Capítulo 231 – Segredo do Vasto Mar
Após confirmar que todos os seus convidados haviam ido embora, Alexander, que já havia estudado bastante aquela estrutura, montou duas barreiras sonoras, uma de mana e outra de energia, para confirmar que eram só os dois ali, e puxou Diana para os seus braços. — Você realmente achou que eu daria um presente para outra mulher sem preparar algo melhor para você?… Aqui… Verdade seja dita, eu queria essa runa para mim, mas usá-la seria um pouco problemático para mim, já que runas parecem ser incompatíveis com essa forma.
Ao pegá-la e olhar curiosamente para a runa que havia recebido, Diana notou que ela parecia ser a mais fraca que já tinha visto, mas sabia que seu homem não lhe faria tal desfeita depois de ter prometido tanto.
Sentindo ele segurar e levantar sua mão, sugerindo onde ela deveria colocá-la, Diana não hesitou nem perguntou nada sobre a runa e simplesmente a pressionou contra a parte de trás do começo do braço que segurava o escudo, no lado oposto do pulso, logo abaixo/acima do brasão mágico dela.
Ao receber a típica sensação de queimação das runas, provando que a anterior foi um caso especial, mas suportando muito bem a dor, ela olhou para a marca que se formou em sua mão, mas não a reconheceu. Não porque o símbolo fosse apenas desconhecido, era porque ele parecia nadar e se camuflar dentro da própria marca.
— Ótimo. Agora preciso que você, quando eu der o sinal, junte mana na mão, tente invocar/usar a habilidade |Segredo do Vasto Mar| e deixe as suas energias fluírem o máximo que puder para dentro da habilidade — pediu Alexander para Diana, que, mesmo confusa, aceitou o pedido e o viu não só ativar suas habilidades |Impulsionar Familiar| e |Energizar Familiar|, mas também rosnar agressivamente para que todos a uma boa distância pudessem ouvir. — Não entrem aqui e fiquem longe, ou serão atacados pelo meu familiar de 3ª evolução.
Sentindo as energias dele parecendo querer subir aos céus e sua aura se tornando caótica, dividida entre crescer e se esconder, vários poderes instantaneamente se voltaram para a residência deles, onde Diana recebeu o sinal e usou a habilidade, que começou a consumir a energia de ambos de forma incontrolável.
Com tanto poder fluindo e sendo drenado para convergir em um único ponto, várias pessoas ficaram ansiosas, algumas começaram a fugir e outras se aproximaram para verificar a situação. Mas aqueles que tentaram se aproximar foram recebidos por uma barreira de gelo que começou a se formar ao redor da casa, e a crescente aura hostil de Ocean que já havia ativado seu domínio.
Pegos em um dilema sobre forçar ou não seu caminho para a residência particular de alguém que claramente não queria outras pessoas ali, os batedores logo viram mais e mais pessoas se reunindo ao redor enquanto a energia continuava a fluir e convergir em profusão para um único ponto.
Assim que um “mais corajoso” estava prestes a dar o primeiro passo e tentar forçar sua passagem, uma voz poderosa soou: — Chega. Eu assumo daqui.
Ao verem seu Duque descer do céu e cercar a barreira de gelo de Ocean com uma barreira de água ainda maior e mais densa, todos pararam, alguns aliviados e outros decepcionados por não poderem mais fazer nada naquele lugar.
Demonstrando uma grande paciência e tolerância para com Alexander, o duque não forçou a sua entrada imediatamente e apenas esperou, garantindo que o que quer que estivesse lá dentro não causasse muitos danos à cidade do lado de fora.
Após alguns minutos de espera, a comoção acabou, mas sem nenhum grande final, como uma grande explosão ou algo assim. Foi como se toda a energia tivesse ido por um ralo e simplesmente desaparecido.
Dissolvendo e dissipando sua barreira e entrando na casa, o Duque Marvin viu o casal sentado em uma mesa em seu gazebo tomando uma bebida enquanto havia outra xícara colocada, claramente para ele. Mas, apesar da tentativa de transmitir normalidade, ele podia dizer que ambos estavam bastante exaustos.
— Suponho que não vão me contar a verdade sobre o que aconteceu aqui — disse o duque enquanto pegava a xícara para si e tomava um gole. — Boa bebida…
— Por que não? O que teríamos que esconder? — respondeu Alexander com um sorriso — Estávamos apenas praticando o uso de uma habilidade.
— Se você não quer dizer, então não diga. Mas agora me deve por essa — apontou o Duque Marvin enquanto continuava a tomar sua bebida.
— Engraçado. Porque no meu placar estamos empatados — comentou Alexander em resposta, enquanto servia mais néctar para si e Diana. — Ou o senhor achou que eu não perceberia que foi o senhor, ou alguém da sua família, que me vendeu para a família CrossSea… Acabei em desvantagem por causa disso.
