Capítulo 232 – X
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Aquela figura que deixava até mesmo os demônios de alta hierarquia tremendo como se fossem meras formigas.
— Seus vermes insignificantes.
A voz do rei demônio soou nessa hora, e todos se encolheram, — caso os demônios de menor nível na hierarquia estivessem pela região, somente a pressão emanando do corpo do rei seria capaz de matá-los imediatamente.
— Se acalme, soberano.
Uma súcubo ousou se aproximar, tentando acalmá-lo.
Mas, num instante, ela se despedaçou.
Seu corpo foi reduzido a carne triturada em segundos.
Os demônios superiores se encolheram ainda mais.
Diferente dos demônios abaixo da hierarquia, e que não tinham passado por uma evolução, os demônios superiores possuiam inteligência e um raciocínio melhor que de muitas raças, — apenas não passava da inteligência dos próprios elfos.
O reino demônio estava com uma expressão de desprezo no rosto nesse momento, enquanto se apoiava no suporte das enormes janelas do templo sombrio luxuoso.
— Vocês fracassaram, de novo.
Ele disse nessa hora, olhando para os líderes de cada raça demoníaca em baixo dele, — o lugar apropriado que eles deveriam pertencer, abaixo dele.
O rei demônio não era muito grande, tendo mais ou menos entre 18 a 22 anos pela aparência, deveria ter entre 1.70 metros de altura, com a pele avermelhada e asas pretas enormes atrás de suas costas, que parecia até mesmo ter vida própria.
Seus globos oculares eram inteiramente pretos, enquanto seu cabelo preto estava jogado para trás uniformemente, mas o que dava mais medo nele era a expressão de desprezo e raiva profunda.
Era uma de raiva de alguém que poderia simplesmente explodir, — era uma personalidade muito imprevisível que deixava todos ao seu redor mal conseguir respirar.
— Soberano, aqui está o que você queria.
Nessa hora, um mordomo se aproximou dele, com alguns doces e petiscos em uma bandeja.
— Hum!
Ele virou o rosto para o lado com raiva, mas esticou a mão, fazendo flutuar a bandeja para perto dele. Ao comer o doce, a sua expressão mudou completamente, e quando terminou, ele olhou para o mordomo que estava com uma expressão estóica no rosto.
Enquanto os outros demônios nem sequer tentaram levantar a cabeça para ver ele comendo, — a esse ponto pareciam bonecos de argila, pois pensavam que com um simples movimento daquele supremo, eles poderiam morrer.
— Hum… Hum!
Quando terminou de comer ele voltou a sua expressão raivosa, e chamou pelo nome de seu servo.
— Mordred.
O demonio de quase 2 metros e meio de altura saiu da fileira organizada que estava, e deu um passo à frente.
— So-Soberano!
— Relatório.
O rei demônio disse apoiando o rosto na mão, disse em um instante, com seu enorme anel de safira de dragão à mostra.
— Soberano, o ataque previsto no reino dos Anões seguiu como o planejado. Todos os anões da área leste do subterrâneo foram expurgados de sua presença.
Assim que disse isso, o rei demônio sorriu.
— Oh, excelente. Magnífico. Os ratinhos se foram.
— Não foram todos, meu soberano…
— Embora a maior cidade deles tenha se destruído, eles ainda continuam vivos, a maior parte.
— Eles não são importantes, deixe que corram, talvez consigam encontrar migalhas de queijo.
O reino demônio disse rindo de lado, com um sorriso gratificante no rosto.
— Os goblins? — Ele perguntou em seguida.
— Foram todos exterminados, meu senhor. Arrisco dizer que se sobreviveu algum… estão no subterrâneo.
Todos os demônios na região ficaram surpresos com aquela notícia, e olharam para Mordred.
— Essa informação chegou na hora certa, aqueles globins intoleráveis e repulsivos foram extintos praticamente. Estou tão orgulhoso de você, Mordred, não precisarei olhar para o rosto verde daqueles vermes inferiores.
