Índice de Capítulo


    ❖ ❖ ❖

    Após dizer isso, Matsuno apenas virou o rosto para o lado, e então sentou-se novamente na grama enquanto olhava para Rei.

    Nesse momento ele se lembrou de seu cavalo que infelizmente havia falecido debaixo daquelas ruínas, mas preferiu esquecer que isso tinha acontecido.

    Ele se virou para o estudante nessa hora e os rapazes começaram a conversar, e depois que passou mais ou menos cinco minutos, eles se levantaram.

    Matsuno esticou-se de um lado para o outro, fazendo alguns pequenos exercícios de alongamento enquanto observava a situação com mais atenção agora. 

    Não demorou para deduzir que pela região em que estavam, eles não pareciam estar muito longe da estrada em que antes estavam. Podia-se dizer que era em uma floresta que ficava aproximadamente a uns 15 a 20 minutos de distância.

    Logo, não demoraria.

    No entanto, algo não tinha mudado? 

    As escadarias abaixo, que estavam a poucos minutos presentes, haviam desaparecido completamente, dando lugar a um terreno de terra e grama.

    Era como se nunca tivesse existido escadarias, como se fosse apenas uma ilusão. Bem, isso era realmente confuso.

    Matsuno apenas um breve momento franziu a testa, e levantou-se de onde estava sentado. Ele ficou em posição de defesa, olhando para os arredores com um olhar afiado. 

    Percebendo isso, Kazuki também se levantou do lugar em que estava sentado, e pegou a espada que estava em sua cintura. Ele a desembainhou, e olhou brevemente para entre as árvores que existiam na região, e ficou olhando em volta por algum tempo.

    — O que tá rolando? 

    Rei parecia confuso, olhando para os cantos. Algo tinha acontecido para que os dois rapazes estivessem entrando em posição defensiva? 

    — Tem alguém aqui. — Matsuno comentou. 

    — Sim. — Kazuki reafirmou. 

    — Eu suponho que não uma, pelo jeito… Deve ser duas. 

    Matsuno afirmou em seguida, mas seu olhar estava direcionado para um canto específico da floresta ao redor. 

    Especificamente para uma árvore velha ao longe, e quando o estudante olhou para aquele local, havia duas silhuetas em meio a escuridão.

    Era o formato de uma mulher e de um homem, usando roupas brancas e uma cruz vermelha como símbolo em suas vestimentas. 

    — Você tinha razão. Maria. — O homem ao seu lado comentou, seu timbre de voz era realmente grosso. 

    — Oh, claro. Eu exerço controle sobre tudo. Havia a possibilidade disso acontecer, mas não esperava que pudessem sobreviver. Especialmente, é claro, aquele ali.

    Maria respondeu ele, com uma voz irritantemente arrogante e grosseira, — parecia um hábito recorrente.

    Ela havia dito isto enquanto olhava para a figura de Matsuno, que a observava na escuridão com tamanho descontentamento. 

    — ……

    — Acho que eles perceberam. 

    — Não é de se surpreender. 

    Após disserem isso um com o outro, as duas figuras saltaram da árvore que estava em cima e aterrissaram a alguns metros de distância de onde Kazuki e Matsuno estavam. 

    — O que vocês querem? 

    Assim que Matsuno direcionou sua atenção para o ponto onde haviam aterrissado, seus olhos se fixaram nas duas figuras à sua frente.

    Sob a luz fraca da noite, e sem as sombras das árvores para impedir a visão, ele pôde observá-los com mais clareza.

    A mulher, que se apresentava como Maria, possuía um rosto angelical, emoldurado por longos cabelos negros que se estendiam até a cintura. 

    Trajava as mesmas vestes que seu companheiro, mas, em vez de uma armadura pesada, vestia um delicado vestido branco. Em sua mão esquerda, segurava um cajado adornado com detalhes refinados.

    O que mais chamava atenção, porém, era sua postura. Estava imóvel, os olhos semiabertos, uma das mãos pousada suavemente sobre o peito. 

    Seu semblante carregava um ar melancólico, quase choroso. Tudo nela parecia estranho, mas ela ainda continuava bonita independente da situação. 

    Por outro lado, ao lado de Maria, estava seu companheiro — um homem de aparência séria e rígida, aparentando entre 30 e 35 anos, com cabelos acinzentados e um rosto sério.

    Diferente dela, que emanava um ar angelical, ele carregava uma presença rígida e intimidadora. Vestia uma armadura pesada e negra protegendo o torso, contrastando com o tecido branco e refinado que compunham o restante de suas vestimentas.

    Em uma das mãos, segurava firmemente uma adaga, enquanto a outra permanecia repousada na cintura, onde uma segunda lâmina estava embainhada. 

    Seu salto preciso e a forma como se aproximou rapidamente deixava claro que não era alguém comum. 

    O domínio sobre seus movimentos e a aura de poder que emanava indicava pelo menos que era um guerreiro altamente experiente e habilidoso, assim como Maria. 

    — Vamos terminar isso rápido, Maria. Se a sua explosão tivesse tido mais impacto, todos eles teriam morrido, não teríamos que nos prestar a isso. 

    O homem disse, apertando a adaga que estava carregando consigo.

    Não havia sequer um barulho no ambiente, nem mesmo um grilo, ou algum inseto para fazer o mínimo de barulho possível.

    Toda a atmosfera era estranha.

    Maria nesse momento após ouvi-lo apertou com força o cajado, e olhou para o mesmo com aqueles olhos envoltos em raiva. 

    — Não me culpe por isso. Você sequer fez algo até agora para poder reclamar, você não tem esse direito! Além do mais, foi uma magia de ranking cinco. Isso é capaz de destruir uma pequena parte da cidade no impacto. 

    Cerin suspirou pesadamente, passando a mão pelo cabelo.

    — Pouco importa. Vamos seguir com o plano e acabar logo com o restante dos soldados sobreviventes assim que o algo for eliminado. 

    Maria sorriu de canto, sua voz carregada de desdém.

    — Naturalmente. Diferente das outras sacerdotisas, eu sei fazer o meu trabalho.

    Enquanto os dois trocavam palavras, Matsuno os observava atentamente, os olhos semicerrados.

    Eles estavam mesmo discutindo na frente deles? Como se já tivessem certeza da vitória?

    Matsuno apertou o cabo de sua espada e avançou um passo, interrompendo-os sem hesitação:

    — Haha, vocês são engraçados… A igreja de Querpyn. — Eles olharam com raiva ao ouvir isso. — Não sei se são apenas arrogantes ou se realmente acreditam que podem nos derrotar, mas… por que não calam a boca e vem pra cima? 

    Matsuno sorriu de canto nesse momento, olhando para o rosto de desdém que os dois faziam. 

    Continua…

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