A água da banheira oscilava, acompanhando o movimento dos dedos enrugados de Guinevere. A luz solar atravessava a vasta janela do banheiro e incidia sobre os ladrilhos brancos do chão, criando uma bela iluminação natural. A banheira era ornamentada com ouro e detalhes caprichados de marcenaria feitos à mão. O ouro estava mais reluzente do que nunca, pois havia sido limpo há pouco tempo pela faxineira da casa. Mesmo naquele ambiente relaxante e acolhedor, que muitos matariam para ter, sua expressão cabisbaixa revelava um claro descontentamento. Parecia mais um corpo boiando na sarjeta do que alguém desfrutando de um banho refrescante em uma manhã de feriado.

    A garota levantou-se preguiçosamente, pegou sua toalha e começou a se enxugar. Contudo, seu corpo ainda permanecia visivelmente úmido. Olhou-se no espelho, tentando evitar contato visual consigo mesma. Por um momento, pensou em ajeitar o cabelo ainda molhado, mas hesitou e o deixou bagunçado como estava. Saiu do banheiro com a toalha quase caindo do corpo. Fechou a porta do quarto com um baque displicente e jogou a toalha em cima da cama. Trocou-se desajeitadamente ali mesmo, com as cortinas do quarto abertas. Apenas não escolheu qualquer roupa porque sua empregada já havia preparado as vestimentas no cabide ao lado.

    Tudo parecia pronto. Saiu para o corredor, deixando a toalha onde estava e as roupas sujas no chão do banheiro. “Coisas tão triviais não merecem minha atenção”. A empregada notou sua desorganização e as vestimentas fora do lugar. Seu colete marrom, de tecido fino, estava desabotoado; a camiseta social branca mal ajustada, e os sapatos… ela sequer havia amarrado os cadarços.

    — Senhorita Guinevere… — Ela quase gritou, mas se conteve. — Não deixem que a vejam assim. Permita-me ajeitá-la. Isso não só a afeta, mas a mim também. Além disso, imagine se houvesse convidados na casa. Pronto, agora está linda e arrumada — sussurrou, apertando-lhe a bochecha.

    — Toda essa pompa é realmente necessária? — disse preguiçosamente.

    — Mas que tipo de questionamento é esse? É claro que sim. Seu comportamento anda estranho ultimamente, jovem senhorita. Compreendo que nunca foi uma adolescente tão animada e extrovertida quanto os outros jovens, isso é verdade. Porém, ultimamente, você anda visivelmente desanimada e melancólica. E está emagrecendo… devo me preocupar? — Era uma pergunta corriqueira, feita por alguém que precisava de permissão para expressar seus sentimentos diante dos membros da família Morvayne.

    — Não será necessário — ela bufou.

    Guinevere encontrou o restante de seus parentes fora de casa. Todos a aguardavam irritados por sua demora, especialmente sua irmã mais velha. Seus rostos estavam franzidos. Todos a fitaram ao sair de casa, enquanto ela se dirigia diretamente à carruagem.

    — É impressionante, Guinevere… apresse-se mais na próxima vez, ou será preciso que eu mesma a acorde e a coloque na banheira? Garota idiota. Pai! Meu vestido já está impregnado de suor — reclamou Gezebel, com exagero. Só haviam esperado por dez minutos.

    — Será que esse estorvo nunca vai aprender? — murmurou Leonard Morvayne, baixo o suficiente para que a garota não escutasse.

    Seu irmão mais velho deu-lhe um peteleco na testa antes de entrarem na carruagem. Sua madrasta apenas deu de ombros, com sua postura demonstrando desdém. “Eu odeio minha família… não, eles não são minha família. Na verdade, não passam nem de porcos”. Ela suspirou, sua cabeça fervia com aqueles comentários maldosos, mas decidiu ignorar e ficou sentada perto da janela, observando a paisagem com mau humor. Ao chegarem à mansão do senhor Gordon, todos desceram para o jardim, onde o evento aconteceria. Mesas estavam dispostas na área gourmet da casa e, no centro, havia um gracioso jardim com uma fonte antiga, mas bem cuidada.

