Capítulo 101: A verdadeira Faceta do Poder
“ Vou acabar com isso de uma vez por todas, usando todo meu poder.”
Com essas palavras, Oceano esticou seu braço para frente enquanto um mini cubo se gerava ao seu redor, o maior se expandindo por toda aquela sala.
Assim que conseguiu envolver aquele todo espaço, cerrou um dos punhos enquanto trocava olhares com aquela aranha humanoide, que estranhamente mantinha uma expressão calma enquanto era arrastada junto de seu trono na companhia de suas aranhas ao mini cubo.
Algumas partes da sala afetadas por aquele super cubo acabaram ganhando rachaduras enquanto destroços desabavam contra o chão e, no meio disso, as aranhas estavam prestes a serem aniquiladas.
No entanto…
— Essa técnica de novo?
Um sorriso largo se abriu no rosto do humanoide a centímetros de ser esmagado, o que deixou Oceano um pouco desconfortável. Assim que as aranhas tombaram contra o seu mini cubo, inclusive aquele que considerava ser o líder, sangue roxo deslizou pelo mini cubo numa mistura de escombros e vísceras daqueles animais.
E com isso, Oceano mal teve tempo de comemorar sua façanha, viu milhares de rachaduras percorrerem seu mini cubo enquanto arregalava os olhos. Quando tentou mover seus braços numa tentativa de gerar outro cubo, o mini cubo quebrou-se em estilhaços e agora ele estava exposto diante daquele escombro de aranhas, o sangue que habitava na superfície do seu antigo Mini cubo agora derramado sobre sua cabeça.
Antes que desse por si, Oceano sentiu algo e quando virou apenas um pouco, se deparou com o rosto do humanoide expondo seus cinco luminosos olhos dourados, enquanto suas mãos percorriam seus ombros.
Por instinto, saiu dali o mais rápido possível, se reposicionando na parede rente a onde outrora ficara o trono, podendo contemplar melhor o que estava se passando.
Aquele ser estava recomposto ali em meio aos escombros de aranha, como se não tivesse sofrido nenhum dano.
— Então, o que se passa?
Ele cerrou o punho, reativando um mini cubo ao redor enquanto processava o que havia acontecido enquanto as demais aranhas se recompunham, juntando seus membros aos outros, e curiosamente, não havia núcleo de mana dentro deles.
Normalmente, na masmorra, não havia monstros que não tivessem pedras de manas em seus corpos, com exceção dos que estavam mortos, os quais seus cadáveres eram controlados pelos demais monstros através de suas habilidades. Era possível para monstros de auto nível Oceano deduziu se tratar deste caso.
No entanto, para aquele líder se deixar se esmagar e depois se recompor, era muito estranho…
“ Vou tentar uma coisa… ” Envolveu aquela região em seu cubo novamente, mas dessa vez, desfez seu mini cubo, ficando tão indefeso quanto aqueles monstros.
— Ativar habilidade extra. — Assim que proferiu isso, todos os animais ficaram imóveis, não conseguindo se mexer, além de provocar meros sons, inclusive o que considerava o líder, que se contorcia de raiva. — Parece que você é um monstro qualquer também… — Oceano emitiu, avançando num zás ao humanoide, ficando frente a frente.
— O que pensa que está fazendo ser inferior?
— Você não é o verdadeiro Boss. — Assim que o Oceano perfurou o punho no peito, onde supos estar a pedra de mana, não a encontrou.
— Vejo que você descobriu… — Um riso descontraído saiu dos seus lábios enquanto Oceano removia seu braço imbuído em sangue roxo. — Mas o que você vai fazer?
— Aparentemente, quem controla vocês não tem um poder superior ao meu, por isso não tem como forçar a movimentação.
— Isso é verdade? No entanto… — Assim que um sorriso manhoso se abriu naquele humanoide, ele começou a se desfazer em purpurinas, bem como as demais aranhas, o que o deixou espantado ao ponto de se distanciar enquanto deixava as mãos em prontidão para aquela eventualidade.
