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    Enquanto atravessava aquela profundidade com o vento uivando em seus ouvidos e do que estava no seu ombro, Zestas contemplou um vasto espaço de casas pedregosas aliado a pessoas de conduta duvidosa enquanto continuava descendo. No entanto, um livro que vinha voando de lá de baixo lhe deu impulso para que pudesse pular para a superfície pedregosa, que se estendia ao horizonte.

    — Boa! — disse enquanto pousava ao mesmo tempo, em que o livro retornava para baixo. Assim, depois que deixou o Rein no chão, seus olhos foram atraídos para aquelas pessoas que se aproximavam com suas armas brancas.

    — Ah! Que saco! Vocês sabiam que eu sou um aventureiro rank S?!

    Zestas cerrou o punho, fazendo sentir sua grande aura para aqueles homens, que começaram a recuar enquanto apresentavam semblantes temerosos, murmurando entre eles.

    — Ah! Droga, aquela opção acabou!

    — Mas que droga está acontecendo?!

    Por que um aventureiro rank S está aqui? Pensei que isso fosse impenetrável!

    — Alguém chama o rei!

    Entre essas vozes, uma imponente e fria como o gelo se levantou.

    — E daí que você é um aventureiro rank S?

    Os olhos de Zestas encontraram três gêmeos que surgiram de uma casa de terra, os quais carregavam instrumentos em mãos.

    — Por acaso, minha visão está dobrando? Estou vendo três pessoas iguais…

    — Não, senhor Zestas. São gêmeos.

    — Eu sei! Hahahahah! — Ele falou enquanto ingeria mais do seu álcool e depois apontou o dedo para eles. — Vocês… Será que esgotou o stock de rostos diferentes na barriga da mamãe?

    Quando ouviram isso, os gêmeos reuniram seus traços em uma expressão de irritação.

    — Todos concordaram que ele deve morrer agora mesmo, não é?

    Mu e Zi balançaram a cabeça perante as palavras de Cal. E então, passando os dedos nos seus instrumentos, se preparam para elaborar uma música adequada ao seu inimigo.

    — Ehe-heh… Está vendo, Rein? — Assim que Zestas se virou enquanto arrotava, Rein deu um sorriso torto. Para ele, Sr. Zestas estava exagerando demais para quem estava em território inimigo. — É assim que se recebe uma visita, com um concerto! Vocês aí, vocês sabem das coisas! Música e bebida combinam que é uma beleza!

    Atendendo ao desejo daquele homem, Mu, Zi e Cal tocaram seus instrumentos ao mesmo tempo, formando um som exclusivo para ele, que adentrou os seus ouvidos, fazendo com que Zestas colocasse os pés para trabalhar, para o espanto daqueles três gêmeos. Ele estava dançando quando a melodia que deveria soar na sua cabeça era: se elimine. Mas não, não estava acontecendo.

    — Caramba, que música é essa tocando na minha cabeça… Foi tão fraca, mas estou dançando para vocês não ficarem constrangidos. Se puderem tocar algo pesado, seria bom!

    Aos ouvidos dos gêmeos, aquilo era uma profunda zombaria vinda de uma boca imunda. Aquele homem… Desde que eles se conheciam por gente, ninguém havia escapado ao domínio do som assim que ouvissem sua música, nem mesmo alguém de rank S.

    — Esse cara… — murmurou Zi.

    — Será possível isso… — acrescentou Cal, incrédulo, enquanto observava ao lado dos seus irmãos aquele homem dançante.

    — Essa é a primeira anomalia… Será que ele tem cérebro? Louco desse jeito…

    Ao passo que aquele acontecimento havia abalado sua autoridade perante os bandidos, que começaram a exigir que os gêmeos derrotassem aquele homem que zombava deles com aquela dança ridícula.

    — Ei, gêmeos, vai me dizer que vocês finalmente tem uma fraqueza?

    Apareceu dentre os bandidos, Gar, que expressava malícia enquanto se dirigia a eles.

    — Fraqueza, você diz… — Aquela fala de Zi trouxe lembranças a sua mente do momento em que ele havia sido abalado por um simples arroto, trazendo ao seu semblante uma sensação de enjôo, que fora compartilhada por seus irmãos.

