30 - Novo Mundo
Autor: Sant
Uma escuridão tão estranha mas muito calorosa ao mesmo tempo, me cobria como um abraço caloroso, de repente uma luz forte surge.
— Vejo a luz. — Eu falei ou pelo menos foi isso que eu tentei dizer.
A luz que antes estava forte começou a enfraquecer e tomar formas arredondadas, quando a luz enfraqueceu completamente grandes seios puderam ser vistos juntamente a uma mulher linda de olhos verdes e cabelos ruivos.
— Espera, o que é iss… — Antes mesmo que eu pudesse falar fui impedido pelos grandes seios.
A mulher estava me apertando contra os grandes seios até que pude ouvir uma voz.
— Querida, não faça isso vai sufocá-lo com seus peitos. — Disse um homem de olhos âmbar e cabelo grisalho que estava com um grande sorriso no rosto.
— Ah eu sei amor, mas ele é tão fofo que dá vontade de apertar! — Falou a mulher.
Eu não pude entender o que eles estavam falando, era como uma língua completamente desconhecida.
“Espera! O que é isso? Pensei que estava em meus aposentos, como vim parar aqui? ”
Vários pensamentos invadiram minha cabeça, mas nenhuma delas conseguiu explicar o que estava acontecendo. Enquanto eu estava perdido em meus pensamentos parecia que uma conversa se desenrolava entre aquelas duas pessoas.
— Amor qual será o nome dele? — Falou o homem.
— Hmm, que tal Vlad? — A mulher falou olhando para o homem com um rosto de curiosidade.
— Mas por quê Vlad? Não seria melhor Grimory? Acho muito melhor que Vlad. — Disse o homem.
– Grimory? Você por acaso quer dar o nome de um livro para o nosso filho? Você é retardado amor? Se for depender de você nosso filho será zombado na região inteira! O nome dele será Vlad, Vlad Feeryer! — Disse a mulher bufando pelo nariz.
— N-não querida você entendeu errado, não sou retardado só queria dar um nome mais… Mais… Bem… Vejamos, que soase mais chamativo? — Falou o homem com umas das mão atrás da cabeça e esboçando um sorriso envergonhado.
— Mas é isso que estou tentando dizer! Até uma anta poderia se chamar Grimory! Você quer que seu filho seja comparado a uma anta? Hein? HEIN? — Disse a mulher começando a ficar estressada.
— Não a-amor, desculpe, sou péssimo para dar nomes… Vai ser Vlad mesmo, você está certa…
Eu parei de pensar um pouco e comecei a observar as duas pessoas desconhecidas e que possivelmente poderiam ser um casal.
Em meio aqueles pensamentos que tive antes, pude perceber que talvez eu esteja presenciando a tal famosa reencarnação e que agora mesmo eu virei o filho daquele casal que estava discutindo. Agora sou um simples bebê e não um assassino que sempre era requisitado para os mais diversos trabalhos.
Mas mesmo após pensar tanto, eu ainda não sabia como havia morrido, então acabei deixando de lado. Vou ter muito tempo ainda para descobrir como eu morri, por enquanto talvez eu deva aproveitar esses lindos pe…
…
Um ano se passou e eu pude descobrir mais sobre o mundo em que eu estava, aprendi a ler em cinco meses enquanto isso em dois meses eu já podia falar e entender algumas coisas daquela língua até então desconhecida, não é atoa que eu era um gênio no outro mundo! Mas fiquei um pouco decepcionado ao saber que o mundo em que eu estava não era o mesmo da minha vida passada, bem eu já suspeitava disso pois meus pais não eram nada normais, principalmente minha mãe, mas apesar disso não tenho certeza.
Pelo jeito eu moro em uma casa em uma vila pequena, faz um ano que estou aqui, porém não sei muito sobre esse lugar, me sinto perdido por aqui, preciso de informações e já sei onde arranjar, só quero ver se vou conseguir ler.
Peguei um livro na parte mais baixa do armário com ajuda de uma cadeira e comecei a folhear o livro tentando entender o máximo de informações sobre esse mundo apesar da dificuldade em entender certas palavras.