    — Há quanto tempo, Gordon, é um prazer revê-lo — cumprimentou Leonard, apertando as mãos do anfitrião.

    — Leonard Morvayne, há quanto tempo não nos vemos? Uns dois meses? E como estão as crianças e a nova esposa?

    — Tudo conforme os planos… ou quase tudo.

    — Apenas um aviso: não ponham os pés em meu jardim e não toquem em nenhuma planta. Este jardim está aqui há gerações e é a mais bela herança da minha família. Amo-o com todo o meu coração, mais até que alguns filhos, se é que me entende — brincou Gordon, soltando uma risada presunçosa.

    — Ah, entendo, haha. E quanto à exposição do jarro de Uiamn? Deve ser uma peça magnífica para sua coleção.

    — Certamente. No momento, ele está sendo protegido de olhos invejosos. Apenas o exibirei ao meio-dia. Por favor, sintam-se à vontade e divirtam-se. Ou melhor… não tão à vontade, hohoho.

    Em um telhados de uma das casas da região mais rica de Vallendrea, Rerdram e Galand espiavam o evento de longe, ocultos como uma agulha em um palheiro. Seus olhos percorriam rapidamente de pessoa para pessoa, procurando alguém suspeito. Não haviam sido convidados nem contratados para estar ali. A morfose de Rerdram permitia identificar a morte em locais onde poderia haver um assassinato ou uma morte natural, como um infarto. Assim como a ave responsável por lhe conceder essa morfose, o caça-morte.

    — Achou algo suspeito? — perguntou Rerdram, deitado no telhado.

    — Exceto pelo homem de chapéu-coco rosa-choque, não avistei nenhum suspeito — respondeu Galand, observando com uma luneta. — Seria mais útil se tivéssemos algum integrante com habilidades investigativas.

    — Por enquanto, é melhor agirmos apenas quando ocorrer o primeiro assassinato. Caso contrário, seríamos os suspeitos, já que estaríamos invadindo uma festa de grife sem motivo aparente. Além disso, já contrataram alguns guardas, e provavelmente não será necessário intervir. Só estamos aqui por causa da ganância de Helara. Há crimes prestes à ocorrer em vários outros cantos da cidade; poderíamos estar sendo úteis em qualquer outro lugar, em vez de esperar um possível assassinato na casa de um nobre para ganhar migalhas de atenção de algum rico mesquinho, sendo os “heróis do dia”. Aposto que um desses velhos esnobes vai ter um infarto e ficaremos aqui à toa — Rerdram deitou-se no telhado, deixando de lado a investigação.

    — Tudo bem… vamos esperar, então — assentiu Galand.

    O sol rebatia nos cristais de decoração que pendiam como constelações no teto abobadado, projetando uma luz dourada sobre a área da mansão. Garçons carregavam bandejas de prata pelo ambiente, com taças de vinho rubro e delicadas iguarias que mais pareciam obras de arte do que comida. Um músico tocava o piano do Sr. Gordon (que nunca havia sido usado por ele), encantando os convidados e confortando o ambiente. Guinevere era apaixonada por música, especialmente piano e violino, mas sentia que, naquela noite, cada nota era como um grilhão. Sentada à mesa, ela mal tocava nos quitutes servidos pelos garçons.

    — Gezebel, ajuste o vestido — sussurrou a madrasta.

    — Já está tudo dentro dos conformes, mamãe

    — Perdoe-me, querida. Força do hábito.

    Guinevere resolveu pegar um petisco com a ponta dos dedos e levou à boca, ignorando os garfos dispostos na mesa. Seu pai não percebeu, mas Gustav lhe deu um leve sermão, empurrando-a com o cotovelo.

    — Irmã, tenha modos — disse ele, reprovando o comportamento da caçula.

