Capítulo 042 – Êxito sobrehumano!
Capítulo 042 – Êxito sobrehumano!
Lâmina-fria alçou o olhar sobre a peleja que ainda escorria. Seu semblante, que outrora soava quase como um estoico, transbordou em uma tristeza profunda.
Principalmente pela queda de Aldmond, mas não apenas ela.
O chão da praça, o solo do reino.
Marcado eternamente pelo sangue daqueles que tentaram defender o que achavam ser o correto.
Aquele odor podre.
A morte havia impregnado não apenas no solo, não apenas no ar.
Com o cessar da batalha, a morte pairava, seguia todos eles.
Bruxo Negro conhecia a iminência do perigo que poderia acarretar tanto a ele quanto a todos os seus afiliados. Com um gesto para todos os arcanos que o seguia, ele começou a ordenar que todos recuassem.
Completamente irrefutável, o homem estava sério, ordenando que aqueles dotados do dom do mana que pudessem escutá-lo, que regressassem à sagrada morada de Nox Arcana.
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A necromante sorria, com um brilho tão fúnebre nas suas escleras brancas que chamava de olhos que era assustador de encarar. Kassandra ainda comandava os goblins mortos, aqueles zumbis acinzentados com seus pedaços caindo aos montes, putrefatos até os dentes.
Ela ordenou, sua voz passou entre os cadáveres que obedeceram.
Seus criados mortos, então, foram dispersos em todas as vias e veredas, garantindo que nenhum restante da horda ousasse insurgir-se contra os sobreviventes.
— Acabou.
Kord se aproximou de Lavish, que havia caído sobre seu próprio peso devido seu ferimento.
— Acabou… — Havia uma mistura de sangue quente com sangue seco na mão do homem de Maut Ka Mandir.
— Consegue se levantar, consegue ir até Celérius?
— Ele não curaria um algoz, Lâmina-fria. Outro clérigo, acredito que sim… Mas ele? — Solanki sorrira.
— Ele é realmente assim com vocês? Imaginei que eles repudiassem os necromantes, não os algozes.
— Os necromantes também… — O gatuno tentara levantar, sofrendo com a dor e gemendo sem nada fazer.
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A respiração de Lavish era fraca, entrecortada. Suas forças haviam esvaído.
— Não se force tanto mais. — Kord começou a auxiliá-lo a se levantar. Encarou o outro lado distante da praça, Claude constava la. Acenava para os dois.
Lâmina-fria respondera, apontaram para se encontrar mais adiante, sem que atrapalhasse o centro da praça, onde os reis digladiavam.
Celérius guiou os clérigos erguendo sua voz. Ignorando a dupla de combatentes que estava o encarando por um bom tempo:
— De volta ao templo dos divinos! De volta ao norte! Curemos os feridos! Descansemos!
Seguiu junto do restante do sacerdócio para fora da praça.
Os relicários que sobraram estavam em um silente luto.
Não houve tempo para prantos, tampouco quaisquer tributo honroso. Carregaram teu irmão com respeito, escutando a voz firme do alto sacerdote.
Mesmo despedaçado, o esquadrão da esquerda da praça cumprira teu intento.
Do outro lado, Alyssius observava o encerramento dos esforços. Seu peito arfava como de um leão após uma caçada pela tarde sem sucesso. Caira sob teu joelho, até ser atendido por Lilian, a clériga que constava com eles naquele momento. Ela reuniu-se prontamente com o Celérius que andava para o norte junto do mago da caverna.
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Claude dera seu último brado contra o pequeno goblin que tentava fugir, trespassou a carne ignóbil do inimigo que restava. Fim.
Ele percorrera seus olhos pelo campo de escombros e miséria, visualizou a silhueta que era familiar, com o passar do pó da destruição ele reconhecera que era Kord, segurando Lavish sob o braço. Então acenou para ambos.
O guerreiro moveu-se com presteza, se afastando do local para encontrar os dois que pareciam precisar de cuidados.
Passou por Belle, ela que assim que percebera que a ameaça goblin havia extinguido, como uma águia, caçara com teus olhos em direção à sua criada mestra dos venenos. A jovem guerreira era uma incógnita para Belle, e a observação tornar-se-ia uma arma tão afiada quanto qualquer lâmina. Se Victoria era digna de ser temida ou admirada, apenas o encerramento dessa batalha poderia concretizar.
Yelena era talvez a única que não estava inquieta, tanto quanto os demais. Ela tinha o seu posto e mantinha ele. Seu maior propósito era o zelo do ruivo e ele parecia estar sob controle da situação. De qualquer forma, ela não conseguia retirar os olhos dele.
