Capítulo 106 - Vamos com calma. X
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Aos olhos do estudante, a expressão do homem-fera parecia ter mudado — não transmitia mais aquela sensação acolhedora e reconfortante que costumava oferecer. Nesse momento, só se podia perceber um vasto azul em seu olhar. Aqueles olhos de oceano. Um azul profundo que não parecia desvanecer.
Cruel e orgulhoso, frio e calmo. Arrogante.
Mas ainda assim… ele não podia evitar de ser gentil.
As mãos de Kazuki o envolveram na cama. Durante esses breves segundos que pareciam eternidades, Rei conseguiu escutar a respiração profunda do homem-fera logo acima dele. A cada instante que passava, aquela respiração se tornava cada vez mais rápida.
Inadvertidamente, a atenção de Rei foi atraída para a bonita boca de Kazuki. A adrenalina começou a acelerar em seu corpo, à medida que aumentava, o estudante percebeu a fragrância de Kazuki que era emitida pela atmosfera no cômodo.
Seus batimentos cardíacos corriam à solta, podendo ser sentidos com o mínimo toque possível, que era feito pelos movimentos apressados de Kazuki.
Embora estivesse agindo de maneira instintiva e imprevisível, o homem-fera estava até certo ponto, consciente de suas ações… Seus pensamentos momentâneos estavam apenas nublados por causa de seus instintivos, que diferentes de antes, agora estavam ativos.
Por um lado, o estudante não esperava a súbita mudança de comportamento de Kazuki, mas não achava ruim. Pelo contrário, estava particularmente adorando aquela visão incrível.
Nesse momento, que estava em cima do garoto, Kazuki inclinou-se para o lado, beijando-o brandamente e chupando o seu lábio inferior da maneira mais violenta e vulgar que pôde.
Era essa a sensação que Rei queria. Ser tocado por cada centímetro do corpo, por ásperas mãos e largos dedos que o tocavam agressivamente, enquanto era beijado sem um descanso.
À medida que os beijos e toques continuavam, as mãos e o corpo de Rei começaram a tremer. Ele não conseguiu esconder as reações que estava sentindo a todo momento.
Em meio aos devaneios de suas emoções corriqueiras, um pensamento de auto-realização escapou de sua mente naquela hora.
“É isto… por fim, depois de tanto tempo, vou fazer isso… estou nervoso.”
A sua mente em fragmentos, tentando respirar entrecortadamente enquanto era beijado.
— Tem ideia do que vou fazer com você?
A voz grossa de Kazuki cortou a atenção de Rei — quase como um fio de lâmina. Ele parou de beijá-lo apenas para olhar para aquela vista incrível.
A dor da mordida de Kazuki no lábio inferior de Rei era tão doce e tão aguda, que fez o garoto fechar os olhos, enquanto sentia a observância incessante de Kazuki.
Os olhos do rapaz chamejavam em luxúria — uma luxúria tão vulgar e obscena que poderia ser considerada maliciosa por quem os visse naquela posição.
Outro beijo foi seguido por esta ação.
Desta vez, os lábios de Kazuki eram exigentes, firmes e rápidos ao se acoplarem aos seus. Em um movimento, o homem-fera rasgou a blusa que o estudante vestia, o beijando ligeiramente da mandíbula, o queixo e as comissuras da boca.
Kazuki jogou no chão os vestígios de tecido do que antes era uma camisa. Afastou-se propositalmente para poder observar aquela cena e apreciar a beleza do estudante.
— Você tem uma pele preciosa. Morena, perfeita. Eu quero beijá-lo centímetro por centímetro.
A voz de Kazuki soou um tanto maliciosa, seu olhar estava fixado para baixo. A essa medida, o estudante não conseguiu conter o êxtase que sentiu ao ouvi-lo — caso tivesse em seus sentidos, ele nunca teria a capacidade de dizer aquelas palavras.
“Farei tudo que você quiser.”
Declarou Rei em pensamentos, pois não conseguia sequer dizer uma única palavra.
O homem-fera levantou as duas mãos e colocou-as na parte de trás do cabelo do garoto, segurando-o firmemente enquanto pressionava a língua aos seus lábios.
A cada beijo que o homem dava, a intensidade aumentava. Desta vez, seu beijo foi violento, sua língua e seus lábios, persuadiram os de Rei, em uma dança movimentada.
Em consequência, Rei gemeu ao sentir a língua indecisa de Kazuki se encontrando com a dele. Abraça-o na medida em que se aproxima cada vez mais de seu corpo, enquanto era apertado com o atrito.
Uma das mãos de Kazuki permaneceu em seu cabelo, e a outra percorreu o pescoço até a cintura e seguiu avançando gradativamente. Seguiu a curva de trás, até chegar no traseiro de Rei.
Ele flexionou sobre a sua bunda e apertou gentilmente, deitando-se em cima do corpo. Apertando-o contra os seus quadris, de maneira que pudesse sentir sua ereção, que era esfregada sobre o corpo de Rei.
Rei voltou a gemer sem separar os lábios de Kazuki de sua boca. Ele não pode esconder ou resistir às desenfreadas sensações, hormônios e feromônios que devastam-no por completo.
A única coisa que podia pensar era em desejar Kazuki com loucura. À medida que sentia os músculos firmes e robustos do homem em cima de seu corpo… Seus bíceps, eram surpreendentemente fortes, musculosos.
Em um gesto confiante, o estudante subiu as mãos para acariciar o rosto e cabelo de Kazuki. Seus cabelos eram tão suaves, rebeldes. Tocou com cuidado, fazendo, por sua vez, Kazuki gemer ao estímulo.
No momento seguinte a isso, Kazuki deixou de beijá-lo e inclinou-se para baixo. A língua do homem-fera percorreu o seu corpo do estudante.
O garoto apoiou as mãos na parte de trás do cabelo do homem-fera, puxando-os com violência ao sentir os movimentos da língua de Kazuki percorrendo o seu corpo.
Enquanto a língua de Kazuki percorria o corpo do estudante, o homem não podia evitar de espiar as reações súbitas de Rei, através de seus ardentes olhos azuis.
Moveu as mãos mãos para baixo, desabotoando as calças do estudante, e abaixando lentamente o seu zíper. Sem desviar os seus olhos dos de Rei, suas mãos se moveram sob o cós de sua calça, movendo o seu traseiro para o lado e retirando as calças.
Rei não percebeu que estava sem a calça. Ele não conseguia desviar o olhar aos pontos azuis de Kazuki bem a sua frente.
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