O mundo em que eu estava era conhecido como Uranth, o livro continha muitas informações sobre o novo mundo inclusive as raças que nele habitavam além das grandes cidades e impérios. As minhas suspeitas de meus pais serem diferentes não eram mais suspeitas e sim verdades eles não eram humanos nenhum dois dois eram, meus pais eram conhecidos como mestiços, mas
incrivelmente eles não se pareciam seres mestiços como mostrados no livro mas sim humanos, bem isso valia para meu pai Callather Feeryer que apesar de ser meio “Elfo” e meio “Humano” se aparentava ser mais humano do que elfo, seus olhos cor âmbar, cabelos grisalhos e uma pele clara juntamente ao seus ouvidos que não eram pontudos como a de um elfo normal, também tendo algumas cicatrizes em seu corpo e rosto que o fazia parecer um guerreiro.
Ja´ minha mãe Eda Freeryer era mestiça de raças poderosas e hostis com humanos, Atheris e Érateros.
Atheris são uma raça humanóide porém tem suas diferenças, como chifres em sua cabeça, pele avermelhada e dentes afiados como a de uma besta, seus chifres podem ter as mais diversas formas e sua pele são como escamas de dragão que pode ter a cor tanto mais clara como escura além de seus olhos serem verdes ou vermelhos, é como se eu estivesse descrevendo um demônio entretanto eles não existem nesse mundo ou ainda não foram descobertos. Os Atheris podem viver até 500 anos ou menos pelo que eu entendi.
Érateros são seres descendentes de seres divinos ou como chamado por outras raças os “celestiais’ sua aparência é incrivelmente bela, eles se parecem com humanos porém as peles deles são mais claras, seu olhos tem pupilas verticais e são das mais diversas cores a mais comum é a cor roxa, seus cabelos também podem ter diversas cores entretanto o cabelo mais comum é o loiro e branco acinzentado. Os Érateros são tecnicamente imortais só irão morrer se for causado um dano grave em seus corpos.
Apesar disso a minha mãe não se parecia com nenhuma das duas raças, seus cabelos longos e ruivos a deixava com uma aparência bela e magnífica, seus olhos verde claro dava um destaque em sua aparência, mas a única coisa que ela herdou de sua raça Érateros foi seus olhos verticais e sua pele clara e talvez sua imortalidade, já de sua raça Atheris foram seus dentes afiados e em uma de suas mãos eram como garras com escamas vermelhas até o seu antebraço.
Enquanto eu lia achei uma página que continha algumas informações históricas, mas não pude entender muitas coisas.
Pelo que li ao longo da história do mundo Uranth muitas guerras foram travadas entre a raça Humana, Atheris, Ninfys, Glacos e Elfos, depois da 5° grande guerra entre as raças o mundo entrou em paz.
O livro era recheado de informações mas havia algumas páginas que eu não conseguia ler pois algumas palavras eram muito complexas para serem entendidas, isso me faz repensar em meu título como gênio.
Enquanto eu lia o livro, escutei passos vindo de fora e rapidamente me aprontei, guardei o livro no armário e tentei descer da cadeira mas as perninhas curtas
não ajudavam e no mesmo instante que eu tentava desce a porta da casa abriu e dela minha mãe apareceu.
— Ah meu Vladizinho o que você está fazendo aí? — Falou surpresa me olhando em cima de uma cadeira tentando descer. — Você está tentando pegar um livro? Meu querido ainda não é hora, você ainda é muito novo para isso. — Disse ela com um sorriso.
Olhei para minha mãe como se eu mal entendesse o que ela tinha falado, afinal eu não queria que minha mãe soubesse que seu filho de um ano conseguia entendê-la.
— Hm meu filho acho que você daria um bom mago, mas seu pai quer transformá-lo em um espadachim e fazer você se tornar um general — Ela olha para mim com um olhar de pena. — Humph! Aquele velho não sabe de nada, claramente você tem dom para magia.