Estalando a língua em reconhecimento de que havia sido pego, o duque não disse mais nada, terminou sua bebida e foi embora. Foi de fato ele quem o vendeu. Mas que escolha ele tinha, o acordo que lhe ofereceram era simplesmente bom demais por apenas informação.
— Então foi ele mesmo quem vazou nossas informações — surpreendeu-se Diana com tal atitude. — E ele nem se deu ao trabalho de esconder ou negar…
— Pessoas assim são as melhores para ter que se lhe dar… Bem parecidas comigo — sorriu Alexander enquanto observava o duque sair. — Ele nos vendeu para obter alguns benefícios, mas eram apenas informações que o outro lado obteria de uma forma ou de outra se tivesse tempo. E quando foi exposto, ele rapidamente abriu mão de uma vantagem a nosso favor para se quitar conosco… Não consigo deixar de gostar de uma potência com essa personalidade.
Amando-o, mas pensando intuitivamente se o mundo suportaria outras pessoas como ele, a expressão de Diana ficou estranha, e ela decidiu guardar aquela reflexão apenas para si. Se um Alexander já era problemático, quão caótico seria um mundo repleto de pessoas poderosas que se pareciam com ele?
Ao deixar o que havia acontecido de lado, Alexander reuniu todo o seu grupo e saiu para caminhar e passear pela cidade. Não porque ele tivesse esquecido ou deixado de lado o que estava fazendo antes, mas porque precisavam se recuperar, já que tal esforço consumiu por volta de 90% das reservas de energia dele e de Diana.
Com um grupo formado por criaturas vorazes, onde duas delas precisavam muito recuperar as suas energias naquele momento, além da caminhada, o passeio do grupo também se tornou quase uma espécie de turismo culinário. Onde quer que passassem e sentissem um cheiro bom, eles paravam para comer.
Retornando para casa somente à noite e se sentindo muito melhor do que quando saíram, o grupo parecia satisfeito com o dia e cada um foi para seu canto descansar ou terminar de metabolizar o que havia comido.
Com as condições deles restabelecidas e suas energias em um nível minimamente aceitável, principalmente as de Diana, que tinha uma recuperação de energias muito boa quando em contato com o solo, Alexander concluiu que eles deveriam ficar bem e decidiu testar novamente o que estavam fazendo. — Vamos ver como ficou… Espere por mim em nosso quarto com a janela aberta.
Assentindo, um pouco animada e curiosa pelo que estava por vir, Diana acomodou Alex, correu para o quarto deles, abriu a janela e começou a se preparar enquanto esperava por Alexander.
Assim que chegou e entrou pela janela do quarto, aparentemente segurando algo imaterial, ele a encontrou se trocando, seminua, o que fez seus olhos brilharem. Mas sabendo que a prioridade era outra no momento, ele esperou que ela terminasse de se trocar pacificamente.
— Estou pronta — disse Diana, após trocar-se para uma roupa muito mais leve, móvel e confortável. — Aqui vamos nós… |Segredo do Vasto Mar|.
Muito semelhante ao que havia acontecido quando Galene re-conjurou |Tesouro do Mímico|, sob o efeito da habilidade rúnica de Diana, um portal em tons variados de azul formou-se diante dela. Ele parecia oscilar muito entre o tangível e o ilusório, emergindo como uma imagem brilhante de um véu de água sendo partido ao meio.
— Posso fazer as honras? — pediu Alexander enquanto se aproximava do portal.
— Claro — respondeu Diana sorrindo, maravilhada com o portal.
Com o aval dela, ele colocou as mãos segurando algo no portal. E vendo que elas tinham ido para algum lugar através do portal, ele começou a liberar o ar nelas que tinha captado ao redor de sua casa antes de entrar no cômodo pela janela.
Ao confirmar que a habilidade estava funcionando, que o ar estava sendo mantido dentro, e que ela não chamava muita atenção ativa ou ao ser usada, Alexander sorriu largamente. Ele então pediu para Diana desativar sua habilidade, e voou para o céu com ela. — Absorva o ar ao nosso redor até sentir que ele alcançou todas as partes da sua habilidade.
Entendendo o ponto dele, Diana usou sua habilidade novamente e a controlou para absorver o ar ao seu redor. Mas após algum tempo, ela sentiu algo. — Há algo estranho. Eu sinto que a habilidade está sob o meu controle, mas não consigo acessar todas as suas partes em só um comando, como se ela estivesse dividida.
— E talvez esteja mesmo dividida em pelo menos duas partes — disse Alexander enquanto pensava na hipótese dela. — A quantidade de ar que colocamos nela já deve ser o suficiente… Vamos voltar para a casa e entrar para ver.
Obs 1: Contribuição arrecadada para lançamento de capítulo extra: (00,00 R$ / 20,00 R$).
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Ps: Para finalizar, volto a reiterar que as publicações seguirão normais e recorrentes no ritmo mencionado mesmo que, por ventura, haja a publicação de capítulos adicionais.
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