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    — Você está bem? Isso não parece legal, você se machucou em algum lugar? — Kazuki diz, enquanto examina todo o centímetro do corpo do garoto. 

    — Relaxa, eu estou bem! Não precisa se preocupar — responde, em seguida.

    — Vê? — levanta a parte de baixo da camisa, mostrando que todo o possível hematoma, na realidade, são apenas rasgos causados por galhos ou coisas relativas da floresta. E o sangue seco, pertencente à criatura. 

    Com um sorriso maroto no rosto, aproveita-se da situação e continua a dizer: — Você realmente acha que eu me machucaria facilmente? 

    — Assim… sabe, preciso admitir. Não esperava que estivesse tão preocupado comigo — declara, com o tom de voz suave e provocativo.  

    — (…)

    Confuso com a fala, e o rumo que a conversa parece ir, Kazuki ruboriza, e desvia seu olhar do corpo de Rei. 

    — Gngh… Eu não… não foi isso o que eu quis dizer — explica, envergonhado com a insinuação de duplo sentido. — Eu só estava… preocupado. 

    Kazuki sabe que o garoto só está brincando com ele, mas mesmo assim… aquilo parece ir longe demais. 

    — Pffhahawahahaha. 

    — Sério, cara… Kazuki, você é o melhor. Você tinha que ver sua reação agora pouco — diz entrecortadamente, ao limpar algumas lágrimas que escorrem dos olhos. 

    Rei sempre gostou de pregar peças em situações parecidas, mesmo na época do ensino médio, ele fazia isso com colegas e pessoas de ganks opostas. 

    Saber a reação inesperada dos amigos próximos, ou até mesmo inimigos jurados de seu antigo distrito. 

    — Bem, por que não vamos até onde o pessoal está? Eu consegui encontrar essa comida bem fresquinha. Literalmente. — Rei finaliza a conversa, movendo-se até a fogueira. 

    Mesmo que estivesse envergonhado, Kazuki apenas assente. 

    — C-certo. 

    O homem sabe que Reiji é uma pessoa imprevisível… Ele nunca sabe dizer completamente o que está a acontecer em sua cabeça. 

    (…) 


    Antes de chegarem na fogueira, o garoto vira-se até o homem que o segue, e sussurra em sua direção. 

    — Ei, Kazuki. Você tem alguma ideia de como tirar o sangue do javali, cortar a carne e talzs, esses processos chatos? — indaga, assim que pensa afundo sobre essas questões desinteressantes. 

    Afinal, não é somente cortar a carne e fritá-la. 

    Há processos a serem efetuados, como o escoamento do sangue que precisa ser retirado, a gordura em excesso, esfolamento da pele, retirada dos ossos, remoção dos vasos internos e etc. 

    — Claro! Pode deixar isso comigo, estou acostumado a fazer esse tipo de trabalho. 

    — Certo, fechado! Vou deixar isso com você. 

    — Beleza, combinado — confirma novamente Kazuki, com um pequeno sorriso à vista. 

    O homem retira sua espada da bainha na cintura, e prepara-se para cortar a criatura em cima da pedra, porém é impedido repentinamente por Rei.

    — Opa, opa, opa! calma aí. Aqui. Você não pretendia usar essa espada gigante para cortar, certo? — entrega a faca de ferro em suas mãos, a mesma que cortara o pescoço da criatura. 

    — Ah, sim. Obrigado! Bem… de certo modo, eu acho. 

    “De certo modo? Isso iria virar um massacre…” 

    Pensa, tentando segurar as risadas ao pensar qual seria a possível reação de Mia e Takayo que estão por perto. Sem dúvidas estariam assustados, e tremendo de medo. 

    Com uma de suas mãos ainda na boca, impedindo alguns pequenos risos de escaparem, acrescenta: — Espera, não começa a cortar ainda. Vou criar uma mesa para facilitar. 

    — Você vai usar sua habilidade de criação? Mas e quanto ao efeito colateral? 

    Na época em que esteve hospedado na casa de Kazuki, após contar que era um transmigrante, pouco tempo depois, relatou sobre algumas de suas habilidades. 

    — Bom, pra começar — diz Rei enquanto se vira para o lado e estica o corpo. — Não é um efeito colateral, está mais para um tipo de enxaqueca crônica. Além disso, a única coisa que pode acontecer é eu me sentir sobrecarregado. E, no máximo, posso chegar a desmaiar, mas deixa de medo! Não precisa se preocupar. 

    — Eu sei os meus limites! Tenho minha habilidade de cura qualquer coisa. 

    Observando o seu entusiasmo, e a sua persistência, o homem apenas assente com a cabeça. 

    Mesmo que estivesse preocupado com a possibilidade de efeitos colaterais, discutir sobre isso não o levaria a lugar algum. 

    — Só não se deixe levar, ainda lembra do conto da princesa Molly?

    Molly é a 13° princesa do reino dos humanos, por ser uma mestiça, de uma mãe elfa e pai humano, ela é dotada de grande poder e afinidade mágica. 

    A magia, mesmo que seja considerada exponencial e acessível, é um risco para aqueles que a utilizam de forma leviana, sem um breve conhecimento. 

    Usá-la de forma imprudente pode acarretar sérios riscos e efeitos colaterais, assim como o caso da 13° princesa, que foi afetada e está em estado vegetativo. Como descrito no conto dos 102 arcos celestes. 

    Resolvendo ignorar a ideia de dizer que não é nada, o estudante lança uma indagação em confirmação: — Sim, claro. Como eu poderia esquecer?

    “Bem, que seja.” 

    Criação  

    ❁Bancada de cozinha❁

    ■Item criado com sucesso■

    — Pronto! A bancada tá aí Kazuki, pode começar a cortar a carne agora. 

    — Ok. 

    “Pensando agora, vou ter que criar mais algumas coisas. Bem, já que chegamos a isso, por que não fazer um churrasco…hehe.” 

    — Criação. 

    ❁Criação❁

    ❁Churrasqueira com carvão❁ 

    ■Item criado com sucesso■

    ❁Bancada de cozinha❁ 

    ■Item criado com sucesso■

    ❁Utensílios de cozinha❁ 

    ■Item criado com sucesso■ 

    ❁Sal e alho❁

    ■Item criado com sucesso■

    “Agora sim, mãos a obra.” 

    Após a criação dos itens, Rei posiciona a churrasqueira de modo a deixá-la perto da banca de cozinha, e os ingredientes e utensílios sobre ela. 

    Continua… 


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