Capítulo 135 - A porta. X
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Em cima da cintura de Kazuki, o garoto estava olhando-o da maneira mais maliciosa e perversa que poderia, seus olhos estavam em chamas e queimando intensamente.
Por conta disso, Kazuki corou e ficou constrangido com toda a situação que estava tendo de passar nesse momento. Poucos minutos atrás ele estava pensando na guerra do reino, então no segundo seguinte, estava caído no chão.
Bem, não era como se não estivesse gostando. Pelo contrário, ele estava gostando da ousadia de Rei, mas não queria ter de admitir isso diretamente.
Feria sua masculinidade.
Kazuki então tentou se afastar.
Mas foi impedido ao sentir a movimentação dos quadris de Rei sobre ele, o calor do corpo do garoto contra o seu, e aquele olhar dourado perfeito.
O coração do homem-fera começou a acelerar, e foi quando o garoto comentou provocativamente após notar esse fato:
— O que você queria mesmo? Você ainda não disse… posso supor que esteja querendo o meu corpo, certo? Preciso admitir, você é de fato um grande pervertido.
Mesmo que Kazuki estivesse nervoso e envergonhado, o estudante, por outro lado, parecia desfrutar e curtir a forma como tudo se desenrolava.
Assistir de perto as reações desajeitadas de Kazuki somente tornavam ainda mais prazeroso tal ocasião, deixando Rei com vontade de provocá-lo mais e mais.
Vê-lo tão indefeso era tão excitante.
— R-Rei… O q-que você está faze-fazendo? Acabamos de voltar para o refúgio, você não acha que a gente…
Antes que Kazuki pudesse prosseguir com o que estava falando, o garoto moveu sua mão para baixo, e de maneira suave, começou a apalpar o abdômen definido do homem-fera.
Era tão excitante imaginar os músculos firmes existentes debaixo da camiseta de Kazuki, — a mesma camiseta que via todos os dias, ressaltando abaixo dela a melhor visão. Os volumosos mamilos e a musculatura perfeita de Kazuki.
Vestir-se daquele jeito era como uma trapaça. Rei sentia diariamente que era como se Kazuki estivesse dizendo indiretamente: — Rasgue essa camiseta, é um desafio.
Além disso, como ele ficava tão bem em uma roupa simples como aquela? Se estivesse trajando uma roupa imperial, as coisas não seriam ainda mais excitantes?
O toque dos dedos lentos de Rei acariciaram de maneira suave a parte inferior do abdômen de Kazuki, e lentamente começaram a subir.
Os toques que atravessaram a camiseta e chegavam na pele do homem-fera eram violentos e prazerosos.
Kazuki tentou.
Ele tentou resistir e se deter diante daquela sensação, mas foi somente quando virou o olhar para o lado, em direção ao garoto, que percebeu que Rei estava completamente perdido naquele sentimento, como um animal selvagem.
A respiração ofegante de Rei deixou Kazuki desconcertado com o momento. A expressão em seu rosto parecia refletir algo como: “Tenho que admitir… não esperava estar tão interessado nessas coisas. Eu preciso tirar o máximo de proveito disso!”
E Kazuki sabia apenas vendo o seu rosto o que Rei estava pensando, à medida que seu corpo robusto e tão firme que mais parecia uma pedra, era tocado violentamente.
Foi nesse instante que surgiu uma ideia na mente de Rei, e sem perceber, em reação, o rosto do garoto ficou ainda mais vermelho que o normal.
— Parece que você está gostando disso.
Ele comentou vagarosamente, intensificando ainda mais os toques.
Moveu seus dedos lentamente da parte baixa do abdômen, percorrendo por todo o corpo, até chegar ao peito, onde pressionou de maneira suave os bicos dos mamilos rosados.
Ainda que a camiseta estivesse no caminho, era possível para Kazuki sentir a ardência e o êxtase das carícias de Rei.
Em um segundo, os toques dele tornaram-se novamente , mais agressivos, mas com uma certa suavidade impregnada. A dor que Kazuki sentiu nos mamilos era tão doce e aguda, mas acima de tudo, prazerosa.