    Os olhos de Guinevere estavam fundos e cheios de cansaço para sua idade. Seus cabelos, penteados com rigidez, deixavam claro o desconforto que ela sentia, mas sequer se importava em disfarçar. Guinevere, aos 16 anos, estava acostumada a ser uma sombra na família Morvayne, uma nota de rodapé no grande tomo de conquistas que seu pai, antes, ostentava com fervor. Ela fazia todas as tarefas corretamente; conseguia boas notas nas avaliações e nos jogos acadêmicos; além de se comportar como uma dama. Contudo, nos últimos anos, parecia ignorar todos esses objetivos. Não fazia questão de dizer o motivo para ninguém, apenas dizia que estava cansada…

    Ela passou toda a manhã sentada naquela mesa, com a mão escorada no queixo. “Por que ninguém quer conversar comigo?”. À tarde, saiu para explorar os cantos da casa à procura de algo para fazer. Próximo à uma janela envidraçada, Guinevere encontrou a única pessoa com quem costumava conversar: Liara, uma colega de escola. Por mais que fosse uma amizade vaga, ela era seu único porto seguro perante aquela vida falsa que ele sentia carregar. Pelo menos era o que acreditava em sua mente juvenil.

    Sentou-se ao seu lado no sofá, mas ela já estava conversando com outra garota. Envergonhada, chamou sua atenção com um simples “olá”. Ela virou, seu rosto parecia demonstrar um pouco de desconforto com a sua presença. O que para Guinevere era um vasto oceano, para Liara, era apenas uma ínfima gota d’água.

    — Oi? — Ela a tratou com descaso, como se só estivesse ali para pedir uma informação.

    — Conhece essa menina? — A moça charmosa ao lado de Liara a questionou como se estivesse aplicando um critério.

    — Não exatamente… é apenas uma colega de escola. Vamos pegar mais bebida. — Elas se levantaram sem manter contato visual com Guinevere.

    Então ela esperou sentada, tão inocente e esperançosa… Vinte minutos se passaram e foi quando a ficha caiu. Estava se contendo para não chorar, porque seu pai o ensinara que era deselegante demonstrar tais sentimentos em um local requintado.

    “De novo essa sensação esmagadora. Parece que cortaram uma parte do meu corpo; me pisotearam como um inseto; como se me tivessem jogado no fundo de um sótão escuro e esquecido. O que ela tem que eu não tenho…? Sou eu essa aberração inútil como tanto me tratam? Preciso ser mais bela, mais inteligente, mais interessante… mas por quê essa necessidade repentina por tanta validação?”

    Guinevere continuava lá, sentada como uma boneca, olhando para todos de forma vazia. O salão continuava o mesmo mar de rostos desconhecidos, nenhum deles procurando por ela. Até que uma senhora de idade, com um sorriso que parecia mais uma máscara de formalidade, aproximou-se. Ela a avaliava de cima a baixo.

    — Olá, mocinha. A qual família pertence?

    Ela se manteve calada.

    — Ah, a irmã do jovem Gustav Morvayne — disse ela, o tom agora tingido de condescendência. Seus dedos enluvados, adornados com anéis pesados que ostentavam pedras preciosas, roçaram a delicada corrente de diamantes que usava. — Veja este colar. Diamantes incrustados em esmeraldas, com detalhes tão minuciosos que somente os mais renomados ourives de Delmir poderiam conceber.

    Ela soltou uma risadinha, observando Guinevere sob uma lente de aumento. Continuou sem responder, apenas mantinha os olhos fixos em um ponto vago além da mulher, como se tentasse escapar daquela conversa.

    — Sabia que fui a anfitriã da maior gala de caridade do ano passado? — prosseguiu ela, claramente buscando admiração. — Arrecadei mais fundos do que qualquer outro evento realizado em Vallendrea. E, claro, minha filha foi eleita a debutante mais charmosa da temporada. Ah, os tempos mudam. Deve ser difícil para jovens como você, não é mesmo? Viver sempre à sombra de irmãos mais velhos e bem-sucedidos.

