Índice de Capítulo

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    Após escutar o comentário de Kazuki, que comentou com uma voz bem suave e direta, o rosto do estudante corou levemente. 

    Talvez tenha sido pelo fato do homem-fera ter dito próximo a orelha do garoto, então o seu rosto ficou vermelho como um tomate enquanto fixava nervosamente sua visão para a pedra dá vida à sua frente.

    Kazuki sorriu ao notar o nervosismo de Rei. Os sentimentos do garoto eram bem visíveis, ainda mais quando era um péssimo mentiroso ao se tratar de seus sentimentos.

    Por conta disso, Kazuki aproximou-se ainda mais do rosto de Rei, seu corpo encostando com o dele.

    O seu único pensamento nesse instante era: “Você não é o único que pode provocar”. Ele sequer ligou para a pedra da vida que estava nas mãos de Matsuno, seu foco parecia estar em apenas uma coisa.

    Rei.

    Com o rosto poucos centímetros do ouvido do estudante, Kazuki virou sua cabeça para o lado e sussurrou suavemente, com um amplo sorriso malicioso: 

    — Apesar de esta pedra ser bonita, nada se compara com os seus olhos âmbares. Tome responsabilidade pelo que fez comigo.

    As pernas de Rei tremeram, quase ao ponto de cambalear.

    Correção. Ele estava a um passo de desabar horrorosamente no chão, como se não pudesse sustentar o peso do próprio corpo.

    Não conseguia dizer nada em resposta.

    Sua temperatura estava aumentando rapidamente, e seu coração não parava de bater por um segundo.

    “Por que estou agindo assim? Que p****ra!”

    “O que diabos significa tomar responsabilidade?”

    Ele tentou raciocinar, mas não teve tempo, e nem a paciência para isso. 

    Se virasse o rosto, provavelmente veria os olhos azuis de Kazuki fitados em sua direção, como um predador, e se virasse o rosto para o outro lado, veria as costas de Matsuno.

    A única opção disponível era abaixar o olhar, envergonhado com quaisquer pensamentos conflitantes que estava passando em sua cabeça.

    Era uma loucura como poucas palavras poderiam despertar tamanha calamida em seu corpo. Ele não poderia nem mesmo mover-se para o lado, pois estava excitado e Matsuno estava bem a sua frente.

    Não podia explicar o que estava sentindo… Tendo os lábios de Kazuki tocando a sua orelha, simplesmente descendo até o seu pescoço. 

    De repente, o estudante sentiu a língua áspera de Kazuki em seu pescoço. Os resquícios de saliva desceram lentamente de uma maneira obscena por toda a sua pele preciosa, desaparecendo apenas ao contato da camisa logo abaixo.

    Rei sentiu os arrepios por suas costas, espasmos involuntários que seu corpo soltava em reação ao momento.

    Ele conteve os gemidos com dificuldade enquanto tentava desviar sua atenção recorrente com o olhar para baixo, mas seus sentimentos eram verdadeiramente visíveis.

    O rosto de Rei era como um livro aberto, e Kazuki adorava lê-los e apreciar cada letra que passava por suas expressões. 

    Ele não podia acreditar que Kazuki, que sempre agia carinhosamente, estava agindo daquela maneira e tomando a iniciativa.

    Na realidade, esse não era o real problema.

    E sim o fato de estarem fazendo coisas assim agora! 

    A simples hipótese de Matsuno virar-se e ver o que estava acontecendo por de trás dos bastidores, deixava Rei ainda mais aflito.

    O que o estudante não sabia era que os sentimentos internos de Kazuki estavam uma bagunça, enquanto seu rosto permanecia em contato com o pescoço moreno do garoto.

    O homem-fera não sabia ao certo qual era a relação que ele tinha com Rei até aquele momento. 

    Após os dois terem ficado várias vezes e tido inúmeras relações sexuais, no momento seguinte, tudo parecia ser diferente a realidade de poucos minutos anteriores. 

    Afinal, no fim das contas o estudante apenas agia casualmente durante o percurso do dia, como se nada tivesse realmente acontecido, e o contato físico dos dois não parecia afeta-lo de maneira alguma.

    Desde que saíram de Svishtar, Kazuki andou pensamento recorrentemente em seus sentimentos e demorou para organizar sua cabeça com aquele conflito.

    “Estamos namorando ou apenas ficando?”

    Kazuki não sabia a resposta para essa pergunta. 

    Queria uma relação a mais do que apenas ficar ou namorar, talvez seus sentimentos fossem além do que poderia definir com os padrões comuns desse mundo.

    Seu coração acelerava ao ponto de explodir, esse era um sentimento que ele nunca havia experienciado em toda a sua vida.

    Não era como o único amor que teve contato durante seus 24 anos de vida, o amor que recebeu de sua mãe e de seu irmão mais velho.

    O amor que recebia de Rei era caloroso, deixava-o ansioso e às vezes era capaz de machucar de uma maneira que não conseguia descrever em palavras.

    Nesse momento, Matsuno atrapalhou a concentração de Rei e Kazuki.

    O homem pegou a pedra com sua mão, e então posicionou ela próximo de seus olhos com o dedo indicador e dedão.

    — Ela é incrível. É a primeira vez que eu vejo algo que não pode ser melhorado pela imaginação. Nunca pensei que a pedra da vida seria tão diferente de como eu me recordo dos livros — disse ele, olhando diretamente para a pedra, movendo-a para que Kazuki e Rei pudessem vê-la de perto.

    O estudante tossiu levemente e então olhou novamente para a pedra, ele percebeu que ela lembrava os olhos de Kazuki.

    — O que é essa pedra da vida? Ela é tão importante assim para vocês ficarem tão surpresos? 

    — Oh, você não sabe? 

    Matsuno perguntou, em seguida olhou para Rei, mas seu rosto estava nublado de dúvida, o que deixou o cavaleiro negro ainda mais intrigado.

    Por outro lado, assim que virou seu olhar para o lado, o homem-fera apenas franziu a sombrancelha levemente ao cruzar o olhar com os do cavaleiro negro.

    — A pedra da vida é capaz de armazenar uma quantidade imoral de mana. Sabe a barreira que protegia Svishtar? Ela era bem forte, não acha? 

    O garoto apenas balançou a cabeça em resposta.

    — Se essa pedra estivesse fornecendo mana, nenhum mago ou especialista do mundo poderia destruir aquela barreira pela região. Seria tecnicamente impossível, não importa o quanto tentassem.

    Continua…

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