Com um olhar para mim, a mulher ruiva deu um suspiro, me pegou e me colocou no chão, assim também colocando a cadeira de volta no lugar.
Comecei a engatinhar até uma porta semi aberta que dava pra um quarto onde tinha uma janela com uma vista da vila em estava morando, olhando para o lado de fora, estava um dia ensolarado e havia várias crianças brincando com espadas de madeira e algumas até usando magias dos mais diversos tipos porém magia simples.
“Engraçado nesse mundo existe a tal da magia, isso não existia no meu mundo, mas existia algo parecido lá eles chamavam de energia. “
Olhando um garotinho entre 9 a 10 anos que estava manipulando água fazendo a flutuar no ar como uma esfera, me fez lembrar de que a energia que eu usava em meu mundo anterior era muito superior a magia ou como eles chamavam comumente por aqui de mana concentrada ou só mana mesmo.
Eu consigo sentir a mana que emanava dele enquanto usava a magia de água. Pelo jeito eu tenho uma grande sensibilidade a mana isso se deve por causa dos meus pais que eram mestiços, devido meu pai ser meio elfo um dos seres mais sensíveis a mana ficando abaixo somente de Érateros e juntamente com minha mãe que era de duas raças sensíveis a mana, isso resultou em um ser que era extremamente sensível a mana muito mais que os próprios Érateros, no caso eu haha.
“Sinto que a mana é mais concentrada em um único ponto além de ser mais fácil de manipular, diferente da energia que era caótica e consequentemente mais difícil de controlar mas em compensação era mais poderosa. ”
Parei de olhar as crianças brincando, e comecei a tentar manipular mana mas infelizmente não consegui.
“Ou eu sou muito fraco para conseguir usar mana ou tem algo me impedindo de manipulá-la. “
…
Se passaram 10 anos desde que tentei manipular a mana, mas nada adiantava, talvez eu não tenha compatibilidade com ela. Entretanto posso usar mana pura, uma pena que essa mana pura seja mal explorada nesse mundo.
Ah muito pouco registro de como se utilizar mana pura.
Apesar disso não posso desistir, mesmo que eu não consiga manipular a mana concentrada ainda existem os traços. Minha mãe explicou que nesse mundo existe algo chamado de traços, traços são habilidades ou poderes únicos de cada indivíduo eles podem ser extremamente poderosos ou extremamente fracos isso dependerá da pessoa que o portará. Os traços também tem cores, e essas cores irão demonstrar qual será o seu tipo de traço.
Para poder sentir meu traço tenho que me focar no meu interior e criar um coração branco, para criar um coração branco é preciso envolver seu coração com mana pura, com isso já feito poderei passar para a próxima parte, a parte difícil que é me conectar com o coração branco já criado. Assim que conectado com o coração branco eu irei sentir uma energia similar a mana e que poderei manipular em seguida.
“Bem, isso me parece fácil de se fazer pois apesar de eu não conseguir usar mana ainda consigo usar mana pura, já criei o meu coração branco agora só falta tentar sentir a tal energia e em seguida manipulá-la. “
Enquanto eu sentava de pernas cruzadas no chão da sala fechei meus olhos e tentei me conectar ao coração branco, passei longos minutos tentando sentir a energia até que depois de 30 minutos senti algo fluindo, a sensação era muito parecida com a energia do meu outro mundo mas ainda sim era diferente, depois de mais um tempo tentando controlar essa tal energia consegui ver a cor do meu traço envolvendo meu coração branco, mas o normal seria ter uma cor porém meu traço tinha três cores diferentes, vermelho, preto e azul, isso é estranho pois nunca houve alguém na história que teria mais de duas cores de traços diferentes, isso só demonstrava o quão talentoso eu devo ser.
Mas era estranho eu não conseguia controlar meu traço, era como se ele tivesse vontade própria. No fim não consegui controlar.
Abri meus olhos e olhei para fora da janela, já estava escuro e meus pais ainda não haviam chegado, levantei-me com as pernas doloridas de tanto ficar
sentado, resolvi me esticar, comecei andar para fora de casa até que senti meu coração parar…
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