O rei demonio disse nesse momento colocando a mão em frente ao rosto para esconder a alegria, enquanto seu rosto estava todo vermelho, — ainda mais por saber que quase uma raça inteira havia sido extinta de sua existência miserável.
— Estou honrado, meu soberano! Não teria conseguido se não fosse por você.
— Obviamente, mas você fez por merecer.
Quando acabou o relatório, Mordred voltou para a sua posição atrás dos demônios, e ficou parado naquela área.
— Hum, então o ataque ao reino dos cães imundos não foi como planejado. Isso está correto ou fui mal informado?
Ele indagou nesse momento, esperando a resposta do comandante responsável pela invasão daquele reino específico.
Não demorou para que um enorme demogorge de 2 metros de altura se colocasse na frente e dar um passo, — ele estava mais calmo do que os outros demônios, mas escorria uma gota de suor de seu rosto.
— Sim, meu soberano. As cidades costeiras foram destruídas, o reino dos homem-fera nunca sofreu tanta retaliação, meu mestre.
— Ainda assim, pelo número de tropas e recursos gastos, vocês falharam, estou certo?
Houve um silêncio na hora, e o rei franziu a testa.
— Quanta imprudência.
Nessa hora, o rei demônio ergueu a mão em um instante, e o corpo do demogorge enorme se levantou como se fosse pena, enquanto sua garganta era pressionada.
— Por f-f-favor, meu soberano. Eu segui todas as regras, eu fiz tudo c-c-certo, não me mata!
— Seguir regras não significa nada se o resultado for um fracasso.
Ele disse friamente.
— M-M=Meu soberano, se não fosse pelas súcubos… Se elas tivessem ajudado, até mesmo a capital do reino estaria destruída nesse momento.
— As súcubos?
Após ouvir o demogarga que mal conseguia falar direito sendo enforcado, o rei demônio parou com o movimento da mão e olhou para a súcubos de maior hierarquia que estava presente.
— Não é verdade, meu soberano! Os demogorges pensam que podem mandar na gente como se nós fossemos suas servas.
A súcubos teve que responder naquela hora, pois o olhar persistente do rei demônio a estava incomodando.
— Sempre me impressiona como vocês súcubos podem ser tão poderosas, mas sem entendimento nenhum. Sua inação resultou diretamente no fracasso dessa missão. E graças a vocês, o plano no reino dos cães imundos corre grave perigo.
Após ouvi-lo, a súcubus que era responsável por todas de sua raça, ficou com raiva das palavras que saíram da boca do rei demônio, e acabou deixando o seu pensamento sair:
— Eu não te devo nenhuma explicação.
Nesse momento, o rei demônio fez um gesto com a mão tão forte, que fez a súcubus ser levada a ele em um instante, e então agarrando-a pelo pescoço.
— Sua coisinha arrogante. Você é insana ou incrivelmente estúpida? Seria sábio lembrar que as súcubos não podem se manter se o reino demoníaco cair. Quando chegar o momento, eu não vou levar a culpa pela imprudência de um verme.
Nesse momento, ele quebrou o pescoço da sucubus à sua frente, e olhou para o mordomo ao lado, quase como se estivesse falando com um olhar para ele: ”Substitua-a por alguém competente, não uma idiota qualquer”.
O cadáver da súcubus parecia como de uma boneca, ela estava completamente sem vida.
Todos os demônios estavam apreensivos com tudo que tinha acontecido e não sabiam como proceder.
— Chega disso, estou ficando enojado. Terei que resolver as coisas por mim mesmo.
O reino demônio disse nesse momento, irritado.
Nem mesmo o doce que tinha comido agora pouco poderia acalmar a raiva que estava sentindo, ainda mais pela rebeldia de um demônio tentando se impor as ordens.
— Vamos acabar com isso, de uma vez por todas. Prepare as minhas coisas.
— Sim, meu soberano.
O mordomo disse nesse instante, vendo o rei demônio voltando para o seu quarto, enquanto pisava no chão com raiva e uma expressão incrivelmente irritada no rosto.
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