As ordens da líder da guarda real foram claras: as sentinelas deveriam guiar os feridos e os guerreiros fatigados ao recuo seguro. Quanto a ela, permanecera imóvel entre os cadáveres, sua visão voltada para o centro da praça, onde Ayel erguia-se como um demônio.
Um espetáculo, a praça onde uma hora parecia abarrotada de bestas que moviam como ondas de um oceano armado. Agora se tornou um silêncio visual que assombrava todos com essa visão pós-guerra. Apenas um único inimigo remanescera: o rei goblin, os quais o cetro cintilava com pequenos relâmpagos que rodeavam as joias que o mesmo trajava.
E o bárbaro que encarava com um olhar assassino.
— Não tem segredo.
Belle se aproximara da loira com os arcos, as duas se viam perto de uma das poucas casas que ainda estava intacta, sem incêndio algum. Era a esquina que viraria do centro da praça diretamente para o norte, então muito das tropas que batiam em retiradas, passavam pelas duas.
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— O que disse? — indagou Yelena.
— Digo que não tem segredo… São seis aventureiros contra um único goblin. Claro que ele é um arcano, e tem aquela relíquia que é o cetro. Mas é apenas um.
Por um momento, a sentinela sentiu uma fúria consumir, do seu pé que subira até a ponta dos seus cabelos. Mas manteve a sua pose, encarando o centro da praça cruzara os braços, partindo depois sua atenção para onde a mulher morena repousava, encarando-a de cima.
— Acha que por algum motivo duvidei que nosso rei pudesse perder isso?
— Isso em específico eu não disse. — Belle sorriu, girava lentamente seu rosto para que a loira não percebesse.
Era nesse momento que Ayel terminara de levantar-se, seu peito fumegava do golpe que acabara de receber do goblin, as duas visualizaram Amelie se aproximar, os dois entraram em uma conversa que não era possível escutar de onde ambas estavam.
— Victoria é tua, correto? Eu a vi na taverna conversando com o Ayel.
Yelena cogitava sem mesmo tirar os olhos do rei, preocupada com o golpe que ele recebera.
— Sim, ela é uma das minhas mais promissoras afiliadas, uma mestra do veneno nata, conseguirá me superar um dia, se eu a ensinar bem…
Belle, a viúva, conhecidíssima não apenas por reger todo o covil do escorpião, como também por arrebatar corações alheios, todos os homens nos quais ela se casou ao longo dos anos pereciam misteriosamente, deixando uma gorda fortuna ou algum pedaço de terra que parente distante algum tinha coragem de reivindicar.
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Para a morena dos cabelos longos e lisos, os homens eram artefatos, utilizados para sanar suas necessidades e atender seus desejos, esse comentário cutucou Yelena, que quando escutara, associou automaticamente um golpe amoroso contra seu precioso bárbaro. Ela não poderia permitir.
— Ainda estamos falando de venenos?
— Teme algo, Yelena? — Belle percebeu a ferida aberta na sentinela, usaria quando fosse oportuno.
Não era o momento.
— Não sei o que está dizendo. — Yelena ainda sem criar contato visual, manteve sua atenção para a batalha que explodiria em breve.
— E eu sei o que você está insinuando.
Belle dera dois tapas fracos nas costas da sentinela loira que encarou com ódio, a mulher dos venenos então preferiu ir para o outro lado da praça para poder observar tudo que se passava. Kassandra estava la. E as duas eram arqui-inimigas. Mas Belle engoliria isso hoje, apenas para se afastar o suficiente de Yelena.
No centro de tudo havia apenas o rei goblin, Ayel ainda escutava o final da explicação que a bruxa havia separado para ele, principalmente assim que ele sugeriu que distração seria a melhor forma de abater um monstro com um cetro desses.
— Um arcano não consegue conjurar mais de um efeito por vez, se a atenção dele estiver para uma magia e ele precisar fazer outra rapidamente, talvez não consiga reagir a tempo de se defender… Acho que daria certo!
Amelie sorria, olhou para os lados enquanto terminava de falar e observou todos se retirarem. Seus companheiros de Nox Arcana principalmente, mas ela ficaria. Agora que superou o medo da guerra, ficaria.
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O rei, ficando ereto na frente de todos, olhara para trás gritando aos seus companheiros enquanto apontava sua espada para o último adversário em pé.
— Esquadrão do centro da praça! Avancem! Distraiam e ocupem a atenção do rei inimigo! Claude e o esquadrão da direita já acabaram com os reforços dele, precisamos ir com tudo!
As palavras do rei bárbaro pulsaram como magia, incendiando os corações de todos ao seu redor.
Dalila, Mariane, Victoria, Aaron e Amelie foram completamente compelidos por um ódio que era surreal.
Uma intensidade tão absurda, uma sensação tão voraz.
Seus corpos esquentavam como se fosse ferver.
Frenesi.
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