Capítulo 49: Por isso, Johann Geistmann se prepara. (3/3)
17h53
Neste exato momento Miyu já deve ter acendido o rolo de papel que eu inseri no veículo. Em uma contagem regressiva, Ailiss provavelmente está apenas esperando o tempo certo para que a investida seja mais impactante.
Após algum tempo escuto o ronco do motor se aproximando.
Lá vem ela… O ônibus está vindo com uma taxa de velocidade cada vez maior, e está em rota de colisão com a entrada do bloco principal.
Esta garota não tem juízo?! Ela esperou demais! O ônibus já está quase em chamas! O tanque pode explodir a qualquer momento.
Então a colisão acontece, o ônibus flamejante rasga a entrada quebrando o portão de vidro e adentra o saguão. Com isso, cacos de vidros voam por todos os lados e então escuto o barulho do impacto do ônibus seguido do berro de estudantes que ocupavam o local.
Este estrago foi grande, mas agora estamos em posição de contra-atacar Mikoto.
Numa fração de segundos, Ailiss sai correndo de dentro do bloco e se atira em nossa direção. Tudo parece ocorrer em câmera lenta. Enquanto ela ainda não toca o chão, um forte estrondo propaga-se pelo ar.
O que havia sobrado de vidro intacto após a primeira colisão, despedaça-se com a explosão do ônibus.
Caio para trás. Não pela explosão, pois era apenas um ônibus e não uma bomba atômica, mas por causa de Ailiss. Tento a segurar para aliviar o impacto dela, e no fim sou eu que acabo esfolando-me no chão.
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— Por que entrou na minha frente? — diz Ailiss ainda caída sobre mim.
— Eu só quis ajud — tento respondê-la, mas a própria me corta.
— Não importa. Vamos, não temos tempo a perder — fala enquanto levanta-se.
Mas foi você que perguntou em primeiro lugar!
Segundo o Manabu, este não era o momento em que ela deveria ficar envergonhada e agradecida? Bem a culpa é minha por apaixonar-me por uma garota que possui um buraco negro no lugar do coração, como ela.
Ailiss é a primeira de nós cinco a entrar no saguão. Manabu, Shou entreolham-se e vão logo atrás dela. Volto-me a Keiko e vejo que ela também já está preparada para usar a arma de Ailiss, e assim também os seguimos.
Ao entrar no ambiente logo reparo nos destroços do impacto e da explosão. Algumas partes da lataria do ônibus e pneus estão dispersos pelo chão. Além disso e dos cacos de vidro que cobrem totalmente a entrada do bloco, percebo que as chamas já estão começando a se espalhar pelo recinto.
— Alguém me ajude — diz um rapaz ferido e agonizando no chão.
Desculpe-me, não estou em posição de ajudá-lo.
Reparo um pouco mais e vejo que o impacto foi o suficiente para apagar uma quantidade significativa de guardas que ocupavam o térreo, há bastante deles feridos e até mesmo mortos.
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No ponto em que chegamos, infelizmente não temos escolhas se não considerar sacrificar alguns colegas para o nosso objetivo.
Devido ao incêndio causado, Mikoto precisa sair logo deste prédio. E como todas as escadarias, inclusive as de incêndio, convergem para este saguão, o nosso confronto torna-se inevitável.
— Eles estão vindo, pessoal! — alerta Shou.
— Não abaixem a guarda — fala Ailiss.
Uma manada de estudantes desce em disparada pelas escadarias. Posicionamo-nos em guarda para enfrentá-los, pois não sabemos exatamente quem está apenas fugindo do conflito e quem são nossos adversários.
— Fogo! Corram! — grita uma estudante.
— Vamos! Saiam da frente! — berra outra passando reto por nós.
Felizmente, a maioria deles parece estar apenas correndo do local. Já a outra parte estaciona-se à nossa frente, os quais provavelmente são apoiadores da Mikoto.
Está na hora de enfrentá-los.
— Mistkerl, dê-me cobertura — diz Ailiss.
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— Ah, ok — respondo.
Em virtude da sua superioridade em relação a mim no quesito batalhas, não sei bem no que posso ajudá-la. De mãos nuas não acredito que consiga abater tão rapidamente qualquer um deles, talvez o jeito seja atrasar um ou outro.
Ao mesmo tempo em que nós quatro brigamos na linha de frente, Keiko mantém-se focada nas escadarias. Mikoto terá que descer mais cedo ou mais tarde, logo é importante que ela fique pronta para disparar, ainda mais por não ter experiência com armas.
Ailiss avança bruscamente contra os rapazes diante de nós e como de costume começa a sua sessão de nocautes. Assim ela prossegue, avançando rapidamente e os golpeando em regiões críticas como a cabeça e estômago, numa taxa de aproximadamente um nocaute a cada três segundos. Até que percebo que um deles pretende atacá-la pelas costas.
Acho que agora é minha hora de agir.
Corro em direção a ele, e interrompo a sua investida o segurando pelos braços. Logo em seguida, Ailiss vira-se para nocauteá-lo com um forte soco no rosto.
Aparentemente encontrei uma forma de contribuir nesta luta. É assim que vou proceder, como não sei lutar adequadamente, vou apenas segurando um a um que aparece e Ailiss o finalizará.
Sim, definitivamente este meio parece ser o modo mais eficiente para alguém como eu lutar.
— Vai Manabu! Eu o agarro e você mete a porrada! — grita Shou.
Olho para o lado e vejo Manabu e Shou tentando lutar também. Manabu normalmente tomaria uma surra tendo em vista seu físico que consegue ser pior que o meu. Mas como eles estão em uma estratégia de dois contra um, estão progredindo.
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— Pode deixar! — faz uma pose especial — SOCO DILACERADOR DE ALMAS!
Apesar de isso estar bem ridículo. Shou agarra algum adversário e Manabu aproveita para brincar que possui algum poder sobrenatural. Mas enfim, o importante é que isto está de certa forma funcionando. No fim, em alguma coisa podemos auxiliar Ailiss.
— Shoucchi, este é seu! — Manabu pula e agarra pelo tórax outro rapaz de maneira que Shou possa socá-lo livremente.
Nós três somos realmente patéticos. Não temos a menor honra em um combate. Para falar a verdade, acho que meu caso consegue ser ainda pior, pois estou deixando todo o trabalho para uma garota.
— Não se mexa ou eu atiro! — grita Keiko.
O grito de Keiko volta a minha atenção para ela. Olho para as escadarias e lá está o nosso alvo, a presidente do conselho estudantil aparece com uma metralhadora em mãos.
Keiko está com Mikoto na mira, no entanto, pelo suave sorriso em seu rosto, posso perceber que isto não a está intimidando.
— Poupe-me desta piada, Kobayashi-san. Abaixa logo essa arma e me deixa terminar o trabalho que estes inúteis não foram capazes de concretizar — responde enquanto desce lentamente as escadarias e levanta a sua metralhadora.
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