorriso.
— E o que você sugere, Colecionadora? Algo como “Destroçadora de egos”? Ou talvez “A Última Palavra”?
Natalya riu suavemente, um som carregado de ironia.
— Acho que você pode pensar em algo mais elegante que isso.
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Ana passou um dedo levemente pela lâmina negra em um gesto carinhoso.
— Nah, ela não precisa disso. Não é, minha amiga? — murmurou, os olhos fixos no metal que parecia brilhar com uma energia própria.
Uma única palavra ecoou na mente de Ana, fria e insidiosa.
“Matar.”
— Eu sei, eu sei. Calma que a gente já faz isso…
Natalya arqueou uma sobrancelha pela estranha e divertida cena, mas ficou um pouco confusa.
Balançou a cabeça, desistindo de pensar, e sem dizer mais nada, com um gesto teatral, jogou os tocos lâminas destruídas para o lado. O som metálico ecoou pelo salão, enquanto os fragmentos batiam secamente no chão.
De sua cintura, puxou duas novas lâminas, idênticas às anteriores, mas com um brilho mais intenso. Suas runas avermelhadas pulsavam suavemente, como se aguardassem para serem ativadas.
— Que seja. Eu mesmo a nomearei quando tomá-la de você.
— Bla, bla, bla — Ana balançou as mãos, ignorando a frase. Logo inclinou levemente a cabeça, seus olhos avaliando as novas armas de Natalya. Suspirou, rapidamente perdendo o interesse nas peças práticas, mas simples. — Se realmente for capaz de me matar primeiro, ai você faz a porra que você quiser.
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O intervalo de palavras chegou ao fim. Sem mais provocações, o confronto recomeçou.
O impacto inicial foi explosivo, e as faíscas rubras que dançavam pelo salão pareciam refletir a intensidade do confronto. Cansada, Ana novamente soltou a lança-espada e o som do cabo batendo no chão ecoou pelas paredes. A Colecionadora reconheceu o movimento e, confiante, acreditou que poderia prever o próximo ataque.
Mas esse breve momento de presunção foi tudo o que Ana precisava.
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