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Protótipo de capa Volume 1 – Ironia Divina
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Capítulo 176 – Último Golpe
— Fui descuidada…
Ana arregalou os olhos, surpresa e desorientada. Não houve sequer tempo de desviar, e todo o ar foi forçado para fora de seus pulmões em um único arquejo rouco.
Sua respiração falhou, e uma dor excruciante atravessou seu corpo. Ela tropeçou para trás, tentando entender o que havia acontecido. O impacto foi brutal, como se seu peito tivesse sido atingido por um aríete invisível.
Natalya também recuou alguns passos, os olhos fixos na rainha enquanto abaixava a mão, de onde ainda saía uma fumaça fina.
— Sabe o que é engraçado? — comentou a Colecionadora, com a voz baixa e cortante. — Eu também nunca disse que ia usar só os punhos.
Ana levou a mão ao peito, sentindo o sangue quente escorrer por entre seus dedos. O salão pareceu girar por um momento, mas ela se forçou a permanecer de pé. Apertando os dentes para suportar a dor, colocou um dedo dentro de um dos múltiplos pequenos furos.
“Felizmente não foram letais…”, o quente metal de uma bala ardia em seu dedo, trazendo um alívio de que, por mais que mal respirasse, era pouco provável que morreria daquilo.
Apesar disso, suas costelas protestavam em uma sensação lancinante. Por mais que a mana endurecesse sua carne, o impacto ainda havia quebrado mais do que apenas uma delas, e ao tentar dar um passo, curvou-se involuntariamente sobre si mesma. O líquido vermelho que escorria pingava no chão como um lembrete cruel de sua vulnerabilidade.
— Maldita… — sussurrou, a palavra saindo entrecortada enquanto tentava recuperar o fôlego.
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Natalya deu um pequeno passo à frente, o som metálico de suas botas ecoando pelo chão.
— Ainda pode falar? — provocou ela, inclinando levemente a cabeça enquanto limpava o resquício de seu próprio sangue no canto da boca. — Você realmente cresceu desde a última vez.
Ana ergueu o olhar, seus olhos brilhando com um misto de raiva e um estranho deboche.
— Não acabou ainda.
Ela soltou a mão da ferida, permitindo que o sangue escorresse livremente, manchando desde suas roupas até a empunhadura da lança-espada. Firmemente, segurou a arma com ambas as mãos, girando-a no ar, o som do metal cortando o vento ecoando como uma promessa do que estava por vir.
Ela preparou seu ataque, ignorando a respiração irregular que não conseguia evitar, e Natalya fez o mesmo a sua frente, ajustando o peso do corpo e levantando os punhos.
— Certo. Então, venha. Divirta-me uma última vez antes do fim.
O sorriso de Ana se alargou enquanto puxava a arma para trás em uma clara preparação para uma estocada. Natalya permaneceu imóvel, observando cada movimento.
Ela sabia que a mulher mascarada à sua frente estava lutando contra o tempo. Seu corpo estava no limite, mas, mesmo assim, era perigosa.
Claro, sabia também que restava apenas o golpe final.
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Logo tudo isso acabaria.
Quando o ataque de Ana veio, foi feroz e direto, e Natalya se moveu imediatamente, posicionando o corpo para apará-lo.
Mas inesperadamente ele mudou de direção no último instante. A lâmina cortou o ar ao lado de Natalya ao invés de em seu corpo, e então recuou, desaparecendo repentinamente de sua visão.
Natalya hesitou por um instante, a expressão perplexa ao notar que Ana não estava mais lá.
— Você… Correu?
A cena beirava o absurdo. Natalya, a Colecionadora, enfrentara Ana em lutas que ultrapassavam o físico, mergulhando no psicológico e na pura força de vontade.
Mas que ela iria fugir? Realmente não pensou nessa possibilidade.
No entanto, os sons fortes dos passos no piso ecoavam pelo salão, provando que não era apenas imaginação. Ana estava correndo, ocultando-se entre as colunas, acompanhada somente por sua gargalhada alta repleta de mórbida diversão.
— Ah… Você deve estar de brincadeira com minha cara… — resmungou Natalya, acelerando os passos atrás da insana mulher.
A exilata metálica não era feita para caçadas prolongadas.
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Seu corpo havia sido modificado para ser durável, não para armazenar um arsenal de armas. Isso devia-se ao fato de que confiava em sua força natural, em sua habilidade de lutar no estilo clássico, direto e brutal. Mas acreditava ainda ter o suficiente para lidar com uma Ana já ferida.
