09 O Ultimo Caçador de Dragões
Autor: Kraught
No ano de 400 depois dos soberanos, a humanidade que havia sido praticamente dizimada devido aos dragões, agora vive em reinos.
O Reino Kell com a maior quantidade de habitantes, O Reino Farulth que possui o maior exército, O Reino Rubro com seus mercadores e o Reino Golias, que é o museu da humanidade, lá diz toda a história desde o ano 0 até a atualidade.
O motivo para a humanidade ter sobrevivido foi pela aparição de seres ainda mais fortes e mortais que os dragões, esses seres fizeram um acordo com os humanos e algumas outras raças. Eles iriam caçar os dragões e em troca as raças iriam criar uma cidade para eles viverem em paz.
E após isso a paz reinou, foram séculos de guerras entre as duas raças soberanas, no fim os seres que ficaram conhecidos como Caçadores de Dragões devido a suas habilidades únicas acabaram exterminando os dragões… ou foi o que pensaram.
Fazia séculos que não eram vistos, no início pensaram que era somente boatos correndo entre os aldeões, os cavaleiros do Reino de Kell se mobilizaram com a notícia que abalou todo o mundo, Os Dragões Ressurgiram.
Nenhum cidadão queria acreditar naquela visão, há séculos os dragões haviam sido extintos, caçados e mortos pelos caçadores.
Todos olhavam pasmos para aquele ser gigante que havia pousado na zona central do reino, suas escamas brancas refletiam a luz do sol, os olhos azuis ameaçadores deixaram todos paralisados, antes que pudessem correr o dragão abriu sua boca e a última coisa que as pessoas viram foram um clarão.
Os sobreviventes se esconderam em casas de pedra esperando as chamas que cobriam tudo se extinguir. Minutos viraram horas e as horas se transformaram em dias, os poucos que estavam escondidos jogaram uma criança na rua, que pela aparência pálida e olhar cansado presumia-se que estava doente.
O garoto começou a andar em meio às cinzas de sua cidade, ficava esfregando os braços para manter-se aquecido, sem as casas, sem festas ou pessoas, o frio da noite penetrava sua pele, seus pés descalços machucavam enquanto andava por aquele chão cheio de destroços.
As cinzas que batiam em seus olhos queimavam tanto que o faziam lacrimejar, sabendo que não poderia voltar para onde estava, ele continuou andando em meio ao frio. Algumas placas haviam conseguido escapar das chamas, ao vê-las, memórias de quando tudo era alegre e feliz surgiam e preenchiam a mente do pequeno caminhante, de quando a família ainda era viva e não o torrão queimado como todo o resto.
Foi por estar perdido nessas lembranças que o garoto não notou aquela coisa gigante voando e vindo em sua direção.
Roaaar!!!
Somente quando ouviu seu rugido voltou à realidade, o garoto correu para tentar escapar daquela criatura gigante, passava pelos destroços das casas e tendas, pensando que assim talvez o dragão o perdesse de vista.
O garoto viu um prédio que parecia não estar destruído, o dragão voava cada vez mais baixo tentando se aproximar o máximo possível. Quando olhou para trás o garoto viu que a boca daquela besta já estava próxima o bastante para devorá-lo, ele então se jogou para dentro do prédio no momento em que o dragão o tentou morder.
Booooom!
Ele abriu os olhos, não conseguia enxergar direito devido a poeira que o cobria e ao lugar, com o impacto o prédio acabou sendo destruído e os destroços deixaram o garoto preso. Quando sua visão melhorou, ele sentiu um incômodo, parecia que estava sendo observado.
O dragão não tirava os olhos do jovem em meio aos destroços, que por sua vez ficou preocupado com o motivo daquele sentimento amargo que sentia. Depois de um tempo ele cansou de ficar vendo aquele ser insignificante procurando uma saída.
Não entendia o motivo daquela criança lutar tanto para sobreviver contra um ser que conseguia matar verdadeiros deuses.
Embaixo de uma das pedras, o garoto achou um alçapão, pelo que aparentava ser bem antigo, havia diversos avisos gravados em uma língua antiga. O dragão quando leu aquelas inscrições se agitou.
O garoto finalmente notou o dragão em cima, seus olhos se arregalaram, uma onda de medo e adrenalina fizeram o menino ficar agitado, ele tentou abrir, mas a porta não se mexia.
— Garoto, liberte-me. — A voz rouca ecoou por todo o local.
O jovem assustado soltou a alça do alçapão escorregando, ele se levantou e andou para trás, novamente a voz falou dessa vez mais alto, o bastante para fazer todo o prédio tremer.
Olhando para o alçapão e depois para o dragão que estava voando em volta, sabendo que se não soltasse o que havia ali iria morrer queimado ou mastigado, independente das opções
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