    — Não podemos permitir isso. Nossos poderes não podem ser subjugados assim! — Mu do piano gritou, trazendo os seus irmãos a realidade.

    — Isso mesmo — concordou Cal. — Nossos poderes são a razão do nosso orgulho!

    — Isso, não é algo que possa ser subjugado por um simples aventureiro rank S! Mostremos a eles, o quão somos fortes! Juntos!

    Quando tocaram seus instrumentos, a terra ruiu em um estrondo e uma montanha de Golems começou a surgir a partir de várias casas, que se desfaziam para o infortúnio dos bandidos que tiveram que pular para se proteger, já outros interromper o seu sono para dar lugar a monstros que rugiam, trazendo vento aos seus adversários, que estavam completamente encurralados.


    — Você vai pagar bem caro! — Assim que o livro retornou, enquanto tinha 364 páginas concentradas no vento, ele mandou para o pé da Meredith que era a única que permanecia consciente ali com exceção dele e do seu inimigo. — Já sabe o que fazer…

    — Ei, ei, o que vem a ser isso? Você não pode invadir o meu mundo e sair se fazendo de chefão. Eu tive que percorrer todas provas, sabe? Você também deveria fazer o mesmo, sabe? Deu um grande trabalho fazer isso tudo! Duas semanas não é brincadeira!

    — Era para te capturar vivo, mas parece que você não é do tipo que dá para ser capturado vivo.

    Depois que disse isso, ele lançou seus raios enquanto os papéis se desfaziam em purpurinas após o lançamento. Com um zás, rei dos Bandidos se esquivou de todas.

    Enquanto isso, Meredith carregava o Oceano para cima daquele grande livro, que extraia mais papéis no próximo, que voavam em direção ao Luvru.

    — Tá brincando comigo, não é? Já decidi. Vou te exterminar aqui e agora, e te mostrar que quem chega na última fase de hack não tem como vencer o chefão!

    Com um zás, rei dos bandidos estava contra a cara daquele homem, sua máscara agora sem o losango, apenas apresentando a serpente no olho direito.

    Um dos papéis acabou lançando um clarão, que cegou os olhos do rei dos bandidos, permitindo que Luvru lhe desse um soco no estômago, que o arremessou contra o seu trono, o qual sentou a força enquanto rachaduras desfaziam aquela cadeira reservada aos monarcas.

    O rei dos bandidos bateu palmas enquanto se levantava. Ao passo que depois que livro chegou perto do Zernen e Meredith o puxou para cima dele, agora levantava pouso em direção ao buraco profundo.

    — Boa! Parece que você vai poder me entreter, não é, Luvru Lousangulos Guilaf?

    — Não lhe dei intimidade para proferir meu nome completo.

    — Você… conhece alguém chamado Pousos?

    Quando o rei dos bandidos disse isso, Luvru arregalou os olhos, roubando risadas daquele homem que fazia uma expressão travessa parente o semblante estupefato.


    Assim que o livro percorreu as profundezas, quando chegou a uma dada altura onde uma das laterais das paredes continha um buraco, Meredith, na posse de sua espada, deu um salto contra aquela entrada enquanto o livro rumava. Aquela sensação… ela não havia esquecido. Seus instintos lhe diziam que aquele mulher estava algurares dentro daquela passagem.

    Não demorou para que os seus olhos fossem tomados por brilho ao vislumbrar seus companheiros bem ali, só que, o brilho desabou quando viu o pavor tomar conta de suas caras enquanto olhavam para frente.

    — Pessoal…

    Seus passos não demoraram a chamar a atenção deles, uma brilho instantâneo tomando conta de seus olhos perante a presença da ruiva. Assim que Meredith chegou ali, antes de os envolver em um abraço, viu a professora apertando pescoço aquele homem.

    — O que você pensa que está fazendo?!

    — Você aqui? Parece que ele perdeu o controle disso… — disse Belia enquanto o homem se contorcia, espumas saindo de sua boca. — Bem, então… Agora… — Ela deixou o pescoço do homem para alegria deles, colocando a mão sobre seu peito. — O que vão fazer? Essa pessoa é bastante importante para vocês, não é mesmo? Vão mesmo matá-la?

    Dizendo essas palavras com um sorriso malicioso, Belia havia jogado a faca e o queijo na mão daquele grupo.

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