Sempre que avistava o brilho da lança-espada entre as colunas, Natalya disparava. As pequenas rajadas, precisas, mas calculadas, ecoavam no salão, enquanto ela tentava forçar Ana a se expor.
— Você ficou mais forte, isso é verdade — grunhiu em frustração. — Mas essa atitude? É ainda mais decepcionante do que na primeira vez que me enfrentou!
Enquanto falava, um sorriso traiçoeiro surgiu em seus lábios ao notar que os passos de Ana estavam cada vez mais próximos.
— Foda-se! — a resposta da rainha oculta veio em uma frase rouca que fez Natalya rir, mesmo irritada.
— Sempre tão refinada…
Não queria dar tempo para Ana inventar algo mais irritante, como fugir pelos corredores do castelo. Mas foi então que um ponto preto surgiu de repente à sua frente, movendo-se rápido demais para ser identificado.
Com reflexos apurados, Natalya curvou-se para trás, desviando por um triz. A lança passou a poucos centímetros de sua cabeça, cortando o ar como um trovão. A velocidade do ataque era absurda. Quando a arma se retraiu, voltando para o escuro entre as colunas, de onde veio uma tosse forte, antes de voltar a se afastar.
— Extremamente irritante… — reclamou a Colecionadora, ajustando a postura e voltando à perseguição.
Algo estava errado. Ana não deveria ter energia para isso. Seus movimentos, sua velocidade — tudo parecia inconsistente com o estado deplorável em que estava momentos atrás.
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Outro ataque veio, desta vez de uma coluna à sua esquerda.
A lança surgiu em um arco feroz, mirando seu tronco. Natalya ergueu o braço metálico para bloquear, desviando a lâmina para que ela colidisse com a pedra ao lado. O impacto fez estilhaços rochosos voarem pelo ar.
Foi então que Natalya finalmente a viu por completo.
Ana permanecia coberta de sangue, mas seu rosto, sujo e suado, exibia um sorriso desconcertante, quase insano. O ferimento em seu peito, que antes sangrava de forma alarmante, agora estava coberto por uma fina camada de pele, como se começasse a cicatrizar.
— O que… — Natalya murmurou, os olhos estreitados enquanto avaliava a cena.
Não fazia sentido.
Mas não era só isso. Os olhos de Ana, outrora de um amarelo intenso, estavam opacos, como se uma sombra cobrisse sua visão. O sorriso predatório em seus lábios não parecia humano, mas algo além, algo desconhecido.
No ombro da rainha, um pequeno frasco vazio brilhava sob a luz bruxuleante. Uma substância vermelha viscosa escorria pelas bordas do vidro.
A visão captou o interesse de Natalya, e sua frustração foi substituída por curiosidade em um clique.
— Interessante…
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Ana notou o olhar, riu e puxou o frasco, removendo-o do ombro. Com um movimento casual e desafiador, lançou o frasco na direção de sua oponente antes de girar nos calcanhares e voltar a correr.
Natalya pegou o item no ar, examinando-o. Algumas gotas ainda escorriam pelo vidro, brilhando com uma luz incomum.
Ela não sabia exatamente o que era, mas o efeito em Ana era inegável.
— Realmente é mais do que interessante…
Com um pedaço de pano arrancado de seu casaco rasgado, limpou a borda do frasco e o selou cuidadosamente. Era o suficiente para uma análise futura. Não podia desonrar o título de Colecionadora. Algo que não conhecia era valioso demais para ignorar, merecia ser estudado.
Com um sorriso satisfeito, Natalya voltou à perseguição.
As estocadas surpresa continuaram, paredes e colunas do salão estavam cobertas de marcas de impacto, cortes profundos que mostravam o alcance destrutivo da arma.
Natalya estava sendo pressionada. Sua força e resistência lhe davam vantagem, mas a velocidade e imprevisibilidade de Ana, combinadas com a extensão da arma negra, estavam começando a desgastar sua defesa.
Uma estocada particularmente rápida acabou por finalmente atravessar um de seus braços, fazendo a Colecionadora rosnar.
— Chega disso!
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Felizmente, esse era o momento que ela esperava.
Com o metal negro ainda dentro de si, girou o braço, forçando Ana a dar alguns passos à frente. Ela sorriu com a visão da mercenária, mas no momento em que iniciou o movimento para um preciso soco em seu rosto, o ar ao redor pareceu mudar.