Todas as purpurinas deixaram aquele espaço e flutuaram, saindo pelo buraco que ele abrira. Oceano estreitou os olhos, cerrando os punhos ligeiramente porque não podia fazer nada. Tinha que esperar a surpresa que o reserva, ou melhor, sabia muito bem no que aquilo iria dar.
Em apenas alguns segundos, Oceano sentiu uma grande presença que o fez se arrepiar, então saiu daquele andar de baixo a voar em seu pequeno mini cubo para, no fim, contemplar aquele mesmo humanoide na entrada para a sala, mas dessa vez … Ele estava mais forte. O verdadeiro Boss que se escondia e havia dispersado seu poder para suas criaturas, agora estava ali num possível nível próximo ao seu.
— Finalmente decidiu aparecer…
— Ah, mas agora que conheço todos os seus poderes e movimentos, a vantagem é toda minha… — Ele deu um sorriso.
— Tem certeza? Habilidade extra!
— Assim que Oceano emitiu isso, viu que o humanoide não esteva se movendo, então com um sorriso começou a se aproximar, agora com o mini cubo desfeito. — No fim, você…
Oceano se viu obrigado a esquivar de um soco que passou próximo a sua bochecha, recuando alguns metros enquanto cerrava os lábios.
— Brincadeira…
— Eh, parece que você está no mesmo nível que eu… — Esticando um dos braços, Oceano conjurou um cubo mágico com as faces o envolvendo enquanto ele se encontrava no centro. — Vou ter que levar a sério, ao que parece.
A aranha humanoide apenas deu um sorriso largo, flexionando seus punhos para uma próxima investida.
Agora, Meredith se via diante de muitos reflexos seus, lhe olhando com olhos carmesim de raiva, como se ela tivesse feito algo a si. Cerrando o punho na alça da espada, desferiu seu golpe turbilhão de cortes que entrou em frota de colisão com os milhares de lasers. Aproveitou aquele momento em que alguns espelhos se despedaçaram e saltou para cima, tendo uma visão privilegiada.
Lá, nenhum dos espelhos estava mirando seus olhos para ela. Então, naquele pequeno instante, elaborou um ataque de turbilhão de cortes, devastando os espelhos que caíram como fragmentos e pequenos cacos. Assim que pousou, amparada por suas sandálias pesadas, saltou novamente enquanto os espelhos continuavam lançando seus lasers.
Assim, havia descoberto uma maneira de eliminá-los sem sofrer dano, só que nada disso adiantava se ela não encontrasse o verdadeiro espelho. Sabia que havia um que trazia de volta os demais e ele se localizava no canto da parede, ao menos pensou. Quando eliminou os espelhos do canto da parede, não obteve sucesso em fazer com que aqueles espelhos não retornassem de volta.
Com os músculos enrijecidos, guardando a espada na bainha fixada à cintura, cerrou os dentes e unificou as mãos.
— Vocês me obrigaram… — Assim que deu um sorriso, fez com que sua aura se expandisse por todo aquele lugar, fazendo com que todos os espelhos que estavam dentro do seu domínio tornassem-se frágeis como papéis. Cada um desmoronou contra o chão como uma página de papel sendo fechada.
— Agora quero ver o que vai fazer? — Meredith observava àqueles todos os espelhos contra o chão, alguns voltados para cima, mas certificou-se de se manter bem longe deles.
E então, para resposta da Meredith, uma silhueta prateada que produzia perfeitamente o formato do seu corpo, que carregava uma espada prateada, saiu do interior de um dos espelhos e bateu de frente com a ruiva.
— Ainda bem que apareceu… Vamos acabar logo com isso! — Após remover da bainha, Meredith posicionou a espada rente ao pescoço, mas arregalou os olhos quando ouviu sua voz vinda daquela criatura.
— Ainda bem que apareceu… Vamos acabar logo com isso! — Colocou a espada prateada rente ao pescoço.
— Mas que chatice… Vai mesmo me imitar?
— Mas que chatice… Vai mesmo me imitar?
— Tse! — Meredith estalou a língua, ouvindo o mesmo som vindo daquela criatura. Então, sem dizer nada, partiu em direção àquela criatura no mesmo tempo em que ela também vinha contra si com a espada na mesma posição.
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