    Guinevere sentiu um nó se formar em sua garganta. A conversa, antes apenas entediante, agora o feria como agulhas. Sem dizer uma palavra, ela se afastou o mais rápido que pôde, abandonando qualquer pretensão de educação ou boas maneiras. “Parem de me comparar com os outros! Essas pessoas não conseguem falar de outra coisa além de si mesmas?”, pensou.

    Naquela tarde, o foco central da atenção era o novo jarro que adornava a galeria do anfitrião, Sr. Gordon, um homem conhecido por sua coleção de artefatos raros e seu gosto excêntrico. A multidão se aglomerava ao redor da peça como moscas em um pote de mel, os comentários variavam entre uma admiração forçada e uma inveja disfarçada. Leonard, com um sorriso orgulhoso estampado no rosto, ergueu-se diante do anfitrião e da multidão, mostrando seu filho mais velho, Gustav, a seu lado. Entre as cabeças erguidas, Guinevere viu seu pai apresentar Gustav como um troféu que ela jamais seria.

    — Permitam-me apresentar meu herdeiro, Gustav Morvayne — anunciou Leonard, sua voz vibrava com um orgulho quase palpável. — Um jovem de inteligência brilhante. Ele está desenvolvendo uma invenção… como era mesmo o nome, meu filho?

    — Um motor a vapor, pai. Ele dá vida às máquinas. Mas é só um protótipo que estou testando. — Apesar da vergonha aparente, havia presunção em sua voz.

    — E ainda é o líder dos jogos acadêmicos! — acrescentou Leonard.

    — Vice-líder, pai…

    — É quase a mesma coisa! — respondeu Leonard com uma risada jovial.

    Escutava-se risos educados e murmúrios de aprovação vindo da multidão. Gustav, alto, de ombros largos e uma postura confiante, curvou-se levemente com um sorriso polido, aceitando os elogios com graça. Ninguém notou Guinevere, encolhida atrás de uma imponente coluna de mármore, seus punhos estavam cerrados com tanta força que suas unhas quase perfuravam a pele.

    “Eu só queria sumir.”, uma lágrima escorreu de seu rosto.

    Em outras ocasiões, Guinevere foi simplesmente ignorada, como se fosse um fantasma. Os cumprimentos e conversas passavam por ela como uma brisa fria que não a tocava. “Quem sou… eu?”.

    Algo dentro dela a comoveu a fazer o que jamais teria coragem. A dor, a humilhação e a sensação de invisibilidade se fundiram em uma única e avassaladora emoção. Com uma determinação repentina, ela atravessou o salão com uma postura que nunca havia demonstrado antes. As palavras queimavam em seus lábios como brasas, prontas para serem cuspidas. Sem hesitar, ela invadiu a cozinha e agarrou uma faca de trinchar. Com a lâmina em mãos, retornou ao jardim. Estava preparada para o impossível. Naquele momento…

    SUA MENTE SE ROMPEU!!!

    — Atenção, todos! — gritou ela, elevando a voz acima do pedestal de decoração no jardim do Sr. Gordon. — Eu cansei! Cansei de seguir essas regras que não fazem sentido, cansei de não poder expressar o que sinto, de não poder fazer o que quero! A cada instante sou julgada e criticada, mesmo pelas menores coisas. Vocês tratam os problemas dos outros como se fossem insignificantes, como se não tivessem importância. Meus colegas me ignoram e me desprezam simplesmente porque não me encaixo nos seus malditos “padrões de amizade”.

    Os seguranças, antes dispersos pela festa, convergiram para o local da confusão, mas a densa multidão os impedia de alcançar a garota a tempo. O rosto de Leonard se contorceu em uma máscara de raiva e vergonha, mas Guinevere, cega pela fúria, não parou.

    — Gui! O que você está fazendo? — gritou Gustav, sua voz carregava apreensão e um medo crescente. Sua expressão era tensa, e sua postura, fechada, como se ele desejasse escapar dali.