Reparou que Ana fechou os olhos, algo que com certeza não deveria ser feito em uma situação assim. Com a Colecionadora ainda presa, ela gritou o mais alto que pôde, balançando a lança de forma que a mulher fosse levantada, acertando a coluna mais próxima.
Estilhaços voaram para todos os lados, mas ao invés de caírem, ficaram parados no ar.
Ana então largou a lança, e com um movimento de mão, fez com que as centenas de pequenas pedras disparasse em velocidades insanas em direção a sua oponente.
“Ela é uma manipuladora? Não faz sentido, tenho certeza que investiguei o suficiente sobre suas capacidades”, o pensamento de Natalya foi interrompido quando foi obrigada a defender seus pontos vitais.
As incessantes pedras não eram o suficiente para um dano absurdo, mas ser descuidada era pedir para morrer.
Conforme bloqueava, finos filetes de metal eram arrancados de seu corpo, e assim como as pedras, flutuavam no ar, disparando de volta em sua direção poucos segundos depois. A velocidade só aumentava conforme o ataque continuava, e uma estranha névoa negra começou a se misturar ao ar utilizado para segurar os projéteis.
“Está durando mais do que o esperado”
Sabia que não podia ficar ali. Se continuassem ficando mais fortes, um descuido seria suficiente para uma daquelas pedras atravessar sua cabeça. Com um suspiro profundo, ela estendeu o braço, se jogando em direção à rainha que a observava de perto.
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No entanto, quando notou o movimento, Ana recuou de imediato, usando uma corda manifestada com mana para puxar-se para trás.
Ela pousou suavemente em uma coluna quebrada e, sem hesitar, levantou a mão novamente. Uma bola de fogo começou a se formar, mas não era apenas calor; era destruição em estado puro, uma chama que foi rapidamente corrompida por uma inquietante escuridão, parecendo consumir a luz ao seu redor.
Ela lançou a bola em direção a Natalya, que desviou, mas as chamas explodiram ao atingir o chão, criando uma onda de calor que lançou ambas para trás. Natalya aterrissou rolando, ofegante, enquanto rapidamente se desfazia de suas roupas em chamas.
— Você realmente quer brincar com fogo? — grunhiu ela , erguendo-se.
Ana não respondeu. Seus olhos já estavam completamente pretos, uma escuridão que parecia pulsar junto com sua respiração, a qual soava como um rosnado baixo.
Ela apertava a garganta como se não conseguisse respirar.
A mana reversa agora envolvia seu corpo como uma segunda pele. Cada manifestação de mana fazia seus movimentos se tornarem mais rápidos, mas também mais violentos.
Antes que Natalya se movesse, a rainha insana condensou finas correntes no ar, e em um instante, as lançou como serpentes vivas, agarrando a mulher metálica antes que pudesse fugir. Assim, levantou a lança novamente, lançando um golpe que atravessou diretamente o ombro de sua cativa.
A Colecionadora recuou, mas as correntes apertaram, e Ana já estava em movimento novamente, girando o corpo para usar a extremidade do cabo como uma clava, acertando o braço cibernético com força suficiente para deixá-lo ainda mais distorcido.
Foi então que Natalya, com um sorriso perigoso, ergueu a mão puxando as correntes que a prendiam.
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— Já está ficando chato.
Ana foi puxada junto, quase caindo em sua direção. Com um chute, acertou a rainha mascarada. Não foi certeiro, pois ela contorceu seu corpo ainda em meio ao ar, mas o suficiente para afrouxar seu aperto.
Natalya então puxou ar, enchendo seus pulmões artificiais o máximo que pôde.
— Está na hora de começar o incêndio…
Seus braços começaram a emitir um calor múltiplas vezes mais intenso do que antes, e uma luz alaranjada começou a se espalhar por cada veia incandescentes que pulsava sob a pele metálica. A luz subiu até a lateral de seu pescoço, enquanto um vapor quente começou a exalar de seu corpo.
— Agora é a minha vez, rainha — O sorriso em seu rosto era amedrontador, uma mistura de desafio e satisfação.
Mesmo com um braço metálico quase inutilizado e a armadura rachada em vários pontos, se lançou para em direção a batalha.
Não houve tempo para qualquer reação de além de cruzar os braços em frente ao rosto, e mesmo essa tentativa foi inútil em defender-se do pesado ataque. A mandíbula de Ana foi acertada com força suficiente para lançá-la pelo salão, capotando enquanto tentava se estabilizar.
O impacto foi ensurdecedor, mas Ana, no chão, apenas riu. Um som rouco e desconcertante que parecia mais animal do que humano.
