Índice de Capítulo

                                  


    Deitado no tapete da sala de estar, Rei fica por alguns minutos. 

    Olha fixamente para o teto, e reflete sobre a situação. 

    “Eu tô vivendo no automático… Sem uma meta de vida… Para falar a real, não tive tempo para pensar nisso.” 

    “Aconteceram tantas coisas em menos de um dia, me pergunto se tudo isso é realmente verdade.”

    Pensa após soltar um suspiro desanimado, e pondera sobre o que fazer de agora em diante. 

    (…)

    — Claro que é!  — declara, de modo a tapear suas bochechas levemente com a palma de suas mãos. 

    “Eu quero sentir de novo aquela adrenalina, e sensação de estar vivo… Eu quero entrar nos combates de novo, e quebrar a cara deles…” 

    “… As brigas da escola eram as melhores, as ganks que faziam bullying com os fracos, eu gostava de sentar o soco na cara deles, ver eles sangrando enquanto choravam, isso me motivava.”

    “No começo, lembro que o fazia apenas para ajudar os outros, porém, com o tempo, isso foi se amplificando… E acabou se tornando muito prazeroso, e foi daquele momento em diante que eu parei de me importar com as opiniões.” 

    “Eu ainda lembro da forma que os professores, e o diretor me olhavam com desdém, não faziam absolutamente nada a respeito das injustiças… Mas eram ótimos julgadores, quanta hipocrisia.”

    Declara em pensamento, e dirige seu olhar enfurecido para cima. 

    “Da mesma forma que antes, deve estar lotado de pessoas assim aqui. Indivíduos que eu teria o prazer de esmurrar.

    Deixa uma risada escapar.

    Rei fica animado e agitado, seu desejo havia se intensificado após ouvir o relato de Kazuki. 

    “Não posso ficar aqui parado.” 

    Em seguida, Rei se levanta do tapete e caminha até o corredor, onde encontra uma subalterna da residência bem a sua frente.  

    Ela veste um uniforme de empregada que é todo preto, com alguns bordados de coloração branca que cobrem as pontas, e respladecem o seu design… Um uniforme profissional. 

    Ela está limpando suavemente alguns quadros no corredor, utilizando-se de um espanador de penas em suas mãos, e faz movimentos sistemáticos e suáveis. 

    Rei se aproxima sorrateiramente, e à medida que aproxima-se dela, pergunta ainda de longe onde fica a área de trás da residência. 

    A princípio, ela se assusta um pouco, e estranha suas vestes… Mas logo o conduz até o local desejado, apressadamente, enquanto mostra os corredores e quartos que estão no caminho. 

    (…)

    Assim que chegam no local, a moça introduz a área para o garoto, e logo se despede, realizando um pequeno sinal de cortesia. 

    Percebendo que a mulher já havia saído, Rei abre sua aba de status, e caminha em direção a algumas árvores e pedras nas redondezas. 

    Ele então começa a testar suas habilidades, com o intuito de tentar compreender todas as suas funções, detalhes e limitações. 

                                   


    (…) 

    ꧁ 4 horas depois ꧂

    O garoto cansado e ofegante, por estar treinando suas habilidades por algumas horas, decide voltar para o interior do domicílio. 

    Caminha pelo corredor por alguns minutos, até chegar na sala de estar. A empregada que está no corredor da sala, vendo o estado do garoto, se prontifica imediatamente a caminhar apressadamente, até chegar na cozinha. 

    O garoto cansado, se joga no sofá que está próximo às paredes, e tapete de tecido no chão. 

    Fecha os olhos por alguns segundos, e imerge em seus pensamentos, deitado, com a cabeça um pouco inclinada para cima. 

    Nesse mesmo instante, a criada que estava na porta do corredor aparece novamente, em suas mãos está um copo de vidro transbordando em água, sobre uma pequena bandeja de ferro.

    Ela se aproxima do garoto, e se inclina para frente, oferecendo-lhe o copo. 

    Rei agradece, e logo em seguida, pegando a taça, ingeri o seu conteúdo. 

    Assim que acaba de tomar, de repente, o som de uma porta se abrindo é escutado pelo garoto, de modo que, ele se move para o lado, e percebe a figura de um homem que acaba de sair dela, era Kazuki. 

    Ele acabou de voltar… Provavelmente havia conversado com os aldeões durante algumas horas. 

    O homem tira seus sapatos na entrada e, em seguida, dirige seu olhar para frente, e percebe a presença de Rei, que está sentado no sofá. O garoto está o olhar fixamente. 

    Kazuki, então, caminha em sua direção. 

    (…) 

    — Rei, você quer fazer um tour pela vila? 

    — Estive pensando de tarde… Gostaria de conhecer alguns lugares e ir ao comércio aqui perto? 

    — Bora lá — diz animado, levantando-se do sofá e se aproximando do homem.  

    — Antes disso, poderia colocar essas roupas? — entrega algumas vestes de seda em suas mãos. — Suas roupas são bem diferentes, se você sair desse jeito, só irá receber olhares curiosos, por onde quer que você caminhe. 

    — O-ok. 

    Rei sobe para o quarto hospedado e troca sua roupa aceleradamente. 

    Após vestir o conjunto de vestimenta de seda branca, que faz contraste com a sua cor de pele, desce até o andar inferior, e, com Kazuki, decide sair da casa. 

    Continua…


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