Ele até tentou fechar os olhos enquanto seus gritos eram contidos. No entanto, que voltou seu olhar para o estudante, notou então que os olhos do garoto pareciam ainda mais intensos, como se algo hipnotizante.
Kazuki acabou involuntariamente soltando um pequeno gemido. Apesar de fraco, ainda foi possível ser escutado por Rei, que não se controlou e intensificou ainda mais a força de suas mãos.
Ao mesmo tempo que sentia sua pele ser pressionada constantemente, o homem-fera moveu sua mão para frente e tentou tapar parte os lábios, como uma reação natural de supressão.
— Já beijaram você alguma vez, que não tenha sido eu? — indagou Rei.
— Claro que… não — respondeu em seguida Kazuki, com certa hesitação, mas com a concentração voltada nos toques do estudante.
— Fala sério, quer dizer que você nunca se apaixonou, ou vice-versa? — Quando disse tal coisa, a intensidade do seu toque aumentou, pressionando mais ainda os mamilos rosados do homem-fera.
A sensação de ardência e dor percorreu todo o seu corpo.
Não conseguindo responder imediatamente, e cedendo para aquela sensação prazerosa de êxtase.
Foi só quando se passou alguns segundos que Kazuki conseguiu responder: — Não… eu… eu nunca me apaixonei, eu acho.
— Você acha? Eu realmente não entendo. Você é muito bonito, e o seu corpo… é realmente incrível… você sabe como você é gostoso? Hehe — declarou no momento em que parou de tocar o corpo de Kazuki.
Ao ouvir Rei elogiá-lo, Kazuki ficou nervoso e mais corado do que antes. O estudante adorou assistir essas expressões, longe do que via no cotidiano: quando os dois estavam próximos, mas não podia dizer coisas como agora.
Toc!
Toc!
Foi nesse momento que alguém bateu na porta, e o som da madeira foi ouvido a poucos centímetros de distância.
O pequeno chamado acabou assustando Kazuki, que dirigiu o olhar em espanto para cima, em direção à porta.
Ele tentou se mover e sair de baixo do estudante.
No entanto, foi impedido.
Sua boca de repente foi tampada pela mão do garoto antes que pudesse responder, e dizer do que se trata para a pessoa do lado de fora.
— Shhh!
— A porta está trancada, e quem quer que seja, é melhor que fique de fora — sussurrou baixinho Rei, olhando em seus olhos e aproximando sua cabeça próxima a dele.
— Além do mais, olha a nossa situação. Você realmente quer que alguém nos veja assim?! Você está mais duro que uma pedra, como vai conseguir disfarçar? — acrescentou.
Em resposta, Kazuki somente concordou, embora estivesse envergonhado.
Ele permaneceu em silêncio.
O garoto então lançou um sorriso perverso em sua direção, e em seguida inclinou o rosto para frente e o beijou subitamente.
Lentamente, seus lábios firmes se acoplam aos do homem. Um sabor doce, parecido com a de um morango, foi transmitido pela saliva do garoto.
Toc! Toc!
Toc! Toc!
Enquanto o som de alguém batendo pela porta continuava e persistia com impaciência, tanto Kazuki e Rei se perderam com a sensação do beijo, que parecia durar por um longo tempo.
— …
Quando a pessoa do lado de fora cansou de bater, e parecia se afastar do local, Rei interrompeu o seu beijo finalmente. Ele dirigiu o olhar para o rosto de Kazuki, e notou uma expressão de puro prazer em seu olhar.
A sua respiração estava acelerada, como se estivesse sem fôlego, com seus olhos incrivelmente azuis olhando para ele de forma penetrante.
Rei, ao perceber a vista deslumbrante, ficou ainda mais excitado e animado.
E, no intuito de provocar ainda mais Kazuki, até chegar ao limite, o estudante colocou o dedo na própria boca, sem tirar seus olhos dos dele.
— Você deveria me beijar com mais força. Não acha?
Como se fosse uma sugestão.
Continua…
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