Ela se ergueu como se nada tivesse acontecido, olhou para o próprio pulso dobrado de forma anormal, balançando-o de forma divertida em frente aos olhos. Ignorando os ossos partidos, se lançou para frente.
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Agilmente deslizou assim que se aproximou de Natalya, recuperando sua lança-espada e fincando-a no chão para se lançar para longe. Assim que tocou o solo, avançou novamente em uma série de ataques.
Natalya bloqueou o primeiro, mas o segundo golpe acertou sua lateral com força suficiente para rachá-la ainda mais.
Ela rosnou e ajustou sua postura antes de lançar uma sequência de golpes rápidos de contra-ataque. Ana foi acertada sem sequer tentar se defender, respondendo na mesma moeda. A troca machucava ambas, até que um soco atingiu novamente o maxilar de Ana, o deslocando temporariamente, mas a mercenária apenas o reposicionou com um estalo perturbador.
Algo que não deveria ter feito, pois antes que notasse, a Colecionadora já estava a segurando pelo colarinho, voltando a socar seu rosto.
Desta vez tentou se defender, mas sem sucesso suficiente para evitar machucados. Com um movimento brusco, pegou o frasco restante em seu cinto. Não sabia o que aconteceria, mas fincou-o no próprio ombro em um movimento único.
“Vamos ver o que vai dar…”, pensou a mercenária com o que restava de sua sanidade.
O líquido começou a escorrer, a sensação era quente, quase ardente, enquanto a substância se infiltrava em seu corpo. Mas então ele explodiu.
— Não vou deixar que use essa merda de novo.
Os fragmentos de vidro se fincaram por todo o pescoço de Ana após sua oponente destruir o frasco com quase todo o líquido ainda dentro. Ana tentou se segurar, mas não conseguiu ficar sem rir da situação patética em que se encontrava enquanto continuava a receber os golpes.
Abandonando o que restava de sua sanidade, ao invés de se defender, agarrou o braço que a socou com as duas mãos, e então o segurou com uma pesada mordida. Sua mão foi em direção ao rosto da Colecionadora, e antes que a mulher-máquina pudesse reagir, a rainha cravou o polegar profundamente em seu olho direito.
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O grito que Natalya soltou foi ensurdecedor, e um líquido viscoso misturado com sangue escapou de sua cavidade ocular enquanto ela jogava Ana com toda a força contra o chão.
— Maldita! — rugiu, pressionando a mão contra o rosto.
Ana respirou fundo e tentou se levantar, mas logo caiu de joelhos. Antes que pudesse fazer mais uma tentativa, Natalya desferiu um novo golpe direto em seu rosto. O impacto foi tão violento que quebrou seu nariz e a jogou ainda mais para trás, batendo novamente contra o solo.
— Finalmente… — murmurou Natalya, se aproximando devagar. Pegou a lança negra que Ana havia soltado, e com a arma em mãos, preparou-se para fincá-la no coração da mercenária caída.
Mas foi interrompida pelo som de um passo atrás dela.
Virou-se rapidamente, os sentidos ainda alerta, mas era tarde demais. Eva estava ali, sua figura firme, segurando seu arco dobrado em forma de espada.
Antes que Natalya pudesse reagir, a garota ruiva avançou e cravou a lâmina em uma das muitas aberturas no abdômen da mulher-máquina.
Natalya congelou, seu olho restante se arregalando em surpresa.
— Você… — murmurou, encarando Eva. — É fraca!
Natalya riu, um som rouco e baixo que parecia contradizer sua situação.
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Eva não disse nada, seu rosto endurecido pela determinação enquanto continuava a pressionar..
— Você não se compara nem mesmo à sua irmã, garota — murmurou. — Fique mais forte, e talvez algum dia você realmente consiga completar essa ving-
A frase ficou inacabada.
Eva apertou um pequeno botão no cabo da lâmina que perfura a carne, e o grande arco se abriu violentamente. As lâminas se expandiram com uma força brutal, rasgando o corpo de Natalya ao meio antes que ela pudesse perceber.
Por um instante, o salão ficou em silêncio absoluto.
O torso metálico caiu para um lado, e as pernas para o outro, enquanto a luz alaranjada que pulsava nas veias da Colecionadora apagava-se lentamente.
A pequena conselheira ruiva permaneceu imóvel, segurando a arma ensanguentada enquanto observava os restos da assassina de sua irmã no chão.
Atrás dela, Ana riu baixinho, um som rouco e perturbador.
— Você chegou atrasada…
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