    — Cale a boca! — respondeu Guinevere, o ódio transbordava em sua voz. — Eu odeio você! Vocês me tratam como uma ferramenta quebrada, como algo descartável, sem valor. Vocês não têm a menor ideia de como a rejeição dói!

    Sua respiração estava descompassada, o peito subindo e descendo rapidamente. Gustav desviou o olhar, recuando alguns passos, como se temesse a explosão iminente de sua irmã.

    — Eu não acredito que vocês organizaram uma festa ridícula só para admirar um vaso antigo mais caro que as casas de vocês! Vão se foder! — Guinevere gritou, erguendo o dedo médio para a multidão.

    Sr. Leonard, em vez de confrontar a filha, recuou para as sombras, buscando se esconder da multidão, temendo ser associado àquela cena vergonhosa. Uma reação previsível para um homem tão preocupado com as aparências. Quando os seguranças finalmente conseguiram abrir caminho pela multidão e chegaram até Guinevere, era tarde demais. Em um movimento rápido e desesperado, Gui correu em direção à fonte central do jardim, pisoteando os canteiros de flores cuidadosamente cultivados pelo Sr. Gordon, que observava a cena com horror.

    — Tirem essa delinquente daqui! — berrou Gordon, o rosto vermelho de fúria. — Quem convidou essa aberração para a minha festa? Homens, resolvam isso! Eu pago vocês para trabalhar, não para ficarem aí parados!

    Uma dor de cabeça lancinante atingiu Guinevere, seu corpo inteiro tremia. A adrenalina corria por suas veias, mas ela estava dedicada a dar um fim para tudo aquilo. Rerdram e Galand, posicionados no telhado da mansão para garantir a segurança do evento, voltaram-se para o tumulto, curiosos com a comoção. No mesmo instante, Guinevere retirou a faca de trinchar do bolso de sua calça. Ela ergueu a faca, e antes que qualquer um pudesse reagir, cravou-a em seu próprio peito.

    As pessoas se afastaram com receio, mas não gritaram nem fizeram alarde, pois… “não seria nada elegante”. O corpo de Guinevere tombou para trás, caindo dentro da fonte, tingindo a água cristalina de um vermelho escuro. As convidados se afastaram da fonte, alguns com expressões de nojo, outros com os olhos arregalados de puro terror. Ninguém ousava se aproximar.

    De repente, uma substância escura, quase negra, começou a escorrer de sua boca e ouvidos. Os seguranças pararam abruptamente ao redor da fonte, hesitantes em tocar no corpo. Seus rostos empalideceram diante daquela coisa medonha e identificável.

    — Minha fonte! — exclamou Sr. Gordon, a voz embargada pela indignação. Seus olhos percorreram o jardim devastado, fixando-se nas flores pisoteadas. — Meu belo jardim! Olhem o que ela fez!

    Rerdram e Galand, que observavam a cena de cima do telhado, trocaram olhares sérios. Rerdram, com uma agilidade surpreendente, começou a descer pelas paredes da mansão, escalando com precisão entre as decorações arquitetônicas e saltando entre as sacadas, até atingir o jardim.

    — Afastem-se! — ordenou ele aos seguranças, empurrando-os para o lado.

    — Ei! — Um dos guardas se virou para reclamar com o rapaz, mas conteve-se ao perceber quem era. — Rerdram? do Departamento especial de homicídios… mas o que o senhor está fazendo aqui? — perguntou um dos guardas, confuso.

    — Pergunta para a minha chefe… — Bufou.

    Os olhos espantados de Rerdram fitavam o cadáver, como se buscassem alguma memória do passado. Ele se ajoelhou à beira da água, analisando a substância escura que excretava de Guinevere. Com as mãos nuas, ele tocou a substância, examinando-a de perto. Seu rosto se contraiu em uma expressão de concentração.

    — Pelo visto… — apertou a mão, espremendo a criatura. — Teremos que desvendar um caso.

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